Faustão decide e será o grande entrevistado do Domingo Espetacular, da Record, na próxima exibição do programa na emissora.
O animador, de 73 anos, recebeu a jornalista Fabiola Reipert na mansão em que vive, na área nobre de São Paulo, onde gravaram a conversa. Esta será a primeira entrevista dele desde o transplante de coração.
Alguns dos trechos devem ser exibidos durante o Balanço Geral, de Reinaldo Gottino. O conteúdo na íntegra vai ao ar somente na atração dominical.
O apresentador Faustão recebeu a jornalista Fabiola Reipert em casa, onde gravaram uma entrevista para o programa Domingo Espetacular (Foto: Divulgação / Record)
Após ter sua vida salva pelo transplante, o famoso começou uma campanha para o incentivo da doação de órgãos. A gravação foi publicada na conta oficial do Ministério da Saúde e replicada pelo filho dele, João Guilherme.
“Sigo aqui na minha luta para a reabilitação já com boas perspectivas, mas eu estou aqui, mais uma vez, agradecer o empenho de tanta gente nessa corrente para transformar o Brasil no primeiro doador de órgãos do mundo”, disse Faustão na filmagem.
“É fundamental para os problemas que a gente tem, precisamos de solidariedade, é o Brasil pulsando por um coração só. Lembrando sempre que cada pessoa pode dar vida para mais oito pessoas. São oito órgãos que podem ser doados”, ressaltou o apresentador.
TV Foco
Foto: Hitesh Mulani / Netflix
Ocidentais fazemos uma ideia bastante reducionista da Índia. A terra de costumes inusitados, banhada pela luz do místico, em que eventos impensáveis se dão de hora em hora — e ninguém sequer toma conhecimento, dada a população de quase 1,4 bilhão de habitantes —, é contaminada por um lastimável preconceito já na origem, difícil de ser contornado. Em “Círculo de Espiões”, Vishal Bhardwaj fala dos mistérios um tanto mais ordinários a rondar seu país, cada vez mais cobiçado por grandes potências e alvo da inveja arrasadora de vizinhos menores, em paralelo com sua dimensão continental, mas com os quais não se pode facilitar.
O diretor detalha um episódio que define bem o campo minado que são as relações entre o estado indiano e nações soberanas próximas. De maio a julho de 1999, a Índia se viu implicada num conflito que mereceu a apreensão da comunidade internacional. Em Cargil, noroeste da Índia, na região da Caxemira, uma infiltração de soldados do Paquistão motivou a Operação Vijay, para a retomada do território. Em pouco mais de três meses, foram registrados 1.600 mortos nas fileiras indianas, contra 700 baixas do lado paquistanês, o que fez referver o caldo de ódio e intolerância étnica na fronteira, onde habitam 1.157.394 almas, sendo 94% de muçulmanos. Bhardwaj usa o conflito como trampolim para uma guerra fria imaginária entre agências de espionagem da Índia e do Paquistão, para influenciar — um eufemismo para “fraude” — as eleições num país vizinho, cujo nome não revela.
Não se consegue saber nunca aonde Bhardwaj, autor do roteiro com Rohan Narula, deseja chegar, e um pouco mais de honestidade intelectual far-lhe-ia muito bem, a ele e a seu filme. No entanto, a despeito de inferências políticas equivocadas, “Círculo de Espiões” é um bom pretexto para que a audiência leiga se inteire da disputa de nervos que acontece na surdina na Ásia Meridional, uma vez que Índia e Paquistão dispõem de armamentos nucleares.
Krishna Mehra, a agente que protagoniza “Escape to Nowhere” (2012), o romance de Amar Bhushan em que “Círculo de Espiões” se baseia, é uma mulher estranha — e não vai aqui nenhuma insinuação misógina do escritor ou muito menos do crítico, pelo contrário. Bhushan, um ex-oficial da Research & Analysis Wing (R&AW) que chegou ao posto máximo da unidade de contra-espionagem da agência, sabe do que está falando. O serviço de inteligência externo da Índia foi criado justamente quando do fim de outro enfrentamento bélico indo-paquistanês, o de 1965, e embora Krishna, numa narração em off que se materializa aos poucos, se referisse a uma outra espiã, o comportamento que adota também inspira a desconfiança de seus superiores.
Bhardwaj volta a trabalhar com Tabu, sua musa, com quem já havia dividido o cartaz em “Maqbool” (2003) e “Haider” (2014), e aqui, a atriz, um dos rostos mais conhecidos e disputados de Bollywood, incorpora com entusiasmo a figura de uma intrusa sensual no submundo de Bangladesh, para onde é enviada com a missão de dar fim a um gângster poderoso. Quem acaba tendo um encontro um tanto íntimo com o homem é a personagem de Azmeri Haque Badhon, que o tenta envenenar com um perfume, mas é vítima do próprio feitiço.
Não muito tempo depois, começa-se a especular sobre a possibilidade de um histórico acordo de cooperação nuclear entre Índia e Estados Unidos, o que, por óbvio, é outro saborosa alucinação do diretor. Em meio à conturbada vida profissional de Krishna, Bhardwaj imprensa as dificuldades da personagem-título na versão original em equalizar as desavenças com o filho adolescente, que lhe cobra toda a verdade — como se isso fosse possível. Bem, até seria, a exemplo do que se tem na cena final, mas aí os indefectíveis números musicais das produções bollywoodianas teriam ocupado 90% da trama.
Filme: Círculo de Espiões
Direção: Vishal Bhardwaj
Ano: 2023
Gêneros: Ação/Policial
Nota: 8/10
Informações Revista Bula
Foto: Ministério da Economia da Argentina
Seguindo à risca o pedido do presidente Luiz InácioLulada Silva, cada dia mais preocupado com o resultado da eleição presidencialargentina, estrategistas vinculados do PT que desembarcaram em Buenos Aires após as Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas em 13 de agosto, para reforçar a equipe do candidato peronista Sergio Massa, ministro da Economia do governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, estão correndo contra o tempo para impedir a vitória da direita no país.
O GLOBO conversou com alguns desses estrategistas, que pediram anonimato, mas confirmaram que dois de seus principais focos são dar mais emoção à campanha de Massa, e ajudar os argentinos a entenderem como funciona o universo digital da direita, em base ao que aprenderam nas campanhas contra Jair Bolsonaro, aliado do candidato argentinoJavier Milei, em 2018 e 2022.
Além de vários brasileiros, também está em Buenos Aires Esther Solano, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Complutense de Madri, professora do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo, coautora de The Bolsonaro Paradox (O paradoxo de Bolsonaro) e organizadora de vários livros sobre política contemporânea, entre os quais “O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil”. O contato entre Solano, profunda conhecedora da História recente brasileira, e os enviados do PT é frequente.
Um eventual segundo turno entre Massa e Milei, cenário apontado como o mais provável pela maioria das pesquisas que circularam nos últimos dias no país, é visto como uma chance real de impedir que a direita chegue ao poder na Argentina. A possibilidade de vitória de Milei no primeiro turno — o que implica conseguir mais de 45% dos votos, ou mais de 40% com pelo menos dez pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado —, porém, não é descartada sequer pelos estrategistas brasileiros, e, também, espanhóis, que trabalham em ritmo frenético com o candidato do governo argentino.
O grande temor dos enviados do PT é de que, num eventual segundo turno, os votos da candidata opositora Patricia Bullrich, da aliança Juntos pela Mudança, liderada, entre outros, pelo ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), migrem em massa para Milei. Isso poderia, inclusive, acontecer já no primeiro turno, se houver o que estrategistas em comunicação chamam de migração do voto útil. Com o forte favoritismo de Milei, muitos eleitores de Bullrich poderiam decidir votar no candidato da direita para definir a eleição no primeiro turno.
Já um eventual segundo turno abre uma real possibilidade de triunfo de Massa, difícil, mas não impossível. Nas últimas semanas, os estrategistas brasileiros contribuíram, especialmente, em ajudar os argentinos a compreenderem o universo digital da direita, e, também, a dar mais “emoção” à campanha do candidato peronista.
Massa começou a jogar mais com o medo a Milei, usando elementos como o risco de uma ruptura de relações com a China e até mesmo o Brasil. O candidato e também ministro da Economia teve, ainda, dois gestos nos quais se vê claramente o trabalho da equipe do PT: um pedido de desculpas aos argentinos pela crise e seu impacto no dia a dia das pessoas; e a afirmação de que assumiu o comando do Ministério da Economia quando ninguém queria pegar um barco que estava afundando, em meados do ano passado. Aí está a emoção que o PT queria na campanha argentina, e que outros estrategistas também vinham defendendo, sobretudo as desculpas aos argentinos e, com elas, uma clara decisão de se descolar do desastroso governo de Fernández e Cristina.
Segundo os enviados do PT, o candidato peronista os ouve com muita atenção e os recebeu muito bem em Buenos Aires. Um dos primeiros em ser contactado pelo PT para encarar o desafio de trabalhar numa das eleições presidenciais mais difíceis que o peronismo enfrentou desde a redemocratização do país, em 1983, foi SidônioPalmeira, que atuou em várias campanhas de Lula. Procurado pelo GLOBO, Palmeira afirmou que considerou que os prazos eram muito curtos, e acabou desistindo de ir para a Argentina. Mas outros colegas que trabalharam com ele em campanhas do presidente brasileiro e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, começaram a conversar com a equipe de Massa dias depois das Paso, eleição obrigatória na Argentina, na qual são escolhidos os candidatos que, finalmente disputam as presidenciais e legislativas de outubro.
Segundo contou um desses estrategistas, o candidato peronista levou um baita susto nas primárias e quando os enviados do PT chegaram a Buenos Aires o clima era de forte pessimismo. Massa soube que teria um reforço do PT em sua campanha quando conversou com Lula em Brasília, no final de junho, e em Foz de Iguaçu, na cúpula de presidentes do Mercosul. O presidente brasileiro ofereceu ajuda ao candidato da Casa Rosada, e assegurou que o socorro brasileiro chegaria rapidamente ao país vizinho.
O recado aos estrategistas do PT foi claro e contundente: a Argentina precisa de ajuda e rápido. Depois de quase dois meses de trabalho, os brasileiros, que, em alguns casos, voltam todos os fins de semana para casa, sentem que Massa está melhor posicionado, mas reconhecem o marcado favoritismo de Milei. Superado o susto das Paso, nas quais o candidato da extrema direita ficou em primeiro lugar, com 29,86%, sendo o único que disputou a candidatura presidencial de seu partido, A Liberdade Avança, o peronismo busca alcançar e superar seu tradicional piso de 30%. Nas primárias, a aliança eleitoral peronista União pela Pátria, obteve 27,28%, mas Massa, individualmente, conseguiu 21,43%.
O grande problema de Massa e seus assessores argentinos e estrangeiros é a economia. Esta semana, o dólar paralelo superou a barreira dos 800 pesos, e a inflação está cada dia mais sufocante. Apesar de estar anunciado todas as semanas medidas de ajuda social, o candidato peronista, que promete fazer um governo muito melhor do que atualmente forma parte, não consegue decolar nas pesquisas. Um dos mantras dos estrategistas de campanha latino-americanos é que se a a economia vai mal, o piso é baixo. O caso argentino representa um gigantesco desafio, já que o candidato que o PT apoia é visto por milhões de argentinos como o responsável pelo colapso econômico, depois de 80 anos de sucessivas crises.
O Globo
Depois de ser hostilizado no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou um dos acusados de tê-lo ofendido de “bandido”.
A fala consta em um vídeo anexado a um pedido do advogado Ralph Tórtima, que atua na defesa de Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto, para que o STF inclua o conteúdo no inquérito que apura o desentendimento com Moraes. Oeste teve acesso ao material, após o ministro Dias Toffoli suspender sigilos ontem.
De acordo com a defesa, a imagem “comprova a integridade da aludida gravação, assim como realiza a transcrição das falas inteligíveis e responde aos quesitos apresentados”. Conforme o advogado, o conteúdo mostra que não houve ofensas contra Moraes.
Toffoli manteve segredo sobre o vídeo que poderia esclarecer o ocorrido. Portanto, não é possível atestar se a versão dos acusados procede. Isso porque Moraes sustenta que seu filho foi agredido por uma das pessoas. Até o momento, têm-se apenas recortes do original em formato de fotos, ou seja, imagens estáticas da gravação.
Na noite de ontem, o relator do inquérito que apura o caso de Moraes em Roma, Dias Toffoli, prorrogou as investigações, por mais 60 dias. Toffoli atendeu a uma solicitação da PF.
Conforme a PF, é necessário “mais tempo” para concluir a análise do material enviado pelas autoridades italianas.
De acordo com Toffoli, a divulgação de fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorreu no caso.
O juiz do STF argumentou ainda que as gravações mostram inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, sem relação com o fato investigado, devendo-se, por isso, ser preservados seus direitos à imagem e à privacidade.
Informações Revista Oeste
Rio de Janeiro – O assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro,registrado na madrugada desta quinta-feira (5/10), teria sido uma execução por engano, segundo fontes ligadas ao caso ouvidas pelo Metrópoles.
Apesar de não descartar outras hipóteses, a Polícia Civil do Rio tem uma linha de investigação principal: o médico Perseu Almeida teria sido confundido por traficantes que pretendiam matar o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras. O miliciano mora próximo ao quiosque e foi solto da cadeia neste ano.
Desde o fim do ano passado, facções de traficantes de drogas e milicianos travam uma guerra sangrenta por território, exatamente na zona oeste, onde fica a Barra da Tijuca. O ataque desta madrugada pode ter sido mais um desdobramento dessa violência que traz, há meses, inúmeros problemas para os moradores da área.
Como mostram fotos comparativas, o médico e o miliciano têm grande semelhança física (veja foto em destaque).
Policiais estão circulando pelas ruas da região buscando câmeras de segurança para saber o destino do carro usado pelos assassinos. Também estão cruzando imagens já obtidas para levantar a placa do veículo e o proprietário – apesar de que, em casos como esse, é comum o uso de carros roubados.
A impressão das fontes ouvidas é a que, após terem sido avisados de que o alvo real estaria no quiosque, os mandantes acionaram um grupo de executores que foi, apressado, até o local. Teriam matado as pessoas erradas, usando como referência as similaridades de aparência entre o miliciano e o médico.
Isso explicaria alguns indícios de que o crime foi praticado fugindo do padrão de ações previamente planejadas, dentro do histórico do Rio de Janeiro.
Informações Metrópoles
Um dos criminosos usava uma bermuda, por exemplo, contrastando com as roupas usadas por grupos de extermínio, que são de estilo militar e protegem todo o corpo, além de evitar qualquer identificação, como a feita pela cor da pele.
Reprodução
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, anunciou hoje um pacote de R$ 134 milhões para a Segurança Pública na Bahia.
Dino também disse que autorizou agentes da PRF nas fronteiras da Bahia. “A PRF vai começar a Operação Divisa, desenhada em conjunto com o estado, em que nós vamos fortalecer as fronteiras da Bahia com os estados vizinhos”, afirmou o ministro.
Dino falou ao lado do governador da Bahia, Jeronimo Rodrigues (PT), e criticou o aumento da violência no país, atribuindo a alta ao “armamentismo irresponsável” dos últimos anos.
Eu sei que há pessoas que não gostam de ouvir a verdade, mas a verdade é essa. Essas armas foram para o feminicídio, para a violência no trânsito, no bar, nas famílias, e essas armas foram também desviadas para fortalecer quadrilhas. Porque barateou o acesso às armas no Brasil. Aí vai comprar a pessoa, digamos assim, bem intencionada, mas vai o quadrilheiro também, que falsifica documentação.” Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública
Informações UOL
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Senado deve começar a discutir, ainda neste ano, o fim da reeleição no Brasil. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira, 5, pelo presidente do Congresso Nacional, senadorRodrigo Pacheco(PSD-MG).
“Daqui há pouco vamos discutir a instituição da reeleição no Brasil, a coincidência de eleições e, eventualmente, passar mandatos de quatro para cinco anos sem reeleição”, disse Pacheco a jornalistas.
A fala do senador mineiro aconteceu depois de uma reunião com os líderes da Casa Revisora. Conforme apurouOeste, um dos projetos que podem entrar em discussão é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2022 de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Entre outras coisas, a proposta define um mandato de cinco anos para presidentes da República, governadores e prefeitos. Atualmente, o mandato dura quatro anos. Além disso, proíbe a reeleição, no período subsequente, nesses cargos do Executivo.
Desse modo, quando, por exemplo, antes de o presidente terminar o mandato em 1° de janeiro de 2027, ele não poderá se candidatar para disputar o pleito de 2026. Apenas poderá concorrer em 2030.
O mesmo entendimento seguirá para os demais integrantes do Executivo. Vereadores e deputados federais e estaduais devem continuar com o mandato de quatro anos.
Em março deste ano, a PEC foi para a Comissão de Constituição e Justiça e aguarda o presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), designar um relator.
Contudo, outras propostas podem entrar na discussão para unificar as eleições municipais às eleições federais. Mais cedo, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que os líderes estudam criar um calendário “único nacional de eleições gerais e sincronizadas”.
“O Senado vai discutir a coincidência no calendário de eleições”, explicou o parlamentar cearense. “Fazer eleição uma só vez para gerar estabilidade no país.”
Uma PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada Casa do Congresso. Para ser aprovada, são necessários três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49).
Informações TBN
O Senado decidiu avançar com as pautas que tratam de frear o STF (Supremo Tribunal Federal) na reunião de líderes partidários na manhã desta 5ª feira (5.out.2023). Entre os temas que devem avançar estão o que limita as decisões monocráticas, o que aumenta a idade mínima para ser ministro do Supremo e o que cria um mandato fixo para magistrados da Corte.
A proposta quelimita os poderes do STF foi aprovada na 4ª feira (4.out.2023) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado em menos de 1 minuto e deve ir ao plenário nas próximas semanas. Mesmo governistas dizem que a medida é necessária. O texto limita decisões monocráticas e pedidos de vista (prazo extra) no STF.
A PEC 8/2021 teve voto favorável do relator, senador Esperidião Amin(PP-SC), e segue para o plenário do Senado. A proposta veda decisão monocrática que suspenda a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda ato dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara.
Líderes do Senado também debateramvotar um projeto que quer fixar um mandato para ministros do STFno plenário ainda neste ano. No entanto, essa votação ficaria para depois da indicação do presidente Luiz InácioLulada Silva (PT)para a vaga no STF deixada por Rosa Weber, que se aposentou. Também não seria votado antes da aprovação da reforma tributária.
O presidente da Câmara,Arthur Lira(PP-AL), afirmou nesta semana ser contra a proposta.
Além disso, senadores discutemaumentar a idade mínima para pessoas poderem ser indicadas ao STF. Atualmente, o indicado deve ter no mínimo 35 anos. Uma proposta do senadorFlávio Arns(PSB-PR) sugere a idade de 50 anos.
Os congressistas tambémdiscutem uma quarentena para indicados aos Tribunais Superiores. Arns também tem um projeto a respeito, que propõe uma quarentena de 3 anos para quem tenha ocupado cargo de ministro de Estado, Advogado Geral da União, Procurador Geral da República e presidência de estatal.
Na avaliação de senadores, as declarações recentes do presidente do STF não ajudam a arrefecer o clima na Casa com a Corte. O ministrodisseem evento da UNE em julho:“Nós derrotamos o bolsonarismo”.
O líder do governo no Senado,Jaques Wagner(PT-BA), disse aoPoder360que o ambiente é ruim para os projetos andarem. Declarou ser contra um mandato para ministros do STF.
A crise do Legislativo com o Judiciário aumentou depois do STFrejeitara tese do marco temporal, tema que estava em discussão no Congresso. Também tencionaram ainda mais o clima as votações sobre o aborto e a descriminalização das drogas.
O que antes era um discurso só da oposição contra o que chamam de“avanço do STF sobre discussões do Legislativo”, passa a se materializar em pautas em discussão no Senado.
Na política nada é feito sem um objetivo. Ao pautar demandas da oposição, o presidente do Seando,Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tenta manter seu grupo político fortalecido, mirando a eleição da presidência do Senado em 2025 e as eleições de 2026 em Minas Gerais.
Poder 360
Pressionado por uma escalada de violência, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, defendeu em entrevista ao UOLque a Polícia Militar da Bahia não sai às ruas para “poder matar” e que a pasta deseja uma “repressão inteligente”.
Não é a orientação [para matar]… A polícia não sai para poder matar, ao contrário. Ela sai para poder preservar a ordem, garantir a paz social, garantir os direitos de todos os cidadãos.”
É uma coisa que a gente vem trabalhando porque o desejável é que a gente consiga que nossas ações sejam feitas com uma repressão pontual, com uma repressão inteligente. Mas, por outro lado, a gente tem que dar os meios, porque não pode permitir que o policial seja agredido injustamente ou não esteja em condição de fazer um melhor enfrentamento.”
Cada evento com morte tem que ser e vai ser investigado. Se houver qualquer indício de desvio de conduta, a própria investigação vai apontar isso e vamos dar prosseguimento.
Marcelo Werner, secretário da Segurança Pública da Bahia
O estado enfrenta uma crise na segurança pública com disputa de facções criminosas por territórios. As ações da polícia têm gerado tiroteios e mortes.
Só no mês de setembro, mais de 60 pessoas morreram em ações da PM. O estado descreve as vítimas como “suspeitos”.
No mesmo mês, um policial federal foi assassinado durante uma operação contra o tráfico em Salvador.
As polícias da Bahia mataram mais pessoas em supostos confrontos do que todas as forças policiais dos Estados Unidos juntas no ano de 2022. A letalidade policial no estado também é a maior do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Marcelo Werner afirma que as mortes se dão em confrontos entre a polícia e criminosos. Ele citou ataques a viaturas e o poder bélico de traficantes. Segundo ele, as ações da pasta apreenderam 48 fuzis neste ano e o número é recorde.
Infelizmente, vivemos uma realidade que nos últimos dois anos e meio foram mais de 200 viaturas atingidas durante o policiamento ordinário, mais de 150 policiais feridos durante o patrulhamento ordinário. O poder bélico que a gente conseguiu apreender ficou neste ano em 4.000 armas.
Marcelo Werner, secretário da Segurança Pública da Bahia
Werner ressaltou que a Force (Força Correicional Especial Integrada), órgão responsável por investigação contra policiais, tem investigado e prendido policiais com desvio de conduta. De acordo com o secretário, neste ano, foram 30 policiais presos e mais de R$ 800 mil apreendidos por autoridades.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou à Bahia R$ 20 milhões extras do FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública), a serem usados para custeio de viaturas, equipamentos de inteligência e armas não letais.
A Polícia Federal já auxilia o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) em determinadas operações policiais no estado.
O anúncio de ajuda emergencial aos baianos foi feito durante a divulgação de um plano nacional de enfretamento ao crime organizado, na última segunda-feira, em Brasília. Especialistas criticaram a falta de medidas práticas.
O programa vem em ótima hora porque vem fortalecer as ações de estado, vem integrar também as agências de inteligência, porque a dinâmica das facções não são restritas a um estado só. Elas estão interconectadas entre vários estados da federação.
Marcelo Werner, secretário da Segurança Pública da Bahia
Informações UOL
A definição do imposto sobre as mercadorias importadas por lojas on-line deve sair até o fim do ano, disse nesta quarta-feira (4) o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves. Ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para cobrar o fim da isenção federal a sites estrangeiros.
Segundo Gonçalves, a equipe econômica está esperando o aumento da adesão ao Remessa Conforme para que a base de dados cresça, e o Fisco possa decidir o tamanho da alíquota federal. Em vigor desde agosto, o programa oferece isenção federal a compras de sites estrangeiros em troca do envio de informações à Receita Federal antes de a mercadoria entrar no Brasil.
Para as empresas que não aderirem ao programa, continua a taxação de 60% de Imposto de Importação caso a compra seja pega na fiscalização para valores de até US$ 50. Existe ainda a cobrança de 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, tanto para as encomendas do Remessa Conforme como para as compras fora do programa.
Em junho, Haddad havia indicado que a eventual criação de um imposto federal para as compras do Remessa Conforme ficaria para “uma segunda etapa”, sem especificar a data.
Segundo o presidente do IDV, um sinal do empenho do ministro em resolver a questão foi o fato de ter atendido ao pedido da entidade para a reunião desta quarta. “O ministro está trabalhando para ajustar essa questão do imposto de importação, que realmente leva a uma desigualdade competitiva muito forte. As empresas no Brasil não querem usar as mesmas práticas de trazer produtos de fora. Querem fabricar e gerar empregos aqui”, disse.
Base de dados
Gonçalves disse entender a justificativa do governo de esperar a base de dados das páginas estrangeiras aumentar. “Do ponto de vista da governança, o Remessa Conforme é muito bom. As empresas estão entrando, e, ao entrarem, a Receita está tendo os dados de todas as importações e vai poder olhar as questões principais de sonegação, de fraude”, declarou.
Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta, o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que as compras internacionais declaradas pularam para 46% do total em setembro, contra 20% em agosto, primeiro mês do Remessa Conforme. Antes do programa, o percentual de encomendas declaradas estava entre 2% e 3% do total.
Estudo atualizado
Na reunião desta quarta, o IDV apresentou a Haddad uma atualização do estudo divulgado em julho. Na ocasião, o relatório estimava o impacto da isenção federal sobre as compras de sites estrangeiros sobre o varejo brasileiro.
Segundo a entidade, a estimativa de carga tributária para os dez setores do varejo foi revista para cima, de pouco mais de 70% para 109,9%. O número considera a cobrança de imposto de dez setores do varejo, desde a produção industrial e o armazenamento, à distribuição e à comercialização das mercadorias. “Mostramos ao ministro essa realidade que estamos enfrentando, frente a uma carga de 17% [de ICMS] para os sites estrangeiros”, disse Gonçalves.
Informações Bahia.ba