O juiz-chefe do Tribunal de Falências de Nova York (Estados Unidos), Martin Glenn, aceitou na tarde desta sexta-feira, 26, o pedido de recuperação judicial da Gol. A fim de reestruturar suas dívidas, a companhia havia feito a solicitação na quinta-feira 25.
O magistrado afirmou que, para aceitar o pedido, todas as partes estão proibidas de tomar algumas ações. A determinação vale para pessoas físicas, sócios e corporações ligadas à administração da Gol.
De acordo com a decisão judicial, a partir deste momento, não se pode obter bens ou propriedades da companhia aérea. Também está proibido iniciar ou continuar qualquer ação judicial ou administrativa contra a empresa.
O juiz ainda ressaltou que as partes estão proibidas de revogar, suspender ou se negar a renovar licenças que já foram concedidas à Gol.
Na noite desta quinta-feira, 25, a companhia aérea entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça dos EUA para reestruturar suas dívidas. O montante é estimado em R$ 20 bilhões.
A Gol também pediu à Justiça norte-americana autorização para fazer um empréstimo à Debtor-in-Possession (DIP). Trata-se de uma modalidade de crédito específica para empresas em situação financeira difícil.
O valor solicitado pela Gol é de US$ 950 milhões. Desse total, US$ 350 milhões já entrariam na companhia aérea assim que o juiz autorize provisoriamente a transação.
Em um documento de 1,6 mil páginas, a Gol explicou ao juiz que, depois da pandemia, a companhia aérea foi afetada por fatores como preço dos combustíveis no mundo, desvalorização do real e atrasos em entregas de novas aeronaves. Isso, segundo a empresa, fez com que as dívidas aumentassem.
Informações Revista Oeste