ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Bahia

Maioria dos baianos trabalha na informalidade, aponta IBGE

Foto: Arquivo/Agência Brasil De acordo com dados divulgados pelo IBGE, entre julho e setembro deste ano, 3,2 milhões de baianos...
Read More
Esportes

Vitória sai na frente, mas cede o empate ao Botafogo no gol contra de Wagner Leonardo

Faltou pouco para o Vitória voltar do Rio de Janeiro com três pontos na bagagem. Jogando no Engenhão, o Leão...
Read More
Feira de Santana

Após chuva com raios e trovões, postes pegam fogo em Feira de Santana

A chuva acompanhada de raios e trovões que atingiu Feira de Santana na noite de sábado (23) provocou transtornos em...
Read More
Feira de Santana

UPA Estadual de Feira de Santana realiza captação de córnea e renova esperança para pacientes em fila de espera

Neste sábado, a UPA Estadual de Feira de Santana, sob nova gestão da Organização Social S3, realizou com sucesso uma...
Read More
Bahia

Pesquisa nacional destaca qualidade de rodovias baianas e coloca Estrada do Feijão como a melhor do Nordeste

A pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT), divulgada na última terça-feira (19), apontou que mais de 85% das rodovias...
Read More
Polícia

Operação Mute encerra na Bahia com apreensão de mais 50 celulares

Iniciada na quarta-feira (20), a 6ª fase da Operação Mute, deflagrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), foi concluída...
Read More
Feira de Santana

Início das celebrações de Natal no Shopping Cidade das Compras é marcada pela chegada do Papai Noel

O espírito natalino tomou conta do Shopping Popular Cidade das Compras neste sábado (23), com a tão esperada chegada do...
Read More
Feira de Santana

Hospital da Mulher adota metodologia para ampliar a segurança do paciente

A Fundação Hospitalar de Feira de Santana, autarquia da Prefeitura, adotou uma nova estratégia com o objetivo de aumentar a...
Read More
Bahia

Defesa Civil alerta que população deve ficar atenta a sinais de risco com chegada de frente fria

A Defesa Civil de Salvador, representada pelo coordenador Sosthenes Macêdo, em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia, destacou os...
Read More
Bahia

Tráfego na Via Regional será alterado, temporariamente, neste fim de semana

A partir do início da noite desta sexta-feira (22), o acesso à Estrada do Derba pelo trevo do viaduto de Águas Claras...
Read More
{"dots":"false","arrows":"true","autoplay":"true","autoplay_interval":3000,"speed":600,"loop":"true","design":"design-2"}

Haddad estima perder mais 80 bilhões: "a derrota da MP vai ser mortal"

Foto: Diogo Zacarias.

A equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva estima uma perda de arrecadação superior a R$ 80 bilhões no ano que vem caso o Congresso não aprove a proposta de tributação de grandes empresas com benefícios fiscais de ICMS. A Medida Provisória (MP) enviada sobre o tema caduca no fim do ano. 

O governo quer regulamentar a cobrança de impostos federais sobre as empresas com incentivos fiscais, especificamente aqueles destinados ao dia a dia das companhias (custeio). Se não houver solução no Congresso, o Ministério da Fazenda vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou ao GLOBO o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. 

O argumento central da Fazenda é que os diversos benefícios concedidos pelos Estados, via ICMS, causaram “distorções tributárias”, com impactos “profundamente” negativos para a arrecadação federal. 

— Nós temos que corrigir isso agora. É urgente. O lugar prioritário de endereçar essa questão é o Congresso Nacional. E caso o Congresso não dê a resposta para que possamos mitigar essa distorção, que é grave, como gestor responsável, nós (Fazenda) precisamos procurar uma saída e talvez seja ir ao Supremo — declarou. 

Como funciona?

A partir de 2017, com a lei complementar nº 160, o Fisco passou a perder bilhões com os benefícios fiscais concedidos por estados e abatidos da base de cálculos de dois impostos de competência federal: Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 

No entendimento da Fazenda, essa lei complementar possibilitou que qualquer benefício dado por entes federativos às empresas possam ser abatidos do IRPJ e CSLL. Com isso, a concessão desses incentivos, sem condicionantes, reduziu a base de cálculo dos tributos. Com a base reduzida, o governo federal arrecadou bem menos. 

Um exemplo prático dessa situação é uma empresa que paga o ICMS de 20% sobre a comercialização de mercadorias. Ao receber um desconto desse imposto (subvenção) em determinado estado, que busca atrair negócios, essa companhia passa a pagar 15%, nessa hipótese. 

Como o custo do tributo caiu em 5%, em tese, o lucro da empresa aumenta em 5%. É esse adicional que não está sendo tributado pelos impostos federais. 

O governo federal quer a aplicação dos impostos federais sobre esse valores, apenas quando não forem utilizados para investimentos como aumento da planta industrial ou compra de maquinários, por exemplo. 

— Aceitamos abrir mão do IRPJ e CSLL, desde que haja algo meritório do ponto de vista de novos investimentos. O que a gente identificou nestes primeiros meses do ano, é que grande parte desses benefícios não têm contrapartida meritória. É simplesmente a guerra fiscal (dos estados, ao reduzirem impostos para atrair as empresas) — disse Durigan. 

Ainda falta definir, a partir da MP, um melhor entendimento sobre o que é custeio e o que é investimento. O governo tem reforçado que o texto da proposta não muda a forma de concessão de benefícios fiscais pelos estados, que poderão continuar sendo utilizados pelas empresas, mas sem o abatimento nos impostos federais. 

Perdas

No ano de 2022, a perda de arrecadação foi de R$ 50 bilhões com IRPJ e CSLL, conforme o balanço das empresas, declarados para a Receita. No ano de 2023, as projeções apontam para uma perda de R$ 70 bilhões. Já para 2024, um valor acima de R$ 80 bilhões, se não houver solução. 

Os valores são calculados a partir do que o ministro Fernando Haddad vem definindo como “erosão” da base fiscal. Isso significa que há uma diminuição do valor sobre o qual são incididos os impostos federais. Para 2024, essa diminuição da base pode chegar a R$ 250 bilhões e, seguindo a dinâmica dos últimos anos, a perda de arrecadação seria um terço desse valor (R$ 83 bi). 

São 493 empresas beneficiadas por essa dinâmica de tributação, iniciada com a lei complementar de 2017. Antes disso, o governo estava perdendo cerca de R$ 10 bilhões com esses incentivos. 

Supremo

Como as subvenções dos estados às empresas estão afetando a arrecadação federal, na prática, o nível de receita por meio do IRPJ e CSLL está sendo definido “pelos governadores” e “não Congresso Nacional e pelo governo federal”, diz o secretário. Será esse o argumento apresentado no STF, se a proposta não for aprovada no Congresso. 

— Sem solução (definida no Congresso), nós vamos ao Supremo dizendo que há violação do pacto federativo, porque quem está deixando de poder definir o tributo federal é a União. São os estados que estão definindo o futuro do tributo federal. Isso não é constitucional. Se preciso, nós vamos ao Supremo. Porque é uma distorção do pacto federativo — pontuou o nº 2 da Fazenda. 

A Fazenda ainda não recorreu ao Supremo porque a solução depende, na visão dos integrantes do Ministério, de uma “política pública”, definindo limites para esses benefícios, em entendimento com o Congresso e os entes federativos. 

Nordeste

Outro argumento da Fazenda é que os estados da região nordeste são os mais prejudicados com as perdas da arrecadação federal. Isso porque o IRPJ abastece o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), que prevê transferência federal de recursos aos entes federativos. Esse fundo funciona como um grande suporte fiscal aos estados, sobretudo em cenário de crise. 

— Por conta dos benefícios que estados como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina estão dando para as empresas, os estados no nordeste estão deixando de receber, a título de repartição de receita federal (por meio do FPE). Isso é o mais grave — avalia o secretário. 

Conforme os dados da pasta, pela distribuição de benefícios por região, o sudeste concentra 46% dos incentivos e o sul 19%. Já 15% ficam no Centro-Oeste e 12% no Nordeste. 

A MP não abrange estímulos regionais instituídos no âmbito da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). 

Tramitação

O governo quer a aprovação da Medida Provisória (n° 1185/2023) ainda este ano, para que assim possa produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2024. Porém, ainda não há relator e nem Comissão Mista instalada para análise. No trâmite de MPs, Câmara dos Deputados e Senado Federal analisam concomitantemente, depois o texto segue para a primeira casa e termina na segunda. 

No caso de projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso, a decisão final é da Câmara. Em função disso, Arthur Lira (PP-AL) tem preferido a análise de PLs. O governo chegou a enviar um projeto de lei para substituir a MP com a perspectiva de passar o mais rápido possível. 

Com as novas tratativas, a equipe econômica tem demandado a análise da MP, que garante mais de R$ 35 bilhõs em 2024. É uma das principais propostas para reforçar o caixa do governo no próximo ano. 

Fonte: O Globo.

Comente pelo facebook:
Comente pelo Blog:

  1. A batalha está dura pelo aumento da arrecadação,o povo espera a redução da máquina pública.