Agência Brasil- O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou nesta quarta-feira (17) um cronograma em que prevê a distribuição de cerca de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até julho. O anúncio foi feito durante reunião virtual com governadores, informou a pasta.
Na programação apresentada, o ministro incluiu as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, que podem garantir ao Brasil a chegada da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, respectivamente. A previsão, de acordo com a pasta, é que o contrato com os dois laboratórios seja assinado ainda nesta semana. Os dois imunizantes ainda não possuem pedido de uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As próximas entregas aos estados acontecem ainda em fevereiro: serão 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.
A assessoria do Ministério da Saúde informou o seguinte cronograma sobre a entrega das vacinas no país:
Janeiro | 2 milhões (entregues) |
Fevereiro | 2 milhões (importadas da Índia) |
Março | 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Abril | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Maio | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Junho | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Julho | 3 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Total (1º semestre) | 112,4 milhões de doses |
A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Janeiro | 8,7 milhões (entregues) |
Fevereiro | 9,3 milhões |
Março | 18,1 milhões |
Abril | 15,9 milhões |
Maio | 6 milhões |
Junho | 6 milhões |
Julho | 13,5 milhões |
Total | 77,6 milhões de doses |
Até setembro, serão entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Março | 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford) |
Até junho: | 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford) |
Total: | 10,6 milhões de doses |
Março | 400 mil (importadas da Rússia) |
Abril | 2 milhões (importadas da Rússia) |
Maio | 7,6 milhões (importadas da Rússia) |
Total | 10 milhões de doses |
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Março | 8 milhões (importadas da Índia) |
Abril | 8 milhões (importadas da Índia) |
Maio | 4 milhões (importadas da Índia) |
Total | 20 milhões de doses |
A Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou, nesta quarta-feira (17), a transmissão comunitária no estado da variante B.1.1.7 do SARS-CoV-2, cepa do coronavírus detectada no Reino Unido.
O resultado foi apresentado após o sequenciamento genético da amostra de um homem de 62 anos, residente em Salvador, sem histórico de viagem ao exterior, nem contato com pessoas com esse perfil. O sequenciamento genético da amostra foi realizado pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, “a transmissão autóctone ou comunitária é assim chamada quando as equipes de vigilância não conseguem mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais”, explica a diretora.
Até o momento, a Bahia identificou outros três casos suspeitos da variante do Reino Unido e confirmou a circulação da mesma linhagem do SARS-CoV-2 presente em Manaus, que é a P.1, em 11 pessoas, todos com origem na região Amazônica.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) fará o sequenciamento de 300 novas amostras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O Lacen é a terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde.
Informações Jornal Correio
Fazer terapia é mais do que apenas contar suas frustrações ao especialista. Existem diversas linhas e conhecê-las é importante para decidir qual mais funciona para você. A psicanálise talvez seja o estilo mais conhecido, mas a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) é considerada um padrão no tratamento de muitos problemas de saúde mental.
O método busca entender a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos e como eles o afetam. A ideia é analisar as atitudes do paciente para transformar reações automáticas em decisões conscientes. Ficou confuso? A seguir, tire oito dúvidas sobre como saiba em detalhes sobre como essa linha terapêutica funciona.
É um tratamento psicoterapêutico que se propõe a ajudar o paciente identificando nele padrões de pensamentos, crenças e hábitos disfuncionais que, por sua vez, têm influência negativa em seus comportamentos e suas emoções. Após reconhecer esses padrões, o terapeuta pode auxiliar a pessoa e encontrar novas possibilidades de pensamentos para lidar de forma mais assertiva com as situações.
Essa terapia acredita que é possível modificar a crença distorcida das coisas, por meio de treino e pensamentos funcionais. O paciente aprende a reagir aos estímulos do meio.
Sim. E também do transtorno bipolar, síndrome do pânico e ansiedade, disfunções sexuais, anorexia nervosa, bulimia, esquizofrenia, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), TEPT (transtorno do estresse pós-traumático), fobias e problemas do impulso, como o jogo patológico.
A TCC incorpora diversas estratégias voltadas para alterar o pensamento, o humor e o comportamento do paciente. Como cada caso é único, as técnicas podem ser variadas, dependendo da necessidade pessoal, gerando assim melhores resultados. As mais usadas são: registros de pensamentos automáticos, diários de emoções, questionamentos na sessão, treino de comunicação para melhorar o repertório de habilidades conversacionais, simulações de situações, análise do pensamento real e imaginário, troca de papéis, exposição e prevenção de resposta e relaxamento.
Sim, embora as indicações sejam, na maior parte das vezes, para casos de ansiedade, problemas comportamentais, transtornos psiquiátricos e distorções cognitivas.Imagem: iStock
Sim. É a terapia com maior número de ensaios clínicos que demonstram sua efetividade. Para se ter uma ideia, um estudo realizado por pesquisadores da University College London e publicado no periódico Current Biology revelou que a TCC afeta o volume e a atividade do cérebro.
O tratamento reduziu o tamanho da amígdala, região do cérebro associada à manifestação das emoções —quanto maior seu volume, nos casos de ansiedade social, maior a severidade dos casos.
As sessões de terapia cognitivo-comportamental duram cerca de uma hora. A frequência varia conforme o caso clínico, sendo comum realizar sessões semanais ou quinzenais. A duração do tratamento também se orienta de acordo com a necessidade de cada paciente, levando em consideração questões como suas crenças e seus padrões comportamentais.
No geral, pode levar de seis meses a dois anos, aproximadamente. A TCC sempre parte de objetivos terapêuticos que, vencidos, podem dar origem a outros, por isso o mais importante é fazer com que a pessoa adquira estratégias para viver com mais qualidade de vida e não dependa do terapeuta.
Não necessariamente. Porém, dependendo do caso, algumas vezes se faz necessário o uso de antidepressivos, já que alterações nos sistemas de neurotransmissores (noradrenalina, serotonina) têm ligação com as interações do indivíduo com o ambiente.
As mudanças de padrão de pensamentos são perceptíveis ao longo do tempo de atendimento, mas não há um prazo estipulado para se perceber a evolução. Alguns sinais são observados pelos terapeutas e servem como parâmetro. Um manejo mais assertivo, mesmo quando há alterações do comportamento, a estabilidade no humor, disposição nas relações pessoais e no trabalho são indicativos de que a adesão ao processo terapêutico está acontecendo.
Vale frisar que, em certos casos, já na segunda sessão o paciente percebe algum resultado ou mudança, como reconhecer algum pensamento automático distorcido. É essencial considerar que cada pessoa é única e, portanto, as táticas de tratamento devem ser flexíveis.
Fontes: Andréa Chaves, mestre em psicologia pela UCB (Universidade Católica de Brasília) e membro da equipe de atendimento psíquico do NUSAM-Samu (Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); Elaine Di Sarno, psicóloga especializada em avaliação psicológica e neuropsicológica e em terapia cognitivo-comportamental, ambas pelo
IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Joaquim Leães de Castro, psicólogo clínico graduado pela PUCRJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) com especialização em TCC e pós-graduado em sexualidade, gênero e direitos humanos pela Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz); Mario Louzã, psiquiatra, psicanalista e doutor em medicina pela Universidade de Würzburg, na Alemanha.
Informações Viva Bem UOL
Feira de Santana não registrou nenhuma morte por Covid-19, nas últimas 24h. Até agora são exatamente 22.580 pacientes recuperados, índice que representa 92,9% dos casos confirmados. Enquanto isso, 379 exames foram negativos e 74 positivos.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 68 pacientes internados no município e 1.252 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde nesta terça-feira (16).
Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTA TERÇA-FEIRA
16 de fevereiro de 2021
Casos confirmados no dia: 74
Pacientes recuperados no dia: 88
Resultados negativos no dia: 379
Total de pacientes hospitalizados no município: 68
Óbito comunicado no dia: 0
A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.
NÚMEROS TOTAIS
Total de pacientes ativos: 1.252
Total de casos confirmados no município: 24.280 (Período de 06 de março de 2020 a 16 de fevereiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 1.184
Total de recuperados no município: 22.580
Total de exames negativos: 35.155 (Período de 06 de março de 2020 a 16 de fevereiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 357
Total de óbitos: 448
INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS
Total de testes rápidos realizados: 21.458 (Período de 06 de março de 2020 a 16 de fevereiro de 2021)
Resultado positivo: 3.837 (Período de 06 de março de 2020 a 16 de fevereiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 13
Resultado negativo: 17.621 (Período de 06 de março de 2020 a 16 de fevereiro de 2021)
O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).
Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana
medida, definida após reunão com prefeitos, será aplicada das 22h às 5h, pelo prazo inicial de sete dias
A Bahia terá toque de recolher a partir desta sexta-feira (19). A informação foi confirmada pelo governo estadual há pouco. A medida será aplicada das 22h às 5h, pelo prazo inicial de sete dias. Foi definida após reunião com prefeitos no final da tarde desta terça-feira (19). Não ocorrerá o toque de recolher no Oeste e nas regiões de Irecê e Jacobina,que apresentam os três menores índices de ocupação de leitos de UTI para Covid-19. Mais informações serão divulgadas ainda nesta noite, durante o programa Papo Correria.
Segundo o governador Rui Costa, o decreto que será publicado nesta quarta-feira (17) proíbe atividades comerciais não essenciais. “É uma medida que precisamos tomar para conter as taxas de contágios e o número de casos ativos que hoje ultrapassam 15 mil. É uma forma de conter o avanço desse número alarmante que, se continuar crescendo, irá levar ao total colapso do sistema de saúde”, declarou .
Na reunião com os prefeitos, técnicos da Secretaria da Saúde mostraram que a Bahia alcançou uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI. “Os dados indicam um risco real de colapso do sistema de saúde e consequente aumento na mortalidade. Nesse momento, apenas medidas de distanciamento social mais severas minimizarão as altas taxas de transmissão do vírus”, afirmou o secretário da saúde, Fábio Vilas Boas.
Informações Bahia.ba
Agência Brasil- O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (16), em Brasília, ter garantido mais 54 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. Acrescentou ter assinado novo contrato com o Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com o laboratório Sinovac.
A previsão, considerando os 46 milhões de doses já contratadas, é distribuir aos estados 100 milhões da vacina até setembro.
Segundo o ministério, além da CoronaVac, o Brasil receberá mais 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio Covax Facility até dezembro. Também foram contratadas mais 222,4 milhões de doses de vacina contra covid-19 em produção pela Fundação Oswaldo Cruz, e parte desses imunizantes já começou a ser entregue mês passado.
A previsão do Ministério da Saúde é assinar, nos próximos dias, contratos de compra com a União Química. Entre os meses de março e maio, o laboratório deve entregar dez milhões de doses da vacina Sputnik V.
O ministério também espera contratar da Precisa Medicamentos mais 30 milhões de doses da Covaxin, também entre março a maio.
Confira o cronograma de entregas de vacinas:
Consórcio Covax Facility
Entregas de 42,5 milhões de doses:
Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca
Até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca
O consórcio, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), funciona como um centro de distribuição internacional de vacinas. O Brasil receberá, ainda, aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra a covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano, conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente por esse consórcio.
Fundação Butantan – Corodonavac/Sinovac
Entregas de 100 milhões de doses:
Janeiro: 8,7 milhões – entregues
Fevereiro: 9,3 milhões
Março: 18,1 milhões
Abril: 15,93 milhões
Maio: 6,03 milhões
Junho: 6,03 milhões
Julho: 13,55 milhões
Agosto:13,55 milhões
Setembro: 8,8 milhões
Fundação Oswaldo Cruz – Oxford/Astrazeneca
Entregas de 222,4 milhões de doses:
Janeiro: 2 milhões – entregues
Fevereiro: 4 milhões
Março: 20,7 milhões
Abril: 27,3 milhões
Maio: 28,6 milhões
Junho: 28,6 milhões
Julho: 1,2 milhões
A partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
União Química – Sputnik V/Instituto Gamaleya
Entrega de 10 milhões de doses (importadas da Rússia) – Previsão de assinatura de contrato esta semana.
Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato
Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato
Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato
A partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá passar a produzir mais oito milhões de doses por mês.
Precisa Medicamentos – Covaxin/Bharat Biotech
Entrega de 20 milhões de doses importadas da Índia – Previsão de assinatura de contrato esta semana.
Março: 8 milhões – 4 milhões mais 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato
Abril: 8 milhões – 4 milhões mais 4 milhões de doses entregues entre 45 e 60 dias após a assinatura do contrato
Maio: 4 milhões entregues 70 dias após a assinatura do contrato
1.290 pessoas estão com a doença no município
O último balanço da evolução da pandemia do Coronavírus em Feira de Santana indicou um aumento de novos casos e mortes por Covid-19. Entre os dias 8 a 14 de fevereiro, foram registrados 581 casos positivos e 16 mortes, contra 331 diagnósticos e 12 óbitos da semana anterior, o que, se comparado, representa um aumento de 75% dos casos confirmados e 33% dos óbitos.
No Hospital de Campanha a situação também é preocupante, dos 18 leitos de UTI, 16 estão ocupados. Entre os 35 leitos clínicos, 20 estão com pacientes.
O balanço aponta ainda que, incluindo os hospitais particulares, 65 pessoas estão internadas no município diagnosticadas com a doença.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado neste segunda-feira (15), o município tem 24.206 casos confirmados, destes, 22.492 pacientes estão curados da doença, 448 morreram e 1.290 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença.
A curva de casos de covid-19 subiu a partir de junho de 2020, atingiu seu primeiro pico em julho, com 3.204 casos e começou a cair a partir de setembro. Em dezembro o município registrou a segunda onda, com 4.845 casos registrados no mês, um aumento mais intenso do que no primeiro semestre do ano.
Mesmo com o aumento, Feira de Santana apresenta a menor taxa de morte por Covid-19 a cada 100 mil habitantes entre 28 capitais e municípios do país, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
A taxa de letalidade no município é de 1,68%, índice considerado baixo em comparação a Salvador (2,62%) Bahia (1,71%) e o Brasil (2,4%).
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que a população deve continuar com os cuidados de higiene, o distanciamento social e o uso da máscara para reduzir o número de contágio.
São previstas 42,5 milhões de doses pelo Covax Facility
Agência Brasil- O cronograma do Ministério da Saúde para as entregas das doses das vacinas contra a covid-19 pelos laboratórios produtores prevê a remessa de 42,5 milhões de doses pelo consórcio Covax Facility, sendo 2,65 milhões da vacina AstraZeneca em março e de mais 7,95 milhões do mesmo imunizante até junho. O Brasil receberá ainda aproximadamente mais 32 milhões de doses de vacinas contra covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano, conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente pelo Covax Facility.
A Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Seas) do ministério destacou que o consórcio, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), funciona como um centro de distribuição internacional de vacinas.
Em outras remessas, a Seas informou que a previsão é receber do Instituto Butantan, de São Paulo, 100 milhões de doses da vacina CoronaVac. Em janeiro, conforme a secretaria, foram entregues 8,7 milhões de doses. Em fevereiro serão mais 9,3 milhões. O cronograma tem previsões para os meses seguintes março (18,1 milhões), abril (15,93 milhões), maio (6,03 milhões), junho (6,03 milhões), julho (13,55 milhões), agosto (13,55 milhões) e a última entrega prevista é para setembro (8,8 milhões).
Já da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cronograma estima o recebimento de 222,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Em janeiro, o ministério informou que recebeu 2 milhões de doses. Para fevereiro, a entrega prevista é de 4 milhões. Em março serão 20,7 milhões, em abril mais 27,3 milhões, em maio 28,6 milhões e em junho 1,2 milhão. Conforme a secretaria, a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
O cronograma prevê ainda a entrega das 10 milhões de doses da vacina Sputnik V do Instituto Gamaleya, importadas da Rússia, pela farmacêutica União Química. De acordo com a Seas, a previsão é de que o contrato seja assinado esta semana. Quinze dias após a assinatura, o ministério deve receber 800 mil doses. Em abril, com 45 dias após a assinatura do contrato, a entrega será de mais 2 milhões. Em maio outros 7,6 milhões, com 60 dias após a assinatura e a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá passar a produzir mais 8 milhões de doses por mês.
Já para a vacina Covaxin – Barat Biotech, a previsão é de receber 20 milhões de doses importadas da Índia e o contrato também deve ser assinado nesta semana. Devem chegar ao Brasil 8 milhões de doses com dois lotes de 4,0 milhões com 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril mais 8 milhões também em dois lotes de 4 milhões com 45 e 60 dias após a assinatura do contrato e em maio 4,0 milhões de doses com 70 dias após o contrato assinado.
Leninha Espírito Santo Wagner explica como neutralizar a dor e o medo para ajudar a superar o luto e a depressão
Traumas causados por perdas ou trágicos acontecimentos não são fáceis de serem superados, pois passar por situações como essas exigem força, resiliência e determinação para não deixar que o luto perdure para além do necessário.
O luto traz sensação de vazio, um “oco existencial”, gerador de dor e dúvidas. Trabalhar essas inseguranças, como por exemplo em uma “morte anunciada”, evita maiores perdas e adoecimentos por parte de quem “sobrevive a esse terremoto emocional”.
Esconder os sentimentos que foram sendo criados enquanto o marido adoecia e necessitava de cuidados fez com que a Neuropsicóloga Leninha Espírito Santo Wagner desenvolvesse sua própria enfermidade. “A mente tende a realizar realisticamente o que edificamos subjetivamente no inconsciente. Perdi meu marido no dia 19 de dezembro de 2020, depois de seis longos anos de doação total aos cuidados dele. Talvez, secretamente, eu tivesse medo de perder a saúde, e a perdi”, relatou a profissional.
“Enterrei meu marido dia 19 de dezembro de 2020 e dez dias depois recebi o diagnóstico de ‘Adenocarcinoma Tubular’, que é um câncer de intestino bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica. Naquele momento também fui submetida a uma cirurgia de emergência. Passado o primeiro momento, reflito. Sempre acreditei que precisamos identificar nosso maior ‘medo’. Para neutralizá-lo e não realizá-lo. O que me causava medo era perder a saúde e não conseguir cuidar de meu marido que estava acamado. Secretamente e de forma inconsciente realizei meu maior medo. Cabe a mim agora neutralizá-lo com ações positivas”, comentou.
“Neutralizar” o medo faz parte da técnica utilizada por ela para ajudar pacientes que estão na mesma situação a lidarem com as emoções. “O luto, seja de morte concreta ou subjetiva, tem um tempo singular e atravessa as cinco fases: Negação; Raiva; Negociação; Depressão e Aceitação. A perda de algum objeto amado traz, ainda que momentânea, a fragmentação e desestruturação do sujeito. O luto é um processo de reconstrução e reorganização diante de uma perda, desafio psíquico com o qual o sujeito tem de lidar”, salientou.
“Estou ainda elaborando meu luto, e arregimentando forças extras nesse pós operatório, enfrentando o tratamento e buscando novamente por ações e rotina saudáveis para recuperar minha saúde “, destacou ainda Leninha.
Segundo a neuropsicóloga, para esquecer é preciso lembrar. Neste processo, também é importante contar com a ajuda de amigos e familiares. “Tenha alguém para uma boa escuta, para que se possa esvaziar e deixar escorrer essa dor através de palavras ou lágrimas. Até sentir que pode ter novamente espaço nos pulmões para retornar a respirar vida”, orienta. “Os amigos e familiares precisam respeitar o tempo de cada um, sem negativar a expressão legítima de quem fica mais à flor da pele”, finaliza.
Lidar com as contingências da vida exige minimamente coragem e disciplina. “Coragem para enfrentar emoções negativas, entrar em contato com aquilo que lhe causa dor, pois lá você também encontrará a cura. Revendo posições, ações, interpretações. Se quiser resultados diferentes aja de forma diferente. Disciplina para manter no seu cotidiano hábitos mais saudáveis que possam ser sua nova rotina, criando uma forma mais adaptada, mais bem vinda, podendo ser mais bem aceito e feliz, nesse ineditismo da expressão do seu ser. Tudo o que carregamos na psique atravessa o comportamento, tornando o que é latente em manifesto. Na vida tudo é relação, estamos sempre na esfera do olhar do outro. Somos espelho e reflexo todo tempo”.
“Em Psicologia, utilizamos a escuta para criar espaço de singularidades, ouvindo o sujeito para entendê-lo e explicá-lo para ele mesmo. Criando de forma colaborativa diretrizes que o levem a identificar e modificar padrões de repetições, gerando novos paradigmas emocionais e comportamentais”, define Leninha.
É claro que o diagnóstico de câncer ainda é uma notícia que desestabiliza o emocional de qualquer um, ainda mais em meio a elaboração de um luto tão importante quanto o de um parceiro de vida. “Enfrentar medicação pesada, consultas periódicas, exames constantes e invasivos, anemia provocada pelas hemorragias constantes, baixo peso, queda abrupta de cabelo, que mexe demais com a autoimagem e autoestima, não é tarefa fácil. Mas sou prova viva que é possível!”, destaca.
“Quando transmutamos nosso ambiente emocional interno e secreto, quer dizer a emoção negativa em que um momento adverso foi criado, precisa passar por uma ressignificação, somos alquimistas emocionais. Só a partir do confronto com a verdade da “finitude” é que tomamos coincidência que a solução está na transformação desse momento negativo para um mais positivo. Quero viver antes de morrer. Aproveitando os dias de forma produtiva e positiva”, conta Leninha.
Atualmente, Leninha detalha sua rotina: “Já voltei a correr, a malhar, estou fazendo ozonoterapia e eletroterapia capilar para diminuir ou até evitar a queda do cabelo. Sigo a dieta necessária para manter a saúde do corpo, pois o trato intestinal mudou completamente com a retirada de um pedaço importante do intestino. Há dias difíceis, claro. Mas estou muito disposta a enfrentar o luto e o tratamento do câncer com ações positivas”.
Além disso, otimista, ela detalha sua nova vida neste início de 2021: “Voltei a estudar, continuo trabalhando e me cercando da família e dos amigos queridos. Tenho plena consciência que o jogo ainda não acabou, posso ganhar ou perder. Mas pensar positivo ou negativo, traz o mesmo gasto de energia”.
Diante deste desafio, ela completa: “Então opto por pensar e agir positivamente, a favor de mim mesma e valorizando a minha vida. Meu dia de partir chegará, mas não será agora, muito menos sem luta. A morte vai duelar comigo até o derradeiro suspiro”, finaliza Leninha.
Informações Folha Vitória
Na fase escolar, é comum que algumas crianças e até mesmo jovens apresentem dificuldades para escrever, ler e calcular. Mas, em alguns casos, a situação pode indicar um transtorno específico de aprendizagem, ou seja, quando o cérebro não recebe, processa ou analisa as informações adequadamente. Essas pessoas podem ser chamadas de “preguiçosas” e “desinteressadas”, o que compromete a autoestima desde cedo.
Para Ellen Brandalezi, psicopedagoga da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, os transtornos de aprendizagem comprometem de forma bastante significativa o desempenho acadêmico do aluno. Por isso, ele apresenta resultados muito abaixo do esperado para seu nível intelectual e de escolaridade. “São alterações específicas do neurodesenvolvimento que afetam as habilidades de leitura, escrita e matemática, prejudicando o funcionamento escolar do indivíduo. Isso independe se o ambiente é adequado e favorável para a aprendizagem”.
Vale destacar que os transtornos de aprendizagem não estão associados à deficiência intelectual e diminuição da visão ou audição. Também não ocorrem devido a transtornos mentais, doenças, traumas neurológicos ou problemas sociais.
O cérebro dessas pessoas funciona de uma forma diferente. Para aprendermos, é necessário que ele realize uma série de conexões entre as diversas áreas, que compreende processos como atenção, percepção, memória, simbolização e conceituação. “Para quem tem um transtorno de aprendizagem, há uma ‘falha’ em algum desses processos e a pessoa precisa de ajuda específica para lidar com essa dificuldade”, explica Eliane de Moura, psicóloga, mestre em psicologia da infância e adolescência e professora do curso de psicologia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
A seguir, veja os principais transtornos de aprendizagem e seus sintomas.
Ocorre uma dificuldade de leitura e escrita. A pessoa apresenta problemas para reconhecer as palavras, decodificá-las, não consegue soletrar, troca letras por sons ou grafias parecidas e também há dificuldade em ler em voz alta e compreender o que leu. Por isso, é comum que o diagnóstico ocorra no período de alfabetização. Outros sintomas comuns são: atraso na fala, dificuldade para se expressar e vocabulário reduzido.
Estima-se que a dislexia atinja cerca de 17% da população mundial. É uma condição neurobiológica hereditária, ou seja, é comum que a criança ou jovem tenha um familiar disléxico.
Sabe aquela dificuldade com as operações matemáticas e a compreensão dos números? Pode ser discalculia, um transtorno de aprendizagem que afeta a habilidade de a criança ou jovem realizar cálculos matemáticos. Também atrapalha o entendimento de conceitos numéricos e são comuns as dificuldades para identificar os números.
Outros sintomas e sinais frequentes são: dificuldade de raciocinar quando há números e conceitos matemáticos, não entendem o significado dos números, não conseguem fazer contas simples, apresentam dificuldades para lidar com dinheiro e também para calcular o tempo.
É uma dificuldade de aprendizagem que afeta a capacidade da criança ou do jovem soletrar ou escrever corretamente. A pessoa não consegue escrever sem cometer erros ortográficos. Geralmente, omite ou inverte as letras e as sílabas, esquece as pontuações, substitui letras com sons e formas semelhantes. É comum que não consiga escrever um texto bem estruturado.
Esse transtorno de aprendizagem também causa problemas na hora de escrever e a principal característica é uma caligrafia ilegível. Por isso, fica bastante difícil entender o que a criança escreveu. É comum que o aluno faça muito esforço para escrever, já que apresenta dificuldade com a ortografia, caligrafia e para conseguir se expressar.
Outros sintomas comuns são: misturar letras maiúsculas e minúsculas, escrever com tamanhos e formas irregulares, espaçamento muito grande entre as letras, não conseguir copiar as palavras, dificuldade para segurar o lápis ou caneta e falar muito enquanto escreve.
É importante que pais e professores estejam atentos à persistência desses sinais e direcionem a criança para uma avaliação multidisciplinar. Somente desta forma os sintomas poderão ser identificados e definidos (ou não) como transtorno de aprendizagem.
Para Telma Pantano, psicopedagoga do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), o ambiente em que a criança estuda também deve ser levado em conta. “Problemas de aprendizagem são diferentes de transtornos de aprendizagem. O primeiro pode estar associado a questões pedagógicas como alguma deficiência no sistema de ensino aplicado nas escolas; já os transtornos ocorrem devido aos processos cerebrais das crianças, o que dificulta a assimilação de informações”, destaca.
O diagnóstico de um transtorno de aprendizagem geralmente só ocorre após a criança ingressar na escola. Para ele, é realizada uma avaliação neuropsicológica, que pode ser feita por uma equipe multidisciplinar (neuropediatras, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicólogos, neuropsicólogos e psicopedagogos). São feitas diversas entrevistas com os alunos e os pais, para se observar o comportamento da criança, o histórico familiar e escolar. Não há exames específicos que determinem se a criança tem ou não um transtorno de aprendizagem, por isso a observação do comportamento é um fator determinante para o diagnóstico correto.
Vale destacar que, pelo fato de ser um transtorno (e não uma doença), não há cura, mas há diversas medidas terapêuticas efetivas que são recomendadas de acordo com a condição da criança ou jovem. “O ideal é ter o acompanhamento de um neurologista, psicopedagogo e/ou fonoaudiólogo, além de um psicólogo para trabalhar com as questões emocionais, como lidar com o sentimento de frustração e de incapacidade, por exemplo”, afirma Brandalezi.
Os pais não devem pressionar as crianças para melhorar o desempenho escolar ou diminuir seus esforços e os progressos. Já os professores, que muitas vezes são os primeiros a notar os sintomas, devem comunicar os pais sobre as dificuldades do aluno e orientá-los a procurar ajuda especializada. Durante as aulas, a recomendação é sempre conversar com o aluno de forma individual, para evitar uma exposição desnecessária.
“Forçar ou brigar só vai afetar ainda mais a autoestima da criança. É importante que os pais identifiquem a forma que seu filho aprende melhor e utilizem estratégias lúdicas como jogos e brincadeiras para deixar as atividades mais leves e prazerosas”, diz Moura.
Informações UOL/ VivaBem