O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a ser alvo de críticas após suas recentes declarações sobre violência contra a mulher. O discurso foi feito durante um evento para jovens em Fortaleza na última sexta-feira (2), e reacendeu debates sobre a postura do governo em relação ao tema.
Em suas falas, Lula destacou a importância da independência financeira das mulheres, afirmando que sem uma profissão, muitas ficariam dependentes de parceiros abusivos. Essa abordagem gerou reações variadas, com parte da população apoiando o discurso e outra parte criticando a forma como foi expresso.
No evento, Lula fez uma declaração que muitos consideraram ousada: “O que é uma mulher sem profissão? Uma mulher sem profissão vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Ela vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela ainda vai ficar com ele porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra a mulher.”
As declarações de Lula coincidiram com críticas da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a respeito de uma fala anterior do presidente. “Piadinha, nem de presidente”, reagiu a ministra, referindo-se a comentários de Lula feitos em um café da manhã com jornalistas mulheres, em 18 de julho, onde ele afirmou que condenava a violência doméstica, mas que “se o cara for corintiano, tudo bem.”
Em resposta às novas polêmicas, o Palácio do Planalto deixou claro que nem o governo nem o presidente endossam qualquer forma de violência contra a mulher.
Além das reações políticas e institucionais, as falas de Lula também reverberaram significativamente nas redes sociais. Muitos usuários criticaram a forma como ele expressou suas opiniões, apontando que poderia ter sido mais cuidadoso e sensível.
No mesmo evento, Lula mencionou a coragem de sua mãe, Dona Lindu, ao se separar de seu pai: “Minha mãe, Dona Lindu teve coragem de separar do meu pai com 8 filhos pequenos.” Esta declaração reforça a perspectiva de que a autonomia e a coragem são fundamentais para sair de situações de violência e abuso.
Informações TBN