Agência Brasil
No Brasil, apesar do comparecimento ao local de votação nas eleições ser obrigatório, a menos que seja justificado, o eleitor é livre para escolher ou não um candidato, já que pode votar nulo ou branco. Mas qual é a diferença entre essas opções?
De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”. Já o nulo é aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para isso, precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.
Antigamente como o voto branco era considerado válido, ele era contabilizado para o candidato vencedor. Na prática, era tido como voto de conformismo, como se o eleitor se mostrasse satisfeito com o candidato que vencesse as eleições, enquanto o nulo – considerado inválido pela Justiça Eleitoral – era tido como um voto de protesto contra os candidatos ou políticos em geral.
Votos válidos
Atualmente, conforme a Constituição Federal e a Lei das Eleições, vale o princípio da maioria absoluta de votos válidos, que são os dados a candidatos ou a legendas. Votos em branco e nulos são desconsiderados e acabam sendo apenas um direito de manifestação de descontentamento do eleitor, que não interfere no pleito eleitoral. Por isso, mesmo quando mais da metade dos votos forem nulos, não é possível cancelar uma eleição.
Mulher, com ensino médio e de 35 a 59 anos é o perfil majoritário do eleitor que votará nas eleições de 2020, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, 147.918.483 pessoas estão aptas a votar, um crescimento de 2,66% em relação às eleições municipais de 2016.
O contingente elegerá novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios em 15 de novembro. Não participam da votação neste ano os eleitores do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, que não têm prefeito, e os brasileiros registrados no exterior, que só podem votar em trânsito nas eleições gerais a cada quatro anos.
Biometria
Por causa da pandemia de covid-19, a Justiça Eleitoral excluiu a biometria como meio de identificação nas eleições deste ano. Mesmo assim, a coleta dos dados biométricos continuou a aumentar em 2020. Em dezembro do ano passado, pouco mais de 113,5 milhões de pessoas tinham feito o procedimento, o equivalente a 76% do eleitorado. Em agosto deste ano, quando foi encerrado o registro para as eleições municipais, 117.594.975 pessoas estavam identificadas pela biometria, 79.5% do eleitorado.
Perfil
Na divisão por gêneros, as mulheres somam 77.649.569 eleitores (52,49%) do total. Os homens totalizam 70.228.457 eleitores (47,48%). Outras 40.457 pessoas não declararam o gênero, representando 0,03% do eleitorado. Um total de 9.985 pessoas usarão o nome social no título de eleitor, prática autorizada pela Justiça Eleitoral desde 2018.
Em relação ao grau de instrução, a maior parte dos eleitores informou ter o ensino médio completo, com 37.681.635 (25,47%) pessoas nessa condição. A faixa de menor escolaridade, com ensino fundamental incompleto, vem em segundo lugar, com 35.771.791 eleitores (24,18%), seguida pelo contingente com ensino médio incompleto, com 22.900.434 (15,48%). Somente 10,68% do eleitorado, que somam 15.800.520 pessoas, têm nível superior completo.
Um total de 1.158.234 eleitores se declararam com alguma deficiência em 2020. O número representa aumento de 93,58% na comparação com as 598.314 pessoas que haviam afirmado ter alguma limitação física em 2016. Segundo o TSE, o aumento não significa necessariamente alta na participação de pessoas com deficiência, porque as estatísticas se baseiam em autodeclarações do cidadão no momento do registro eleitoral.
Estados e municípios
Na comparação com 2016, o estado com maior incremento no eleitorado foi o Amazonas, cujo número de eleitores ativos subiu 7,88%, para 2.503.269. O único estado com redução no total de eleitores foi o Tocantins, com queda de 0,17% nos últimos quatro anos, de 1.037.063 para 1.035.289.
Maior colégio eleitoral do país, o estado de São Paulo tem 33.565.294 eleitores aptos a votar em 2020, alta de 2,69% em relação a 2016. Na comparação por municípios, a capital paulista concentra o maior número de eleitores, com 8.986.687 no total.
O menor colégio eleitoral do país é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores. A cidade, que estava nas mesmas condições na votação de 2016, havia perdido o posto para Serra da Saudade (MG) nas eleições gerais de 2018. Em 2020, o município recuperou o título. Também em Mato Grosso, o município de Boa Esperança do Norte escolherá prefeitos e vereadores pela primeira vez.
Voto facultativo
Nestas eleições, 14.538.651 pessoas têm a opção do voto facultativo, permitido a eleitores com 16 e 17 anos e a idosos a partir de 70 anos. Desse total, 1.030.563 são jovens, 8.784.004 têm entre 70 e 79 anos, e 4.658.495 têm entre 80 e 99 anos. Existem 65.589 idosos com mais de 100 anos aptos a votar em 2020.
Mais informações podem ser obtidas no censo do TSE com o perfil do eleitorado brasileiro em 2020. O tribunal compilou os principais dados neste documento. Também é possível acessar o Repositório de Dados Eleitorais (RDE), que permite baixar tabelas com todos os dados do eleitorado e fazer cruzamentos estatísticos.
Informações: Agência Brasil
Um candidato a vereador no município de Catanduva, em São Paulo, decidiu chamar a atenção dos eleitores de uma maneira inusitada. Adilson Baio da Funerária (PSDB) trabalha como agente funerário, e decidiu realizar sua propaganda deitado dentro de um caixão.
Além da foto, que traz o número de sua candidatura em uma coroa de flores, Adilson Baio também inovou em seu slogan: “Venha comigo sepultar a velha política”.
Ao portal Uol, o candidato explicou de onde veio a ideia.
– Estou lutando na campanha ‘tostão contra milhão’. Enquanto a cidade tem candidatos que estão gastando bastante, criando equipes com 300 pessoas para ajudar em suas campanhas, eu entrei sem ter nada. Estou fazendo tudo sozinho e sem ter dinheiro. Por isso tenho que contar com a criatividade – ressaltou.
A foto de Adilson Baio acabou repercutindo nas redes sociais. Ele disse ter ficado surpreendido com a repercussão e disse que apenas “fazer algo divertido e diferente”.
– Foi o rapaz do partido que compartilhou com um grupo e em minutos já comecei a receber mensagens de conhecidos e até pessoas que eu nem conhecia falando sobre a foto. Os comentários têm sido os mais diversos, tem gente que não gostou, mas tem muita gente que achou criativo – destacou.
As eleições municipais de 2020 serão marcadas por um eleitor majoritariamente conservador que tem como prioridade a honestidade de seus representantes. É isso o que indica uma pesquisa feita pelo Instituto Travessia a pedido do jornal Valor Econômico.
O estudo revela o eleitor tende a se posicionar à direita no espectro político. Além disso, ele está pessimista e preocupado com os setores da economia mais afetados pela pandemia.
Em relação às áreas que os prefeitos devem mais focar, na visão do eleitor, a prioridade é a saúde, seguida da educação. Em seguida vem, em ordem, geração de emprego, segurança, abastecimento de água, administração pública, combate à corrupção, assistência aos mais pobres, investimento na rede de esgoto, transporte coletivo, limpeza pública, meio ambiente, habitação, iluminação pública, trânsito, atividades culturais e esportivas.
Já em relação ao que mais preocupa o eleitor em relação ao futuro, a “perda de aprendizado com a paralisação das escolas na pandemia” foi escolhida por 18% dos eleitores. Ela ficou atrás de desemprego (33%) e violência, com 20%.
Informações: Correio
Um levantamento da XP Investimentos e do Ipespe mostrou, nesta quinta-feira (15), que o presidente Jair Bolsonaro continua na liderança isolada das eleições de 2022, com 31% das intenções de voto. Atrás dele vem Fernando Haddad, do PT, com 14%, e Sergio Moro, com 11%.
A mesma pesquisa apontou ainda que a rejeição ao governo de Jair Bolsonaro apresenta o menor nível desde maio do ano passado. O estudo indicou que 31% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, mesmo índice visto naquele mês do ano passado. Já em outro de 2019, esse percentual era de 38%. Em setembro deste ano estava em 36%.
Em contrapartida, 39% das pessoas ouvidas afirmaram que o governo é bom ou ótimo. Este índice só não é maior do que o obtido em fevereiro de 2019, quando 40% emitiram a mesma opinião. Atualmente, 28% consideram o governo regular.
A perspectiva sobre o resto do mandato também é positiva. 39% acreditam que será bom ou ótimo. Já 32% dizem que será ruim ou péssimo. Outros 26% esperam um governo regular.
O levantamento ouviu mil entrevistados em todo o país, pelo telefone, entre os dias 8 e 11 deste mês. A margem de erro é de 3,2 pontos, para mais ou para menos.
No propósito de chegar ao seu quinto mandato de vereador, José Carneiro (MDB) tem buscado o apoio de políticos experientes, com destaque para ex-vereadores. As adesões mais recentes foram dos ex-vereadores Jair de Jesus e Dr. Benedito da Hora. “Fico feliz ao ter o apoio de dois bons ex-vereadores de Feira de Santana, que confiam em mim para ser seu representante no Legislativo feirense”, declarou José Carneiro.
O empresário Nelson Roberto (PRTB), conhecido como Rei Nelsinho, renunciou à sua candidatura a prefeito de Feira de Santana, na manhã desta quinta-feira (15). Ele afirmou que a pesquisa feita pelo jornal A Tarde fez com que ele tomasse a decisão. O agora ex-candidato não pontuou no levantamento.
Circula um áudio que Rei Nelsinho anuncia a desistência. Ele também lamentou seu nome não ter sido citado nas pesquisas. “Eu não aguento mais ser maltratado, por isso, com muita tristeza, renuncio à minha candidatura. Peço perdão aos meus amigos e eleitores. Eu voltarei!”, disse.
Rei Nelsinho teve sua candidatura impugnada pelo TSE por não prestar contas na eleição de 2018. Além disso, ele não tinha candidato a vice-prefeito desde que Bruno Lima, que formava a chapa, anunciou na semana passada que não mais concorreria.
As eleições municipais de 2020 registram o maior número de candidatos negros, segundo estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Juntos, pretos e pardos são considerados negros, de acordo com classificação utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e representam 49,94% das candidaturas, ao totalizar 276.091 registros.
Levantamento feito pela Agência Brasil, com dados do TSE disponibilizados na última sexta-feira (9), mostra que do total de candidatos com registros validados pela Justiça Eleitoral, 218.071 (39,45%) se declararam pardos e 58.017, pretos (10,49%). Esta é primeira vez, desde o início da coleta de informações de raça, em 2014, que os candidatos brancos não representam a maioria dos concorrentes às vagas eletivas.
Segundo o TSE, os candidatos brancos correspondem a 48% (265.353) no pleito de 2020. Os dados são variáveis, já que dependem da validação das candidaturas pelos juízes eleitorais e podem mudar mesmo depois das eleições. Ao todo, 552.840 candidaturas foram registradas pelo tribunal. Nas eleições municipais de 2016, 52,4% dos candidatos eram brancos e 47,8%, negros.
Apesar da mudança no panorama racial dos candidatos, as mulheres permanecem em larga desvantagem. Do total de candidatos negros, 186.881 são homens e 89.210 são mulheres. De acordo com dados divulgados pelo Movimento Mulheres Negras, em 2016 o número de eleitas, tanto para vereadoras quanto para prefeitas, não chegou a 5%.
A principal faixa etária dos candidatos está entre 40 e 49 anos. O partido com maior número de negros é o PSD, com 19.590 candidatos, seguido pelo PP, com 17.735, e o PT, com 17.692 registros de candidatos.
Divisão de recursos
Em setembro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que partidos políticos terão que dividir recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e o tempo de rádio e televisão entre candidatos brancos e negros nas eleições municipais deste ano.
Para o ministro Ricardo Lewandowski, a nova regra não vai trazer prejuízos para os partidos. Ele disse que a medida contribui para a construção de “uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, livre de quaisquer formas de discriminação”.
Se for pelo número de concorrentes, o eleitor de Feira de Santana não deve reclamar em 2020. São dez candidatos. Há postulante de continuidade, de oposição à esquerda e à direita e até de ruptura total. Também tem deputado, radialista, empresário, professora, carteiro e ex-executivo de cervejaria. Principal liderança do município nos últimos 20 anos, o ex-prefeito José Ronaldo (DEM) aposta as fichas em um ex-opositor, Colbert Martins (MDB), com quem disputou o pleito feirense em 2004 e esteve em lado oposto em 2008.
Filho de uma das lideranças conhecidas do município – o ex-prefeito Colbert Martins que governou Feira por duas vezes – o atual gestor terá a missão de dar continuidade à era Zé Ronaldo. Diferentes das duas eleições anteriores em que Ronaldo nadou de braçada – ganhou com 71,12% em 2016 e com 66,05% em 2012 – o pleito desse ano pode ser mais acirrado, o que pode ser levado ao segundo turno.
Deputado federal desde 2018 e estadual por quatro vezes consecutivas, Zé Neto (PT) experimenta o melhor momento na concorrência à prefeitura. Antes, o legislador tinha concorrido ao Executivo municipal em 2004, 2012 e 2016, todas sem êxito. Como forma de sensiblizar o setor corporativo, traz como candidato a vice o empresário Roque Eudes. Também no páreo está o radialista e ex-ronaldista, Carlos Geilson (Podemos). Apesar de ser natural de Feira de Santana, Geilson, que já foi deputado estadual por duas vezes, concorre pela primeira vez ao Executivo feirense.
Revelada pela onda bolsonarista de 2018, mas já rompida com o presidente da República, a Professora Dayane Pimentel (PSL) também vai testar a popularidade dela agora na sua segunda eleição. Vereador com sete mandatos na Câmara local, Beto Tourinho (PSB), outro ex-ronaldista, vai usar a experiência na vida pública para sensibilizar o eleitor. Algo parecido como o deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) que está no terceiro mandato na Assembleia Legislativa e antes foi vereador de Feira por duas vezes.
Pelo PSOL, a doula e militante feminista Marcela Prest traz como bandeira a criação de um congresso popular para ordenar a distribuição dos recursos municipais, além de concurso público para a saúde. Mais radical do que Prest, o carteiro Orlando Andrade (PCO), que foi candidato a governador em 2018, prega a estatização de todos os serviços públicos e diz que “não tem plano de governo, tem plano de luta”. Na lista, ainda tem o empresário Nelson Roberto (PRTB) que já tentou se eleger como deputado e não conseguiu.
Rei Nelsinho, como é conhecido, promete criar um hospital geral do município com 400 leitos e 15 UTIs. Os dez de Feira terminam com o ex-executivo da Ambev Carlos Medeiros (Novo). Calouro em eleições, o candidato prega “corte na carne” para diminuir custos e “quebrar o sistema” do toma lá da cá. Maior colégio eleitoral do interior baiano, Feira de Santana tem mais de 380 mil eleitores.
Informações: Bahia Notícias
A um mês da eleição, a disputa pela prefeitura de Feira de Santana caminha para um segundo turno entre o atual prefeito Colbert Martins (MDB) e o deputado federal Zé Neto (PT), aponta a segunda rodada da pesquisa A TARDE/Potencial Pesquisa no município.
O parlamentar tem 30% das intenções de voto, enquanto o chefe do Executivo municipal aparece com 29%. Quem surge melhor posicionado na sequência é o ex-deputado estadual Carlos Geilson (Podemos), com 7%.
Em seguida, estão o empresário Carlos Medeiros (Novo), a deputada federal Dayane Pimentel (PSL), Marcela Prest (PSOL) e o vereador Beto Tourinho (PSB), todos com 2%. O deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) tem 1%. Rei Neilsinho (PRTB), cuja candidatura está indeferida pela Justiça Eleitoral, e Orlando Andrade (PCO) não pontuaram. Não sabem em quem votar 17% dos entrevistados. Intenções de voto em branco ou nulas somam 8%.
Já na primeira rodada da pesquisa, realizada no início de setembro, havia empate técnico entre os dois candidatos que melhor pontuam, considerada a margem de erro de quatro pontos percentuais. Dessa vez, entretanto, Colbert reduziu a distância para Zé Neto, que era de sete pontos percentuais e passou a um ponto.
Realizado entre os dias 8 e 13 de outubro, o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BA-09288/2020. Foram realizadas 600 entrevistas por telefone, por uma equipe treinada para este tipo de abordagem.
Na pesquisa espontânea, quando não são informados os nomes dos postulantes, Zé Neto tem 25% e Colbert, 24%. Geilson aparece com 4%. Medeiros e Marcela foram citados, cada um, por 2% dos entrevistados. Dayane, Beto e Arimateia pontuaram com 1% neste cenário, cada. O ex-prefeito José Ronaldo (DEM), que teve 2% das menções na primeira rodada, desta vez não chegou a ter sequer 1%. Não souberam responder 33% dos entrevistados.
Perfil do eleitorado
Diretor da Potencial Pesquisa, o estatístico Zeca Martins chama a atenção para o melhor desempenho de Zé Neto no eleitorado feminino, já observado anteriormente. “Bem nítido que o eleitorado de um é feminino e o outro, masculino. Agora isso ficou mais evidente”, afirma.
Entre as mulheres, o petista tem 33% das intenções de voto e o emedebista, 23%. Colbert, por sua vez, é o candidato de 35% dos homens, enquanto 27% preferem Zé Neto – o resultado os colocam em empate técnico no segmento no limite da margem de erro.
Como as mulheres representam 55% do eleitorado feirense, uma vantagem nessa faixa pode ser crucial para decidir a eleição. Outro ponto destacado pelo diretor da Potencial é a indecisão de um quinto das mulheres (21%) sobre quem votar, enquanto somente 12% dos homens disseram não saber em quem votarão. “Se entre as indecisas for a mesma proporção que a gente tem, isso tende a favorecer ao Zé Neto”, acrescenta.
Rejeição
Dono do segundo maior índice de rejeição (54%) na primeira rodada, Colbert conseguiu melhorar no quesito e agora aparece com a segunda rejeição mais baixa (45%), perdendo apenas para o seu rival direto, que tem 43% de rejeição. No levantamento anterior, Zé Neto tinha 39% de rejeição.
O diretor da Potencial acredita que o início da propaganda eleitoral pode ser um dos fatores que contribuíram para diminuir a rejeição de Colbert, ao ajudá-lo a mostrar feitos da atual gestão, o que também teria influenciado em uma melhor avaliação da administração municipal, medida pelo mesmo levantamento.
Colbert e Zé Neto continuam a ser os dois mais conhecidos – somente 2% dos entrevistados disseram que não os conheciam suficientemente bem para opinar. A rejeição mais alta, contudo, passou de Arimateia para Tourinho, já que 70% dos entrevistados afirmaram que não votariam de forma alguma no vereador do PSB para prefeito.
Pandemia
A pesquisa também procurou medir o impacto da Covid-19 em um possível aumento da abstenção. Por isso, a pandemia foi mencionada na pergunta, ao contrário do que ocorreu na primeira rodada, quando se questionou ao entrevistado se ele iria ao local de votação caso o pleito ocorre àquela altura.
“Foi intencional. Na cabeça do entrevistado, na primeira pergunta estava se falando do processo eleitoral. Agora, acrescentando a pandemia, a gente vê que aumenta [o índice dos que dizem que não vão votar]. Isso pode aumentar o índice de abstenção, por haver uma reflexão do eleitor”, afirma Martins.
Na pesquisa de setembro, 74% dos entrevistados disseram que iriam ao local de votação caso a eleição ocorresse naquela época. Agora, 66% das pessoas ouvidas afirmaram que a pandemia não os impediria de sair de casa para votar.
Informações: A Tarde