Em conversa com apoiadores na saída do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cobrou dos fabricantes das vacinas o pedido de registro delas na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele defende que a responsabilidade da oferta dos imunizante são dos “vendedores” e que o Brasil é uma grande oportunidade de mercado consumidor.
O presidente ainda reafirmou não se sentir pressionado pelo início das campanhas de vacinação pelo mundo e voltou a dizer que não apressará a Anvisa.
Após ser criticado por dizer que não se sente pressionado pelo fato de outros países já terem iniciado a imunização de suas populações, o presidente esclareceu, neste domingo (27), que “tem pressa” por uma “vacina segura, eficaz e com qualidade”. A publicação foi feita em seu Facebook. Bolsonaro encerrou sua publicação reafirmando que vacina será gratuita, e não obrigatória.
Bolsonaro ainda usou suas redes para, mais uma vez, esclarecer uma polêmica levantada por diversos veículos de imprensa acerca de uma declaração dele. O episódio da vez se refere a uma frase dita pelo líder, no último sábado (26), em que ele afirmou que não dava “bola” para a pressão sofrida para iniciar logo a vacinação da Covid-19.
Após o chefe do Executivo dizer “eu não dou bola para isso”, diversos veículos de mídia, entre eles a Folha de São Paulo, citada por Bolsonaro, trataram a fala como se fosse uma manifestação de desprezo pela vida ou pela vacina, sem contextualizar completamente a declaração dada e em que momento ela aconteceu.
O contexto da fala, na verdade, foi de resposta a uma pergunta feita ao chefe de Estado sobre se ele achava que sofreria pressão por conta de a vacinação já ter começado em outros países. Na ocasião, Bolsonaro respondeu que não se importava com qualquer tentativa de apressá-lo, mas que iria resolver a situação com razoabilidade e responsabilidade.