Ministro rechaçou as declarações do presidente, que acusou o sistema penitenciário de conivência
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, viajou para Mossoró neste domingo, 18, para acompanhar as investigações e as buscas pelos dois detentos que escaparam da penitenciária de segurança máxima que fica na cidade.
Em entrevista coletiva, Lewandowski afirmou que não é possível afirmar ainda se houve participação de agentes penitenciários na fuga, contrariando uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sugeriu tal hipótese.
“Enquanto as investigações não terminarem, seja no âmbito administrativo seja policial, não podemos afirmar que houve conivência”, disse o ministro. “Mas todas as hipóteses estão sendo investigadas.”
Mais cedo, em visita a Etiópia, Lula comentou o caso e sugeriu a possibilidade de os detentos terem tido ajuda para escapar do presídio. “Estamos à procura dos presos, esperamos encontrá-los, e, obviamente, queremos saber como é que esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu”, disse o presidente. “Só faltaram contratar uma escavadeira. Não quero acusar, mas, teoricamente, parece que teve conivência com alguém do sistema lá dentro.”
É a primeira vez na história do país que criminosos conseguem escapar de um presidio federal de segurança máxima. Esse tipo de prisão existe no Brasil desde 2006, e há cinco ao todo espalhadas pelo Brasil, contando com a de Mossoró.
Informações Revista Oeste