Um levantamento realizado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) mostra que faltam médicos na atenção primária em uma em cada três cidades brasileiras. O problema também atinge grandes centros, como Belo Horizonte.
A atenção primária é a porta de entrada de quem procura atendimento de saúde, o popular “postinho”. E, quando bem estruturada, consegue resolver cerca de 80% das queixas de saúde mais comuns, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).
A pesquisa mostrou que um terço das cidades entrevistadas tem falta de profissionais e não suporta atendimentos para a eficiência da rede de saúde pública. O levantamento foi aplicado via call center da CNM aos gestores municipais e alcançou 3.385 municípios, que concentram cerca de 112 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE.
Entre as cidades pesquisadas, 979 estão com falta de médicos, o que, na maioria dos casos, já dura mais de três meses.
As prefeituras apontam como dificuldades para contratação a exigência do cumprimento da carga horária semanal de 40 horas, o salário e a escassez de recursos. A falta de infraestrutura na cidade, como cinema, shopping e outros atrativos de lazer, foi apontado como um problema por 17 dos municípios. As gestões disseram realizar processos seletivos e editais de chamamento público para contratação de médicos.
As região Norte e Nordeste são as mais prejudicadas. Sul, Sudeste e Centro-Oeste aparecem na sequência, respectivamente. O problema impacta majoritariamente os municípios de grande porte, embora eles sejam o menor número de respondentes do levantamento. Uma das possíveis explicações para isso é que uma grande parte dos médicos quer se dedicar somente ao trabalho na rede privada ou dividir a atuação entre a área pública e particular, conforme mostra a edição 2023 da “Demografia Médica no Brasil”.
A pesquisa também concluiu que o Programa Mais Médicos, do governo federal, “não atende o preconizado em sua origem” — a CNM cita que a falta de enquadramento para grandes municípios agrava a situação. O governo Lula relançou o programa em março e abriu 15 mil novas vagas destinadas ao atendimento da população nas periferias dos centros urbanos e nos municípios do interior do país. Em nota, o Ministério da Saúde informou que tem o compromisso de fortalecer a atenção primária e ampliou as vagas do Mais Médicos e os incentivos profissionais do programa.
A cidade de Guaribas (PI), que ficou conhecida nacionalmente por apresentar perspectiva de vida nos padrões de países pobres da África no início dos anos 2000, sofre com o problema. Distante 660 quilômetros de Teresina, o município que foi palco do lançamento do Programa Fome Zero, em 2003, sofre para atrair médicos — chegou a ficar sem atendimento no fim de 2018, depois que Cuba decidiu sair do Mais Médicos após as condições anunciadas pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro.
O secretário de Saúde da cidade, Adiel Andrade, relatou ter tido problemas recentemente para contratar um profissional para repor a equipe. Com 4.276 habitantes, segundo o IBGE, a cidade conta com dois médicos, uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e três postos de apoio.
Em maio um médico não manifestou interesse [em vir], então começou a procura por seu substituto. Os médicos que já têm mais tempo na área realmente não querem vir e quando manifestam interesse é um valor absurdo. Então, optamos por contratar um recém-formado, e graças a Deus, a equipe já está completa novamente” none Adiel Andrade, secretário municipal de Guaribas (PI)
A diarista Adna Castro da Silva, 52, reclama da falta de médicos em Alter do Chão (PA), vila que faz parte do município de Santarém.Segundo ela, o local conta apenas com um médico e uma enfermeira.
Com dores abdominais frequentes, ela precisou passar numa consulta particular, paga por seu empregador, para descobrir que tinha pedras na vesícula. A cirurgia veio quase um ano depois, por meio da ONG Zoé, que leva médicos à região.
Tive essa dificuldade no atendimento. Precisamos de médicos para cá, no nosso lugar o SUS é muito carente. Eu me retorcia de dor, não conseguia mais trabalhar”none Adna Castro da Silva
Cristiane Pereira sobre médicos na comunidade: ‘Às vezes ficam um mês e não voltam mais’Imagem: Arquivo pessoal
A Prefeitura de Santarém confirmou que há dificuldades para contratação de médicos em áreas remotas. Em nota ao UOL, a gestão municipal informou que há três vagas ociosas na área urbana, porque os profissionais que atendiam ali foram classificados pelo Programa Mais Médicos e vão para áreas remotas. “A Secretaria Municipal de Saúde já está agilizando a contratação de novos médicos”, diz a nota.
Cristiane Pereira, 45, a Kika, presidente da Associação de Moradores da Vila Santana do Cafezal, em Belo Horizonte, faz parte da comissão de saúde da comunidade e diz ver o problema diariamente.
Tem vagas abertas, mas é muito difícil um médico que queira trabalhar em comunidade, mesmo que seja pacificada. Aparece um ou outro. Às vezes fica um mês e não volta mais. Às vezes a gente não sabe o porquê — se a demanda é muito grande, se ele tem que atender pacientes de outras equipes que não têm médico, e sobrecarrega demais. E tem também a questão de não ser especialista e ter que atender várias áreasnone Cristiane Pereira
O médico Marcelo Averbach, fundador da ONG Zoé, diz que a fixação de médicos em locais remotos esbarra na falta de condições para o trabalho ou relacionadas à vida familiar. “É preciso pensar em estratégias de planos de carreira para esses profissionais que se dispõem a ir trabalhar nesses locais”, diz ele, comparando o trabalho com o de juízes, que começam em comarcas menores e que migram para centros maiores com o decorrer do tempo.
O médico César Eduardo Fernandes, presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), faz a mesma analogia e destaca a importância de um plano de carreira. “Eu acho que os médicos de atenção primária deveriam ser profissionais com carreira de Estado, mais ou menos o que existe na magistratura. Se fixa num pequeno município, mas a depender da sua vontade, do acúmulo de experiência, pode pleitear mudança para centros maiores. Ele presta um concurso e não vai ser admitido desde o início numa grande cidade, tem que fazer uma carreira.”
Para o médico Artur Oliveira Mendes, diretor de Projetos e Pesquisas do Sinmed-MG (Sindicato dos Médicos de Minas Gerais), que trabalha há quase 20 anos na atenção primária, os dados de que faltam médicos de família não são uma novidade.
Muito pouco tem sido feito para resolver os problemas que já são apontados que causam essa má fixação dos profissionais. As cidades, em sua maioria, não têm um plano de carreira. Não oferecem condições para que desempenhem bem seu trabalho. Não tem tido ações que promovam segurança dos profissionais naquelas unidades. A violência verbal é a mais comum, mas tem a violência física. Nenhum profissional vai se fixar em condições adversas.none
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte diz que a distribuição de servidores da rede muda “diariamente” por causa de desligamentos, demandas temporárias e movimentações internas. A pasta confirmou que das quatro equipes do Centro de Saúde Cafezal, uma está sem médico. O município citou a realizações de concurso público, adesão ao edital do Mais Médicos e banco de currículos como as estratégias adotadas para garantir assistência à população.
Informações UOL
Nesta quinta-feira, 06, é o Dia Mundial das Zoonoses. Em Feira De Santana, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é responsável por colocar em prática o plano de controle dessas doenças no município.
Devido às ações promovidas pelo CCZ, algumas zoonoses estão controladas no município, a exemplo da raiva humana, que é uma infecção viral aguda e teve seu último caso diagnosticado em 2001.
Em 2022, 35.459 cães e 16.332 gatos foram imunizados contra a raiva. O trabalho também foi intensificado com 1.200 vistorias zoosanitárias, sendo a maior procura as doenças de leishmaniose e esporotricose. Neste mesmo período, foram realizados 870 atendimentos em animais sinantrópicos, na maioria dos casos relacionados a escorpião.
As zoonoses são doenças transmitidas pelos animais ao humano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 60% das doenças infecciosas humanas vêm de origem animal.
A médica veterinária e coordenadora do CCZ, Mirza Cordeiro, explica que a transmissão pode ocorrer de forma direta.
“A contaminação pode vir através de um contato com secreções, como mordidas, saliva, sangue, urina e fezes ou contato físico. Também de forma indireta, por vetores, como mosquitos e pulgas, ou pelo consumo de alimento contaminado, por exemplo. As principais formas de prevenção continuam sendo as ações educativas e a vacinação do animal”, explicou.
O CCZ funciona na avenida Eduardo Fróes da Mota, no bairro Pedra do Descanso. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
O contato pode ser feito através dos números 75 99967-3984 (para ligações) e 75 9851-8583 (mensagem via WhatsApp).
O Brasil pode amargar, em 2023, mais um recorde de mortes por dengue, mas esse alerta parece não preocupar o governo Lula (PT).
É que a atual gestão, por meio do Ministério da Saúde, não demonstra interesse em comprar a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda, já autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o mês de março, porque carece de ser analisada e pode demorar até um ano para ser viabilizada pelo sistema público.
Ocorre que o governo petista está dando prioridade à vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan desde 2009, que ainda não teve a pesquisa concluída e poderá ser disponibilizado pela Anvisa só em 2025, segundo o jornal O Globo.
A vacina japonesa, Qdenga, tem eficácia de 80,2% contra a dengue de qualquer sorotipo e pode prevenir a transmissão da doença pelo mosquito em pessoas entre 4 e 60 anos. A dose custa, em média, R$ 500.
Até o início de junho, de acordo com o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, 1,38 milhão de casos prováveis de dengue já foram diagnosticados no Brasil. O número significa um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.016 mortes pela enfermidade, 162,5% a mais do que no ano anterior.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, falou ao O Globo e demonstrou preocupação com o cenário sanitário que vamos enfrentar. Ele ressaltou que “esperar uma vacina do Instituto Butantan pode custar vidas, principalmente dos grupos mais vulneráveis”.
Informações Pleno News
Uma das primeiras medidas a serem tomadas após o nascimento do bebê é iniciar o calendário vacinal. Em Feira de Santana, as doses para cada faixa etária estão disponíveis nas Unidades Básicas (UBSs) e de Saúde da Família (USFs), de segunda a sexta-feira.
Para ser imunizado, os pais ou responsáveis devem acompanhar e apresentar certidão ou declaração de nascimento emitida pelo hospital, cartão SUS e caderneta de vacina do menor.
Conforme o cronograma do Ministério da Saúde, a recomendação é que no primeiro ano de vida, a criança receba os imunizantes que protegem contra tuberculose, hepatite, febre amarela, sarampo, pneumonia, paralisia infantil, meningite, diarreia, tétano, caxumba e catapora.
São elas: BCG, hepatite B, hexavalente, pneumo13, rotavírus penta, meningocócica B e ACWY, pentavalente, febre amarela, tetra viral, meningocócica C e hepatite A.
Para a mãe, Jaqueline Costa, além da proteção, vacinar é um gesto de amor. “O principal cuidado, para mim, é este de vacinar e fazer os exames que o médico solicita. Minha filha tem cinco dias e eu nem estou recebendo visitas em casa, só depois de tomar as primeiras doses para que ela não seja exposta a nenhum risco”, declarou.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia, explica que o sistema imunológico dos pequenos ainda é imaturo, fator que pode gerar complicações ao contrair certas doenças.
“Com a pandemia, observamos uma queda na vacinação, principalmente de bebês. Em 2022, a taxa de aplicação de BCG e hepatite B, imunos que a criança deve tomar nos primeiros dias de vida, não chegou a 60%. É importante que os pais levem seus filhos até as unidades. Não podemos deixar que os pequenos sofram danos que podem ser evitados”, frisou.
A coordenadora ainda destaca que a aplicação da BCG é feita somente nas unidades de referência, como Hospital da Mulher; UBSs do Cassa, Caseb I, Dispensário Santana, Irmã Dulce, Mangabeira, Serraria Brasil e Subaé; USFs das Baraúnas, Caseb II, Jardim Cruzeiro e CSU (Centro Social Urbano). Porém, as demais são feitas em qualquer unidade da atenção básica.
Em caso de dúvidas sobre qual imunizante a criança precisa tomar no momento, a orientação é que os responsáveis procurem a unidade de saúde em que a família está referenciada ou o agente comunitário de saúde do local para obter os esclarecimentos.
Em Feira de Santana, a dose única da vacina BCG é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de acordo com o cronograma vacinal (confira no final da matéria).
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia, o imunizante, aplicado logo após o nascimento, previne contra a tuberculose e formas graves da doença.
“A BCG é o meio mais eficaz contra a tuberculose. De janeiro até maio, atingimos cerca de 19% da cobertura. Quando falamos de recém-nascidos todo cuidado é essencial, pois o sistema imunológico é imaturo. Se o organismo de um adulto muitas vezes não consegue lidar, imagine o de um bebê, é muito frágil. Nesses casos, uma doença desse tipo agravada pode levar à morte”, alertou.
Gilmaria, é mãe da recém-nascida Maria Alice, e por entender a necessidade de manter o calendário vacinal da filha atualizado procurou a UBS Serraria Brasil para garantir a segurança da pequena.
“Minha filha só tem cinco dias de vida. Eu acho indispensável vacinar porque essa é a única maneira que eu tenho de proteger a minha pequena contra a tuberculose. É importante que todos os pais tenham essa consciência e tragam seus filhos também”, ressaltou.
A BCG deve ser aplicada, de forma preferencial, 12h após o nascimento até os 30 dias de vida Para ser imunizado, os pais ou responsáveis devem acompanhar e apresentar certidão ou declaração de nascimento emitida pelo hospital, cartão SUS e caderneta de vacina do menor.
Confira o cronograma da BCG:
Segunda-feira: Cassa, CSU, Dispensário Santana
Terça-feira: Caseb I e II, Irmã Dulce, Jardim Cruzeiro, Serraria Brasil
Quarta-feira: Baraúnas, Cassa, Subaé, Mangabeira
Quinta-feira: Caseb I e II, Irmã Dulce, Jardim Cruzeiro, Mangabeira, Serraria Brasil
Sexta-feira: CSU e Dispensário Santana
Abrir os olhos de madrugada e não conseguir mais dormir pode ser uma experiência frustrante para qualquer um. A questão é: o que fazer nesses momentos? É melhor continuar na cama e se esforçar para voltar a dormir ou se levantar?
De acordo com Érika Treptow, médica pneumologista com área de atuação em medicina do sono e pesquisadora do Instituto do Sono da Unifesp, é normal apresentar alguns despertares breves durante o sono e voltar naturalmente a dormir sem esforço, porém, quando se desperta e passam alguns minutos, é importante tentar voltar a dormir para evitar o cansaço, diminuição de memória, foco e comprometimento do aprendizado, e da imunidade.
Segundo a médica, quanto mais precoce é o despertar, ou seja, no início da noite, mais ele vai interferir no sono profundo, um dos responsáveis pelo corpo acordar com disposição de manhã. “Quando o sono é interrompido no meio ou final da madrugada, mais ele irá prejudicar o sono REM, que ocorre mais na segunda metade da noite, fundamental para a manutenção das funções cognitivas”, diz Treptow.
Para voltar a dormir, os profissionais de saúde apontam que o melhor caminho é ficar longe das telas, entender o motivo do despertar e buscar ajuda em outros hábitos. A seguir, veja algumas dicas para esses momentos que o sono não vem.
A psicóloga Claudia Martini Fracaroli, especialista em saúde ocupacional e head de saúde populacional na eCare Clínica, aponta que olhar o relógio pode ser um gatilho para ansiedade. “Pode acelerar a pessoa, que ficará pensando em quanto tempo ainda resta para dormir, ou lhe deixar ansiosa, pelo tempo que está perdendo de sono.”
Quando despertar e não retornar a dormir em aproximadamente 15 minutos, a alternativa é se levantar e fazer alguma atividade não estimulante e simples, como ir ao banheiro, tomar água e voltar para a cama.
“Ficar na cama virando de um lado para o outro e olhar o horário no despertador podem retardar o retorno ao sono. Tente fazer essas atividades [tomar água ou ir ao banheiro] sem ligar as luzes ou com luzes baixas, e sem contato com telas”, recomenda Treptow.
Faça ajustes no ambiente, se for pertinente. Barulho, muito calor ou muito frio e luminosidade demais podem perturbar o sono. Veja se você está passando frio ou muito calor, ou se o quarto não está escuro o suficiente. Em regiões onde o sol nasce a partir das 4h da manhã, é recomendado o uso de cortinas, blecaute e protetores de olho para dormir.
É necessário fugir dos problemas que podem vir à mente. Faça uma breve meditação para estar no momento presente e evite pensar no dia anterior ou que virá.
Prestar atenção na respiração, relaxar os músculos por grupos, da cabeça aos pés ou até mesmo pensar no ritmo das ondas mar, em uma paisagem com calmaria pode influenciar na retomada do sono.
Pode parecer clichê, mas contar carneirinhos pode ajudar. A contagem regressiva, começando pelo 100, ocupa sua mente com algo entediante, assim você não corre o risco de começar a pensar nos e-mails do trabalho ou nos problemas, e perder ainda mais o sono. Claudia Martini Fracaroli, psicóloganone
Pode parecer tentador buscar um remédio rápido para adormecer, mas para isso existe a melatonina. “Ela é considerada um suplemento e hormônio sintético. No Brasil, não precisa de receita para comprar e pode auxiliar na retomada do sono, especialmente para aqueles que sabem que aquele despertar é ocasional, e não necessariamente um ponto de atenção para a saúde mental ou para um quadro de insônia”, explica Estácio Amaral, psiquiatra e professor da Universidade Federal da Paraíba.
Pode parecer tentador, mas ao acordar de madrugada e fazer essas atividades, de alguma forma, a pessoa terá que despertar ainda mais para executá-las, o que pode influenciar na retomada do sono.
Uma música tranquila instrumental ou até mesmo uma meditação guiada pode auxiliar o corpo a relaxar novamente, mas é importante evitar o uso de luminosidade. Por esse motivo, você pode recorrer ao comando de voz do celular ou até mesmo de assistentes virtuais como Alexa, Siri ou Google.
Se todas essas alternativas não deram certo, é possível que a leitura possa auxiliar. Contudo, é importante ler com luz amarela e não branca, para facilitar o processo de adormecer.
Informações UOL
FREEPIK
Um novo medicamento injetável desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly para o tratamento de obesidade e sobrepeso se mostrou capaz de reduzir o peso corporal médio dos participantes de um estudo clínico em até 17,5% (18,7 kg) em seis meses. Ao longo de 11 meses, a redução média do peso foi de até 24,2% (26,2 kg).
Os resultados da fase 2 de testes foram publicados nesta semana no The New England Journal of Medicine, um dos periódicos científicos mais respeitados do mundo.
“Considerando que os participantes ainda não haviam atingido um platô de peso na época em que o estudo terminou, parece que a eficácia total da redução de peso ainda não foi alcançada. Ensaios de fase 3, de duração mais longa, permitirão uma avaliação abrangente da eficácia e tolerabilidade deste potencial farmacoterapêutico para o tratamento da obesidade”, comentou, em comunicado divulgado pela Eli Lilly, a professora Ania Jastreboff, da Escola de Medicina de Yale.
A fase 2 do estudo foi feita com 338 participantes que foram divididos em grupos com diferentes esquemas de dose de retatrutida e outros que receberam placebo.
As injeções por via subcutânea foram aplicadas uma vez por semana, durante 48 semanas.
As doses estudadas foram de 1 mg, 4 mg, 8 mg e 12 mg. Foi com 12 mg que os pacientes conseguiram a redução de peso mais significativa, de 24,2%.
A retatrutida é uma molécula nova que foi desenvolvida em laboratório e que tem a capacidade de ativar receptores no nosso corpo para três hormônios: o glucagon, o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon).
O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas. Sua função principal é aumentar os níveis de glicose (açúcar) no sangue. Ele estimula o fígado a liberar glicose armazenada, aumentando assim os níveis de açúcar no sangue. O glucagon desempenha um papel importante na regulação dos níveis de glicose durante períodos de jejum ou quando os níveis de açúcar estão baixos.
O GIP é um hormônio produzido pelas células do intestino delgado em resposta à ingestão de alimentos, especialmente carboidratos. Sua principal função é estimular a liberação de insulina pelo pâncreas. A insulina ajuda a regular os níveis de glicose no sangue, facilitando a entrada de glicose nas células para ser utilizada como fonte de energia.
O GLP-1 também é produzido pelo intestino delgado. Ele tem várias funções importantes relacionadas à regulação dos níveis de açúcar no sangue. O GLP-1 estimula a liberação de insulina, inibe a liberação de glucagon e retarda o esvaziamento gástrico, o que ajuda a controlar os níveis de glicose após as refeições. Além disso, o GLP-1 desempenha um papel na supressão do apetite, promovendo uma sensação de saciedade.
No contexto do tratamento da obesidade, a ativação desses três hormônios por meio da molécula única retatrutida pode ter efeitos benéficos.
A combinação de ações, como a regulação dos níveis de glicose, a promoção da saciedade e o controle do apetite, pode auxiliar no gerenciamento do peso corporal e no tratamento da obesidade.
O estudo avança agora para a fase 3, última antes de a farmacêutica pedir o registro aos órgãos reguladores.
“Esses dados da fase 2 nos deram confiança para explorar ainda mais o potencial da retatrutida em ensaios de fase 3 que irão além da redução de peso e se concentrarão no tratamento abrangente da obesidade e de suas complicações”, disse, em comunicado, o diretor científico e médico da Eli Lilly, Dan Skovronsky.
Informações TBN
Pressão arterial deve ser medida pelo menos uma vez por ano; maioria dos hipertensos precisa tomar remédios durante toda a vida para controle da doença.
Especialistas recomendam medir a pressão arterial pelo menos uma vez por ano, a partir dos 3 anos de idade — Foto: Pixabay/Divulgação
O diagnóstico da hipertensão arterial passa por dois números: 14 por 9. Se, ao fazer a medição no aparelho, a pressão alcançar esses números ou ultrapassá-los, é um sinal de alerta.
👉 Medir a pressão arterial é a única forma de descobrir se você tem pressão alta.
Esta reportagem faz parte da série do g1 “Brasil hipertenso”, que analisa o aumento dos casos de hipertensão arterial no país; lista os vilões da pressão alta; mostra o que realmente funciona contra a doença; e explica a partir de qual idade se deve começar a medir a pressão.
A pressão arterial é medida por milímetros de mercúrio, com aquele clássico aparelho que aperta levemente o braço por alguns segundos.
Quando o médico diz que sua pressão está “quatorze por nove”, significa a medida de 140/90 mmHg, usada para indicar quantos milímetros o mercúrio sobe no medidor do aparelho.
🚨 É considerada hipertensão se, de forma persistente, a pressão sistólica for maior ou igual a 140 mHg e/ou a pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg.
Não necessariamente. O diagnóstico de hipertensão arterial só é validado após outras medições, em duas ou mais visitas médicas.
O paciente não pode estar com a bexiga cheia, ter praticado exercícios físicos, ingerido bebidas alcoólicas e café ou ter fumado antes de medir a pressão.
Também podem ser feitas medições fora do consultório, com outros exames, como o MAPA e o MRPA, que medem a pressão durante as atividades cotidianas.
Aparelho como este é capaz de medir a pressão arterial fora do consultório médico — Foto: Reprodução
Sociedades médicas recomendam que a pressão arterial comece a ser monitorada a partir dos três anos de idade:
👉 Por que é importante? Medir a pressão é a única forma de diagnosticar a hipertensão arterial. A doença é conhecida pelo caráter silencioso: em 90% dos casos, não apresenta sintomas. Iniciar o tratamento o quanto antes é essencial para prevenir a mortalidade pela doença.
Estimativas apontam para 600 mil mortes diretas e indiretas por pressão alta em uma década no Brasil. Nos últimos anos, a prevalência e a mortalidade aumentaram no país.
📈 A taxa de mortalidade por hipertensão cresceu 59% em dez anos, atingindo o maior valor da série histórica em 2021. Atualmente, são 18,7 óbitos a cada 100 mil habitantes no Brasil. A pressão alta está por trás de 60% dos casos de infartos e 80% dos casos de AVC.
A pressão arterial pode ser classificada como: ótima, normal, pré-hipertensão e hipertensão nos estágios 1, 2 e 3. A classificação é feita com a medida em adultos no consultório médico.
🩺 Uma pressão considerada ótima e normal fica na casa dos 12 por 8. Indivíduos com pressão arterial na faixa dos 13 por 8 são considerados pré-hipertensos.
⚠️ A hipertensão começa a partir do estágio 1 – o mais brando -, quando os níveis aumentam para 14 por 9. Há também os estágios 2 e 3 – os mais graves.
Classificação da pressão arterial — Foto: Fabricio Bianchi/Arte g1
Mas diagnóstico e o ponto em que a hipertensão se encontra vão além dos números que aparecem no medidor. Os fatores de risco de cada paciente são essenciais para definição do quadro e, consequentemente, do tratamento – se vai precisar ou não de remédios, por exemplo.
❗ De uma maneira geral, a hipertensão em estágio 1 é considerada menos grave, mas pode ser de alto risco para quem possui um combo de situações que agravam o quadro, como histórico de pressão alta na família, obesidade, diabetes, tabagismo e idade avançada.
Por outro lado, alguém que for considerado pré-hipertenso pode não ter risco elevado por conta da ausência de fatores de pré-disposição para a doença.
Para todos os casos, a regra é clara: pessoas com pressão elevada devem começar a fazer mudanças no estilo de vida, passando por uma boa alimentação até a eliminação do sedentarismo.
A maioria das pessoas com diagnóstico de hipertensão precisa tomar um ou mais remédios para o resto da vida. Ao mesmo tempo, é muito frequente o abandono do tratamento, o que é considerado preocupante por médicos especialistas no tema.
“É uma doença muito comum e assintomática. Como a pessoa não sente nada, acaba abandonando o tratamento no caminho. Muitas vezes, a pessoa até tem um diagnóstico de hipertensão, mas não trata”, explicou Luciano Drager, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
🏃 De uma forma geral, antes de entrar com a medicação, o hipertenso em estágio inicial é orientado a fazer mudanças no estilo de vida: reduzir o consumo de sal, adotar uma dieta equilibrada, consumir alimentos que ajudam na redução da pressão, como banana e cacau, e fazer atividade física.
🔄 Meses depois, o paciente pode ser reavaliado pelo médico para verificar se o comportamento da pressão mudou de lá para cá e se vai precisar avançar para os remédios.
“Se tiver reduzido a pressão arterial, a pessoa é orientada a permanecer com essas medidas de modificação no estilo de vida. Mas isso é muito raro. Não apenas é raro esse tipo de resposta, mas o mais raro é a pessoa manter esses hábitos saudáveis a médio e longo prazo”, diz a cardiologista Andréa Araujo Brandão, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Por conta dessa falta de disciplina‘ em manter uma vida saudável, a maior parte necessita de remédios para controle da pressão, que precisam ser tomados todos os dias – e, sim, é para o resto da vida.
“A pressão arterial só é controlável através de medicação. No momento em que a pessoa para com a medicação, a pressão vai naturalmente subir. Pode ser no mesmo dia, pode demorar um ou dois dias, mas ela vai ter de novo a pressão arterial elevada, às vezes de maneira até mais súbita pela saída rápida do remédio”, explica médica.
Segundo ela, é preciso explicar para as pessoas que têm pressão alta que a medicação é fundamental. Ela é de uso contínuo e para o resto da vida porque a pressão alta é uma doença que não tem cura. “Não é como uma gripe que a gente tem febre, toma um remédio e passa”, afirma Andréa.
💊 O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui mais de 20 remédios para o tratamento de hipertensão. Alguns são específicos para controle da pressão, outros atuam sobre o sistema cardiovascular e renal, como diuréticos e vasodilatadores. O médico é quem determina o melhor método de tratamento.
Informações G1
Em Feira de Santana, 37 pessoas aguardam transferência para uma unidade hospitalar nesta terça-feira (27). As vagas são disponibilizadas pelo Sistema de Regulação do Governo do Estado.
Do total, 12 pacientes esperam na UPA Queimadinha, 11 na UPA Mangabeira, 1 no Hospital da Mulher e outros 13 nas policlínicas municipais: Rua Nova (3), Feira X (1), Humildes (1), Parque Ipê (4), Tomba (2) e George Américo (2)
Na UPA Queimadinha, uma idosa de 80 anos que sofre com febre de origem desconhecida e de outras partes está na fila da regulação há cerca de 22 dias. Já na Policlínica da Rua Nova, uma idosa de 93 anos deu entrada há 10 dias e espera a transferência a fim de receber o tratamento adequado para pneumonia- infecção que se instala nos pulmões.
REGULAÇÃO ESTADUAL
O Sistema de Regulação Estadual é uma ferramenta do Governo do Estado que disponibiliza vagas em unidades públicas hospitalares conforme critério de gravidade e não proximidade, visando a democratização do acesso.
Para isso, o paciente atendido em uma unidade de urgência e emergência é avaliado e submetido a exames laboratoriais ou de imagem, de acordo com as condições clínicas.
Se comprovada a necessidade de assistência hospitalar, os profissionais da unidade solicitam a regulação no sistema para que o paciente tenha a assistência adequada.
Há 14 anos, Carina Soares, enfermeira com uma carreira consolidada de 10 anos, e Jair Soares, médico com 20 anos de experiência, receberam o diagnóstico de autismo de seu filho Guilherme. *Determinada a encontrar o melhor tratamento, Carina mergulhou em uma busca incessante pelo conhecimento*, se formou em psicologia e especializou-se em Análise do Comportamento, conquistando um mestrado na área. Após anos de dedicação, eles *fundaram a Clínica Ideal, que se tornou um ponto de virada na vida de Guilherme.*
Localizada na *Rua Pássaro Vermelho, 213, em Lagoa Salgada, Feira de Santana, a clínica é reconhecida como o tratamento mais completo da região para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).* Seu objetivo é proporcionar um ambiente completo e abrangente para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades desses indivíduos, permitindo aplicá-las no dia a dia e nas diversas situações que a pessoa pode encontrar fora do centro de intervenção.
Carina dedicou-se à área da psicologia e se destaca como a *única psicóloga na região com certificação internacional pelo QBA (Quality Board for Autism) e BCBA (Board Certified Behavior Analyst)*, suas certificações representam uma conquista significativa, *destacando sua competência e conhecimento em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) com foco em transtornos do desenvolvimento, como o autismo*. Com sua experiência, ela se dedica a melhorar a qualidade de vida das pessoas, auxiliando-as no desenvolvimento de habilidades essenciais e na superação de desafios. Sua certificação internacional é um testemunho de seu compromisso em oferecer cuidados e apoio de alta qualidade às crianças.
A Clínica Ideal oferece uma ampla variedade de serviços e recursos, incluindo *brinquedos sensoriais, um lago com peixes, tapete sensorial, mini zoológico e horta, proporcionando estímulos ao contato com a natureza e oferecendo experiências enriquecedoras.*
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A Clínica também estabeleceu uma parceria com a CBDMED para o uso de Canabidiol, substância que tem demonstrado benefícios no manejo de sintomas associados ao autismo. Com uma *abordagem integrativa e uma equipe multidisciplinar, a clínica busca promover o desenvolvimento, a inclusão e a qualidade de vida das pessoas com TEA.
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