A Organização dos Estados Americanos (OEA) trabalha para apresentar, na próxima semana, uma nova resolução sobre a eleição na Venezuela. A iniciativa ocorre depois da reprovação de um texto anterior, que não conseguiu votos suficientes. O Brasil foi um dos 11 países que se abstiveram na votação.
Diplomatas do Itamaraty afirmam que os países membros da OEA devem ter a disposição de oferecer uma negociação. De acordo com os representantes brasileiros, isso não ocorreu no texto reprovado da semana passada.
O governo brasileiro afirma que o novo texto deve defender a transparência e a divulgação das atas eleitorais.
Além disso, o Itamaraty disse que deve haver um “equilíbrio” nas negociações entre a ditadura de Nicolás Maduro e a oposição. Com isso, o Brasil propõe uma solução institucional para o conflito.
Ainda de acordo com o órgão, o governo brasileiro vai apoiar uma nova resolução se, de fato, o documento “abordar essas preocupações que foram levantadas”. Colômbia e México apoiam essa mesma postura de negociação.
Os representantes brasileiros, no entanto, ainda não se juntaram aos países que denunciam fraude na eleição da Venezuela.
Segundo os diplomatas brasileiros, a resolução da semana passada foi rejeitada porque também houve “falta de sensibilidade e vontade de negociar com países que tinham diferentes sugestões”.
Entre as propostas da resolução rejeitada estavam a publicação imediata dos resultados da eleição presidencial em cada seção eleitoral e a verificação abrangente dos resultados na presença de observadores internacionais.
Enquanto a OEA não chega a um consenso sobre uma resolução para a Venezuela, o regime chavista sequestra e prende opositores que protestam contra a ditadura.
Os soldados do regime já prenderam mais de mil manifestantes. O ditador afirmou que os presos políticos do país “não vão receber perdão”.
Informações Revista Oeste