O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou o fim de uma série de medidas de distanciamento social. Novas regras vão valer apenas para a Inglaterra. Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales ainda vão anunciar medidas.
O uso de máscaras e as regras de distanciamento não serão mais obrigatórios na Inglaterra, anunciou Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, nesta segunda-feira (5/7).
Uma regra que impunha um limite máximo de seis pessoas por residência particular também foi removida, assim como a orientação para que as pessoas trabalhassem de casa.
Essa é a quarta e última etapa de uma série de medidas de distanciamento adotadas pelo país no início do ano para combater a propagação do coronavírus.
O Reino Unido já registrou 128 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia — 50,4% da população está completamente vacinada.
Johnson afirmou esperar que essa etapa final seja adotada conforme planejado, em 19 de julho. Mas isso só será confirmado no dia 12, após uma revisão dos dados mais recentes sobre a covid-19 no país.
Mais atualizações sobre o funcionamento das escolas, viagens e auto-isolamento serão dadas nos próximos dias, disse Johnson, em uma entrevista coletiva.
O primeiro-ministro afirmou que, mesmo após a retirada da obrigatoriedade da máscara, ele continuaria a usa-la em lugares lotados “por cortesia”.
As novas regras vão valer apenas para a Inglaterra. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são responsáveis por suas próprias normas.
O governo escocês disse que pode continuar a exigir máscaras em certos ambientes, mesmo depois de 9 de agosto, quando as atuais regras de isolamento perdem efeito legal.
No País de Gales, autoridades disseram que as pessoas precisam aprender a conviver com a covid-19, antes de uma nova revisão prevista para o próximo dia 15.
As regras na Irlanda do Norte acabaram de ser flexibilizadas, mas um novo diagnóstico sobre a situação do país deve ser divulgado em 8 de julho.
Johnson creditou à queda das restrições ao aumento da vacinação no país, mas alertou que os casos diários devem aumentar para 50 mil no final deste mês. “Devemos conviver, infelizmente, com mais mortes por covid”, disse.
O primeiro-ministro explicou: “Se não prosseguirmos agora (com a flexibilização), com o programa de vacinação avançando, quando iremos em frente?”.
Ele também citou o clima quente do atual verão na Inglaterra como um dos motivos para a flexibilização. “Corremos o risco de reabrir em um momento muito difícil, quando o vírus tem uma vantagem nos meses frios ou novamente adiando tudo para o próximo ano”, disse.
A fase final das medidas de distanciamento da Inglaterra foi adiada no mês passado para depois de 19 de julho, em meio ao aumento de casos da variante Delta do coronavírus.
O governo também anunciou outras mudanças do próximo estágio do enfrentamento da pandemia na Inglaterra:
– fim dos limites de pessoas em casamentos e funerais;
– regras de serviço de mesa em bares e restaurantes e requisitos de check-in no local serão descartados
– fim dos limites de visitantes em lares de idosos
– eventos de grande escala não vão mais exigir autorização específica
Isso significa que as casas noturnas vão reabrir pela primeira vez desde o início da pandemia, enquanto os serviços de atendimento nos bares podem voltar ao normal.
Os requisitos de distanciamento social impediram muitos locais de operar com capacidade total durante a pandemia.
As máscaras ainda são exigidas nos transportes públicos e nas lojas.
Ao lado de Johnson, o diretor médico da Inglaterra, Chris Whitty, descreveu os três cenários em que ele continuaria a usar máscara no contexto de números crescentes de casos.
“A primeira é qualquer situação dentro de uma casa cheia ou dentro de casa com pessoas próximas. A segunda situação é se o uso fosse solicitado por qualquer autoridade competente. E a terceira razão é se outra pessoa ficar desconfortável pelo fato de eu estar sem máscara”, explicou.
Sobre vacinação, Johnson afirmou que o intervalo entre a primeira e a segunda doses para menores de 40 anos será reduzida de 12 para oito semanas.
Na terça-feira (6/7), o secretário de Educação, Gavin Williamson, anunciará mais detalhes sobre o funcionamento das escolas no país, acrescentou o primeiro-ministro.
Outros 27.334 casos de covid-19 foram relatados em todo o Reino Unido na segunda-feira, juntamente com nove mortes.
Informações Terra