Nesta quarta-feira (11), Feira de Santana realizou sua 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, promovendo discussões sobre os principais desafios ambientais enfrentados pelo município e propondo soluções. O evento, sediado na Igreja Avivamento Bíblico, teve como tema central “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”.
Durante o encontro, os participantes foram divididos em grupos de trabalho para desenvolver propostas em cinco eixos temáticos: mitigação, adaptação a desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental. Ao final da conferência, serão votadas as 10 principais propostas e eleitos 10 delegados que representarão Feira de Santana na 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente.
Estiveram presentes o prefeito Colbert Martins Filho, secretários municipais, membros da Defesa Civil, representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente, além de especialistas de entidades como a Defesa Civil de Salvador (Codesal). A participação foi aberta a maiores de 16 anos, atraindo estudantes, profissionais da área e representantes da sociedade civil.
O prefeito Colbert Martins Filho destacou a importância de se preparar para os desafios climáticos. “Esta conferência marca um passo importante para discutirmos ações que enfrentam os impactos do aquecimento global. Feira de Santana, situada em uma região semiárida, já enfrenta mudanças climáticas significativas, com eventos extremos como secas prolongadas e chuvas intensas. Estamos observando uma transição do semiárido para o árido, o que exige esforços contínuos para mitigação e adaptação. Nosso compromisso é preparar a cidade para esses desafios, garantindo que a população seja assistida tanto em momentos de seca quanto de enchentes. A transformação ecológica é um esforço coletivo, e estamos aqui para dar esse passo em direção a um futuro mais sustentável”, afirmou.
O secretário de Meio Ambiente, Agostinho Fróes da Motta, ressalta a relevância da participação da sociedade civil. “A realização desta conferência é um marco histórico, sendo a primeira de Feira de Santana. O objetivo é construir e aplicar propostas que melhorem as condições ambientais e climáticas do município. Estamos debatendo questões críticas, como a mitigação de riscos e os impactos das mudanças climáticas, que afetam tanto a estrutura ambiental quanto os custos municipais. A participação da sociedade civil é fundamental nesse processo, pois é ela quem traz as realidades locais para o centro do diálogo, permitindo a construção de estratégias mais eficazes”, explicou.
O ambientalista Carlos Souza, do Movimento Água é Vida (MAV), alerta para o pós-conferência com a necessidade de garantir que as propostas aprovadas sejam efetivamente colocadas em prática. “A questão climática exige conscientização e comprometimento de todos, não apenas da gestão pública. É um esforço coletivo que deve partir de cada um de nós, seja em casa, no trabalho ou na comunidade. Precisamos transformar esses diálogos em práticas concretas e acompanhar continuamente os avanços até a próxima conferência, para que os desafios ambientais sejam efetivamente enfrentados”, afirmou.
Os grupos de trabalho desenvolveram iniciativas para abordar desde a educação ambiental até a governança climática. O evento disponibiliza certificado com carga horária de oito horas aos participantes, atraindo estudantes de áreas como agronomia e engenharia ambiental, especialistas e representantes de empresas ligadas à sustentabilidade.
A conferência é vista como um marco no fortalecimento do debate ambiental em Feira de Santana, reforçando o compromisso do município com as situações climáticas e o desenvolvimento sustentável.