O psolista solicitou a remoção de um vídeo que mostrava sua vitória nos presídios de São Paulo, mas teve o pedido negado
O deputado federal Guilherme Boulos (Psol),candidato à Prefeitura de São Paulo, sofreu uma derrota contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), na Justiça Eleitoral.
O psolista solicitou a retirada um vídeo que mostrava que a maioria dos presos em São Paulo votou nele. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, no sábado 12.
Na ação movida por Boulos, ele acusou Nunes de “transmitir informações falsas, com porcentual que não considera mesários e funcionários, tampouco informa o porcentual de votos recebidos pelo próprio autor, induzindo o eleitor a erro, bem como incorre em ofensa ao vincular Guilherme Boulos ao crime”.
Para o juiz, não há imputação direta ou vinculação imediata de Boulos ao crime. Ele disse que o vídeo publicado pelo prefeito apenas informa sobre a votação em seções eleitorais de centros de detenção e da Fundação Casa. Por isso, autorizou que a propaganda continue no ar.
Conforme noticiou Oeste, na terça-feira 8, Guilherme Boulos foi o candidato à Prefeitura de São Paulo mais bem votado nos presídios.
O psolista conquistou 48% dos votos nas seções eleitorais situadas em presídios e unidades da Fundação Casa. Esses locais abrigam indivíduos que cometeram delitos na adolescência. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) divulgou esse levantamento.
O Presídio Romão Gomes, na zona norte paulistana, foi a única exceção à votação expressiva de Boulos. Nesse local, onde policiais condenados cumprem pena, tanto Boulos quanto Tabata Amaral (PSB) obtiveram apenas dois votos cada um. Em contraste, Ricardo Nunes (MDB) recebeu 25 votos. O candidato tucano, José Luiz Datena, não conseguiu nenhum voto.
Os detentos do Centro de Detenção Provisória 4 de Pinheiros, localizado na zona oeste, votaram em Boulos de forma unânime. Nenhum outro candidato recebeu votos dos encarcerados na unidade.
A Justiça Eleitoral estabeleceu 51 seções eleitorais em instituições prisionais e unidades de internação no Estado de São Paulo. No total, 2,7 mil presos e menores infratores estavam aptos a votar. Entretanto, nem todos decidiram registrar suas preferências nas urnas.
Informações Revista Oeste