Everton Sodário foi punido por permitir que o comércio local funcionasse mesmo durante a chamada “fase emergencial”
O prefeito da cidade paulista de Mirandópolis, Everton Sodário (PSL), foi multado em R$ 40 mil e teve o saldo bancário bloqueado após contrariar as restrições determinadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e permitir que o comércio local funcionasse mesmo durante a chamada “fase emergencial”.
No dia 4 de fevereiro, Doria já havia ameaçado os municípios que não seguissem as medidas do governo estadual, com a informação de que eles seriam notificados pelo estado e que o caso seria encaminhado ao Ministério Público, para a tomada de providências.
Após a ameaça de Doria, Sodário divulgou um vídeo dizendo que não iria impedir a circulação de pessoas na cidade, além de fazer um aceno a favor dos comerciantes. Na gravação, ele defendia que não era o comércio que propagava o vírus.
Em nota, o Ministério Público de SP confirmou que a Promotoria de Justiça de Mirandópolis acatou pedido contra supostas ilegalidades que teriam sido cometidas pelo prefeito Sodário no combate à pandemia. Na ação, o MP pedia o cumprimento da fase emergencial.
Na decisão, os promotores William Guimarães e Renata dos Santos revogaram decreto municipal que autorizou a abertura do comércio em geral, das 8h às 18h, “além de outros afrontamentos” ao Plano SP, como é chamado o conjunto de medidas restritivas contra a Covid-19.
Ao site Terça Livre, o prefeito disse que foi multado sumariamente e não teve o direito de se defender. O gestor municipal ainda declarou que, além da multa, um saldo de R$ 273 foi bloqueado em sua conta, o que o impediu até de fazer coisas básicas, como ir ao mercado.
– Juízes e promotores que estão há um ano em casa fazendo home office, ganhando R$ 40 mil reais, estão multando um prefeito que está dando o mínimo de dignidade para sua população poder trabalhar […] E, a partir de agora, não tenho dinheiro sequer para ir ao mercado – declarou o prefeito.
Informações Pleno News