Uma tragédia marítima abalou recentemente a costa da Sicília, na Itália, quando um luxuoso iate naufragou durante uma tempestade na segunda-feira (19/8). Charlotte Golunski, uma britânica a bordo da embarcação, compartilhou sua experiência angustiante de como conseguiu salvar sua filha bebê. Charlotte e sua família estão entre os 15 sobreviventes resgatados após o incidente.
A embarcação de 56 metros, que transportava 10 tripulantes e 12 passageiros, afundou a 800 metros da costa de Palermo. O naufrágio resultou na morte de um homem e no desaparecimento de seis pessoas, incluindo o empresário britânico Mike Lynch. A forte tempestade que causou o naufrágio trouxe consigo trombas d’água que complicaram ainda mais a situação.
Charlotte Golunski revelou ao jornal italiano La Repubblica que sua família estava no convés do iate quando sentiram os primeiros sinais da tempestade. “Ouvimos trovões, relâmpagos e ondas que faziam nosso barco dançar”, descreveu Charlotte. No momento crítico, sua rápida reação foi crucial para salvar a vida de sua filha de um ano.
A situação ficou ainda mais tensa quando Charlotte perdeu a visão da filha por alguns segundos na água. Em meio ao caos, ela conseguiu agarrar a bebê e mantê-la acima da superfície, utilizando todas as suas forças. “Estava tudo escuro e eu não conseguia abrir os olhos na água”, explicou.
Charlotte e outros 11 passageiros conseguiram alcançar um bote salva-vidas inflado. A mulher britânica e sua família foram levados a um hospital para exames médicos, mas saíram ilesos. Esse resgate dramático destaca a importância de procedimentos de segurança e a coragem dos sobreviventes.
Segundo Karsten Borner, o capitão de um barco próximo, a tempestade fez o superiate tombar rapidamente antes de afundar. “Tudo aconteceu em muito pouco tempo”, relatou Borner. Ele contou que sua tripulação resgatou alguns sobreviventes, entre eles três que estavam gravemente feridos.
Giuseppe, um pescador local, contou que avistou tapetes e camisetas flutuando no mar durante a tempestade. Ele estava em um barco a motor e ajudou no esforço de resgate. Fabio Cefalù, capitão de uma traineira, relatou que viu um clarão de um sinalizador por volta das 4h15 e decidiu investigar.
“Esperamos a tromba d’água passar antes de ir para o mar”, disse Cefalù. Ao chegar ao local, ele viu almofadas e outros objetos do barco espalhados pelo mar, mas não encontrou sobreviventes na água. Outra testemunha, que prefere permanecer anônima, afirmou ter visto o iate afundar lentamente enquanto estava em casa.
Informações TBN