Ministra é conselheira honorária de organização do terceiro setor que gastou 80%, de R$ 35 milhões, com consultorias e viagens
Uma articulação de governistas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara transformou a convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um requerimento de informação, para explicar o elo com a ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
O acordo foi firmado por dois vice-líderes do governo Lula na Casa, deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Josenildo Abrantes (PDT-AP), para “desobstruir a pauta” da comissão, apurou Oeste.
Na semana passada, os deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) conseguiram aprovar a vinda obrigatória de Marina. O trio embasou o pedido em reportagem de Oeste.
Agora, contudo, a convocação está anulada. Dessa forma, o Meio Ambiente terá 30 dias para enviar, por escrito, esclarecimentos feitos pelos parlamentares, nos pedidos.
No centro da pauta, há a ligação da ministra com a ONG, na qual ocupa o cargo de conselheira honorária. De acordo com a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o terceiro setor na Amazônia, a organização embolsou R$ 35 milhões do Fundo Amazônia, no ano passado, e gastou 80% com viagens, consultorias e folha de pagamento.
Além de ministra e conselheira da ONG, Marina é titular do Comitê Orientador do Fundo Amazônia, representando o governo federal no órgão responsável por estabelecer as diretrizes e critérios para aplicação dos recursos do Fundo.
Informações Revista Oeste