Persistência. Esta é a palavra que resume a história de um “menino”. No início, ele sonhava apenas em ser um jogador de futebol, mas não esperava que o destino o reservava grandes conquistas, e assim aconteceu. Estamos falando da voz marcante do rádio feirense, que não se preocupa em apenas levar a boa informação aos lares, mas também em ajudar as pessoas, seja com os seus próprios esforços ou com a ajuda de diversos parceiros, estes que foram surgindo durante toda a sua trajetória. Estamos falando de Jorge Biancchi, filho de Humildes, zona rural de Feira de Santana, nascido e criado na comunidade do Almeida, entre o Pau Seco e a sede do distrito, que completa 27 anos de rádio, com uma bela caminhada, de serviços prestados e principalmente, servindo de exemplo para quem começa na comunicação e que sonha em um dia, também chegar ao êxito profissional.
Biancchi, como é chamado por quase todos que estão presentes no seu dia a dia, começou a sua trajetória com uma vontade que quase todos os garotos têm até hoje: ser jogador de futebol.
“Eu tinha um sonho também de ser jogador de futebol, então a minha ida para o rádio foi para não ficar totalmente fora daquilo que eu queria antes. Sempre tive para mim que se entrasse para o rádio, para ser repórter esportivo, poderia ficar perto dos jogadores, já que não havia conseguido a oportunidade de me firmar como jogador, e também não tinha talento para isso”, conta Biancchi, que estreou como jogador, no Palmeiras do Pau Seco, em Humildes.
Os planos de ser jogador de futebol, não duraram muito. Jorge Biancchi percebeu que esta não era muito a sua praia.
“Eu não era tão ruim assim, mas para ser jogador profissional, teria que passa pela Seleção de Feira, pelo Fluminense de Feira, Bahia de Feira, Bahia, Vitória, para conseguir chegar em outros clubes do Sul do país. Acho que não tinha talento. Acabei descobrindo que como radialista eu poderia estar perto dos jogadores, de qualquer maneira sentir aquele gostinho de estar militando na crônica esportiva, perto de grandes craques, poderia ser uma boa. Tive a oportunidade de estar perto de grandes jogadores, como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Káká, Romário, Bebeto, os jogadores mais jovens, como Neymar, Daniel Alves e Filipe Luís. De qualquer maneira, eu fiquei próximo de muitos jogadores, porque gosto muito de futebol, mas para jogar, eu percebi que não dava, e acabei entrando no rádio para ficar perto dessa turma, então acabei unindo o útil ao agradável e deu muito certo graças a Deus”, contou.
A ida para o rádio: Jorge Biancchi veio de escola pública, onde estudou toda a sua vida. Começou na zona rural, em Humildes. Cursou no colégio Padre Henrique Alves Borges e na escola Paulo Machado na comunidade de Pau Seco, foi também para o colégio Antônio Brandão, de lá, para o Gastão Guimarães, onde passou um pequeno período fazendo magistério. Foi quando descobriu que não tinha vocação para ser professor, e partiu para o colégio Estadual, em 1993, quando concluiu o segundo grau. Depois de anos, ele conseguiu ingressar no ensino superior, na Rede UniFTC, onde fez a graduação em administração e pós em marketing estratégico.
Ele começou a sua trajetória no rádio através de vários estágios, em Feira de Santana, em rádios como a Subaé, com Dilton Coutinho, onde ele conta que insistiu muito para realizar um teste, mas que acabou sendo reprovado, pois tinha um sonho, mas ainda não havia adquirido a prática.
“Para me firmar no rádio, tive que tomar muitas quedas. Fui reprovado na rádio Subaé, fui reprovado em uma pequena passagem na rádio Sociedade, na equipe de esportes, estive com Emanuel Brito, também que abriu portas pra mim na rádio Cultura, na transmissão do campeonato do Morada das Árvores, foi lá que eu comecei a me firmar, mas o campeonato acabou sendo extinto, as transmissões foram extintas pela rádio Cultura, e somente em 1993 que eu realmente comecei a deslanchar na minha carreira. Foi com Jair Cezarinho, eu já estava praticamente nas minhas últimas cartadas, depois de passar por diversas emissoras, e graças a Deus comecei a me firmar nesta oportunidade. Sou muito grato a Cezarinho por ter me dado esta oportunidade de entrar no rádio. Então comecei como setorista da seleção de Feira de Santana, cobrindo a seleção, depois fui cobrir o Fluminense de Feira de Santana, em 1993, e até o final de 1995 estive na rádio povo. Em 1994, Cezarinho deixou a rádio Povo e continuei até 1995. Em 1996, cheguei à rádio Sociedade, como repórter, para cobrir o Fluminense, fui convidado por Rogério Santana, e a partir daí, comecei definitivamente a minha trajetória, em 96, 97, eu já estava bem mais solto”, disse.
Coberturas no esporte: Em 1998, Jorge Biancchi participou da sua primeira cobertura internacional, onde foi escalado pelo colega Dilson Barbosa.
“Tenho também muita gratidão, Barbosa foi quem me proporcionou cobrir a Copa da França, a minha primeira experiência internacional, e de lá para cá, muitas outras coberturas internacionais surgiram. Em 1999, tive a experiência de cobrir a Copa América, do Paraguai, em 2002, eu fui o único feirense a cobrir a Copa do Mundo. Dilson Barobsa iria fazer esta cobertura, mas por problemas de saúde na família, ele não foi e eu fui escalado. Cobri a Copa do Mundo no Japão e na Coreia, integrando a rádio Sociedade de Feira, a rádio Sociedade da Bahia e uma série de outras emissoras pelo Brasil. 2002 foi uma grande experiência, foi um grande momento de me firmar, depois da primeira experiência, aquele nervosismo de transmitir uma copa do mundo, de fazer parte de uma grande rede. Cobrimos os jogos Pan-Americanos de 2007, no Brasil, depois a copa do mundo de 2010 na África do Sul, uma grandiosa experiência, também a Copa do Brasil em 2014, onde fui setorista da Seleção Brasileira, direto da Granja Comary, em 2018 estivemos na Copa da Rússia e, portanto assim, sou muito grato a Deus por esta trajetória de grandes coberturas internacionais, onde eu pude aprender, com grandes profissionais do rádio de Feira de Santana, da Bahia e do Brasil.
Em 2010, Jorge Biancchi teve a experiência de ser sócio do projeto de cobertura da Copa do Mundo, pela rádio Sociedade de Feira. Os diretos de transmissão, foram adquiridos junto à Rede Globo. Projeto este, que a contou com as parcerias de Dilson Barbosa e da Fundação Santo Antônio, além de Edson Marinho e da rádio Metrópole.
Do esporte para o jornalismo: Em 2005, Jorge Biancchi migrou para o jornalismo, e acabou deixando de fazer coberturas esportivas, com o foco de se consolidar ainda mais no cotidiano feirense, passando a tratar de diversos assuntos de relevância, como a política local e nacional, dentro outros. Atualmente, Biancchi comanda ao lado de Valdeir Uchoa, os programas, Jornal do Meio Dia, na Princesa FM e o De Olho na Cidade, na Sociedade News FM. Duas rádios de grande audiência e que deram toda a assistência para a consolidação e credibilidade dos dois produtos.
No jornalismo, de Feira para o mundo: No jornalismo, Jorge Biancchi e equipe, têm realizado grandes coberturas nacionais e internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e depois no Panamá. Na história do país, a cobertura do impeachment de Dilma Roussef, direto de Brasília. Segundo Jorge, um momento doloroso na nossa história política para alguns, para outros não, mas, ele se orgulha de como profissional, ter feito parte deste momento importante. Ainda no Brasil, ele marcou presença na posse do presidente Jair Bolsonaro.
Ao longo dos anos, tanto no programa Jornal do Meio Dia, quanto no De Olho na Cidade, diversos projetos importantes surgiram para contribuir ainda mais com a nossa população. “Sempre coordenamos a cobertura de eleições, temos criado muitos projetos como o “Feira de Santana e sua história”, o “De Olho nos Bairros”, “De Olho no Campo”, projeto que já realizamos com muito sucesso, visitando as comunidades, estes que a qualquer momento podem ser editados. São muitas ações que nós fazemos no dia a dia, acredito que pra gente fazer sucesso em um mercado tão competitivo como é o rádio em Feira de Santana, temos que inovar, temos que criar novos produtos, e é isso que estamos fazendo ao longo da nossa caminhada”, contou.
Um momento muito especial e recente, foi a cobertura da canonização de Irmã Dulce, onde Jorge Biancchi e Valdeir Uchoa foram até Roma, e trouxeram todos os acontecimentos deste que foi o principal acontecimento religioso do nosso país nos últimos anos.
“Essa é a nossa característica, de estar sempre antenado e trazendo novos produtos, acho que essa é uma das receitas para você se destacar estar sempre inovando, criando ideias, novos produtos. Destaco também ações que são realizadas no mês da mulher, com o projeto “Março Mulher”, temos ações no Dia das Mães, temos ações do outubro rosa, novembro azul, enfim, são projetos grandiosos que agregam à nossa ideia”, afirmou.
Biancchi conta que foi um desafio levar o Jornal do Meio Dia ao ar. O programa que vai ao ar de segunda a sexta, sempre das 12h às 14h, acaba de completar cinco anos de existência, e veio num momento turbulento no país, quando uma grande crise política se instaurava no país.
“Acreditamos e aceitamos o desafio. O Jornal do Meio Dia já tem 5 anos no ar, com o slogan: informação de qualidade é o nosso prato principal. Então, além de estar buscando informar o dia a dia da cidade, a gente busca também criar conteúdo que venha agregar valor para os nossos ouvintes. Temos muitos projetos para o futuro, a ideia é continuar crescendo cada vez mais, ampliando o nosso espaço no rádio jornalismo”, disse.
Com 27 anos de muita história, construída com muita luta no rádio, Jorge Biancchi nos conta que é muito grato, primeiramente a Deus e logo depois aos parceiros comerciais, que o ajudaram e acreditaram em todas as ideias que levaram ao sucesso do Jornal do Meio Dia, na Princesa FM, do programa De Olho na Cidade, na Sociedade News FM e também do portal de notícias De Olho na Cidade.
“Tenho muito que agradecer também aos ouvintes, agradecer à nossa equipe de trabalho, os nossos colaboradores, ao meu sócio, parceiro, irmão, Valdeir Uchoa, e dizer que a caminhada vai continuar. Estamos neste momento atravessado desafios muito grandes, contudo, com o que tem ocorrido no mundo com a pandemia, mas acho que não devemos ter medo do futuro, nós temos que ser determinados e enfrentarmos os desafios. A vida é feita de desafios, então, se a gente tem medo, não crescemos, temos que continuar apostando e acreditando, que temos sim talento, e capacidade para vencer os desafios e aproveitar as dificuldades, para tirar lições e avançar na nossa caminhada profissional, na nossa vida pessoal, na nossa vida familiar”, afirmou.
Jorge Biancchi finalizou afirmando que espera continuar crescendo e buscando não só o crescimento pessoal, mas colaborar com a nossa cidade, com o crescimento da nossa Feira de Santana e também de toda a região.
“Quando a gente viaja para uma cobertura Internacional, quando a gente cria um projeto, quando surge uma ideia nova, tudo isso é justamente que todos possam ganhar. Os ouvintes, os nossos parceiros comerciais, a equipe, todos. Neste momento tão especial, jamais poderia deixar de agradecer à minha família, o apoio dos meus pais, Antônio Machado, a minha mãe, que já não está mais conosco, Filomena Brandão, a minha esposa Lorena e aos meus filhos, Marcos e Biancca. Nós temos o objetivo de ganhar juntos, todos ganham, é a parceria ganha-ganha”, concluiu.