Uma pane no avião presidencial irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o jornal O Estado de S. Paulo, nesta quarta-feira, 2. O modelo da aeronave, comprada há 18 anos, é considerado antiquado por Lula, que comentou a suposta necessidade de substituição por razões de segurança.
Depois de uma falha técnica em uma turbina, o avião precisou voar por 5 horas para queimar combustível. A primeira-dama, Janja da Silva, sugeriu passar mais uma noite na Cidade do México, mas Lula decidiu embarcar todos na aeronave reserva, ainda naquela noite.
Durante o voo, houve tensão e discussões sobre a compra de um novo avião presidencial ou sobre eventual reforma das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, interrompeu suas férias para discutir o assunto com Lula e com o comandante da Aeronáutica.
Lula manifestou interesse em substituir o atual avião por um jato A-330, que oferece mais espaço e conforto. No entanto, a conversão do Airbus para uso executivo é complicada, por causa da necessidade da FAB.
Segundo o Estadão, desde o começo de seu governo, Lula manifestou a intenção de substituir o A319-ACJ, conhecido como “AeroLula”, adquirido em seu primeiro mandato, em 2005. A Aeronáutica já possui duas dessas aeronaves, compradas durante o governo de Jair Bolsonaro, em 2022, ao custo de US$ 80 milhões cada.
O plano de Lula era garantir mais espaço, conforto e uma área ampliada para convidados e a equipe de apoio. Entre as exigências estavam uma suíte com cama de casal, banheiro com chuveiro, gabinete de trabalho privativo, sala de reuniões e aproximadamente cem poltronas semileito.
No entanto, o projeto enfrentou dois obstáculos. A Força Aérea Brasileira necessita dessas aeronaves para missões de reabastecimento em voo de seus caças, transporte rápido de tropas e operações de resgate médico. Além disso, o custo de adaptação do Airbus para um arranjo executivo personalizado é elevado.
Informações Revista Oeste