Foto: Reprodução/ NYT
A defesa de Jair Bolsonaro pretende entregar nesta quarta-feira, 27, ao ministro do STF Alexandre de Moraes uma manifestação por escrito sobre a visita do ex-presidente à embaixada da Hungria, no início de fevereiro.
Como mostrou o jornal americano The New York Times, Bolsonaro passou dois dias na embaixada da Hungria após ter seu passaporte apreendido durante uma operação em que apurava uma tentativa de golpe de Estado.
Após a divulgação dos vídeos, a Polícia Federal abriu investigação para apurar quais eram as intenções do ex-presidente e Alexandre de Moraes deu 48 horas para que Bolsonaro preste esclarecimentos.
Vídeos das câmeras de segurança da embaixada obtidos pelo jornal norte-americano mostram Bolsonaro acompanhado de dois seguranças sendo recebido pelo embaixador húngaro, Miklós Halmai.
Alvo de investigações criminais, o ex-presidente não poderia ser preso estando numa embaixada estrangeira, uma vez que a área está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
Segundo o “The New York Times”, a estadia no local sugere que Bolsonaro estava tentando “alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban”.
Na manifestação, a defesa de Bolsonaro pretende reafirmar que o ex-presidente discutiu assuntos políticos e que a visita foi idealizada pelos integrantes do governo da Hungria.
Nesta segunda-feira à noite, 25, Bolsonaro questionado por jornalistas ao chegar para a homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Teatro Municipal de São Paulo. E disse o seguinte:
“Eu não vou te responder porque tem muita senhora aqui. Não há crime nenhum [n[isso. Porventura dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso? Tenha santa paciência, chega de perseguir, pessoal. Quer perguntar da baleia? Vamos falar da Marielle Franco. Eu passei seis anos sendo acusado de ter matado a Marielle Franco. Acabou o assunto agora? Vamos falar dos móveis do Alvorada?”
O Antagonista