Muito antes de Meghan Markle e do príncipe Harry, quem causava na monarquia do Reino Unido eram a rainha Elizabeth II e sua irmã, a princesa Margaret. E a conflituosa relação das duas, que voltou a despertar o interesse do público por conta da série “The Crown”, também é tema do novo livro de Andrew Morton, um correspondente real britânico acostumado a tirar esqueletos dos armários dos Windsors (também é dele a mais famosa biografia da princesa Diana que, dizem, foi escrita com a ajuda da própria).
Recém-lançado no hemisfério norte, “Elizabeth & Margaret” resgata muitas das histórias vividas pelas sisters e bffs desde a infância, dando maior destaque aos tempos de ambas como princesas, mas também colocando luz na relação delas a partir da ascensão ao trono da atual chefe da Casa Real de Windsor, evento que foi um divisor de águas em suas vidas e por motivos diferentes.
Nunca foi novidade para ninguém que Margaret, que morreu em 2002, tinha uma certa inveja da posição de destaque ocupada por sua irmã, que por sua vez preferiria ter nascido plebeia e bem longe dos holofotes. Mas Morton dá um novo tempero a isso ao mostrar a falecida “royal” como uma pessoa sensível, que sofreu de depressão profunda durante a maior parte da vida.
Bastante elogiado pela crítica especializada, “Elizabeth & Margaret” já é um dos livros de não-ficção mais vendidos tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, em parte porque nunca houve tanto interesse na família real mais famosa do mundo, seja por causa de sua abordagem pela Netflix (que produz e exibe “The Crown”) ou pelas confusões que Meghan, Harry e companhia continuam causando, suficientes para mantê-los nas manchetes e como objeto de fascínio do público. (Por Anderson Antunes)
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