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Isolacionismo é o novo cala boca, que, em nome de um controle social, esmaga a liberdade em nome de um falso bem-estar coletivo – que jamais chega

Foto: Neil Hall/EFE
Pesquisas mostram que Inglaterra teve alto índice de contaminados e mortos, apesar das restrições de circulação

isolacionismo é uma seita materialista, o que é a tradução exata de uma ideologia. Ideologia é uma apreensão de ideias fixas que moldam uma realidade fictícia e falseada, sem complexidades. A ideologia isolacionista é uma seita sem deus, sem um principio de transcendência; uma ideologia que confina a cabeça de seu sectário em uma ideia única, obsessiva e errada: a de que trancar pessoas por tempo indeterminado salva vidas. Não interessa aos fanáticos dizer que pessoas trancadas em casa significa menos empregos, menos trabalho, menos comida, menos saúde mental, mais agressões domésticas, menos educação, mais miséria, mais fome e, sobretudo, mais mortes causadas pela soma de todos estes problemas. O sectário fanático vai continuar zurrando como uma besta que quem não se isola é assassino genocida. Para os sectários isolacionistas, o inimigo a ser combatido é o sujeito que tem uma visão holística da realidade. O isolacionista é filho direto do cientificismo e espelha seu autoritarismo: um médico pode receitar oito horas de sono, uma alimentação saudável, não fumar, não beber. Recomendar, não obrigar. O isolacionista te obriga a se isolar. Como um médico que te obrigasse a não beber e não fumar e não comer gordura porque sua saúde prejudicada poderia prejudicar o sistema de saúde e arcar com custos para o Estado e o dinheiro do contribuinte. Como um médico ensandecido que te proibisse de usufruir a vida em nome do coletivo, o isolacionista te proíbe de viver em nome de uma sobrevivência asséptica, sem cor, sem gente, sem vida, sem nada.

O isolacionismo é filho direito do globalismo. Um princípio moral de saúde pública que, em nome de um controle social, esmaga sua liberdade em nome de um falso bem-estar coletivo. Bem-estar que jamais chega. Pior: o isolacionismo nega o próprio bem estar. Aposta no desespero eterno. Com medo e desespero, sem entender que a vida tem um contingente de risco, aposta no pavor permanente do medo da morte. Qualquer palavra em contrário é considerada insensível. E para os ouvidos ultrassensíveis do politicamente correto, que escamoteia verdades em nome de uma fragilidade do ofendido profissional, o isolacionismo é o novo cala boca da liberdade de expressão. Não por acaso, as redes sociais, uma boa parte de políticos e a grande mídia tentam escolher a dedo todos os especialistas que endossam o isolacionismo. Pensamento dissonante e holístico é massacrado e censurado. Angela Merkel escolheu especialistas isolacionistas para referendar suas práticas que não deram certo. O governante isolacionista aposta na anticiência: em vez de pesquisas, as provas cabais sem estudo. Quando pesquisas reais mostram que 85% de confinados em Nova York foram contaminados ou que os países que mais se isolaram no mundo, como ArgentinaBélgicaInglaterra, foram os piores em números de infectados e mortos, eles se calam. E calam quem tenta alertar para a verdade. Quando comprovam que 70% de mortos na Suécia, país que não se isolou ano passado, se encontravam em asilos, confinados, os isolacionistas silenciam.

O isolacionista infunde falsa pesquisa com desespero. Os vírus estão todos do lado de fora, berram. Não vivam. Não saiam. Sobrevivam quietos debaixo da ordem dos tiranos. O isolacionismo é um bálsamo para tiranos e maus gestores. Um péssimo gestor arruína a vida de uma pessoa, impedindo-a de trabalhar, e depois a faz agradecê-lo por ter falsamente salvado sua vida. Maus gestores isolacionistas são reeleitos por espectadores com cérebro massacrado pela tese mentirosa, repetida mil vezes, do isolacionismo. É um mal que ataca, sobretudo, a arte, a forma lúdica de se pensar. Espetáculos, showsteatroscinemas desaparecem sob o império do medo covarde da seita. É proibida e vista como imoral qualquer tipo de diversão, sobretudo a que o faça pensar. Relações humanas são paralisadas. O toque vira um pecado mortal. Uma nova cepa, uma nova pessoa gripada, uma nova mutação, a ameaça de uma nova mutação, tudo faz com que o tirano isolacionista mate todo tipo de liberdade possível, tanto mais a liberdade de construção lógica de pensamento, por meio do encontro com outras pessoas, de encontro com a arte, de encontro com algo fora da caverna isolacionista.

Toda epidemia tem um fim. E este fim se dá exatamente pelo contato expandido. Toda quarentena racional isola grupos de risco: idosos, pessoas doentes. Não o mundo. Mas nada disso ressoa no ouvido de um isolacionista. O único ponto de vista do sectário é fugir do vírus da morte. E gerar a morte em vida dos isolados. Agora, neste momento, após um ano de medidas fracassadas, um governador retoma o mesmo isolacionismo boçal e fanático que não poupou vidas, que disseminou a covardia e o medo, impediu a vida e travou boa parte da economia do país. E que piorou drasticamente a vida dos mais pobres, que precisam trabalhar, que precisam crescer para fugir da miséria. Oshospitais que deveriam ser melhorados, não foram. Qualquer palavra que se diga sobre a questão de empregos e vidas e economias e trabalhos dizimados é vista como insensível e insensata. A sensatez única do tirano isolacionista é gerar o medo em conjunto com a ruína. Se convencer a maior parte da população, se sagrará vencedor em cima de um entulho infinito de cadáveres, mortos de fome, miséria e desemprego. E outros tantos cadáveres vivos, zumbis hipnotizados pelo tirano isolacionista. Se o povo não reagir diante da tirania — e reagir vigorosamente —, é isto que seremos: um cemitério de zumbis isolacionistas presos nas covas de sua ignorância.

Vivemos no mais autoritário período da história. A política do isolacionismo, em nome de um pretenso humanismo sanitário, proíbe pessoas de se encontrarem, se expressarem, se tocarem, pensarem. Alguém que queira trabalhar, andar, se libertar, é visto como um assassino. A política do isolacionismo atua como lavagem cerebral que faz um lockdown na psique coletiva. Toda liberdade de ir e vir e de pensar livremente vira um gesto homicida. O indivíduo é esmagado pelo desespero imposto por autoridades que clamam por um bem comum que jamais chega. A maioria das pessoas deixa-se controlar e troca liberdade por segurança. No caso do lockdown imposto, trocam liberdade por desespero de uma medida que tira liberdade, não gera segurança e piora a situação. Deixar-se controlar agora é deixar-se anular e massacrar. Trabalho essencial é o trabalho de existir livremente; é o trabalho de enfrentar a tirania de quem quer decidir por você o que é a sua essência.


Ruth Shuster trabalha na rede de fast food há mais de 20 anos

Ruth Shuster completou 100 anos e descarta se aposentar do trabalho em loja do Mc Donald’s Foto: Divulgação/Mc Donald’s 

Ruth Shuster, uma mulher que trabalha no McDonald’s há mais de duas décadas, completou cem anos de idade na quarta-feira passada (25), mas garante que ainda não pensa em se aposentar.

– Não me sinto diferente – declarou a centenária a canais de televisão locais que a entrevistaram por causa do aniversário.

A comemoração despertou tanta simpatia entre os clientes e residentes de North Huntingdon, no estado americano da Pensilvânia, que a rede de fast food disponibilizou uma caixa de correio especial para que ela receba cartões e mensagens de felicitações.

O início da trajetória de Ruth no McDonald’s foi em 1994, quando ela tinha 73 anos. Passados 27 anos, ela continua na ativa.

– Fiquei viúva quando tinha 50 anos, e tenho trabalhado sempre desde então. Eu gosto de trabalhar – relatou Shuster, que trabalha três dias por semana.

Antes da pandemia de Covid-19, ela limpava as mesas e dava as boas-vindas aos clientes, mas, agora, sente falta do contato com as pessoas. O dia favorito de Ruth é a sexta-feira, quando recebia os clientes cantando You Are My Sunshine e dançando.

– Não se pode dançar em lugar nenhum. Não há bailes – lamentou Ruth, que se considera sortuda por continuar trabalhando em sua idade.

Perguntada sobre os planos de aposentadoria, ela descarta qualquer hipótese: “De maneira nenhuma, nem sequer penso nisso”.

Pleno News com informações da agência EFE


Estadão- Há dias venho pesando e trabalhando muito esse tema, no eu acusador que temos dentro de nós em maior ou menor grau. Sei que para muitos é muito estranho pensar sobre isso, mas é importante entender exatamente como e quando agimos dessa forma.

Sinto que nesse momento todas as nossas emoções estão exacerbadas, fomos engolidos por uma realidade bem desafiadora e acabamos ficando irritados, mal-humorados e nem percebemos o quanto reagimos com rispidez, impaciência e acusações. Estamos tão contaminados pela pressão que enfrentamos diariamente que nem nos damos conta de quanto acabamos projetando as nossas frustrações no outro, e quanto maior a intimidade, mais fácil de perdermos o bom senso.

Pare um pouquinho para relembrar da última vez que passou por isso, conseguiu lembrar? Percebeu que o seu eu acusador surgiu como uma forma de colocar os seus monstros para fora, a raiva, a insatisfação, o medo, o perfeccionista em você que te maltrata e aos outros também? Sabe, nem sempre é fácil olharmos para nós mesmos, estamos tão acostumados a colocar o outro a responsabilidade da nossa felicidade e também da nossa tristeza que nem conseguimos visualizar a possibilidade de estarmos errados.

Interpretamos diversas situações a partir do que nos incomoda e reagimos instintivamente sem avaliarmos com mais cuidado, o nosso ego grita muito na tentativa de se defender e querer estar certo. Tem uma frase famosa que vemos por aí nas mídias que fala sobre estar certo ou ser feliz, e essa é uma questão realmente importante, qual das duas opções você quer tomar como caminho na sua vida, pense.

A internet é um meio fantástico de acessarmos conteúdos, interagir com pessoas, mas sabemos que também é um canal que dá abertura a comentários ácidos, agressivos e na maioria das vezes o fato nem foi lido e é interpretado erroneamente. Esse é um bom exemplo de como acabamos agindo reativamente e acusando pessoas sem motivo algum, mas extravasando e usando o outro como depósito das nossas dores emocionais.

Sabemos que passar por essa experiência na terra é bem desafiadora, não temos controle sobre a nossa vida a não ser imaginariamente, pois a qualquer momento podemos ser surpreendidos com um tombo. Alguns tombos são mais leves e outros bem pesados, sendo fundamental  nos prepararmos para esses momentos desenvolvendo a nossa resiliência, e podemos fazer isso lendo, estudando, meditando, passando por processos de autoconhecimento, pois são os meios que nos ajudam a tirar os véus de nossos olhos e a partir disso vamos entendendo e transitando pela vida de forma mais leve e menos equivocada.

Desta forma vamos aprendendo a nos colocar no lugar do outro desenvolvendo a empatia e desta forma o eu acusador vai perdendo as forças, passamos a ter mais responsabilidade pela nossa vida, pela nossa felicidade ou infelicidade, deixando de usar a estratégia de acusação para liberarmos os nossos problemas. Quando cada pessoa aprender a olhar para si mesmo e parar de olhar para os defeitos que acredita enxergar no outro, mudaremos a nossa vida impactando o todo.


Plenário julgou e concordou com a decisão do ministro Alexandre de Moraes

Deputado Daniel Silveira Foto: Reila Maria/Câmara dos Deputados

Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (17), manter a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar foi preso após decisão individual do ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (16).

A decisão foi mantida pelos outros dez ministros durante sessão da Corte nesta quarta.

A detenção de Silveira aconteceu após o parlamentar criticar os ministros do STF, com especial destaque a Edson Fachin. Em vídeo, o deputado afirma que os 11 ministros do Supremo “não servem para p**** nenhuma para este país” e deveriam ser destituídos para a nomeação de “11 novos ministros”.

O primeiro a votar foi o próprio Moraes, que afirmou que “as manifestações de Daniel Silveira relevam-se gravíssimas não somente do ponto de vista pessoal, mas principalmente do ponto de vista institucional e do estado democrático de direito”.

O ministro explicou ainda que “atentar contra as instituições, contra o STF, contra o Poder Judiciário, contra a democracia, contra o estado de direito não configura exercício da função parlamentar a invocar a imunidade constitucional”.

Ele ressaltou que suas “manifestações, sua incitação à violência, não se dirigiram somente a diversos ministros da Corte, chamados pelos mais absurdos nomes […] Dirigiram-se diretamente a corroer as estruturas do regime democrático, a correr a estrutura do estado de direito”.

Agora a decisão sobre a prisão da Daniel Silveira dependerá da Câmara dos Deputados.

Sobre a prisão, a assessoria do deputado afirmou ser “evidente o teor político da prisão” e apontou que as ações de Daniel Silveira “sequer configuram crime, uma vez que acobertados pela inviolabilidade de palavras, opiniões e votos que a Constituição garante aos deputados federais e senadores”.

Informações Pleno News


Aimee Elizabeth é dona de uma fortuna de 5,3 milhões de dólares

Milionária come ração de gato para economizar fortuna Foto: Reprodução/ TLC

Uma mulher de 50 anos diz que é a milionária mais pão-dura do mundo. Dona de uma fortuna de 5,3 milhões de dólares (cerca de R$ 28,6 milhões), Aimee Elizabeth se recusa a comprar produtos novos para sua casa e economiza até com comida, visto que chega ao ponto de se alimentar de ração de gato.

– Eu deixo o aquecedor de água desligado, ele precisa de 22 minutos para aquecer, então eu ligo ao acordar e coloco o timer para tomar banho em exatos 22 minutos, porque Deus me livre de desperdiçar um minuto com esse aquecedor – falou.

A americana apareceu no reality show Extreme Cheapskates, do canal TLC, sobre pessoas pão-duras.

Ao se recusar a comprar itens novos, por exemplo, Aimee disse que consegue economizar 200 mil dólares (R$ 1.070) por ano. Ela evitar comprar roupas novas e até esponjas de lavar louça.

– Uso a mesma esponja até ela cair aos pedaços e tenho apenas uma faca de cozinha.

Quando precisa viajar, ela prefere dirigir para não comprar passagem de avião.

– Vejo que as pessoas ficam irritadas quando eu chego a esses extremos. Mas não ligo. É economia de dinheiro. Se você não entende isso, não sei como explicar – afirmou.

Informações Pleno News


Foto: Reprodução

Amanda Palma/Correio- De quantas vídeochamadas você participou este ano? E o seu WhatsApp? Você ainda consegue acompanhar todas as conversas e todos os grupos ativamente? Seu e-mail está cheio de promoções de cursos e mil atividades? Eu gostaria de dizer que seus problemas acabaram, mas, na verdade, digo que você faz parte do bonde dos exaustos. Exaustos da vida digital.

Neste ano de pandemia, a vida social e de trabalho de muitas pessoas por um longo período teve que se resumir ao mundo virtual e logo surgiu a fadiga digital. Como dar conta de tudo e participar de tantas vídeochamadas: trabalho, família, amigos?

“Durante esse período os limites que existiam entre o online e o offline, a vida profissional e a vida pessoal, o ambiente de trabalho e o ambiente doméstico, com certeza ficaram mais tênues, em alguns casos quase invisíveis. Agora, mais que nunca, é essencial que estejamos dispostos a repensar essa relação”, pontua Daniela Arrais, administradora da página Contente.vc, que propõe um uso mais consciente da internet.

Com o home office, as telas se tornaram essenciais neste ano, mas também acabaram ampliando essa sensação de dependência virtual. “Observamos que houve um aumento da ‘fadiga virtual’ e do sentimento de exaustão relacionado ao uso das telas, das redes sociais e da internet no geral. Bonde dos exaustos, né? Todo mundo compartilhando tweets e memes sobre isso. Um destaque especial para essa sobrecarga é quando falamos de trabalho – devido ao home office – e ao uso do digital como meio quase universal de interação e busca por entretenimento”, analisa Daniela. 

“É como se as pessoas quisessem deixar as telas, mas se sentissem mais do que nunca presas a elas”, completa Daniela.

Por isso que quando o celular da produtora Jô Stella quebrou, logo no começo de abril, no início do isolamento social, ela se desesperou. “Logo que aconteceu eu fiquei bem estressada, porque o celular era uma ferramenta de trabalho e meu principal meio de comunicação, e eu fiquei pensando como iria fazer para falar com minha família em outras cidades e estados, e também como iria trabalhar, pois não poderia assumir um parcelamento naquele momento e não tinha como comprar um celular à vista”, conta.

Mas o detox forçado de celular acabou trazendo boas consequências para a vida de Jô. “Lógico que no início rolou aquele desespero, mas estar fora de grupos de WhatsApp é maravilhoso, livre de fake news. As pessoas perdem a noção de tempo, enviam mensagens em horários inadequados e exigem urgência nas respostas. É uma rede social muito útil mas também muito viciante, eu acho mais complicada de lidar”, afirma a produtora.

Jô trabalha com gerenciamento de redes sociais de um site, então, ela não se desconectou totalmente da vida virtual, mas conseguiu uma melhor qualidade vida pessoal. “Eu consegui produzir mais e melhor no trabalho, nos meus projetos e estudos. O dia rende mais quando você não fica horas assistindo stories no Instagram. Eu continuo assistindo aliás, mas passo muito menos tempo fazendo isso no meu dia do que antes”, revela.

Para Daniela Arrais, essa é uma expectativa para o futuro do mundo virtual no pós-pandemia. “Existe muita gente disposta a rever a relação com o uso das redes sociais, sobretudo depois de um período em que elas se tornaram cada vez mais parte do nosso dia a dia: desde a febre de lives até os grupos de trabalho no Whatsapp que ficaram ainda mais frenéticos. Talvez essa mudança não seja percebida a curto prazo, mas sem dúvida será transformadora e significativa para quem se dispõe a enxergar – e vivenciar – uma internet mais humana, com mais conexão e, quem sabe até, menos protagonista do nosso tempo”.

Dependência
“As pessoas devem sempre ficar atentas ao uso “tóxico”, e equilibrar a vida off-line e on-line. Percebe-se que o tempo gasto conectado chegou a um nível de dependência quando a qualidade de vida do indivíduo encontra-se prejudicada e o espectro de prazer fica diminuído levando o indivíduo a permanecer na rede por longos períodos”, o alerta é das psicólogas Cornelia Belliero Martini  e Carla Cavalheiro Moura, do Ambulatório de Dependências Tecnológicas da Universidade de São Paulo (USP).

Apesar do uso excessivo de telas por causa da pandemia, elas explicam que ainda não há um registro no aumento de dependentes tecnológicos, mas os usuários devem ficar atentos ao próprio comportamento. “”Os sintomas indicativos de que uma pessoa se tornou dependente tecnológico aponta para uma preocupação excessiva com internet, ou seja, o indivíduo pensa nas atividades virtuais realizadas anteriormente e fica antecipando quando ocorrerá a próxima conexão”.

Detox antes da pandemia
Mas esse movimento de saída ou de descanso das redes sociais não veio apenas com esse desgaste emocional provocado pela pandemia. Estar off-line já era uma realidade para algumas pessoas. “Eu saturei de vez”. Foi assim que o advogado Sérgio Gustavo Sampaio deixou o Facebook e Instagram há três anos. O boom das discussões políticas desgastou a relação dele com essas redes sociais.

Ele não conseguiu se adaptar ao Instagram e quase não consumia nada na rede social. “Eu devo ter tido Instagram entre 2014 e 2016, quando estava mais em alta. E tive por causa disso, por causa da divulgação. Fiz, mas nunca me cativou, nunca usei tão frequentemente, e depois cansei. Quando desativei o meu Instagram já deveria ter muitos meses que mal entrava. Me passava uma coisa muito superficial”, lembra.

Foi o Facebook que começou a despertar sensações ruins no advogado. “Eu entrava no Facebook e ia descendo a barra de rolagem e só via coisas que me agrediam, pouca coisa que me distraía. Também aplico isso [o comportamento] a mim mesmo. O estopim foi a situação política. Mas também percebi que estava usando o Facebook para extravasar minhas frustrações. Estava destilando coisas ruins”, explica Sérgio. Por isso, optou por desativar suas contas.

De acordo com a pesquisa da consultoria App Annie, divulgada em janeiro, o Brasil é o 3º país onde as pessoas passam mais tempo em aplicativos.  A média é de 3 horas e 45 minutos por dia. A lista de apps mais baixados no Brasil é formada por Whatsapp, Status Saver, Snapchat, Telegram e Hago.

Na opinião do psicólogo André Dória, o “detox digital” significa mais um sintoma do que uma saída para sair da dependência. “Se a gente vai para o detox, reconhece que está intoxicado. Mas depois, quando acaba o detox, uma rehab de internet, de WhatsApp, e depois disso, como fica o dia a dia?”, questiona.

Fazer detox ou não?
A escolha por deixar as redes sociais é individual, para o psicólogo André Dória. Segundo ele, não tem como aconselhar alguém a se afastar ou não das redes porque cada caso é um caso e é necessário que o próprio usuário faça uma autocrítica sobre sua atuação virtual. “A gente está de fato intoxicado de hiperconectividade, mas não sei e é possível fazer um detox e se isso vai ser eficaz. Será que é possível mensurar e barrar um pouco dessa ‘invasão’ que vem do outro, da família, do Instagram, do Facebook?”, questiona.

Já o psicólogo e diretor da Clínica Fênix, Joaquim Moura, acredita que o detox pode ser um caminho a ser seguido por aquelas pessoas que já percebem uma influência intensa do uso das redes na sua vida real.  “Com certeza, para saúde mental é essencial se afastar um pouco e ter isso como uma dieta que faça parte da sua vida. Não se afastar apenas por um período, mas fazer uma reeducação, assim como a gente faz uma reeducação alimentar”, completa o psicólogo.

Mas, como perceber que é necessário esse afastamento? “De forma geral, se a pessoa perceber que está atrapalhando a sua vida normal, sua produtividade está baixando, ou seu comportamento normal está mudando, já é um grande sinal”, pontua Moura.

Uma vida virtual equilibrada
A Contente.vc, administrada por Daniela Arrais e Luiza Voll, faz reflexões sobre o uso consciente da internet e das redes sociais. Elas se conheceram na internet há 10 anos e criaram a empresa Contente, para criar projetos que “agregassem valor” ao uso da internet. Um dos primeiros projetos foi o @instamission, no Instagram, que propunha ações dentro do Instagram. Depois, surgiu o perfil Contente.vc. 

“O perfil @contente.vc nasceu mais ativamente em junho de 2019. E desde então tem sido o espaço onde convidamos as pessoas a construírem coletivamente #ainternetqueagentequer, um espaço de consciência sobre o uso do digital. A Contente existe exatamente pra isso: pra resgatar nosso tempo, pra entender porque passamos tanto tempo conectados, pra entendermos como podemos fazer isso de uma maneira cada vez mais positiva”, explica Daniela.  

Daniela Arrais e Luiza Voll administram a página Contente.vc, que traz reflexões sobre o bom uso da internet
(Foto: Divulgação)

Os posts dão dicas de como fazer pausas nas redes e também faz questionamentos sobre o comportamento dos usuários. “Os assuntos surgem muito da nossa investigação sobre os impactos da internet e de tanta conexão na nossa vida. Às vezes, é a leitura de um livro que inspira um especial de conteúdo, às vezes é uma conversa. Em outras, pegamos como gancho um assunto que está sendo bem comentado no momento”, completa Daniela. A empresa também faz parcerias com grandes marcas.

Mas como é a relação de uma pessoa que usa as redes sociais para dar dicas de detox digital? Daniela fala da sua experiência: “Vivo tentando encontrar uma maneira melhor de usar a internet e a redes sociais. Adoro fazer experimentos. Já fiz alguns detoxes digitais. O mais ousado foi quando fiz uma viagem de férias de 15 dias e escolhi não ter conexão. Estava acompanhada, então conseguia ter acesso a mapas. Mas, de resto, fiquei 15 dias sem olhar nada, nem redes sociais nem notícia. Foi super bom, li um monte, repensei meu uso”.

Daniela pontua que as pausas são importantes, mas não são a solução para um uso mais saudável. “Pra mim a solução está em trazer a reflexão sobre internet para o dia a dia, analisando sempre como a gente tem passado nosso tempo”.  

Se você se interessou em fazer um detox das redes, veja algumas dicas de Daniela Arrais, da Contente.vc:

– Não fazer das telas a primeira coisa do seu dia, resguardando as primeiras horas das manhãs para as tarefas rotineiras e para o autocuidado. Uma hora sem telefone ao acordar já ajuda muito!; 

– Manter atividades, sobretudo de entretenimento ou que aguçem a criatividade, um pouco fora das telas: leitura, exercícios físicos, meditação para os adeptos… Não concentrar tudo nas telas; 

– Respeitar os limites do próprio corpo: agora que usamos as telas para trabalhar, estudar e para manter contato com quem estamos distantes é necessário ter uma hora pra dar “boa noite” ao telefone, caso contrário entramos em um looping perigoso. Tenha hora para finalizar o trabalho, o estudo, as interações virtuais. Deixar o telefone em modo avião uma hora antes de dormir é benéfico.

– Não ter notificações nas redes sociais. Você sabia que nosso cérebro demora cerca de 15 minutos para voltar ao estado de concentração em que estava depois de ser interrompido? Imagina isso acontecendo a cada vez que você recebe uma mensagem no Whatsapp?

– Não levar o celular para o quarto (nem que você tenha que comprar um despertador). Isso te ajuda a fazer com que checar o celular não seja a primeira coisa que você faz quando abre os olhos.

– Modo avião. Assim você não é interrompido, e tem grandes chances de terminar suas tarefas mais importantes em menos tempo. Enquanto vivemos na economia da atenção, onde a moeda de troca é o nosso tempo, precisamos adotar certas estratégias para ter um uso mais saudável de internet


Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Quem frequentemente ouve frases como “Você está ficando louca?” ou “Você está exagerando” durante uma discussão com o parceiro provavelmente está sofrendo de um tipo de manipulação psicológica, conhecida como gaslighting.

O termo ainda não tem tradução para o português, mas é definido pelos especialistas como uma forma de violência psicológica sutil, na qual o abusador mente, distorce a realidade e sempre omite informações. O objetivo é fazer com que a vítima duvide de sua memória e até da sua sanidade mental.

“No gaslighting um dos parceiros cria situações para que o outro sinta insegurança, medo ao extremo e desestabilização emocional, em prol do próprio benefício. Esse comportamento faz com que a vítima duvide de suas capacidades mentais e percepção da realidade, o que dificulta o rompimento do vínculo abusivo”, explica Natalia Araújo, psicóloga do Gender Group do IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

O termo surgiu após o filme À Meia-luz, ou Gaslight (1944), que contava a história de um homem que fez de tudo para convencer a esposa que ela estava perdendo a razão. A intenção era ficar com sua fortuna. Para isso, realizava manipulações frequentes até que ela questionasse a sua sanidade mental.

O gaslighting é mais comum acontecer com as mulheres, mas também é utilizado por qualquer pessoa e em outros tipos de relacionamentos, com o objetivo de desestabilizar a saúde mental.

De acordo com a psicóloga Natália Marques, atuante em área clínica com violência contra a mulher e mestranda em psicologia da saúde pela Universidade Metodista de São Paulo, as mulheres são mais afetadas principalmente por conta do machismo e do patriarcado. “Nesse sistema, as mulheres carregam o estigma de ‘loucas, histéricas e exageradas’, mas muitas vezes estão simplesmente contestando os homens e não querem seguir as normas e padrões sociais impostos”, diz. Segundo ela, fazer as mulheres acreditarem que são loucas as enfraquece na sociedade. “É uma violência que envolve poder”.

gaslight - Reprodução - Reprodução
O filme À Meia-luz, ou Gaslight, de George Cukor, deu origem ao termo. Na trama, Paula (Ingrid Bergman) começa a duvidar de sua sanidade, estimulada por seu parceiro Gregory (Charles Boyer)Imagem: Reprodução

Como identificar o gaslighting?

Os sinais do gaslighting são muito sutis e a vítima encontra dificuldade de perceber o que está acontecendo. Isso porque ela está envolvida emocionalmente com o abusador e há afeto e sentimento pelo parceiro.

No entanto, de acordo com os especialistas consultados por VivaBem, é importante se atentar para algumas situações recorrentes. “Geralmente, essa mulher tem medo de errar ao decidir algo sozinha. Passa a duvidar de si mesma a todo instante. Além disso, acredita que é emotiva demais ou se sente confusa sobre seus próprios pensamentos e sentimentos”, afirma Araújo.

Também é comum que comece a pedir desculpas constantemente e omita informações sobre o relacionamento para os familiares e amigos. Na maioria das vezes, ela se sente desanimada e justifica os comportamentos abusivos do parceiro, pois acha que a culpa é sempre dela. Frequentemente, a pessoa sente que tem algo errado no relacionamento, mas não consegue identificar esses sentimentos.

Já o abusador, tem comportamentos bastante semelhantes —mente com frequência, nega informações (mesmo que apresentem provas), joga a culpa na vítima, fala que a pessoa tem um gênio difícil para amigos e familiares, faz chantagem emocional e age para que a parceira duvide de si mesma constantemente.

Outras formas de abuso

O gaslighting ocorre de forma isolada ou em paralelo com outros tipos de abusos e situações. Um parceiro infiel, por exemplo, usa o gaslighting para que a mulher acredite que está delirando ou inventando situações ao questionar a traição.

Foi o que aconteceu com a influenciadora digital Rayalle Lacerda, 27. A jovem foi traída pelo ex-namorado, que negou constantemente a traição e fez com que ela duvidasse de si mesma. “Ele me fazia acreditar que eu estava vendo coisas demais. Fui traída e meu companheiro fez de tudo para que eu duvidasse do que estava acontecendo. No fim, ele terminou comigo e disse que eu estava louca. Fiquei bastante tempo traumatizada e me perguntando se o problema era comigo, se eu realmente estava paranoica, mesmo tendo provas da infidelidade”.

Além disso, o gaslighting pode ser uma estratégia usada pelo abusador para desqualificar a vítima de uma violência sexual ou agressão física. Nesses casos, ele convence a mulher de que nada aconteceu após agredi-la ou cometer um estupro.

“É comum que o parceiro, após a violência sexual, afirme que a mulher estava sonhando, que não aconteceu daquela maneira ou até mesmo que ela pediu por aquilo, quando na verdade se tratava de um estupro. O abusador tenta convencer a vítima de que ela é agressiva, confusa, pouco confiável, difícil de ser tolerada, usando suas vulnerabilidades contra ela”, explica Marques.

Violência, violência doméstica, abuso, relacionamento abusivo - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
O gaslighting é uma violência psicológica sutil, na qual o abusador mente, distorce a realidade e sempre omite informaçõesImagem: Getty Images/iStockphoto

Consequências para autoestima e saúde mental

O gaslighting acontece nos relacionamentos de forma silenciosa, com pequenas acusações e colocando a vítima em situações perturbadoras, com a intenção de minar a autoconfiança e a autoestima.

“As manipulações começam aos poucos, mas, ao ganhar a confiança da vítima, tende a aumentar. É comum que, quando questionado sobre o comportamento tóxico, o abusador negue as suas reais intenções, fazendo com que a pessoa manipulada acredite que é para o seu próprio bem. No gaslighting, as partes mais afetadas estão relacionadas aos aspectos psicológicos e emocionais”, explica Araújo.

Geralmente, a vítima se torna dependente do olhar do outro sobre situações cotidianas, passa a acreditar que sua realidade e ponto de vista são duvidosos. Por isso, na maioria das vezes, o gaslighting gera uma instabilidade emocional que desencadeia ansiedade, depressão, dependência, baixa autoestima, transtorno do pânico e estresse pós-traumático.

De acordo com Fernando Fernandes, psiquiatra do IPq-HCFMUSP, os problemas no relacionamento estão entre os desencadeantes comuns da depressão. “Um relacionamento abusivo pode ser um fator importante para a perpetuação dos sintomas depressivos. Quando há ainda essa manipulação, o relacionamento fica desigual e uma das partes perde a segurança e a autoestima”, afirma.

O especialista também explica que a ansiedade, nesses casos, se torna comum, porque a pessoa não sabe o que esperar do parceiro. “Os sintomas depressivos também causam um isolamento social. E a ansiedade ocorre devido ao fato de a pessoa não saber o que esperar do outro, fica sempre em um estado de tensão constante”.

“Até hoje convivo com sequelas”

A história de Mariana*, 33, demonstra exatamente como o gaslighting afeta a rotina da vítima e traz consequências para a autoestima e a saúde física e mental.

Ela conta que conheceu seu ex-namorado em 2005 e conviveu com ele por cerca de um ano e meio. Mas durante esse período foram seis separações. “Ocorreram diversas histórias de manipulações psicológicas. Ele trabalhava como motorista de aplicativos e um dia chegou com uma pulseira de uma balada. Quando questionei, ele mentiu e negou, mesmo com essa prova, e ainda jogou a culpa em mim pela briga”, diz.

Mariana também viu que ele conversava com outras mulheres pelas redes sociais e foi chamada de louca e insegura durante as discussões. “Meu ex sempre afirmava que eu não gostava dele e não confiava. Porém, como eu era dependente dele emocionalmente, sempre acabava voltando, pois achava que a culpa era minha”, diz.

Para se livrar dessa situação abusiva, começou a guardar provas como os extratos de pagamentos de baladas. “Esse relacionamento afetou a minha autoestima e tive depressão. Queria me matar, comecei a beber todos os dias, me cortava com vidros e chorava muito. Cheguei a perder o emprego. Até hoje convivo com as sequelas desse relacionamento e me abalo ao relembrar o que passei”.

Como se livrar de um relacionamento abusivo?

O primeiro passo é reconhecer os sinais do gaslighting no relacionamento. Não é algo fácil, mas o ideal é se afastar do abusador o quanto antes. Para isso, é fundamental contar com o apoio de pessoas próximas, que estão dispostas a ajudar.

Outro passo importante é buscar ajuda especializada. “É necessário fazer psicoterapia para sair dessa relação abusiva e entender que se está sofrendo violência. Após o rompimento, é preciso lidar com os traumas que ficaram, ressignificar e fortalecer a autoestima”, afirma Marques.

Conseguir se libertar de um relacionamento tóxico e da manipulação psicológica leva tempo, pois é preciso retomar a autoconfiança, o amor-próprio e reconstruir formas mais saudáveis de se relacionar.

De acordo com Fernandes, os relacionamentos tóxicos e abusivos têm duas partes: uma pessoa que tem habilidades de manipular e que exerce um determinado poder de controlar o comportamento e o pensamento do outro; enquanto a outra está mais vulnerável a isso. “São personalidades que se ‘encaixam’. Por isso, muitas vezes, é difícil se livrar dessa situação. É importante fortalecer a fragilidade da vítima e trabalhar essa vulnerabilidade para fechar esse ciclo de abuso com ajuda de profissionais e de familiares”, diz o psiquiatra.

*O nome da personagem foi alterado para preservar sua identidade

Informações Viva Bem/UOL


Foto: Divulgação

Canal Tech – O ano de 2020 foi muito impactante em vários aspectos, por causa da pandemia de COVID-19. Mas muito além das consequências óbvias que a doença trouxe para o físico de boa parte da população mundial, estão as consequências psicológicas. Por isso, neste ano, aprendemos a reconhecer a importância de cuidar da saúde mental.

Em entrevista ao Canaltech, Ueliton Pereira, psicólogo, psicanalista e diretor técnico da clínica Holiste, explica que não existe um conceito específico e único de saúde mental, mas que a saúde mental pode ser vista como a capacidade ou o estado de bem estar de uma pessoa, que consegue responder por si usando suas habilidades e faculdades cognitivas e emocionais.

Impactos e causas dos transtornos mentais

É unânime que a pandemia tenha tido um impacto em nossa saúde mental, de uma forma ou de outra.  “Essa pandemia além de ter trazido prejuízos funcionais nas pessoas, tem afetado psicologicamente muitos sujeitos. O maior medo das pessoas tem sido a morte ou de ficar gravemente doente, e de até mesmo contaminar os outros”, disserta o especialista.

O psicólogo relata um aumento muito grande de quadros de ansiedade (TAG, pânico), como angústia generalizada, depressão, comportamentos obsessivos, chegando até ideação suicida. “A melhor forma de reverter essa situação é buscar uma ajuda especializada com profissionais da área de saúde mental como psicólogos, psiquiatras para realizar um acompanhamento e tratamento específico”, observa.

Em outubro, fizemos uma ampla análise diante de todo o impacto psicológico causado pelo coronavírus, dividido em duas partes com quatro capítulos cada. Enquanto a primeira parte esteve focada nas causas, a segunda partelevantou as consequências e os efeitos a longo prazo. Na ocasião, entendemos que tudo começa com o isolamento social, uma das maiores proteções contra a COVID-19. Na prática, isso significa abrir mão de sair de casa, encontrar pessoas na rua, ver a vida funcionando ao seu redor. Ficar dias, semanas, e até mesmo meses isolado em casa pode ser uma medida para proteger o nosso corpo, mas não impede estragos na nossa mente.

Na época, conversamos com Dr. Luiz Scocca, psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da USP, membro da Associação Americana de Psiquiatria (APA), que contou que os profissionais de sua área esteve estimulando que as pessoas realmente não esquecessem da saúde mental na pandemia. “Estão todos bastante irritados. Os níveis de ansiedade aumentaram. Isso a gente vê na prática psiquiátrica: muitas pessoas recaíram, muitas pessoas estão com grande sofrimento do ponto de vista ansioso e do ponto de vista depressivo. Estão preocupados com futuro, seja pelo medo da própria doença, seja por questões econômicas”, apontou o especialista.

O isolamento social foi um dos grandes vilões para a saúde mental ao longo do ano de 2020, embora tenha sido para proteger contra a COVID-19 (Imagem: Anthony Tran/Unsplash)

Vale lembrar que pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) monitoraram (e, inclusive, continuam monitorando) o impacto do distanciamento social e da pandemia na saúde mental de 4 mil pessoas do estado de São Paulo. O acompanhamento da saúde mental durante a pandemia integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, que acompanha a saúde de 15 mil funcionários públicos de seis universidade e centros de pesquisa do país desde 2008. O projeto tem financiamento do próprio Ministério da Saúde. Além do estudo sobre saúde mental durante a pandemia, o ELSA-Brasil vai permitir fazer relações entre questões associadas ao estado de saúde, de saúde mental e da própria COVID-19.

Um estudo com os primeiros dados disponíveis sobre o total de internações por transtornos mentais no Rio Grande do Sul desde a chegada da COVID-19 apresentou uma série de alertas sobre os efeitos da COVID-19 também na saúde mental da população. As maiores prevalências de transtornos comuns foram identificadas entre os professores (média de 36,9%) e profissionais da saúde (27,7%). O trabalho menciona que os impactos da pandemia na saúde mental podem perdurar em momentos distintos e apresentar diferentes motivações.

Com isso, um dos aprendizados de 2020 tem a ver justamente com as causas desses transtornos e como eles têm impacto direto em nossas vidas. O isolamento social e o acompanhamento constante de más notícias são alguns exemplos de causas de transtornos que acabamos descobrindo ao longo desse ano, e que podemos levar para 2021.

A saúde mental importa (e é preciso buscar ajuda)

Por mais que 2020 tenha sido regado a desafios, perdas e dificuldades, o ano acendeu uma questão que até então não tinha sido explorada com tanta intensidade e com tanta propriedade: a importância e a necessidade de cuidar da saúde mental. “2020 nos ensinou que precisamos sempre cuidar de nossa saúde mental e que precisamos ser resilientes em todas as situações adversas que possam existir em nossas vidas. Esse não será o último evento adverso que passaremos, por isso, temos a possibilidade aprender com ele e criar novas estratégias e respostas adaptativas a situações que nos coloquem em desconforto e insegurança”, apresenta Ueliton.

Questionado sobre a importância de recorrer a um profissional para ajudar a cuidar da saúde mental, o psicólogo afirma: “É muito importante, porque esse profissional irá lhe oferecer ferramentas e condução apropriada para suas questões e demanda. A escuta especializada, o setting terapêutico, tudo favorece para o autoconhecimento, a criação de estratégias, bem como melhorar a autoestima, superar o medo e a insegurança”.

Estudos e especialistas destacam a importância de dar valor à saúde mental nos tempos de pandemia (Imagem: Anthony Tran/Unsplash)

Mas e se não houver cuidado com essa área? Segundo Ueliton, o risco é de piorar o quadro de alguém que já tem algum tipo de transtorno mental, ou de alguém vim a ter uma crise, seja de ansiedade, depressão, pânico entre outros. “Deixar afetar seus comportamentos e sua vida cognitiva a um ponto que traga prejuízos na emocional e social. Por isso, a importância de estar sempre atento e alerta para o equilíbrio emocional”.

O fato é que nunca estivemos tão cientes da importância de cuidar dessa área da saúde, e dos riscos de ignorar. 2020 acendeu um alerta para a valorização dos serviços de saúde mental, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que a pandemia impactou e interrompeu serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países em todo o mundo, por meio de uma análise feita em 130 países.

A análise revelou, na época, uma interrupção generalizada de muitos tipos de serviços essenciais de saúde mental: 67% dos países relatou interrupções no aconselhamento e psicoterapia; 65% para serviços críticos de redução de danos, 35% relatou interrupções nas intervenções de emergência, incluindo aquelas para pessoas com convulsões prolongadas, síndromes de abstinência de uso grave de substâncias e delírio, ao que 30% relatou interrupções no acesso a medicamentos para transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias, e 78% relatou interrupções parciais nos serviços de saúde mental na escola e no local de trabalho. 

É preciso levar esses aprendizados para 2021

As pessoas precisaram lidar com uma safra de informações negativas, perdas e medo em 2020. Isso tudo traz uma questão: como podemos colocar em prática esses aprendizados para manter uma saúde mental mais equilibrada em 2021?

Para o psicólogo Ueliton, isso pode ser feito realizando um trabalho de autoconhecimento, que no caso a terapia ou análise pode proporcionar. “Ter um espaço que possa falar sobre seus medos, angustias e ansiedade é muito importante para aprender a lidar com suas questões, com um profissional de escuta especializada”, diz o especialista.

Em novembro, fizemos uma análise de como estará a saúde mental da população depois que a pandemia acabar, e para entender melhor essa questão, entrevistamos a neuropsicóloga Sandra Morais, que destacou como principais desafios da pós-pandemia, o retorno à velha rotina. “Sem dúvida, a saúde mental das pessoas ficará abalada, podendo adquirir algumas sequelas como ansiedade, depressão e até fobias especificas”, estimou.

Na ocasião, a profissional fez um alerta em relação à tecnologia e como ela pode atrapalhar em 2021: “A tecnologia diante da pandemia tem sido de grande valia. Mas é preocupante, pois após a pandemia, as pessoas estarão ainda mais voltadas para este tipo de ferramenta, pois a maioria das pessoas passam mais tempo com seus smartphones do que no convívio humano, e isso é perigoso, pois elas estão preferindo a vida virtual do que a vida real — e o uso descontrolado pode causar perda de foco, retenção de menos informações e, com isso, implicar em redução da memória”.

Mas chegando em 2021, as pessoas já terão em mente a importância da saúde mental, aprendizado que veio à tona ao longo de 2020. Isso pode ajudar a entender melhor o que está se passando e procurar ajuda profissional com mais urgência. 

2020 trouxe uma avalanche de informações que podem ser utilizadas como aprendizado para lidar com o ano de 2021 (Imagem: Arya Pratama / Unsplash)

Na última parte do especial sobre o impacto a COVID-19 na saúde mental, o Dr. Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em neurociência do comportamento, diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME), estimou que as pessoas começaram a entender a saúde mental como um ponto fundamental da vida. “Então é natural que daqui para frente comece a ter muito mais investimento, e a saúde pública comece a se preocupar mais ainda com esse nicho específico. Infelizmente muitas pessoas ficaram desamparadas, porque vários serviços acabaram fechando durante a pandemia ou reduzindo para casos extremamente graves”, analisou.

“O governo também deve investir um pouco mais nisso porque a saúde mental é tão importante quanto a saúde física. A consequência da falta de investimento é uma população não saudável, com pouca informação, em entender o que está acontecendo e muitas vezes desacreditando da saúde mental, então é algo que a sociedade precisa começar a se preocupar”, concluiu o psicólogo.

Fonte: Com informações de OMS


Crédito: Unsplash

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Sob a sombra da pandemia, o ano de 2021 começa de maneira difícil: situação política complicada, crimes de ódio recorrentes, riscos ambientais. Isso somado a problemas pessoais como pressão na vida profissional, problemas de saúde, relações familiares complicadas, mudanças de vida. A lista pode ir longe, e é por conta desses fatores que os casos relacionados a doenças mentais e psicológicas têm ficado cada vez mais frequentes e melhorar sua saúde mental tem se tornado cada vez mais urgente.

Foi dai que surgiram campanhas como a do Janeiro Branco, considerado o mês da prevenção e cuidado da saúde mental no Brasil. Atualmente, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento no trabalho gerando a solicitação de 43,3 mil auxílios-doença de acordo com o último levantamento da Secretaria da Previdência feito em 2017.

Não é de admirar que muitos de nós estejam ansiosos ou deprimidos.

Mas nem tudo está perdido. A terapia é essencial para casos desse tipo, mas existem algumas práticas, cientificamente validadas, que podem ajudar a melhorar sua saúde mental. Já que a mente e o corpo estão entrelaçados – esses comportamentos também podem ajudar a melhorar sua saúde geral. Veja lista sugerida pela CNN:

Pratique o otimismo para melhorar sua saúde mental
Os estudos são positivos: olhar para o lado positivo da vida é realmente bom para você. Os otimistas têm uma chance 35% menor de sofrer um ataque cardíaco ou derrame, são mais propensos a comer uma dieta saudável e se exercitar regularmente, têm sistemas imunológicos mais fortes; e até vivem mais.

É claro: ser otimista não significa que você deve ignorar todos os estresses rotineiros. É impossível! Mas ser otimista significa principalmente que, quando coisas ruins acontecem, você não precisa se culpar desnecessariamente. Se você enfrentar um desafio ou obstáculo, é mais provável que o veja como temporário ou até positivo, permitindo que você aprenda e cresça.

Os otimistas também acreditam que têm controle sobre seu destino e podem criar oportunidades para que boas coisas aconteçam. Não se considera um otimista natural? Não se preocupe. A ciência mostrou que você pode treinar seu cérebro para ser mais positivo.

Há pesquisas que indicam que o otimismo pode realmente ser aprimorado ou nutrido através de certos tipos de treinamento”, disse o neurocientista Richard Davidson, fundador e diretor do Center for Healthy Minds.

De acordo com uma meta-análise de estudos existentes, o uso da técnica “Melhor possível” é uma das maneiras mais eficazes de aumentar seu otimismo. É baseado em exercícios que pedem que você se imagine com todos os seus problemas resolvidos em um futuro em que todos os objetivos da sua vida foram alcançados. Em um estudo, as pessoas que fizeram isso por apenas 15 minutos por semana durante um período de oito semanas se tornaram mais positivas e permaneceram assim por quase seis meses. O que você tem a perder?

Comece o voluntariado
Estudos têm demonstrado que colocar o bem-estar dos outros antes do nosso, sem esperar nada em troca (ser altruísta), estimula os centros de recompensa do cérebro. Essas substâncias químicas positivas inundam nosso sistema, produzindo uma espécie de “ajuda quimica”. Também existem benefícios físicos: estudos mostram que o voluntariado minimiza o estresse e melhora a depressão. Pode reduzir o risco de comprometimento cognitivo. Além de poder até nos ajudar a viver mais tempo.

Mesmo se você tiver pouco tempo para oferecer, apenas o ato de se solidarizar demonstrou melhorar nossa saúde, possivelmente reduzindo nosso senso de dor. Um novo estudo descobriu que as pessoas que disseram que doariam dinheiro para ajudar os órfãos eram menos sensíveis a um choque elétrico do que aquelas que se recusaram a dar. Além disso, quanto mais pessoas úteis pensavam que sua doação seria, menos dor elas sentiam.

Seja grato
Ouvimos muito sobre os benefícios da gratidão na última década, e isso é apoiado pela ciência: contar nossas “bênçãos” nos protege contra a ansiedade e a depressão e aumenta o otimismo. Precisa de mais provas? Os alunos do ensino médio que praticavam exercícios de gratidão tiveram menos problemas de comportamento.

Uma das melhores maneiras de fazer da gratidão parte da sua vida, dizem os especialistas, é manter um diário. Antes de ir para a cama, anote qualquer experiência positiva que você teve naquele dia, por menor que seja.

Você também pode fazer isso por meio da prática de mindfullness (atenção plena) ou também por meio de uma auto-regulação proposital da atenção para permanecer no momento presente. Um dos exercícios favoritos de atenção plena de Davidson cultiva gratidão.

“Simplesmente para lembrar as pessoas que estão em nossas vidas das quais recebemos algum tipo de ajuda”, Davidson disse à CNN. “Lembre-os e aprecie o cuidado e apoio ou o que quer que essas pessoas tenham prestado.” Se você fizer isso por um minuto todas as manhãs e noites, ele acrescentou, esse sentimento de apreciação pode se expandir para os outros em sua vida, aumentando o otimismo e melhorando sua saúde mental.

Reforçar as conexões sociais pode melhorar sua saúde mental
“As pessoas que são mais socialmente conectadas à família, aos amigos e à comunidade são mais felizes, são fisicamente mais saudáveis ​​e vivem mais do que as pessoas que são menos bem conectadas”, disse o psiquiatra de Harvard Robert Waldinger em sua palestra popular no TEDx.

A prova disso vem do Harvard Study of Adult Development, que acompanhou 724 homens de Boston por mais de 75 anos e depois começou a analisar mais de 2.000 pessoas, filhos e esposas desses homens.

“A mensagem mais clara que recebemos deste estudo de 75 anos é a seguinte: bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e saudáveis. Ponto final”, disse Waldinger.

E você não precisa estar em um relacionamento comprometido ou ter muitos amigos para obter esse benefício. Em vez disso, é a qualidade do relacionamento que importa, ele disse.

“Casamentos de alto conflito, por exemplo, sem muito carinho, acabam prejudicando nossa saúde, talvez sendo pior do que se divorciar”, disse Waldinger. “E viver no meio de bons e calorosos relacionamentos é protetor.”

Encontre seu objetivo
Encontrar um senso de propósito contribui muito para o bem-estar e uma vida mais longa e feliz, disseram especialistas à CNN.

O psicólogo da Universidade da Pensilvânia, Martin Seligman, que co-fundou o campo da psicologia positiva, diz que um senso de propósito virá de fazer parte de algo maior que nós mesmos. Ele aponta a religião, a família e as causas sociais como formas de aumentar o significado em nossas vidas.

Em seu livro de referência, “Felicidade: lições de uma nova ciência”, ele diz que as práticas espirituais podem variar da meditação à psicologia positiva e à terapia cognitiva. “Se o seu único dever é conseguir o melhor para si, a vida se torna estressante e solitária demais – você está preparado para fracassar. Em vez disso, precisa sentir que existe para algo maior, e esse próprio pensamento tira algumas das a pressão.”


Uma avó virou alvo de polêmica nas redes sociais depois de dizer que cobra US$ 12 (cerca de R$ 60) por hora para cuidar do neto de 1 ano. Após negociar com a filha, ela aceitou a contraproposta de US$ 10 (cerca de R$ 50) pelo trabalho.

“Minha filha tem 29 anos, tem um filho de 1 ano e vai voltar do trabalho em breve. Ela trabalha cinco dias por semana, cerca de sete, oito horas, e perguntou se eu poderia ficar de babá do seu filho dois ou três dias por semana”, disse a mulher, que não quis revelar o nome, na rede social Reddit. “Tenho minha vida, trabalho para mim mesma e acho que ela deveria entender que estou abrindo mão do meu tempo de trabalho”, acrescentou.

Diante da polêmica, ela enfatizou que ama o neto, mas que isso não impede que ela cobre um valor para cuidar dele. “Eu amo meu neto. Mas, como expliquei, não sou uma creche”, desabafou.

Com informações do https://paisefilhos.uol.com.br/

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