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Foto: John Wilson/ Netflix

O ano de 2022 foi uma torrente de produções que aguçaram o senso crítico do espectador, primando por alargar as perspectivas e dar novo fôlego a opiniões as mais contraditórias, que se repelem entre si enquanto também se complementam, provando uma vez mais que a arte espelha a vida no que esta tem de densa, de bela, de única. A vida bem que poderia ser um eterno domingo, não? Não que nos outros dias devamos nos esquecer das pequenas alegrias que a vida nos proporciona, mas certamente tudo adquire um colorido a mais quando se dá esse curto respiro a cada cinco dias de trabalho duro. Aos fins de semana, como num passe de mágica, como numa ópera de Giuseppe Verdi (1813-1901), a gente se sente mais leve, mais animado, os pássaros cantam mais alto (até no inverno), as crianças brincam até tarde (tarde até demais), as manchetes de tragédias nos jornais são relegadas à lúgubre segunda-feira, quando o ramerrão volta à carga. Como em “La Traviata”, ópera de Verdi de 1853, como no grande cabaré em que a existência humana se transforma às vezes, aproveitamos o fim de semana para praticar os prazeres que nos nega a vida nos dias de peleja. É claro que, justo aqui na Bula, não iríamos esquecer dos filmes para aqueles que se decidiram a ficar em casa. Na nossa lista de hoje, temos cinco pérolas, ou ainda mais, cinco diamantes para você ter no seu descanso experiências preciosas. Os títulos, todos na Netflix, aparecem do mais novo para o mais antigo, em ordem alfabética, sem nenhum outro critério. Você descansa e a gente rala, para que você descanse ainda mais. Ah! Pensando bem, qual seria a graça se a vida fosse um eterno domingo, certo?

Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro González Iñárritu

lejandro González Iñárritu parece continuar firme em seu propósito de não mais tolerar as delicadezas cínicas que sustentam o mundo. Em “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”, Iñárritu personifica muitas das neuroses não apenas do gênero humano, mas das Américas, da história do continente americano, da glória e do desajuste de ser artista numa era de violências perpetradas das mais diversas maneiras, das mensagens que condenam, das palavras que matam. El Negro, como é conhecido em Hollywood, já conta cinco Oscars no currículo e este seu trabalho mais recente — pleno de toda a originalidade e de todos os maneirismos pelos quais a Academia costuma se enamorar — parece que vai juntar-se aos outros homenzinhos dourados do mexicano. Com seu 13° filme, o diretor inclina-se a escancarar um pouco mais seu choque frente à ignorância maciça que rege nossos dias, espraiada pelos campos mais insólitos e mais urgentes. Combinando o lirismo agridoce e niilista de “Biutiful” (2010) às iluminações acerca da pobreza da arte nas sociedades pós-modernas, como o exposto em “Birdman ou (A Inesperada Virtude Da Ignorância)” (2014), e sem deixar de lado as experimentações que bem o caracterizam, caso de “O Regresso” (2015), Iñárritu não tem pudor nenhum de escarafunchar as chagas nunca cicatrizadas dos Estados Unidos. Há em boa parte dos 160 minutos de projeção metáforas sobre o que é ser chicano para além dos domínios do Rio Grande, mas este é um relato pessoal também. Silverio Gacho, o bardo do título, é um alter ego muito bem pesado de El Negro — que incorporou o apelido até como um meio de autoafirmação —, e malgrado juntem-se ao roteiro, de Iñárritu e Nicolás Giacobone uma legião de personagens, Silverio, atuação irretocável de Daniel Giménez Cacho, resume tudo quanto se precisa saber a respeito de El Negro, da vida, de seu cinema. Do mundo e de sua feiura, indizível, mas ainda assim doce.

Enola Holmes 2, de Harry Bradbeer

O roteiro de Harry Bradbeer, escrito em parceria com Jack Thorne, se esmera por cristalizar a figura da mocinha, apresentada ao cinema por Bradbeer em 2020, com texto solo de Thorne, como uma personagem capaz de merecer uma franquia para chamar de sua depois dos sete livros de Springer (e contando). Já nas primeiras cenas, Millie Bobby Brown deixa muito claro quem é a estrela aqui, o que, convenhamos, não é tão difícil frente à atuação quase mecânica de Henry Cavill, o primogênito dos Holmes. Enola está numa quadra tensa de sua incipiente carreira: decidiu encampar a atividade detetivesca, para a qual tem, sim, alguma vocação — e o desempenho de Brown faz com que o espectador compre a ideia —, mas, por óbvio, esbarra em obstáculos de maior ou menor importância, e o gênero feminino, por estranho que pareça, está na segunda categoria.

Glass Onion: Um Mistério Knives Out, de Rian Johnson

Aludindo a uma canção dos Beatles, o roteiro de Johnson ilumina as muitas camadas aparentemente translúcidas das relações humanas, hábeis em filtrar toda a luz que lhes possa atravessar e vertê-la numa energia pouco benfazeja. Como não poderia deixar de ser, o diretor segue reverenciando — de um modo bastante original, que se diga — Agatha Christie (1890-1976), sem prejuízo dos trechos cômicos que se prestam a um tempero bem dosado para uma narrativa saborosa, estilo de que a Dama do Crime decerto não se ressentiria. A exemplo do que se denota do filme que abre a franquia, Johnson perturba o seu tanto a ordem do estabelecido no gênero e vive transfigurando o enredo, sem importar muito quem fará o quê, mas a que altura da história se vai chegar ao assassino, que a propósito, ainda não existe.

O Desconhecido, de Thomas M. Wright

“O Desconhecido” é um filme singular. Evitando abusar da violência, Thomas M. Wright, o diretor-roteirista, escancara situações do expediente policial que o público leigo nem sonha serem possíveis. Tentando encontrar alguma resposta minimamente sensata que aponte uma justificativa para a degradação moral em que mergulhamos todos há algum tempo, Wright compõe uma narrativa ligeiramente farsesca, entre a sátira e o ensaio, sobre policiais que fazem o que lhes autoriza a lei — ou seja, muito pouco — na intenção de levar a cabo a investigação de um assassinato. Uma vez que se dão conta de que observar todos os ritos legais é, mais do que inútil, contraproducente, um deles em especial aposta a última ficha, numa manobra arriscada que pode redundar em derramamento de sangue, começando pelo seu. O texto de Wright prima pela sutileza, mas nunca se deixa levar pela ambiguidade fácil. Aqui, ninguém fica muito bem no papel de mocinho; entretanto, cada personagem desempenha o papel que dele se espera, sem muita margem para grandes tergiversações.

O Milagre, de Sebastián Lelio

Religião e fé são variações de um mesmo tema, que alcança ainda o misticismo e, refinando-se um pouco mais a perspectiva, as relações entre Deus e o homem. Se a natureza divina se faz presente em rigorosamente todos os seres, animados ou inanimados, racionais ou não, como pensou Spinoza, o Criador seria também capaz de apresentar-se sob uma forma curiosamente ambígua, juntando num único ser a constituição sem falhas que o difere de qualquer outra entidade e a matéria, perecível e dúbia, que conhecemos tão bem. O chileno Sebastián Lelio tem tarimba em descrever situações nos mais matizados graus de incômodo. Em “O Milagre” (2022), Lelio resolve encampar novos e indigestos pontos de vista, desta feita voltadas a uma das controvérsias mais frutíferas da civilização. O diretor mira Deus e de que maneira certos homens O veem, explicitando a confusão deliberada em torno da necessidade de se guardar a fé e de se estar sempre atento aos propósitos nada ingênuos que visam a manter aceso o interesse nas coisas do Altíssimo.

Informações Revista Bula


Cena de Sideral, que aparece entre pré-indicados em curtas-metragens no Oscar - Reprodução/YouTube
Cena de Sideral, que aparece entre pré-indicados em curtas-metragens no Oscar Imagem: Reprodução/YouTube

A lista divulgada hoje pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou os filmes e curtas-metragens pré-selecionados ao Oscar 2023.

São dois representantes do Brasil: o curta-metragem de ficção “Sideral”, de Carlos Segundo, e a coprodução brasileira “O Território”, parceria com Estados Unidos e Dinamarca, entre os documentários.

O filme brasileiro “Marte Um” está fora da disputa de “Melhor Filme Internacional”. A obra de Gabriel Martins não apareceu entre as obras divulgadas hoje. Os indicados serão anunciados oficialmente em 24 de janeiro, e a premiação está marcada para 12 de março. Confira a lista completa:

Melhor filme estrangeiro:

Melhor documentário

Melhor maquiagem

Melhor trilha sonora original

Melhor canção original

Melhor curta documentário

Melhor curta animado

Melhor curta-metragem live action

Informações UOL


Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet) existiram? - Reprodução
Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet) existiram? Imagem: Reprodução

Uma das maiores bilheterias da história do cinema, Titanic (1997) completa 25 anos hoje (19).

A história faz referência ao naufrágio do navio RMS Titanic, que colidiu com um iceberg a cerca de 563 quilômetros da costa sudoeste de Terra Nova, no Canadá, durante sua viagem inaugural, em 1912.

Boa parte da história não aconteceu da forma como é retratada no filme de James Cameron —e até os protagonistas, Jack e Rose, interpretados por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, são fictícios.

Mas, ainda assim, alguns dos personagens secundários e outras partes da trama foram inspiradas no caso real.

A “inafundável Molly”

Molly tinha uma inspiração - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O herói que se tornou vilão

William Murdoch existiu na vida real com uma história diferente - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Covardia ou sorte?

J. Bruce Ismay era presidente da White Star Line - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O casal de idosos

Casal de velhinhos em Titanic - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O casal de idosos interpretado por Elsa Raven e Lew Palter retrata Ida e Isidor Strauss, que morreram na tragédia. Quando ela descobriu que o marido não poderia embarcar no bote salva-vidas, se recusou a deixá-lo para trás. Os dois ficaram juntos até o momento final de suas vidas.

Outros personagens da trama também representam pessoas reais:

A última música

Músicos do Titanic - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Afinal, de onde surgiram Rose e Jack?

Informações Splash UOL


Quanto mais distante se mantém de tudo quanto rescende a maldade, a distorção do imoral em regra, a ódio, primeiro apenas no discurso, mas que logo redunda para a militância e daí para a prática, mais próximo fica o homem de si mesmo — o que definitivamente não é garantia de que vá tornar-se bom. As luzes e sombras, reentrâncias e saliências, subidas e declives, toda a ambivalência que pode haver no espírito de cada um livra-nos da perdição, mas nos infunde situações em que o cerco se fecha a ponto de assaltar-nos a sensação de que vivemos num universo paralelo, lugar mágico e maldito onde crimes nunca acontecem, mas não somos os donos da nossa própria história. Somos então forçados a criar novos jeitos de nos relacionar com o mundo, que por seu turno muda a todo instante, avança e retrocede sem que possamos fazer nada a respeito a não ser tentar uma adaptação qualquer, ou nutrir expectativas menos fantasiosas sobre a vida e seus mistérios, processo que não raro degringola em obsessão, paranoia, frustrações, melancolia, tristeza.

O desajuste fundamental do homem para com o mundo, o existir, os outros homens vêm como um lembrete de que mecanismos de repressão nunca poderão ser dispensados da rotina do cidadão comum, que pensa ser capaz de se livrar dos impedimentos a sua felicidade subvertendo o quanto possível a dureza do real, o que, evidentemente, não consegue. Se o homem comum se dá conta de que não lhe compete se empenhar em mudanças tão profundas, indivíduos psiquicamente descompensados têm certeza de que a vida é o que eles querem, e esse é o limite entre o caos e o inferno. O finlandês Juuso Syrjä oferece novas perspectivas a uma das séries mais inovadoras dos últimos anos, deslindando um pouco mais a atmosfera noir que a envolve, ao passo que redobra a atenção para seu personagem central. “Bordertown: A Eliminação” desvenda alguns dos segredos da trama de Miikko Oikkonen, mas tem o cuidado de guardar o melhor para o final, deixando margem para que se avente a possibilidade de novos enredos conduzidos por um detetive bastante peculiar.

O roteiro de Oikkonen e Antti Pesonen dificulta um pouco mais a vida de Kari Sorjonen, o investigador da série homônima, que se depara com um cenário de indizível horror. Ville Virtanen continua dando a esse homem o ar de um profissionalismo quase cínico, que se confunde mesmo com um desdém pelo resto da humanidade, até que se convence de que se não sair de seu isolamento físico — que, claro, se reflete em sua visão de mundo e, pior, atrapalha a melhor execução de seu ofício — está condenado a nunca superar os erros de um passado recente. Janina, a filha interpretada por Olivia Ainali, virou uma mulher independente e que banca suas próprias vontades, agora dedicada à carreira acadêmica; Lena Jaakkola, de Anu Sinisalo, se lhe parece ainda mais hostil e Katia, a filha de Lena vivida por Lenita Susi, tem de se esconder da mãe depois de uma atitude inconsequente. Sua vida só não é uma total perda de tempo e energia porque se ocupa de um assassino em série que usa o sangue de suas vítimas para pintar muros, e dessa vez Lasse Maasalo, seu arqui-inimigo, papel de Sampo Sarkola, aparentemente não tem nenhuma relação com a carnificina, uma vez que segue preso. Aparentemente.

Syrjä é hábil em fechar e abrir dramáticos ao sabor das necessidades da história, dispondo da maturidade artística de Virtanen, que vai emprestando a seu protagonista a dose precisa de cada uma das diversas emoções que o tornam um personagem tão pouco óbvio. A dobradinha entre o diretor e sua estrela faz de “Bordertown: A Eliminação” um thriller inteligente, mas nada pretensioso, que permite que a audiência também jogue e tire suas próprias conclusões.


Filme: Bordertown: A Eliminação
Direção: Juuso Syrjä
Ano: 2021
Gêneros: Crime/Drama/Mistério
Nota: 8/10

Informações Revista Bula


Em 2013, ator estreou como o super-herói em O Homem de Aço

Na quinta-feira 15, Cavill usou as redes sociais para confirmar a informação divulgada por Gunn

O cineasta James Gunn, presidente do estúdio da DC, anunciou que está escrevendo o próximo filme do Superman. A nova super-produção, no entanto, não contará com o ator Henry Cavill, intérprete do super-herói desde 2013. Na quinta-feira 15, Cavill usou as redes sociais para confirmar a informação divulgada por Gunn.

“Acabei de me encontrar com James Gunn e Peter Safran e trago notícias tristes”, escreveu o ator em seu perfil oficial no Instagram. “Não voltarei como Superman. Minha vez de usar a capa já passou, mas o que o personagem representa nunca passará.”

Recentemente Cavill havia dito que poderia ter alguma participação especial no filme Adão Negro, da Warner Bros. “A troca da guarda é algo que acontece. Eu respeito isso”, acrescentou o artista. “James e Peter têm um universo para construir. Desejo a eles e a todos os envolvidos com o novo universo boa sorte e a mais feliz das fortunas.”

Em 2013, Cavill estreou como o super-herói em O Homem de Aço. O longa-metragem arrecadou mais de US$ 600 milhões (pouco mais de R$ 3 bilhões) nas bilheterias mundiais. Depois, o ator retornou ao cinema participando de Batman v. Superman: A Origem da Justiça (2016) e Liga da Justiça (2017). Juntos, os três somam mais de US$ 2 bilhões (mais de R$ 10,5 bilhões) arrecadados.

Informações Revista Oeste


Muito menos racional do que aquele que orienta sua vida pelos tantos expedientes que só podem degringolar em insânia e maldade é quem espera algum resquício de sensatez em gente que entende a vida como um jogo sem regras, no qual tudo pode ser feito para chegar ao topo. Nascemos todos inexoravelmente mergulhados em questões muito nossas, cujo sentido revela-se apenas para nós mesmos — e não sem antes nos torturar pelo tempo necessário para que nos presenteie a vida com o estalo quase mágico do discernimento, atalho que, de quando em quando, o espírito toma à cata da razão —, mantidas como um raro tesouro a distância dos olhares morbidamente curiosos de quem nos odeia e da perplexidade muda e inconformada das pessoas que nos querem bem. Incertezas, dúvidas, questionamentos, dilemas, as encruzilhadas morais de todas as noites insones, eis os fantasmas mais aterrorizadores, porque mais perseverantes, a amaldiçoar a caminhada da humanidade, obsessa desde o princípio dos tempos pelos impasses que jamais a vão abandonar, por mais que se oponha.

A vida em sociedade se nos apresenta como um desafio a ser vencido todos os dias, porque, além de todo dia ter seus próprios obstáculos e as alegrias raras que valem por toda a angústia de existir, socorre-nos esse poder, o poder de simplesmente passar por cima de quem preferiria que não estivéssemos aqui. Depois de uma longa carreira diante das câmeras em filmes não exatamente densos, Jordan Peele se resolveu a dar vida às histórias que merecem ser contadas, e já não era sem tempo. Confrontando um dos temas mais urgentes do nosso tempo, “Corra!” (2017) tem o condão de arrastar o espectador para o centro de uma narrativa perturbadoramente sedutora, mas também exigente, que demanda dele atenção e sensibilidade em igual medida. Peele sabe muito bem do que está falando: o recrudescimento do pensamento racialista após uma brevíssima trégua, abordada em seu roteiro algumas vezes, vem a lume sob a forma mais delirantemente agressiva, momento em que o diretor-roteirista aproveita para ir mais fundo na discussão que torna seu trabalho tão relevante.

Centro das atenções no Festival de Cinema de Sundance de 2017 — onde estreou numa sessão exclusiva para convidados —, “Corra!” desde o princípio deixa muito claro que Peele não tem a intenção de aliviar nada. O possível romantismo de um casal que faz sua primeira viagem depois de cinco meses de namoro, a casa dos pais da garota, transforma-se logo numa fonte inesgotável de aborrecimento e paranoia, e o motivo está na cara. Pouco antes, ao longo da primeiríssima sequência, o personagem encarnado por Keith Stanfield anda tranquilo por uma rua de casas portentosas, até perceber que é seguido de muito perto por alguém num carro. Se havia uma hesitação quiçá justificada quando ao que o diretor quer dizer, essa bruma inicial de mistério se dissipa quando a ação corta para Chris e Rose, os protagonistas muito bem assumidos por Daniel Kaluuya e Allisson Williams, fazendo as malas para o tal passeio. Depois de uma conversa breve, fundada num possível estranhamento dos pais de Rose quanto ao fato de Chris ser negro, eles pegam a estrada.

O receio meio psicótico de Chris, como o de um animal indefeso que sente o cheiro do próprio sangue, se intensifica, numa escalada gradual e constante de diálogos que explicitam a animosidade entre os convivas, também ressaltada, colateralmente, pela fotografia de Toby Oliver em tons pesados como azul petróleo e verde musgo. O que acontece no terceiro ato, com referências a hipnose, lobotomia e transplante de cérebro — além de uma menção a Jeffrey Dahmer, o assassino em série que se notabilizou por seduzir, matar e canibalizar rapazes pretos, na boca de Rod, com o ótimo respiro cômico de LilRel Howery —, faz questão de lembrar que “Corra!” é um filme sério. E que Jordan Peele continua avesso a brincadeiras.


Filme: Corra!
Direção: Jordan Peele
Ano: 2017
Gêneros: Terror/Thriller
Nota: 9/10


O furacão Netflix passou neste final de ano deixando um monte de produção de qualidade na sua televisão. E se você não sabe quais dos lançamentos são os maiores, melhores, arrasadores e que estão fazendo mais sucesso, confira essa lista que a Revista Bula trouxe para você. Aproveite os momentos de folga para fazer algo proveitoso e divertido com seu tempo. Essas produções estão sendo bastante elogiadas pela crítica e são cotadas para entrar na disputa do Oscar de 2023. Destaques para “Nada de Novo no Front”, de 2022, de Edward Berger; “O Desconhecido”, de 2022, de Thomas M. Wright; e “O Enfermeiro da Noite”, de 2022, de Tobias Lindholm. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com a ordem alfabética e não seguem critérios classificatórios.

Nada de Novo no Front (2022), Edward Berger

Paul Baumer e seus amigos Albert e Muller se alistam voluntariamente no exército alemão, durante a Primeira Guerra Mundial, por causa do fervor patriótico. Logo a euforia inicial se dissipa quando a realidade do front se transforma em desespero. Enquanto o mundo aguarda por um armistício, Paul deve continuar lutando até o fim para satisfazer o objetivo alemão de uma ofensiva final.

O Desconhecido (2022), Thomas M. Wright

Paul e Henry são dois estranhos que se tornam amigos durante uma viagem de ônibus. O motivo pelo qual os dois estão fugindo é desconhecido, dando a entender que são criminosos foragidos. Paul diz a Henry que um homem com quem ele trabalha, chamado Mark, está em busca de alguém confiável para executar uma tarefa. Embora negue que quer qualquer trabalho de origem ilegal, Henry se encontra no dia seguinte com Mark, que promete apagar seus antecedentes criminais em troca de alguns serviços.

O Enfermeiro da Noite (2022), Tobias Lindholm

Amy é uma enfermeira e mãe solo de bom coração, mas a rotina de turnos noturnos na UTI é tão puxada que ela já chegou no seu limite. Além disso, ela sofre de uma doença cardíaca grave. A chegada de Charlie, um novo enfermeiro, parece amenizar um pouco desse cotidiano tão difícil. Os dois se tornam amigos, dando esperança a Amy. No entanto, pacientes começam a morrer em circunstâncias suspeitas e Charlie parece ser o principal suspeito. Para descobrir a verdade, Amy irá arriscar a própria vida.

O Último Navio Negreiro (2022), Margaret Brown

A documentarista Margaret Brown retorna à sua cidade natal no Alabama para documentar a busca e a descoberta histórica do “The Clotilda”, considerado o último navio que chegou aos Estados Unidos trazendo ilegalmente africanos escravizados. Após um século de sigilo e especulações, a descoberta da embarcação em 2019 direciona o nosso olhar não apenas para os descendentes que vivem na comunidade de Africatown, apresentando um retrato emocionante de uma comunidade que luta ativamente para preservar o legado de seus antepassados, mas também nos convida a refletir o que é a justiça nos dias de hoje.

Wendell & Wild (2022), Henry Selick

Kat é uma adolescente que perdeu os pais muito nova em um trágico acidente. Sua dor e vergonha pelas circunstâncias da morte contribuem para que tenha uma vida conturbada, o que a faz ser enviada para uma escola feminina sombria para ser “reformada”. Mas lá ela acaba invocando dois demônios que querem curtir a vida entre os humanos. Em troca pelo seu favor, ela exige uma recompensa que os levará a uma aventura desastrosa e cômica.


Empresa registrou um aumento de dois milhões de assinaturas no terceiro trimestre 

Trata-se de um aumento de novos clientes na Ásia-Pacífico

A Netflix liberou nesta quinta-feira, 3, um novo plano de assinaturas, com anúncios, que custa R$ 18,90 por mês. Os anúncios podem ser inseridos antes e durante a exibição de filmes e séries. Em média, cada publicidade deve durar entre 15 e 30 segundos por hora de exibição.

Contudo, para essa modalidade, o catálogo de conteúdos será menor. De acordo com Greg Peters, diretor da Netflix, estima-se uma redução entre 5% e 10% dos filmes e séries da plataforma de streaming. Aqueles que optarem por esse pacote também não podem fazer o download das produções — recurso disponível nas assinaturas convencionais.

Apenas em 12 países o recurso está disponível. O plano chegou primeiro para o México e Canadá, na terça-feira 1°. A partir de hoje, os usuários da Alemanha, Austrália, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido também podem te acesso. Na Espanha, o serviço chega na próxima quinta-feira 10.

A empresa registrou um aumento de pouco mais de dois milhões de assinaturas no terceiro trimestre. A empresa classificou como uma boa notícia, já que a Netflix teve uma queda de assinantes entre abril e junho. Trata-se de um aumento de novos clientes na Ásia-Pacífico.

Além da Netflix, a Walt Disney também anunciou, em agosto deste ano, pacotes com publicidade para os serviços de streaming Disney+, Hulu e ESPN+. Os planos devem estar disponíveis a partir de 8 de dezembro, mas de início será somente nos EUA.

Informações Revista Oeste


Não

O ano está movimentadíssimo e, faltando apenas dois meses para o fim, ainda promete muitos acontecimentos. Logo começam os jogos da Copa do Mundo e todos os brigados e magoados pelas eleições se unirão novamente vestidos com as cores verde e a amarela diante dos telões para torcer muito. O Natal fica de stand by e as luzinhas vão ter que chegar mais tarde em 2022, dando espaço para as cores da bandeira brilharem e as comemorações em torno do esporte mais amado do planeta acontecerem. No meio de tudo isso, entre o trabalho, as reconciliações, os jogos e os presentes do Papai Noel, a gente não deixa de curtir muito a Netflix. Aqui estão algumas das melhores estreias do mês de novembro. Destaques para “Enola Holmes 2”, de 2022, de Harry Bradbeer; “Meu Nome é Vingança”, de 2022, de Cosimo Gomez; e “O Milagre”, de 2022, de Sebastián Lelio. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizadas de acordo com a ordem alfabética e não seguem critérios classificatórios.

Enola Holmes 2 (2022), Harry Bradbeer

Enola Holmes ainda está sentindo o gostinho de ter solucionado seu primeiro caso e, decidida a seguir os passos do irmão famoso Sherlock, ela começa a trabalhar como detetive. O problema é que a carreira não anda lá muito movimentada. Resignada às dificuldades da vida adulta, ela está prestes a largar tudo… até que uma garota sem um tostão aparece com um pedido que promete ser o primeiro caso oficial de Enola: encontrar a irmã desaparecida. Conforme a situação se mostra cada vez mais desafiadora, Enola mergulha em um mundo novo e perigoso repleto de fábricas cinzentas e ambientes coloridos de Londres até o famoso endereço da Baker Street. De cara com uma conspiração mortal, ela precisará da ajuda de aliados e do próprio Sherlock para resolver o mistério.

Meu Nome é Vingança (2022), Cosimo Gomez

Sofia é uma adolescente aparentemente comum, que tem sua vida virada de cabeça para baixo quando posta uma foto do pai nas redes sociais. Sem saber do passado dele na máfia, Sofia jamais imaginaria que a publicação despertaria uma história de violência e atrairia criminosos para sua casa, que acabam matando sua mãe e tio. A tragédia dá início a um acerto de contas que estava adormecido há 20 anos.

O Milagre (2022), Sebastián Lelio

Após 13 anos da Grande Fome na Irlanda, a enfermeira Lib Wright é chamada até uma pequena comunidade religiosa para examinar uma menina de 11 anos, Anna O; Donnell, que alega estar sem comer faz quatro meses, sobrevivendo de um “maná dos céus”. Conforme a saúde da garota vai se deteriorando, Lib precisa compreender o que está acontecendo com ela, mesmo que tenha que desafiar a fé da comunidade.

Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo (2022), Juliana Vicente

O documentário narra a história do grupo lendário de rap formado por Ice Blue, Edi Rock e Mano Brown em seus 30 anos de carreira. Além de abordar as crises, o auge, a produção traz entrevistas exclusivas e cenas ainda desconhecidas do público. O filme também destaca a importância do Largo São Bento como local de efervescência da cultura hip-hop em São Paulo.

Uma Quedinha de Natal (2022), Janeen Damian

Dias antes do Natal, uma jovem ricaça que está noiva sofre um acidente de esqui. Após receber o socorro, ela sofre de amnésia e passa a receber os cuidados do charmoso dono da pousada em que está hospedada e sua filha.

Informações Revista Bula


O final do ano se aproxima e, como é costume, a Netflix começa a soltar grandes produções com ambição de chegar nas maiores premiações do cinema. Neste mês de outubro várias novidades de alta qualidade chegaram ao catálogo do streaming. Se você ainda não assistiu aos últimos lançamentos, acompanhe essa lista especial que a Revista Bula fez para você. Destaques para “Jaula”, de 2022, de Ignacio Tatay; “Nada de Novo no Front”, de 2022, de Edward Berger; e “O Desconhecido”, de 2022, de Thomas M. Wright. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com a ordem alfabética e não seguem critérios classificatórios.

Jaula (2022), Ignacio Tatay

Paula e Simón é um casal em crise, que encontra uma garota vagando em péssimas condições na rua enquanto voltam de um jantar. Ao saber que seus responsáveis não a reivindicaram, eles decidem levá-la para casa temporariamente. A menina acredita que precisa ficar dentro de um quadrado pintado de giz no chão da casa ou algo terrível irá acontecer. Paula tenta descobrir o enigmático passado sombrio da garota, enquanto se aproxima emocionalmente dela e tenta realizar o sonho de ser mãe.

Nada de Novo no Front (2022), Edward Berger

Paul Baumer e seus amigos Albert e Muller se alistam voluntariamente no exército alemão, durante a Primeira Guerra Mundial, por causa do fervor patriótico. Logo a euforia inicial se dissipa quando a realidade do front se transforma em desespero. Enquanto o mundo aguarda por um armistício, Paul deve continuar lutando até o fim para satisfazer o objetivo alemão de uma ofensiva final.

O Desconhecido (2022), Thomas M. Wright

Paul e Henry são dois estranhos que se tornam amigos durante uma viagem de ônibus. O motivo pelo qual os dois estão fugindo é desconhecido, dando a entender que são criminosos foragidos. Paul diz a Henry que um homem com quem ele trabalha, chamado Mark, está em busca de alguém confiável para executar uma tarefa. Embora negue que quer qualquer trabalho de origem ilegal, Henry se encontra no dia seguinte com Mark, que promete apagar seus antecedentes criminais em troca de alguns serviços.

O Enfermeiro da Noite (2022), Tobias Lindholm

Amy é uma enfermeira e mãe solo de bom coração, mas a rotina de turnos noturnos na UTI é tão puxada que ela já chegou no seu limite. Além disso, ela sofre de uma doença cardíaca grave. A chegada de Charlie, um novo enfermeiro, parece amenizar um pouco desse cotidiano tão difícil. Os dois se tornam amigos, dando esperança a Amy. No entanto, pacientes começam a morrer em circunstâncias suspeitas e Charlie parece ser o principal suspeito. Para descobrir a verdade, Amy irá arriscar a própria vida.

Roubando Mussolini (2022), Renato de Maria

Isola é um filho de ex-mártir da resistência, que foi criado para acreditar que ladrões são melhores que heróis, pois sobrevivem ao jogo. Ele é empresário em um negócio ilegal de armas e descobre que um valioso tesouro de Mussolini está sendo transferido para a Suíça. Então, ele arma um plano e convoca alguns bandidos desajustados para roubar a fortuna e dar um golpe no ditador italiano.

Quatro Gerações (2022), Berkun Oya

Bekir é um pai ortodoxo e abusivo com seus filhos Saliha, Kadir e Yusuf. Anos após um evento traumático na família, os irmãos decidem visitar a casa de sua infância. Emoções que haviam sido enterradas e memórias dolorosas começam a ressurgir quando um deles tenta fazer um filme sobre a história de sua vida.

Informações Revista Bula

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