O diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, declarou nesta segunda-feira, 13, que é possível um aumento da taxa básica de juros (Selic).
“Isso não é a realidade do diagnóstico do Copom. A alta está na mesa, sim, do Copom e a gente quer ver como isso vai se desdobrar”, declarou o Galípolo durante um evento da corretora Warren, em São Paulo.
Segundo o economista, o aumento dos juros poderia ocorrer por causa dos dados recentes da inflação, que estariam “incomodando” a autoridade monetária.
Galípolo, que é considerado pelo mercado como o sucessor designado do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, salientou como o cenário atual é desconfortável para o cumprimento da meta de inflação.
Para o diretor do BC, os dados mais recentes de inflação levantaram alertas e pontos de preocupação.
Além disso, outras variáveis vem incomodando o BC, como a desancoragem das expectativas, o mercado de trabalho apertado e o ritmo de expansão do mercado de crédito.
Segundo ele, seria um equívoco estabelecer uma relação mecânica entre o nível do câmbio e a política monetária.
O diretor salientou como é importante para cada membro do Banco Central ganhar ‘credibilidade’, ou seja, ter coerência entre fala e atos, principalmente para alguém que está pouco tempo no cargo.
“Eu entendo que os novos diretores precisam ganhar a credibilidade perante a sociedade, perante o mercado, até porque a gente é menos conhecido do que os diretores que estão lá. Inclusive, tentei ao longo do ciclo explicitar isso, o quanto esse ponto é relevante para mim, não sei se tive sucesso em convencer, mas vou ter até março de 2027, que é o meu mandato”, disse.
Galípolo foi nomeado diretor do Banco Central em 2023 pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de quem era o secretário executivo do Ministério.
Informações Revista Oeste