Foto: Brian Douglas / Netflix
Situada na Flórida em 2011, a trama de “Máfia da Dor” segue a jornada introspectiva de Liza Drake, interpretada por Emily Blunt, que se encontra em uma encruzilhada pessoal enquanto revira as feridas de seu passado complicado. O roteiro, desenvolvido em parceria entre Evan Hughes e Wells Tower, desenha o trajeto tortuoso de Liza, realçando momentos de conflito, a busca por redenção e as consequências de suas escolhas, narrados com franqueza e sinceridade.
Dirigido por David Yates, “Máfia da Dor” nos imerge em um universo de ambições humanas e segredos ocultos, com a personagem de Blunt servindo como o eixo central da narrativa. Sua atuação conduz o público através de uma jornada de desordem à redenção, explorando desafios pessoais e dilemas éticos.
Contracenando com Blunt, Chris Evans entrega uma atuação que evolui à medida que a história avança. A narrativa nos leva ao submundo onde os vigaristas Liza e Pete Brenner, interpretado por Evans, lutam para sobreviver em um cenário desolador. Brenner, vendo uma tenacidade em Liza, a envolve em um esquema perigoso no volátil mercado de opioides.
A dupla lança no mercado o Lonafen, um analgésico que, desafiando as diretrizes do FDA, promete alívio, mas também desencadeia uma onda de dependência devastadora. Com essa jogada ousada, a empresa deles sai de uma existência marginal para uma posição de influência na indústria farmacêutica.
“Máfia da Dor” também toca na realidade do capitalismo e como a incessante busca por lucro é refletida e criticada através da arte, literatura e cinema. O filme não hesita em mostrar a queda de seus personagens, especialmente Liza, que navega complexidades pessoais e familiares em um contexto social desafiador. O desfecho, apesar de carregar um vislumbre de esperança, reflete a realidade austera da indústria farmacêutica nos EUA, incitando uma reflexão incômoda nos espectadores.
Filme: Máfia da Dor
Direção: David Yates
Ano: 2023
Gêneros: Drama/Crime
Nota: 8/10
Informações Revista Bula