O presidente Jair Bolsonaro confirmou ontem (2) que deu aval para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estude uma substituição tributária nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras).
A resposta do presidente foi dada a um grupo de simpatizantes e repórteres dentro de uma padaria em Brasília, onde Bolsonaro parou durante um passeio de moto.
Bolsonaro ainda disse ter cobrado de seu ministro que esclareça que não se trata de um novo imposto, mas de uma substituição tributária.
Esta é a primeira vez que Bolsonaro conversa rapidamente com os jornalistas em Brasília. Desde o agravamento da crise política, o presidente está mais recluso e conversa apenas com apoiadores nos jardins do Palácio da Alvorada, longe das câmeras e microfones.
O governador da Bahia, Rui Costa, em entrevista à Radio Bandeirantes, na manhã de hoje (3), se mostrou favorável à criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Rui discorda da ideia de que o novo imposto seria uma forma de arrecadação ou sustentação de estados, municípios e da União, mas avalia que o tributo teria a função de controle das operações financeiras.
Como a proposta de criação da nova CPMF é do governo federal, o presidente Jair Bolsonaro diz que não haverá aumento da carga tributária, e uma possibilidade estudada pelo Ministério da Economia é a redução dos tributos que as empresas pagam sobre a folha de salário.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta convencer Bolsonaro a enviar o projeto ao Congresso com a possibilidade de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da pessoa física, hoje em R$ 1,9 mil por mês.