O governo Lula afirmou que não assinou um comunicado contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela por discordar do tom e do teor do texto. Os Estados Unidos, a União Europeia (UE), dez países da América Latina e a Organização dos Estados Americanos (OEA) assinaram o documento nesta sexta-feira, 23.
Alto representante da UE para Assuntos Exteriores, Josep Borrell disse que países do bloco europeu querem ver provas verificáveis.
Já o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, anunciou que a validação da vitória de Maduro pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) “não tem nenhuma credibilidade”.
“As planilhas de contagem de votos disponíveis publicamente e verificadas de forma independente mostram que os eleitores venezuelanos escolheram Edmundo Gonzalez como seu futuro líder”, disse Patel.
Apesar de não apresentar as atas eleitorais, o TSJ venezuelano, sob o controle de Maduro, reconheceu o ditador como reeleito no pleito presidencial de 28 de julho.
Nesta declaração, a presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, atesta a reeleição do ditador:
O Supremo endossou a vitória que já havia sido declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também ligado ao regime chavista. Contudo, observadores internacionais afirmam que houve claros sinais de fraude eleitoral.
A oposição à ditadura, que tem María Corina Machado como Líder, alega que o verdadeiro vencedor da eleição foi Edmundo Gonzalez. Ele teria recebido 70% dos votos.
O Brasil optou por não assinar o comunicado junto à os demais países para manter diálogo com os dois lados da política na Venezuela.
Informações Revista Oeste