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A moeda norte-americana teve alta de 0,92%, cotada a R$ 5,7610. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos.

Cédulas de dólar — Foto: Pexels

Cédulas de dólar — Foto: Pexels 

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (29) e bateu os R$ 5,76, no maior patamar desde 30 março de 2021, quando fechou em R$ 5,7613. Apesar do dia contar com a divulgação de novos dados econômicos, investidores seguiram à espera de um novo anúncio de corte de gastos por parte do governo. 

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem uma série de reuniões com o presidente Lula nesta semana, mas disse que não há previsão para divulgação do novo pacote fiscal com corte de despesas públicas. 

Nas últimas semanas, Haddad havia sinalizado que a equipe econômica poderia lançar novas medidas estruturais para reduzir os gastos públicos após as eleições municipais. Com isso, o mercado passou a esperar um pacote fiscal com corte de até R$ 60 bilhões — o que ajudaria o governo a passar uma maior “credibilidade”. (Entenda mais abaixo)

Na agenda de indicadores, os investimentos diretos no Brasil foram menores que o projetado em setembro, alcançando US$ 5,23 bilhões, segundo o Banco Central do Brasil (BC), contra uma expectativa de US$ 5,60 bilhões. 

Além disso, as transações correntes do país — soma das balanças comercial e de serviços e de transferências unilaterais entre os países — tiveram um déficit de US$ 6,53 bilhões, pior do que as estimativas, que esperavam um déficit menor, de US$ 5,0 bilhões. 

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda. 

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Ao final da sessão, o dólar avançou 0,92%, cotado a R$ 5,7610, atingindo o maior patamar desde 30 março de 2021, quando fechou a R$ 5,7613. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7666. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

No dia anterior, a moeda subiu 0,06%, cotada a R$ 5,7082. 

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos. 

Com o resultado, acumulou:

Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,02%, aos 131.213 pontos. 

O que está mexendo com os mercados?

Mesmo com algumas divulgações na agenda econômica, o foco dos investidores continuava voltado para a promessa de um corte de gastos feita pelo governo. 

Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que a equipe econômica poderia lançar novas medidas estruturais para reduzir os gastos públicos após as eleições municipais. 

Agora, encerradas as eleições, o mercado espera por mais informações de quando e como esses cortes devem acontecer. Segundo o blog do Valdo Cruz, agentes financeiros disseram que, para ter credibilidade, esse pacote precisaria indicar cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos. 

A ideia é que o tamanho do ajuste fiscal fique em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). 

Nesta terça-feira (29), o ministro da Fazenda chegou a afirmar que tem uma série de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo desta semana, mas reiterou que ainda não há previsão para a divulgação das medidas.

“Não tem uma data, ele [Lula] que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também”, afirmou Haddad em conversa com jornalistas.

A equipe econômica vem sendo pressionada a adotar iniciativas pelo lado das despesas. O tema também tem sido abordado frequentemente pelo Banco Central do Brasil (BC) como fator de influência na política monetária. 

Na segunda-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que se o Brasil quiser ter juros estruturalmente mais baixos, precisará apresentar medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo. As falas aconteceram em uma reunião com investidores realizada pelo Deutsche Bank, em Londres. 

Na agenda de indicadores, o destaque ficou com os dados da balança comercial brasileira, que frustrou as expectativas do mercado. 

Os números do BC mostram que com o resultado de setembro, em 12 meses, o déficit em transações correntes do país acumula um valor equivalente a 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo mês de 2023, houve superávit de 268 milhões de dólares. 

Em setembro, a balança comercial teve superávit de US$ 4,81, uma queda em relação aos US$ 8,48 bilhões registrados no mesmo mês de 2023. 

Já o rombo na conta de serviços ficou em US$ 4,98 bilhões, contra US$ 3,45 bilhões em setembro do ano anterior. 

*Com informações da agência de notícias Reuters


Banco Mundial diz que tributação beneficia famílias de baixa renda

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Brasil tem “uma oportunidade única” de melhorar a saúde pública ao planejar adequadamente a tributação sobre produtos como tabaco, álcool e bebidas açucaradas. A avaliação é do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), instituição financeira ligada à Organização Nações Unidas (ONU) e também conhecida como Banco Mundial.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), a entidade lista uma série de recomendações técnicas sobre como estruturar e aplicar esses impostos “para que haja progressos significativos na saúde pública e na receita tributária”.

“A reforma tributária em curso no Brasil, possibilitada pela Emenda Constitucional 132, traz uma oportunidade para fazê-lo. Ela pode ser alcançada por meio do Imposto Seletivo na Lei Complementar, atualmente em discussão no Senado, e da Lei Ordinária que deve ser apresentada ao Congresso em 2025.”

De acordo com o Bird, todos os anos, cerca de 341 mil mortes registradas no Brasil são atribuíveis ao consumo de tabaco, álcool e bebidas açucaradas – algo em torno de 20% do total de óbitos contabilizados no país. “Esses produtos são os que mais contribuem para doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e enfermidades pulmonares crônicas”.

“A implementação de impostos especiais sobre esses produtos nocivos é uma estratégia comprovada para deter e reduzir seu consumo”, avaliou o banco no comunicado.

Pouco imposto
O documento cita ainda que os preços de produtos derivados do tabaco, de bebidas alcoólicas açucaradas no Brasil são “relativamente baixos” quando comparados aos de países da América Latina e do Caribe e de países do G20. “Os valores tornam esses produtos muito acessíveis para a população brasileira, contribuindo para as altas taxas de consumo”.

“Do ponto de vista da saúde, a redução do consumo desses produtos levará a uma diminuição significativa das mortes e de doenças evitáveis. Apesar do declínio previsto no consumo, o país ainda poderá arrecadar maiores receitas fiscais com esses impostos.”

Famílias de baixa renda
Famílias mais pobres, segundo o Bird, devem ser as mais beneficiadas pela política.

“Populações de baixa renda são mais sensíveis às mudanças de preços. Um aumento significativo de preços impulsionado pela implementação de impostos de saúde bem planejados reduzirá substancialmente o consumo de tais produtos entre esse grupo”.

Segundo o banco, a maioria das mortes pelo consumo desses produtos ocorre em domicílios de baixa renda.

“O Brasil tem uma oportunidade valiosa de melhorar a saúde pública e os resultados econômicos por meio de tributação estratégica e é crucial aproveitá-la. A implementação de impostos de saúde bem projetados salvará inúmeras vidas, aumentará o capital humano e aumentará a produtividade da economia”, concluiu o Banco Mundial.

Reforma tributária
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (23) um plano de trabalho para o projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, apresentado pelo relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB-AM). Os debates começam na próxima semana.

O Projeto de Lei Complementar 68/2024 foi encaminhado ao Senado em agosto, mas, em razão de um acordo com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), o texto só começaria a tramitar no final do calendário das eleições municipais.

Informações Bahia.ba


Os números foram revelados em um estudo recente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

Imagem: Seagri/assessoria

A Bahia se destaca como a grande potência do agronegócio no Nordeste, com nada menos que 8 de seus municípios entre os 100 mais ricos do Brasil no setor. Os números foram revelados em um estudo recente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que analisou a produção agrícola de 5.563 cidades brasileiras.

Dentre as 13 cidades nordestinas presentes no ranking, 8 são baianas, demonstrando a força do estado na produção agrícola. São Desidério, no Oeste do estado, lidera a lista baiana e ocupa a segunda posição no ranking nacional, com uma produção avaliada em R$ 7,7 bilhões, focada no cultivo de grãos.

Em seguida, aparecem Formosa do Rio Preto (7º lugar, R$ 5,7 bilhões), Barreiras (25º lugar, R$ 3,1 bilhões), Correntina (28º lugar, R$ 3 bilhões), Luís Eduardo Magalhães (32º lugar, R$ 2,7 bilhões), Riachão das Neves (48º lugar, R$ 2 bilhões), Jaborandi (62º lugar, R$ 1,6 bilhão) e Juazeiro (66º lugar, R$ 1,5 bilhão).

As lavouras de grãos e frutas são as grandes responsáveis por esses números. A produção de soja, milho e algodão, além de culturas como manga, maracujá, banana e uva, tem sido fundamental para o sucesso do setor no estado.

Para o secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum, a liderança da Bahia no agronegócio nordestino é “resultado de diversos fatores, como investimentos em tecnologia, infraestrutura, políticas públicas de incentivo e apoio aos produtores, e a adaptação das culturas às condições climáticas da região”.

Informações Bahia.ba


As empresas registraram déficit de R$ 9,76 bilhões de 1º de janeiro de 2023 a 31 de agosto de 2024

Durante o ano de 2023, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula, as estatais apresentaram um déficit de R$ 2,43 bilhões | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Durante o ano de 2023, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula, as estatais apresentaram um déficit de R$ 2,43 bilhões | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em quase dois anos de governo neste terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaassiste ao maior rombo das estatais do século 21. Sob a gestão petista, as empresas registraram déficit de R$ 9,7 bilhões — valores ajustados pela inflação até setembro de 2024, conforme reportagem do site Poder360, com base em dados do Banco Central (BC).

Durante o ano de 2023, as estatais tiveram déficit de R$ 2,4 bilhões. Em 2024, por sua vez, o valor saltou para R$ 7,3 bilhões até agosto. O saldo foi superado apenas pelo déficit de 2014, no governo Dilma Rousseff, que totalizou R$ 7,5 bilhões.

Em dois anos, o governo Lula reverteu o superávit registrado durante o mandato inteiro do ex-presidente Jair Bolsonaro: R$ 31,1 bilhões.

Durante o ano de 2023, as estatais apresentaram um déficit de R$ 2,4 bilhões | Foto: Reprodução/Poder360
Durante o ano de 2023, as estatais apresentaram um déficit de R$ 2,4 bilhões | Foto: Reprodução/Poder360

O desempenho financeiro das estatais sob o governo Lula

As estatais federais registraram déficit de R$ 3,4 bilhões de janeiro a agosto deste ano. O valor representa um aumento de 383,1%, em relação a 2023.

Na quarta-feira 16, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre os rumores da possibilidade de desvincular as estatais do Orçamento. “Estamos explorando a possibilidade de reduzir o aporte federal para essas estatais que têm condição de se emancipar”, afirmou.

Manobra à vista

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva quer excluir as estatais do Orçamento tradicional da União. O presidente enviou dois projetos para o Congresso que afrouxam as regras e permitem às empresas saírem da contabilidade tradicional.

Dessa forma,  as estatais poderiam gastar dinheiro público como instituições independentes, mesmo estando sob o guarda-chuva do Tesouro Nacional. Se as propostas avançarem, o controle dos gastos dessas empresas vai ficar mais difícil, dizem especialistas.

Além disso, a desvinculação do Orçamento abre espaço para novas despesas, configurando a tentativa de um drible no arcabouço fiscal. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos diz que a ideia é outra.

Responsável pelas estatais federais, a pasta argumenta que a proposta do governo é recuperar a sustentabilidade das companhias, livrando-as da dependência exclusiva de recursos da União no médio prazo. 

Dono da proposta, o Ministério do Planejamento e Orçamento defende que a mudança vai melhorar a situação fiscal das contas públicas. Diz a pasta que os recursos próprios dessas estatais entram hoje na conta do Orçamento e concorrem com outros gastos da administração.

Atualmente, 17 empresas estatais são consideradas dependentes. São instituições que precisam de recursos do Tesouro Nacional para manter suas atividades. 

Entre elas, estão Telebras, responsável pela internet dos órgãos públicos; Infra S/A, que cuida de projetos de infraestrutura; Conab, encarregada de abastecer e distribuir alimentos; Embrapa, de pesquisa agropecuária; e a Codevasf, que faz obras nos vales do Rio São Francisco e do Parnaíba.

Os projetos do governo mudam as regras para que essas empresas saiam dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Na linha atual, seus gastos são submetidos aos limites fiscais e fazem parte do Orçamento de Investimento, no qual estão estatais independentes como a Petrobras.

Informações Revista Oeste


Créditos: depositphotos.com / AlexLipa

Recentemente, o aumento de golpes relacionados a cartões de pagamento por aproximação tem gerado preocupação em todo o mercado financeiro. Tanto consumidores quanto lojistas precisam estar atentos às novas estratégias adotadas por criminosos que visam aproveitar brechas tecnológicas para cometer fraudes. Este artigo explora o funcionamento desse golpe e as medidas preventivas que podem ser adotadas.

Como o Golpe é Executado

Créditos: depositphotos.com / bashta

Segundo informações do Monitor do Mercado, os fraudadores costumam se passar por representantes de empresas de tecnologia de pagamento. Sob o falso pretexto de realizar atualizações ou manutenções essenciais, eles instruem os lojistas a baixar arquivos nocivos em suas máquinas de cartão. Uma vez infectadas, essas máquinas permitem que os criminosos acessem dados sensíveis, facilitando transações não autorizadas.

Para evitar cair em tais armadilhas, os consumidores podem adotar métodos alternativos ao efetuar transações, tais como pagar via PIX ou em dinheiro. Verificar frequentemente os extratos bancários também é crucial para identificar qualquer transação não reconhecida. No caso de atividades suspeitas, é importante notificar o banco imediatamente e considerar a elaboração de um boletim de ocorrência.

Medidas de Segurança para Lojistas

Lojistas são aconselhados a validar a autenticidade de qualquer pedido de atualização de software em suas máquinas de cartão, buscando sempre consultar diretamente as empresas responsáveis. Além disso, é fundamental manter o suporte técnico informado sobre qualquer tentativa suspeita de contato ou modificação do sistema.

Profissionais de segurança cibernética destacam que os criminosos têm se tornado cada vez mais sofisticados em suas abordagens, usando sistemas que podem driblar até mesmo tecnologias avançadas de segurança em cartões. Como resposta, é crucial que tanto consumidores quanto lojistas se mantenham informados sobre as táticas emergentes e atualizem regularmente seus conhecimentos e ferramentas de segurança.

A contínua adaptação e o fortalecimento das práticas de segurança são essenciais para mitigar os riscos associados às fraudes financeiras na era digital. Educação e vigilância constante são as principais armas na luta contra atividades fraudulentas cada vez mais inovadoras.

Informações TBN


The detail of the notes of two hundred, one hundred, fifty and twenty reais. The real is the currency of Brazil. The Central Bank launched guidelines for the creation of a digital currency that will serve as an extension of the real in the country

Créditos: depositphotos.com / rafapress

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as estatais brasileiras registraram um déficit de R$ 7,2 bilhões, configurando o maior rombo desde o início da série histórica do Banco Central, em 2002. Este número compreende resultados negativos tanto de empresas federais quanto estaduais, que encerraram o período no vermelho em R$ 3,3 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente.

Causas do déficit nas estatais

O déficit nas estatais ocorre quando os gastos dessas empresas ultrapassam o fluxo de entrada no caixa. Diversos fatores podem contribuir para esse desequilíbrio, como má gestão, ineficiência operacional e investimentos mal planejados. As estatais, por serem controladas pelo governo, possuem características específicas que podem complicar a administração, como interferências políticas e falta de competitividade.

Impactos nas contas públicas

O rombo nas contas das estatais impacta diretamente as finanças públicas. Quando essas empresas não conseguem equilibrar suas finanças, o governo, em última instância, poderá ter que cobrir os valores deficitários, gerando maior endividamento público. Isso resulta em menos recursos disponíveis para investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.

Meta fiscal e desafios futuristas

Na esfera federal, a cobertura dos déficits das estatais geralmente é feita por meio do Tesouro Nacional. O governo brasileiro estabeleceu uma meta fiscal ambiciosa, que visa zerar o déficit público até 2024 e 2025, ou seja, equalizar os gastos e receitas. Alcançar essa meta enquanto se enfrentam déficits nas estatais representa um desafio significativo para a equipe econômica.

Implicações para Estados e Municípios

Tanto as empresas estaduais quanto as municipais operam sob uma lógica similar à das estatais federais. Quando registram prejuízos, os governos locais podem ser obrigados a intervir financeiramente. Isso se traduz em dificuldades adicionais para administração dos orçamentos estaduais e municipais, muitas vezes já apertados.

Perspectivas para o futuro

O cenário fiscal das estatais brasileiras representa um ponto crítico para o planejamento econômico. Medidas estruturais e estratégias eficazes são necessárias para sanar os déficits e garantir uma melhor alocação de recursos públicos. Essa abordagem não só contribuiria para o equilíbrio das contas públicas, mas também promoveria um ambiente financeiro mais saudável, possibilitando um desenvolvimento nacional mais sustentável.

Informações TBN


No ano, IPCA acumulado é de 3,31% e de 4,42% nos últimos 12 meses

Dados sobre inflação foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 9 | Foto: Divulgação/Pixabay
Dados sobre inflação foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 9 | Foto: Divulgação/Pixabay

A inflação do Brasil subiu para 0,44% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 9. A alta é de 0,46 ponto porcentual (p.p.) em relação ao mês anterior.

O indicador foi puxado pelo grupo habitação (1,80%), depois do aumento nos preços da energia elétrica residencial, e por alimentação e bebidas (0,50%).

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. 

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar 1, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

“A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100 kwh consumidos”, diz. O item exerceu impacto de 0,21 p.p. no índice geral de setembro.

Também foram verificados reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes áreas: Fortaleza (1,46%), com reajuste de 8,05% a partir de 5 de agosto; Salvador (0,36%), com reajuste de 5,81%, e Vitória (0,27%), com reajuste de 4,31% a partir de 1º de agosto.

Ainda em habitação, o IBGE destacou o aumento do gás de botijão (2,40%). Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) decorre do reajuste médio de 2,77% no Rio de Janeiro (0,17%) e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-0,25%).

Em alimentação e bebidas (0,50%), a alimentação no domicílio teve alta de 0,56% depois de dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%).

No lado das quedas, destaque para a cebola (-16,95%), para o tomate (-6,58%) e para a batata inglesa (-6,56%).

“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta”, afirma. 

A alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

No grupo transportes (0,14%), o aumento de preços no grupo foi influenciado pela alta das passagens aéreas (4,64%). Em relação aos combustíveis (-0,02%), gasolina (-0,12%) e óleo diesel (-0,11%) tiveram queda, enquanto o etanol (0,75%) e o gás veicular (0,03%) registraram alta nos preços.

Por outro lado, a queda mais intensa (0,31%) e com maior impacto (0,03 p.p.) em setembro veio de despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos caiu 8,75% e exerceu impacto negativo de 0,04 p.p. no índice geral.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas tiveram alta na inflação em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%). 

Já a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

Além de inflação, INPC tem alta de 0,48% em setembro

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em setembro, 0,62 p.p. acima do resultado observado em agosto (-0,14%). 

No ano, o INPC acumula alta de 3,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,09%. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,11%.

Os produtos alimentícios subiram 0,49% em setembro, depois de duas quedas consecutivos. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,02% em agosto para 0,48% em setembro.

Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (1,05%), por conta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,73%). 

Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,08%), por conta dos recuos dos preços da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

Informações Revista Oeste


As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

Foto: Jean Vagner/Ascom SEI

As exportações baianas atingiram US$ 994,9 milhões em setembro. O resultado foi 9,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. As exportações baianas vêm registrando queda nos preços, ao longo do ano, e apresentaram uma redução de 18% no volume embarcado em setembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior, devido à menor demanda global.

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No acumulado do ano, as exportações baianas alcançaram US$ 8,62 bilhões, um aumento de 6,3% no comparativo com o mesmo período do ano passado. As importações foram a US$ 8,33 bilhões, com elevação de 23%. O saldo comercial no período foi positivo em US$ 282 milhões, enquanto que a corrente de comércio, soma de exportações e importações, correspondeu a US$ 16,95 bilhões, alta de 14%.

A agropecuária, mesmo com previsão de safra menor e cotações em queda no mercado internacional, liderou a pauta de exportação no mês, com aumento, ainda que modesto, de 2% frente a setembro de 2023, totalizando 502 milhões de dólares. No mesmo período, as exportações da indústria de transformação tiveram queda de 26,1%, a US$ 364,6 milhões, puxado principalmente pelo desempenho ruim do setor de refino (-69,7% frente a setembro do ano passado), enquanto a indústria extrativa, embora com peso menor na pauta, apontou ganho de 3%, atingindo vendas de US$ 146,8 milhões.

As exportações brasileiras para China, principal destino dos produtos baianos, subiram 4% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Já as vendas totais para a Ásia cederam 3,7%, mas com uma participação de 54,7% do total das vendas externas baianas no mês. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte registraram aumento de 20%, embora com participação de 13,7%, enquanto as vendas para a União Europeia desabaram 20,7%.

As importações, por outro lado, continuaram em alta em setembro, quando cresceram 45%, totalizando US$ 1,03 bilhão. As compras externas permanecem em aceleração acima do esperado, encabeçada principalmente pelo aumento expressivo de combustíveis (gás, petróleo cru e nafta). Em setembro, a alta foi liderada novamente pelos combustíveis, com aumento de 100%, e de bens intermediários (13,1%), com destaque para as compras de fertilizantes (47,4%). Neste ano, a produção industrial cresce, gera emprego, aumenta a renda, um crescimento mais distribuído na economia, que faz com que a demanda por importação cresça.

Informações Bahia.ba


Créditos: depositphotos.com / bashta

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, conhecida como Abecs, tomou uma decisão importante recentemente. Em reunião extraordinária realizada em 1º de outubro de 2024, a Abecs decidiu antecipar a proibição do uso de cartões de crédito para apostas e jogos online no Brasil. Essa medida, que seria aplicada apenas em janeiro de 2025, visa conter o superendividamento e outros impactos negativos relacionados ao setor.

O anúncio surpreendeu muitos, uma vez que era aguardado apenas como parte de um plano do Ministério da Fazenda para o próximo ano. A decisão busca abordar a crescente preocupação com a facilidade de endividamento oferecida pelos meios eletrônicos de pagamento no contexto das apostas online, um mercado que vem crescendo de forma acelerada em território nacional.

A antecipação da proibição é uma resposta direta às preocupações sobre o aumento das apostas online no Brasil. De acordo com a Abecs, o uso de cartões de crédito em apostas online tem impactos negativos significativos sobre o endividamento das pessoas. O acesso fácil ao crédito, muitas vezes sem o devido controle, pode levar ao excesso de dívidas, afetando também o consumo no varejo e os serviços.

© Joédson Alves/ Agência Brasil (ilustrativa)

O Que Dizem as Estimativas sobre o Uso de Cartões?

Curiosamente, a Abecs identificou que o uso de cartões de crédito para apostas online é relativamente pequeno. Estimativas das principais bandeiras de cartão no Brasil indicam que essa forma de pagamento é “inexpressiva” dentro desse segmento. Apesar disso, o potencial de endividamento e os riscos associados justificaram a antecipação da medida.

Qual o Papel do Pix nas Apostas Online?

Embora o uso de cartões de crédito seja pequeno, o Pix se destaca como um dos principais meios de transação para apostas online. Este método de pagamento instantâneo tem facilitado não só o acesso às apostas, mas também a utilização de linhas de crédito, como o cheque especial. Isso aumenta o risco de endividamento, destacando a necessidade de uma revisão mais ampla sobre as formas de pagamento nas plataformas de jogos.

Quais Medidas Adicionais Estão em Discussão?

A discussão sobre a proibição não termina aqui. A Abecs mencionou a necessidade de um debate mais amplo sobre o veto ao uso de outras linhas de financiamento para apostas. Com o crescimento dos jogos online, é fundamental garantir que os consumidores não fiquem presos em ciclos de dívida. Entre as opções consideradas, estão a restrição do uso de empréstimos e financiamentos para esses fins.

Essa decisão pode ter um impacto profundo no mercado de apostas online no Brasil. Ao limitar as formas de pagamento disponíveis, pode haver uma desaceleração no crescimento desse setor, ou uma adaptação das plataformas para novas formas de operar. O diálogo entre reguladores e empresas será crucial para moldar o futuro desse mercado em evolução.

Informações TBN


Com a decisão da agência de classificação de risco o Brasil está a apenas a um degrau de recuperar o grau de investimento, perdido em 2015

A agência de classificação de risco Moody's
A agência de classificação de risco Moody’s

A agência de classificação de risco Moody’s decidiu nesta terça-feira, 1, elevar a nota de classificação de risco do Brasil de “Ba2” para “Ba1”.

A agência de classificação de risco Moody's
A agência de classificação de risco Moody’s

Além disso, a agência manteve a perspectivapositiva, o que deixa em aberto a possibilidade de nova elevação da nota soberana a médio prazo. 

Com isso, o Brasil está a apenas um degrau do almejado grau de investimento, o chamado “selo de bom pagador“, alcançado em 2008 e perdido em 2015.

Segundo a Moody’s a decisão se justifica pela melhora no cenário de crédito do país, graças ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, a agência destacou que as reformas econômicas aprovadas recentemente, como a reforma tributária, deverão melhorar o ambiente de negócios brasileiro e permitir um crescimento sustentado no longo prazo.

Decisão da Moody’s ocorre após encontro com Haddad e Lula em Nova York

A decisão da Moody’s chegou poucos dias após uma reunião realizada em Nova York entre as principais agências de classificação de risco, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após esses encontros, o ministro da Fazenda antecipou que o Brasil estaria perto de retomar o grau de investimento, e que uma das três grandes agências de classificação de risco deveria elevar a nota do país ao longo do próximo ano.

Lula, por sua vez, declarou que as agências “tem sido decentes”, mas que não devem “ouvir só a Faria Lima” e sim também o presidente da República. 

Moody’s destacou compromisso do governo Lula com a meta fiscal

Em sua avaliação, a Moody’s destacou o compromisso do governo Lula com a estabilidade das contas públicas e com a meta fiscal, principalmente na expectativa da estabilização da proporção dívida/PIB.

Entretanto, em agosto a dívida pública brasileira cresceu, chegando a 78,5% do PIB.

A opinião da Moody’s não é compartilhada com outras agências de classificação de risco, que ainda apontam sérios riscos fiscais para o Brasil.

Na última quinta-feira, 25, por exemplo, a Fitch apontou que o desempenho econômico do Brasil não era suficiente para amenizar as preocupações sobre as contas públicas.

Informações Revista Oeste

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