Segundo o ministro, o governo está em “contagem regressiva” para o fim do mandato de Campos Neto na autarquia; “Só vive falando mal do Brasil”
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu quais serão os nomes dos novos diretores do Banco Central, que serão indicados para outras vagas que se abrirão no início do próximo ano. A declaração foi feita por Costa no Palácio do Planalto, na quinta-feira (28)
Segundo matéria do InfoMoney, ele detalha ainda que os nomes devem ser encaminhados já nesta sexta-feira (29) ou, no máximo, na próxima semana.
“O presidente inclusive falou hoje com o Galípolo (Gabriel Galípolo, futuro presidente do BC) que vai fazer a nomeação dele já no início da semana que vem, em uma pequena solenidade aqui. E acredito que nesse dia os nomes (dos diretores) sejam enviados”, declarou o ministro.
Galípolo, que é atual diretor de Política Monetária do BC, foi indicado pelo presidente Lula para substituir Campos Neto na presidência da autarquia. Com isso, além de escolher um novo nome para a diretoria de Política Monetária, o governo deve definir ainda quais os nomes que integrarão as diretorias de Regulação e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Os mandatos de Otavio Damaso e Carolina Barros terminam em 31 de dezembro.
Para o petista, a autoridade monetária tem responsabilidade pela escalada do dólar observada na quinta, depois do anúncio das medidas de contenção de gastos do Executivo. O ministro afirmou que está em contagem regressiva para a nova diretoria do BC assumir.
“Todo esse questionamento de hoje foi deliberadamente motivado e ‘startado’ pela atual direção do Banco Central, que, na minha opinião, em uma visão política, de boicote ao governo, ficou criando uma sensação permanente de instabilidade”, declarou Rui Costa.
“Vai para fora do Brasil, só vive falando mal do Brasil. Em toda palestra que vai fala mal do Brasil. É por isso que estamos em contagem regressiva. Prefiro não mais fazer comentários porque faltam apenas 30 dias para termos uma direção que vai adotar de forma autônoma, técnica, com competência, eu espero, ter as medidas que precisam ser adotadas”, declarou o ministro.
“Estamos em contagem regressiva para ter não um Banco Central que seja com olhar para o Executivo, mas um Banco Central que tenha um olhar para o Brasil. Dirigido por quem mora no Brasil, e não mora em Miami. Para quem tem sua família residindo no Brasil. Para quem tem esperança e seu futuro pessoal, profissional, vinculado ao Brasil, e não ao exterior”, disse o ministro da Casa Civil. Campos Neto está há uma semana cumprindo agenda de trabalho de Miami.
Informações Bahia.ba