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Belém, no Pará, encerrou o lockdown (fechamento dos serviços não essenciais) no dia 25 de maio. Em 6 de junho, os shoppings centers foram liberados a funcionar durante 8 horas por dia, por um decreto municipal.

O isolamento social no Pará também decaiu muito desde a reabertura econômica. Apenas 39% das pessoas cumpriram o isolamento social na véspera do feriado, índice muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

No feriado de Corpus Christi, o movimento só diminuiu com o fechamento do comércio de rua e as outras atividades. Além de restringir a venda de passagens, a companhia que opera a linha fluvial obedece a um decreto do governo local: uma declaração do passageiro para poder embarcar.

O comandante Silas Ferreira, que pilota o Expresso Marusa – a lancha rápida que liga a capital a uma das ilhas mais populosas da baía do Guajará – confirma que o movimento caiu muito. Além disso, outra medida do governo local em tempos de pandemia, é que a lancha é obrigada a abrir as janelas e deixar o ar circular livremente.

É dessa forma, entre reclamações e adequações, que Belém vem tentando se adaptar ao cenário pós-quarentena em um “novo normal”.

Rio de Janeiro – O governador Wilson Witzel flexibilizou desde sábado (6) as medidas de isolamento social no estado do Rio. O decreto foi publicado em edição extra do “Diário Oficial do Rio” na noite da última sexta-feira (5).

Está autorizado o funcionamento de shoppings centers e centro comerciais das 12h às 20 horas e com público de até 50% da capacidade de cada complexo. Mas as áreas recreação, como cinemas, continuarão fechados.

Também foi autorizado a volta do futebol e de esportes de alto rendimento, mas sem público e desde que sigam protocolos da secretaria de Saúde. Também estão autorizados os cultos religiosos em áreas ventiladas e com os fiéis com máscaras e a um metro e meio de distância entre os demais.

Bares e restaurantes também poderão reabir, respeitando o limite máximo de 50% de ocupação. O decreto também autoriza a reabertura dos pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro.

Estão liberadas práticas esportivas ao ar livre, inclusive em parques públicos. As academias continuarão fechadas até dia 21 de junho.

Já o estado de São Paulo começa já havia iniciado no início deste mês a flexibilização da quarentena. A medida de flexibilização do isolamento social foi anunciada no fim de maio pelo governador João Doria (PSDB).

O governo do estado estabeleceu um protocolo de reabertura gradual que divide o estado em cinco cores, variando de acordo com o estágio de controle da pandemia. Classificada na “fase de controle” (laranja), a cidade de São Paulo foi autorizada pelo governo estadual a reabrir, nesta segunda (1º), atividades imobiliárias, escritórios, concessionárias, comércio e shopping centers. No entanto, o prefeito Bruno Covas decidiu manter a quarentena até 15 de junho, autorizando que cada um desses setores reabram depois dessa data, desde que aprovem protocolos específicos de reabertura.

O Recife apresentou seu Plano de Convivência com a Pandemia, nessa quinta-feira (11). Encomendado pela prefeitura e coordenado pelo Porto Digital, com a participação de vários cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o cronograma prevê cinco fases e tem pontos similares ao plano estadual, mas terá datas diferentes, embora ainda não tenham sido anunciadas.

Retomada do Recife prevê abertura de comércio e praias antes do resto do Estado.

Em Salvador, o prefeito ACM Neto diz acompanha atentamente a situação do Coronavírus para decidir sobre a reabertura gradual dos shopping centers que já calculam prejuízo em bilhões de reais.

Com informações adaptadas e extraídas dos sites Agência Brasil, Brasil de Fato e G1.


A Covid-19 ainda não possui vacina e nem remédio. Em estudo por linhas de pesquisa sobre a possibilidade de uso no tratamento da doença, a cloroquina e hidroxicloroquina foi tema de levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. Mais da metade dos brasileiros (50,4), afirmou que tomaria o medicamento caso fossem infectados pelo novo coronavírus.

O questionamento foi feito a brasileiros com idade a partir dos 16 anos em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal.

O tema divide opiniões da sociedade geral e também de especialistas e pesquisadores. Os dados mostram que aqueles que não tomariam as substâncias se contraíssem a Covid-19 somam 44,7%.

Entre os que não souberam responder ou não opinaram sobre o tema o índice foi de 4,9%.

O protocolo do Ministério da Saúde permite que as substâncias sejam utilizadas no tratamento da Covid-19 desde os primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a pasta, a orientação para prescrição a pacientes adultos de dois medicamentos associados à azitromicina: a cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina. A escolha do melhor tratamento para a doença pode variar de acordo com os sinais e sintomas e a fase em que o paciente se encontra, conforme o Ministério.

O Instituto Paraná ouviu milhares de pessoas através de entrevista telefônica em centenas de municípios esta semana. Tal amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2% para os resultados gerais.

Fonte: Bahia Notícias


Redefinição – Na segunda-feira (8), Maria Van Kerkhove, infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que a propagação da Covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.” Ela deu declarações durante a conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus.

Van Kerkhove disse que os dados levantados até o momento mostraram que pessoas que não apresentam sintomas do vírus têm pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis.

– Nós sabemos que existem pessoas que podem ser genuinamente assintomáticas e ter o PCR (teste realizado para detectar a presença do vírus no organismo) positivo. Esses indivíduos precisam ser analisados cuidadosamente para entender a transmissão. Há países que estão fazendo uma análise detalhada desses indivíduos, e eles não estão achando transmissão secundária. É muito rara – falou.

Ela defendeu ainda que deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas. Para ela, é importante traçar o contatos que infectados tiveram com outras pessoas.

Maria acredita ainda que mais estudos precisam ser feitos a fim de que seja encontrada uma resposta real a respeito das formas de transmissão da Covid-19.

Declaração – Um comerciante que quase se tornou uma vítima fatal da Covid-19 fez um apelo pela reabertura do comércio. Mesmo reconhecendo a gravidade da doença, Edson Simões dos Santos, dono de uma pequena concessionária de carros na Zona Leste de São Paulo, afirma que o fechamento do comércio não se deu de forma igual em todos os setores e que a crise econômica também será avassaladora.

– O governo fechou vários comércios que geram muitos empregos e não causam aglomerações. Estou com minha loja, onde todos poderiam trabalhar distantes uns dos outros e com poucas pessoas dentro, fechada. Mas por que também não fecham as adegas aqui perto de casa? Também não proíbem a venda de cerveja no posto de gasolina, onde as pessoas fumam narguilé juntas e depois levam a doença para casa – questionou.

Edson, que ficou 15 dias em coma na UTI, diz ainda que é preciso continuar a trabalhar “para não morrer de fome” e avalia 2020 como um ano perdido economicamente.

– Eu acho que, esse ano, se eu ganhar dinheiro para comer é muito. Tem muita gente desempregada que não vai comprar carro. O cara comprava para fazer Uber e hoje não compra. Músico está morto. Não pode fazer show, tocar em barzinho e isso tudo vira uma bola de neve. Não podemos parar para não morrer de fome, mas a economia só volta ano que vem – disse.

Santos diz ainda o que, na sua opinião, deveria acontecer daqui para frente.

– Manteria o comércio aberto mesmo com os leitos lotados. O hospital sempre vive cheio mesmo. A saúde no Brasil é um lixo. O país nunca teve estrutura. Não é por causa dessa doença que os hospitais vão encher. Ele sempre foi assim. É um problema político e histórico. Se não voltar, muitos empresários vão fechar. Conheço uma pessoa que já está com o armário vazio. Você acha que ele tem mais medo do vírus ou da fome? – questionou.

As informações são da Agência Brasil e Pleno News


A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que zerou a fila de espera por leitos para atendimento de pessoas com Covid-19. Isto inclui hospitais federais, estaduais e municipais não só da capital, mas também da Região Metropolitana, que engloba municípios da Baixada Fluminense.

– Não há fila, pois o número de leitos é superior à demanda por vagas na rede SUS – disse a Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

A secretaria divulgou também que a taxa de ocupação de leitos de UTI da Covid-19 no município é de 89%. Já os leitos de enfermaria estão ocupados em 51% de sua capacidade total.

– Importante ressaltar que a taxa de ocupação reflete o cenário dos leitos no momento da consulta ao sistema, podendo ter outro número diferente minutos depois – destacou a Prefeitura.

O levantamento foi divulgado no mesmo dia em que o prefeito Marcelo Crivella anunciou a reabertura dos shoppings a partir desta quinta-feira (11). A reabertura dos centros comerciais faz parte do plano de retomada gradual das atividades na cidade.


A Associação Médica de Cascavel/PR emitiu parecer favorável para uso do protocolo hidroxicloroquina, Azitromicina e Zinco já nos primeiros quatro dias de sintoma de Covid-19.

A decisão da instituição se dá por conta do número elevado de casos confirmados na cidade e também diante do risco de colapso futuro nos serviços de saúde.

Em carta aberta aos Médicos da cidade e Região, a Associação informa que o risco é baixo do protocolo, mas o profissional de Saúde deve fazer o informe ao paciente.

“O uso positivo desse protocolo reduziu as internações e a utilização de UTIs. Sabemos que o risco dessa medicação e protocolo é pequeno, sendo utilizados em outras moléstias.

Sugerimos que pelo menos os pacientes de 50 anos e todos aqueles que tiveram alguma comorbidade, indiferente da idade devam fazer uso desse protocolo, e nos demais casos fica a critério de cada profissional, com anuência do paciente”.


Dos 560 testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 realizados em caminhoneiros, através de ação conjunta entre o Sest/Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) e a Prefeitura de Feira de Santana, dois tiveram resultado positivo. A ação de testagem aconteceu na segunda e terça-feira na sede do Sest/Senat e no Posto Subaé, na BR 324, nesta quarta (10).

Outros 19 exames apresentaram resultado IgG positivo, quando possivelmente o paciente havia contraído a doença no passado e desenvolveu anticorpos, mas no momento está recuperado. Estes casos foram notificados para a Vigilância Epidemiológica pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), órgão vinculado a Prefeitura, para serem acompanhados. Foram abordados para realização do exame apenas caminhoneiros.

A iniciativa faz parte de uma campanha nacional promovida pelo Sest/Senat com o objetivo de proporcionar diagnóstico aos trabalhadores do transporte neste momento de pandemia, segundo informa o gestor do Sest/Senat em Feira de Santana, Daniel Correia (foto). “Desde o início da pandemia estamos prestando orientações de cuidados respiratórios e cuidados em relação ao distanciamento, já que os caminhoneiros param em diversos locais no trajeto para se alimentar ou abastecer, sendo um grupo vulnerável”, afirma.

Ainda de acordo com ele, havia uma expectativa de obter um alto número de resultados positivos, porém o índice foi inferior. “Foi muito menor do que esperávamos, e isso é muito bom. Independente dos resultados, o nosso objetivo é contribuir”, opinou.

Os testes rápidos foram oferecidos pelo Sest/Senat, que fez aquisição de 37 mil unidades distribuídas em todo país para realização dos exames em profissionais do transporte.

O caminhoneiro Francisco Nascimento aproveitou a oportunidade para realizar o exame, ele conta que reside em Feira de Santana e considera importante a iniciativa. “Agradeço ao Sest/Senat e as parcerias que fizeram, pois eu estava há alguns dias com sintomas e queria fazer o teste, no momento não tenho sintomas mas o exame pode dizer caso eu tenha contraído no passado”, disse.

Na avaliação da coordenadora do Cerest, Verena Liberal (foto), a ação foi muito positiva pois trata-se de uma união de entidades, com um único objetivo que é oferecer e facilitar o diagnóstico a este público que pode estar infectado, transmitindo e não saber.

“O cuidado deve ser contínuo, continuamos tendo o vírus ativo em nossa sociedade e a população deve manter os cuidados preventivos para reduzir os riscos de contágio. Temos percebido que muitas pessoas que testaram positivo na ação foram pessoas que não apresentam sintomas e precisamos orientar para que essas pessoas mantenham isolamento social a partir deste resultado”, explica.

Ela ainda alerta para os cuidados respiratórios que devem ser seguidos rigorosamente, como por exemplo: utilizar a dobra do antebraço para cobrir nariz e boca evitando utilizar as mãos ao espirrar, utilizar lenços de papel descartáveis ao espirrar, reforçar a atenção para o uso da máscara de forma adequada, principalmente por pessoas com sintomas gripais.

A ação contou com a parceria da Prefeitura através do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, Via Bahia, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Transportes Terrestres e da rede Lubrijau.


Durante conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer críticas à Organização Mundial de Saúde (OMS). Na declaração dada na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que por trás das intenções da organização está a tentativa de “quebrar países” e comparou a Organização com “partido político.”

– A tal da OMS, que tem que seguir, uns querem que siga cegamente, acabou de dizer que assintomático não transmite, depois voltou atrás, parece que tem algo de mais grave por trás disso tudo, de quebrar os países – disse.

O presidente também afirmou que os problemas causados pelas medidas de isolamento já são enormes e podem chegar ao ponto de “quebrar o Brasil”.

– A quantidade de problemas econômicos é enorme, vai chegar a um ponto que vai quebrar o Brasil. Quem decidiu que ia fechar comércio, lockdown, tudo competia aos governadores, foi o STF – completou.


Após 13 dias internada com sintomas do novo coronavírus, Maria José Bastos, de cem anos, teve alta na última quinta (4) no Rio de Janeiro.

No final do mês de maio, Bastos e o filho com quem ela morava, Antônio, começaram a sentir alguns dos sintomas da Covid-19. Ambos foram levados pelo Samu até uma unidade de pronto-atendimento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A centenária precisou ser internada e foi levada ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, na Zona Norte, no último dia 23.

Embora tenha necessitado de oxigênio, ela não foi intubada. Bastos saiu do hospital na tarde de quinta (4) sob aplausos da equipe que cuidou dela. Antônio, porém, não resistiu e morreu no domingo (31).

Bastos nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e teve 22 filhos, dos quais 13 chegaram à vida adulta. Segundo Expedita da Silva Santos, uma de suas filhas, hoje eles são em dez, sete mulheres e três homens.

Após morar ao longo de mais de 20 anos com Antônio, por quem perguntou ao deixar o hospital, Bastos agora foi viver com outro filho, Benedito.

Viúva do primeiro marido ainda na casa dos 40, Bastos casou-se de novo depois dos 70 anos.

Com 65 netos, bisnetos e tataranetos, ela celebrou cem anos em dezembro do ano passado, com uma festa cheia de gente.

*Folhapress

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