O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, reiterou suas preocupações em relação ao Governo da Espanha nesta segunda-feira (27), por meio de uma mensagem nas redes sociais. Ele instruiu o Ministério das Relações Exteriores a enviar uma nota diplomática à Embaixada da Espanha em Israel, proibindo o consulado espanhol em Jerusalém de realizar atividades consulares ou prestar serviços a residentes na Autoridade Palestina. Katz enfatizou que não ficarão em silêncio diante de um governo que, segundo ele, recompensa o terrorismo.
Ele também criticou os líderes espanhóis Pedro Sánchez e Yolanda Díaz por entoarem o lema antissemita “do rio ao mar, a Palestina será livre”. Katz afirmou que aqueles que apoiam o Hamas e buscam estabelecer um Estado terrorista palestino não terão contato com os palestinos. Ele concluiu afirmando que os dias da Inquisição já passaram e que o povo judeu tem um Estado soberano e independente, não sendo obrigado a mudar sua religião ou ameaçar sua existência.
A crise diplomática entre os dois países atingiu um novo patamar após o anúncio feito por Sánchez na última quarta-feira, no Congresso dos Deputados, informando que o Conselho de Ministros aprovará o reconhecimento do Estado da Palestina em 28 de maio. Como resposta, Israel convocou a embaixadora espanhola em Tel Aviv e a embaixadora israelense na Espanha. Além disso, na sexta-feira, o consulado espanhol em Jerusalém foi proibido de prestar serviços aos palestinos.
Durante o fim de semana, surgiram novos acontecimentos. Margarita Robles referiu-se à reação de Benjamin Netanyahu ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro como “um autêntico genocídio”. Seu colega José Manuel Albares defendeu a ministra da Defesa, destacando que ela expressou uma opinião alinhada com as discussões em curso no Tribunal Penal Internacional.
Israel também divulgou um vídeo no domingo, nas redes sociais de Katz, mostrando crimes cometidos pelo Hamas e alegando que os terroristas “agradecem os serviços” da Espanha. Albares condenou veementemente o vídeo, reafirmando que o Governo da Espanha sempre condenou o terrorismo do Hamas.
Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores espanhol reforçou a Israel a necessidade de parar sua ofensiva em Rafah (Gaza), conforme exigido pelo Tribunal Penal Internacional. Ele compareceu ao lado de seus homólogos da Irlanda e Noruega, países que também reconhecerão o Estado da Palestina. O ministro espanhol enfatizou que é hora de efetivar a solução de dois Estados para alcançar a paz no Oriente Médio.
Por outro lado, a oposição espanhola não apoia o reconhecimento imediato do Estado palestino. Alberto Núñez Feijóo, em entrevista à Onda Cero, argumentou que essa medida pode ser mais prejudicial do que benéfica para os palestinos e alertou sobre o fortalecimento do Hamas.
Informações TBN