O posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a Israel segue como alvo de críticas na imprensa. Desta vez, o jornal Folha de S.Paulo registra a “falsa equivalência” por parte do petista.
Em texto publicado nesta quinta-feira, 16, o jornal lembra: o que Lula chama de “terrorismo” do lado israelense é, na verdade, reação aos terroristas do Hamas. O conteúdo da Folha com críticas ao presidente da República se deu por meio de editorial, que representa a opinião de uma empresa de comunicação.
“Lula resolveu abrir a boca”, afirma a Folha, em trecho do editorial desta quinta-feira, 16, ao falar da atitude do presidente ao receber na última segunda-feira, 13, o grupo de repatriados que conseguiu, finalmente, deixar a Faixa de Gaza. “Como de costume nos improvisos que faz, falou um misto de mistificação e impropriedades, incompatíveis com o cargo que ocupa.”
Nesse sentido, o jornal paulistano chamou a atenção para o fato de o petista tentar colocar em pé de igualdade as forças militares israelenses e os terroristas islâmicos. “Antes, Lula havia acusado com a ligeireza usual os israelenses de genocídio”, destaca o veículo de comunicação. “Mas o Hamas atacou brutalmente inocentes. O grupo comandava Gaza como uma teocracia autoritária e violenta, sem reconhecimento internacional ou apoio consensual entre os palestinos.”
“A falsa equivalência de Lula, que agora pode prejudicar eventuais novas repatriações, não se sustenta”, critica a Folha. Assim, a publicação reforça que, com esse tipo de discurso, o presidente da República prejudica a diplomacia brasileira no cenário internacional. “Em nome de sua vaidosa busca por destaque global e exalando o DNA do PT, ele agrediu não só Israel, mas a memória dos 1.200 mortos e 240 reféns vítimas do Hamas.”
A Folha de S.Paulo não é, entretanto, a primeira empresa de mídia do Brasil a criticar abertamente a postura de Lula em relação à guerra que se deflagra há mais de um mês no Oriente Médio. Na quarta-feira 15, o jornal O Estado de S. Paulo havia adotado o mesmo tom.
De acordo com o Estadão, Lula e aliados são responsáveis por promover “ranço ideológico da esquerda primitiva”. Conforme a publicação, não há razão para o presidente classificar as ações de Israel como “terrorismo”. Por fim, segundo o jornal, também não há sentido de integrantes do governo federal não criticarem de forma enfática o Hamas, grupo terrorista que matou cerca de 1,5 mil civis — incluindo três brasileiros.
Informações Revista Oeste