De olho na cidade- A Pfizer começou a imunizar neste mês voluntários que receberam placebo durante os testes no Brasil da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório em parceria com a BioNTech. Em comunicado, a companhia informou que participantes do estudo em São Paulo (SP) e Salvador (BA) vão receber gratuitamente duas doses do imunizante.
O superintendente da Fundação Santo Antônio dos Frades Capuchinhos, que coordena as rádios Princesa FM e Sociedade News de Feira de Santana, Frei Jorge Rocha, foi voluntário dos testes da vacina.
O religioso foi comunicado hoje (22), que recebeu o placebo na fase de testes e convocado para receber a primeira dose do imunizante.
“Fiquei na fila para ser vacinado pela Pfizer, recebi a primeira dose, e com muita alegria, ficarei muito tempo imune contra essa doença. A Pfizer realizou a primeira etapa da imunização dos voluntários que receberam placebo no Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID)”. Declarou em entrevista ao Portal De Olho na Cidade.
Em dezembro, Jorge Rocha ainda não sabia se havia recebido placebo ou a vacina, mas já tinha expectativa de estar imune contra a Covid-19.
Pfizer
A vacina da Pfizer foi a primeira a ser aprovada para uso emergencial no mundo entre os principais laboratórios ocidentais e está sendo usada desde o ano passado para imunizar pessoas em países como Reino Unido e Estados Unidos.
O governo brasileiro, no entanto, não fechou acordo para comprar doses do imunizante. O presidente Jair Bolsonaro e autoridades do Ministério da Saúde reclamaram publicamente do que consideram exigências exageradas da Pfizer para fechar contrato. O laboratório rebate, alegando que essas exigências estariam em linha com o praticado em outros países.
A vacina da Pfizer teve os resultados preliminares de fase 3 dos testes publicados em dezembro. Segundo os ensaios, a vacina teve 95% de eficácia.
Se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa que, nos testes, ela conseguiu reduzir em 95% a quantidade de casos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas.
A vacina usa a tecnologia de mRNA, o RNA mensageiro, para induzir a imunidade ao coronavírus.