We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.
The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ...
Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.
Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.
Bananeiros do Paraguai e da Bolívia disseram basta à Argentina. Com mais de US$ 20 milhões a receber dos argentinos, os fornecedores da fruta desses dois países decidiram suspender as exportações e, a partir dessa semana, caminhões não vão mais cruzar a fronteira.
A medida foi acompanhada por um protesto. Em Assunção, bananeiros paraguaios fizeram um “bananaço” na terça-feira (15) em frente à Embaixada da Argentina. Aos motoristas e pedestres, os cachos que deveriam estar nos supermercados em Buenos Aires, Córdoba e Mendonza eram distribuídos gratuitamente.
A Câmara Paraguaia de Banana e Abacaxi (Capabap) estima que compradores argentinos devem mais de US$ 10 milhões por frutas exportadas, mas não pagas. A mesma situação acontece na Bolívia, onde a dívida somaria valor semelhante.
Do Paraguai, anualmente cerca de 3.200 caminhões cruzam a fronteira por ano para entregar bananas ao mercado argentino. O plantio e comercialização da fruta emprega cerca de 2.500 famílias paraguaias e dá cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos, estima a Capabap.
A falta de pagamento aos bananeiros é apenas uma amostra da dificuldade do comércio exterior da Argentina na atual crise que tem alta inflação e falta de dólares.
Para importar, empresas argentinas precisam registrar as operações no SIRA, o Sistema de Importações da República Argentina. Com os dados no sistema, as importações são aprovadas ou não pelo governo.
Uma amostra do funcionamento desse sistema aconteceu no último dia 4 de setembro. Nessa data, é comemorado o Dia da Indústria na Argentina. Em um evento do setor industrial, o atual ministro da Economia e candidato governista à presidência Sergio Massa anunciou – com clima de festa – a aprovação de pedidos de importação que somavam cerca de US$ 700 milhões.
Ter a autorização, porém, é apenas o primeiro passo para concluir as compras do exterior.
Dados do Banco Central da Argentina mostram que importadores de bens somavam dívida de US$ 36,9 bilhões em junho. Havia, ainda, US$ 10,9 bilhões a pagar em serviços do exterior.
Os valores se referem aos compromissos de empresas argentinas que compraram bens e serviços em outros países. E uma parte desse dinheiro é aguardado exatamente pelos bananeiros paraguaios e bolivianos.
Para efeito de comparação: essa dívida comercial de US$ 47,8 bilhões já é maior que todo o valor que a Argentina deve ao Fundo Monetário Internacional, que soma atualmente cerca de US$ 41 bilhões.
Créditos: CNN.