Luciane Barbosa Farias foi recebida duas vezes por secretários do ministro da Justiça em menos de 3 meses neste ano; ela é casada com líder do Comando Vermelho no Amazonas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou nesta sexta-feira, 17, que o termo “dama do tráfico amazonense”, como é conhecida Luciane Barbosa Farias, foi uma invenção do jornal O Estado de S. Paulo.
O apelido seria relacionado ao fato de que Luciane é mulher de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas e preso desde dezembro de 2022.
“O repórter que fez a matéria confessou, e depois apagou, que foi ele que criou o nome ‘dama do tráfico’. Ele que criou. Ele que inventou. Ele disse isso”, disse Dino em entrevista a jornalistas.
A expressão teria sido usada pela primeira vez pelo jornal na segunda-feira 13. Luciane afirmou no dia seguinte que nunca havia sido chamada assim e que tomou conhecimento do termo por meio do noticiário.
“Nunca fui conhecida como ‘dama do tráfico’, e sim como ‘Lu Farias’”, disse.
A Dama do Tráfico foi recebida duas vezes no Ministério da Justiça em menos de três meses e se encontrou com congressistas governistas ao longo do ano.
O ministro afirmou que não demitirá os assessores que participaram de audiências com ela.
Em relação aos pedidos de impeachment feitos por parlamentares por causa do episódio, Flávio Dino respondeu de forma irônica.
Segundo ele, não pode sofrer uma suposta destituição por um ato que não cometeu e que, “por sua vez, não é criminoso”.
“Não existe na lei penal o crime de receber uma pessoa, fazer reunião com uma pessoa condenada”, argumentou.
O ministro voltou a afirmar que os secretários Elias Vaz e Rafael Velasco não conheciam Luciane e não erraram em tê-la recebido.
“Aí dizem: ‘mas ela era condenada’. Mentira. Ela foi recebida em março, a condenação foi em outubro”, disse.
“Quando você olha essa história, não sobre rigorosamente nada.”
Informações Revista Oeste