A história do homem é a história de seus problemas. Uma pletora de questionamentos éticos pulula na cabeça de cada indivíduo sobre a face da Terra, e cabe a cada um de nós, seres dotados de razão, tomar a atitude mais adequada a fim de levar a vida adiante. Em “O Suicídio”, obra máxima de Emile Durkheim (1858-1917), o sociólogo francês elabora uma verdadeira gênese da morte achada pelas próprias mãos. Durkheim disserta sobre três formas de suicídio: o egoísta, o altruísta e o anômico. O suicida egoísta é o que comete o ato tresloucado de tirar a própria vida motivado pela completa ausência de vínculos sociais; o suicídio consumado por razões altruístas era corriqueiro em povos ancestrais, a fim de se preservar a unidade de uma sociedade ou de um grupo religioso; e a modalidade da extrema autoflagelação dita anômica se dá quando há uma equivalência entre o aumento das taxas de suicídio e os índices de desemprego e a consequente pauperização de determinados estratos sociais. Pauperização, aliás, era um conceito muito usado por Karl Marx (1818-1883), que o empregava a fim de defender o argumento de que o desastre da humanidade, a Revolução Industrial (1760-1840), foi a responsável pelo empobrecimento galopante do proletariado do mundo inteiro, tornado incapaz de reagir ao avanço das máquinas. Roger Scruton (1944-2020), reconhecia, por óbvio, a importância das máquinas para o desenvolvimento do homem, mas também alegava que com elas o mundo perdera muito de sua ingenuidade, sua ternura e sua beleza, daí a arte não poder nunca prescindir da estrita observação de todos os paradigmas canônicos no que concerne ao requinte estético. Como o suicídio, segundo Durkheim, é a única questão que importa na vida, dada sua complexidade dos pontos de vista sociológico, metafísico e religioso, basta que nos mantenhamos longe, bem longe da perdição irremediável do homem e fiquemos aqui, frente a frente com nossos tantos dilemas vitais. Quem está no mundo passa por dificuldades, em maior ou menor escala, e só não tem crises quem já morreu. Um obstáculo decerto perigoso quanto a se permanecer vivo — e são — é perder um filho, tanto pior como se dera com Martha Weiss, a protagonista de “Pieces of a Woman” (2020), do diretor húngaro Kornél Mundruczó, vivida pela espetacular Vanessa Kirby. Não é menor a agonia de um músico cônscio de seu talento, mas tomado por conflitos de toda ordem, a começar pela cor da própria pele. Esse é o caso do trompetista Levee Green de Chadwick Boseman (1976-2020) em “A Voz Suprema do Blues” (2020), de George Costello Wolfe. “Pieces of a Woman”, que conferiu a Vanessa Kirby, merecidamente, o prêmio de Melhor Atriz do Festival Internacional de Cinema de Veneza, na Itália; “A Voz Suprema do Blues”, que faturou os Oscars técnicos de Melhor Maquiagem e Figurino, e mais oito títulos, igualmente laureados e todos na Netflix, do mais novo para o mais antigo, reafirmam, ano após ano, a força do cinema e são um programaço para o seu fim de semana. Esqueça os problemas e se concentre nas possíveis soluções. Inspire-se.
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Pieces of a Woman (2020), Kornél Mundruczó
É muito difícil um casamento resistir à perda de um filho — e o casal que consegue tal proeza pode reivindicar essa vitória. Ao se sobrepor à vida, a morte reafirma seu inesgotável poder sobre os homens, por mais escondida que esteja. A frustração, a tristeza, o desespero de ver morrer um filho, a vida tendo desrespeitado seu sentido mais primevo, é o que se absorve da maneira mais brutal em “Pieces of a Woman”. Ao espectador, é concedido o direito de observar de perto — perto demais — o trabalho de parto de Martha Weiss, ao longo de sombrios 25 minutos — e só ao fim dessa agonia o nome do filme surge na tela. Com essa decisão artística, o diretor Kornél Mundruczó quis fazer o público tomar parte no tormento da personagem principal, fazê-lo perceber que havia uma vida se abrindo para o mundo e essa vida, por alguma razão, escapou. Martha é absorta por uma espiral de sentimentos múltiplos: a alegria fugaz de se sentir mãe logo é substituída por um luto que se prolonga na vida da protagonista indefinidamente, estado do qual ela não consegue se livrar, e que vai impactar de modo decisivo seu relacionamento com o marido, Sean, e a mãe, que reconhecem sua dor, insistem para que ela redescubra o prazer na vida, mas não sabem como persuadi-la, e metem os pés pelas mãos. Sean, em particular, passa a demonstrar uma ligeira indiferença, primeiro pelo sofrimento da companheira, depois pela própria Martha, que por sua vez perde completamente o interesse pelo parceiro. O roteiro faz com que se entenda que também ele padece com a tragédia, mas que isso não lhe serve de licença para sua covardia. Enquanto isso, Martha se desintegra ao ponto de nem ostentar mais qualquer coisa de humano. Torna-se uma criatura algo transcendental, como um espectro que ronda a matéria que lhe compunha, ansiando por voltar àquele corpo, impressões que a audiência só nota graças ao espantoso talento de Vanessa Kirby. Sua Martha Weiss é um dos retratos mais pungentes de um personagem em sua condição mental, uma mulher despedaçada que possivelmente nunca volte a estar por inteiro outra vez, ainda que o final empenhe uma promessa de felicidade.
A Voz Suprema do Blues (2020), George C. Wolfe
Não adianta: por mais poderosa que seja a história, em “A Voz Suprema do Blues” o que dá o tom mesmo são as atuações. Marcado pelo infortúnio da morte precoce de Chadwick Boseman (1976-2020), aos 43 anos, vitimado por um câncer colorretal, o filme cresce justamente se analisado à luz do núcleo liderado pelo intérprete de Levee Green, trompetista do conjunto de Gertrude “Ma” Rainey (1886-1939), interpretada por Viola Davis, que grava um disco com a Mãe do Blues num estúdio abafadiço em Chicago. O diretor George C. Wolfe, ganhador de um Tony — o Oscar do teatro americano —, talvez já prevendo o que aconteceria com um de seus protagonistas — ou tendo sido alertado sobre uma possível baixa inesperada e trágica —, resolvera dar a Boseman a chance de sua vida. E o ex-Pantera Negra brilhou. É ele quem conduz as grandes questões discutidas ao longo da pouco mais de hora e meia da trama. Muito pouco tempo para que se tratasse de racismo, machismo, relações pouco éticas no showbizz, política e homofobia, nessa ordem, num enredo que, tomando-se por base o título pomposo, passaria como a cinebiografia definitiva de uma estrela da música americana dos anos 1920. Felizmente, ninguém, nem diretor nem atores foram levados a encará-lo com esse artificialismo, e, assim, a produção, adaptação do texto de August Wilson para a peça de mesmo nome, em menos de seis meses de lançada, já se tornou um cult, em especial entre melômanos e artistas de toda sorte, negros sobretudo. O desempenho soberbo do protagonista na pele do músico obcecado com a carreira garantiu a Boseman um Globo de Ouro (póstumo, é verdade, mas à altura de seu talento, cuja lembrança há de ficar). Mesmo com um desfecho infausto — para ator e seu personagem —, Chadwick Boseman cerrou sua última cortina com toda a classe que a figura aristocrática de Levee Green lhe inspirava.
Infiltrado na Klan (2018), Spike Lee
A história de um policial negro que se passa por um homem branco a fim de investigar como funciona a Klu Klux Klan, um grupo que se notabilizou por difundir ódio racial é tão absurda que só poderia mesmo ter acontecido de fato. “Infiltrado na Klan”, filme com o qual Spike Lee ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, conta a história de Ron Stallworth, até então o único policial negro de sua cidade, Colorado Springs. Ao se deparar com um anúncio da KKK publicado sem nenhuma cerimônia num jornal, ele liga para o número informado ali. A primeira aproximação é convincente e Stallworth estabelece um vínculo com um dos líderes locais da agremiação segregacionista. Por mais destemido que seja, ele não vai poder levar sua missão a cabo sozinho, por razões óbvias. E é aí que entra Flip Zimmerman, branco e judeu, seu parceiro na polícia. Zimmerman assume a identidade de Stallworth e se mistura ao bando, ainda que provoque a desconfiança de um dos fanáticos, que não lhe dá refresco.
A Noite de 12 Anos (2018), Álvaro Brechner
A partir de 1973, é instaurada uma ditatura civil-militar no Uruguai que se estende até 1985. José “Pepe” Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro, militantes dos Tupamaros, guerrilha de orientação marxista-leninista, passam a se destacar em ações como roubos a banco e logo são vistos como uma espécie de santos rebeldes, por distribuírem o espólio entre os mais humildes. As forças de repressão fecham o cerco e os três são capturados e levados a uma das unidades para confinamento de revoltosos, onde estão outros nove colegas, sem que seja possível a comunicação entre eles. Os anos se sucedem enquanto o grupo tenta não se entregar à sensação de alheamento. A espera leva 12 anos para acabar e um quarto de século depois, Mujica, aos 75 anos, é eleito presidente do Uruguai.
O Homem das Mil Caras (2016), Alberto Rodriguez
O suposto desaparecimento de Luís Roldán, ministro da Guarda Civil da Espanha flagrado numa investigação para punir corruptos no começo dos anos 1990, é esmiuçado sob o ponto de vista do ex-agente secreto Francisco “Paco” Paesa e seu associado Jesús Camoes. Roldán fez os serviços de inteligência espanhóis de gato e sapato por anos, em episódios um mais insólito que o outro, até que, com a poeira assentada, pudesse voltar ao país e ser julgado sem maiores comoções. As informações desencontradas fornecidas pela imprensa à época — de que o agora ex-ministro conseguira ingressar em 16 países, em quatro continentes diferentes; de que se associara a uma organização paramilitar a fim de receber proteção; ou de que já teria mesmo sido assassinado por rivais torna o filme ainda mais saboroso. Roldán logo ganhou o epíteto de “o homem das mil faces”, sempre planejando a próxima fuga. O verdadeiro gênio por trás dos ardis do político é Paco, que parece submisso ao chefe, mas vai mostrar o que quer de verdade.
Invasão Zumbi (2016), Yeon Sang-ho
Tão original quanto vibrante, essa produção sul-coreana mostra que zumbis estão longe da extinção nas telonas. Dirigido por Yeon Sang-Ho, “Invasão Zumbi” apresenta um homem divorciado e com uma compulsão por trabalho que é convencido pela filha, que mora com ele, a levá-la para uma temporada com a mãe. Eles tomam um trem para Busan, mas a viagem, que deveria ser tranquila, acaba apresentando mais percalços do que imaginavam. Repentinamente, se dá um surto de zumbis na Coreia. E uma dessas criaturas vai parar no trem, o que gera comoção e tumulto, até que o caos se instala de vez e seja preciso lutar para continuar vivo. O ritmo frenético em que os acontecimentos se sucedem na trama corresponde à ideia que se pode ter de uma invasão de seres sedentos por subjugar e devorar pessoas.
A Grande Aposta (2015), Adam McKay
Filmes que retratam a roda-viva do mercado financeiro parecem mesmo ter caído no gosto do espectador, mérito de Martin Scorcese com sua versão para “O Lobo de Wall Street”, justiça se lhe faça. E o diretor Adam McKay parece ter se inspirado no trabalho de Scorsese para compor o seu retrato sobre a crise gerada depois da farra dos empréstimos nunca quitados a fim de financiar a aquisição de moradia para fatias menos endinheiradas da população americana. McKay tem singular destreza quanto a tornar palatável para o grande público no que implicou a confusão do mercado imobiliário dos Estados Unidos na vida do cidadão comum, dando ênfase à falência do american way of life, que tem custado um sacrifício inútil a tanta gente há pelo menos setenta anos. Os protagonistas, investidores inescrupulosos que visam ao lucro (fácil) seja como for, partem da premissa pela qual sempre se pautaram e não veem mal nenhum em continuar garantindo o seu, ainda que boa parte dos demais pereçam. O enredo, bastante original, se vale de saídas interessantes a fim de tornar o assunto mais leve, como ao contar com o depoimento de celebridades a exemplo da atriz Margot Robbie discorrendo sobre cenários específicos da conjuntura econômica.
Mad Max: Estrada da Fúria (2015), George Miller
A intenção de se voltar à trilogia “Mad Max” já vinha desde o fim das filmagens da história original, nos anos 1980. O diretor George Miller e o astro Mel Gibson já acertavam os ponteiros quanto à produção da quarta parte da sequência, mas dificuldades de ordem burocrática atrasaram o projeto e Gibson foi cuidar da vida. Tom Hardy assumiu o papel do protagonista, a despeito de toda a desconfiança — e da torcida contra — e o resto é história: o desempenho memorável de Mel Gibson chegou a se constituir numa sombra sobre o novo líder do elenco, mas o novato se saiu melhor que a encomenda. O público aprovou e “Mad Max: Estrada da Fúria” é considerado um dos melhores da franquia. Aqui, Max, capturado, vira uma espécie de hospedeiro, fornecendo sangue para soldados batidos na guerra. Immortan Joe, chefe da comunidade local, subjuga a população por reservar em seu poder a maior parte da água de que dispõem. Max acaba servindo de bucha de canhão na sanha de Immortan Joe por manter seu domínio de escravos com mãos de ferro. Furiosa, uma das cativas que servia de ama-de-leite aos filhos da revolução, escapa e é aí que a história pega fogo. De uma fragilidade apenas aparente, Furiosa dá um colorido todo especial à trama ao se aliar a Max — e a química entre Charlize Theron e Tom Hardy é, decerto, uma das grandes responsáveis pela grandeza do filme, que, embora tenha levado 30 anos para sair do papel, veio à luz no momento preciso, pelas mãos do homem exato. George Miller parece ter guardado toda a sua verve para “Mad Max: Estrada da Fúria”, uma prova de que um filme, para ser bom, muitas vezes só precisa de um diretor talentoso. E talento George Miller tem de sobra.
Oeste sem Lei (2015), John Maclean
Jay Cavendish deixa sua Escócia natal e atravessa o Atlântico a fim de encontrar-se com a garota que ama. Mas Jay não tem a mais pálida ideia sobre o que seja o Velho Oeste. O rapaz tivera uma educação sofisticada, não pertence à rudeza do cenário de completa aridez dos intestinos dos Estados Unidos, e ele sabe disso. O problema é sua natureza deslocada, alheia a tudo, ainda que nem ela o impeça de correr qualquer perigo em nome do amor. Silas também entra em sua vida como seu guia e guarda-costas. O cowboy, experiente, é capaz de livrar a si e ao novo chefe das circunstâncias mais perigosas, sempre impedindo que novas armadilhas se interponham no caminho dos dois. Jay e Silas se tornam amigos — mesmo que, de quando em quando, ainda surja margem para um ou outro conflito entre eles.
O Cavaleiro das Trevas (2008), Christopher Nolan
“Olá, damas e cavalheiros! Eu sou o entertainer desta noite!” A despeito do começo eletrizante, com as precisas cenas de tensão durante um assalto a banco, parece que só depois que essa frase é dita pelo personagem principal é que começa “Batman: O Cavaleiro das Trevas”. É claro que não estamos falando do Homem-Morcego, muito menos de Bruce Wayne, sua porção à paisana. No roubo ao banco, o Coringa já havia roubado também a cena, mas é na sequência da festa na casa do multimilionário que tudo começa a fazer sentido, inclusive termos incluído o filme nessa lista. O protagonista-antagonista, levado com uma performance mediúnica por Heath Ledger em um de seus últimos trabalhos, é a mais completa tradução da visão de mundo mais diabolicamente anárquica que alguém pode ter. O vilão deixa uma marca de ódio e perversidade por onde passa, nada preocupado em sofrer alguma retaliação. Batman passa a trama inteira ansiando por botar as mãos no homenzinho do terno roxo, façanha que só consegue no final — e mesmo assim a gente lamenta. Na versão da franquia que coube ao diretor Christopher Nolan, um dos mais talentosos e devotados de Hollywood, de fato são as figuras noir as que ganham — e merecem — o centro das atenções. Outro ponto alto da fita é o destaque dado à subtrama de Harvey Dent, o mocinho decaído que literalmente se transfigura no bandidão Duas Caras. Aqui, é possível entender direitinho como se deu essa mutação. Como sói acontecer, Nolan se arriscou, apostou alto e quebrou a banca, inclusive na bilheteria bilionária do filme, um dos recordistas no quesito.
A voz rouca das ruas consagrou que ninguém conhece a receita do sucesso, mas que para fracassar é muito fácil: basta querer agradar todo mundo. Cada homem é um universo particular, com suas ideias próprias, suas vontades próprias, necessidades as mais íntimas, tantas expectativas acerca da vida, ainda que saiba que pode nunca chegar a alcançá-las. Para o homo sapiens, a espécie mais curiosa encontrada sobre a Terra, é extremamente difícil submeter-se a regramentos contrários a sua formação contestatória. Malgrado fundamental para a vida em sociedade, a fim de suportarmo-nos uns aos outros, enquadrar-se não tem quase nada de prazeroso. O homem apenas reflete a própria natureza, de que também é parte, indisciplinada, selvagem, caótica. Aceitar o mundo como o conhecemos, ao mesmo tempo em que temos a capacidade de rumar para outras vidas, em que as circunstâncias mais absurdas são o que pode haver de mais corriqueiro, sempre foi uma constante na vida do ser humano, que se vale do artifício a fim de, em largando tudo, abandonar sua própria vida e acessar o mais obscuro de seu espírito, no intuito de apreender o cenário em que está inserido e, assim, conduzir sua vida de uma maneira mais adequada. Por óbvio, surgem percalços no caminho, as coisas saem do terreno do previsível e os enfrentamentos são inevitáveis. As guerras são um capítulo à parte na confusa trajetória do gênero humano, escrito com o sangue de indivíduos que se esmeraram por reparar erros que não eram seus e emoldurado por vidas que não tinham relação alguma com o que se passava: a morte investida da mais brutal, da mais covarde violência, as tolhe, e é só. Além de soldados destemidos, há quem se envolva numa guerra apenas por dever cívico e sem nunca ter pisado num campo de batalha, esforçando-se por garantir que tudo se resolva da melhor maneira. A primeira vítima numa guerra é a verdade, e só a verdade salva. Apesar dos incontáveis mistérios da existência, muito mais do que nossa vã filosofia pode supor, como disse aquele bardo inglês, é pelo rigor da vida como ela é que devemos pautar nossa conduta. Tentamos, alguns menos que outros, e uns poucos com convicção, e o perigo reside exatamente aí. Há mil descaminhos ao longo de uma vida, e todos eles, por mais retos que possam se mostrar, conduzem à perdição. Resumidamente, são esses os enredos de duas produções de que a Bula trata hoje, “As Espiãs de Churchill” (2019), de Lydia Dean Pilcher, e “Ilha de Segredos” (2021), dirigido por Miguel Alexandre. Eles, e mais três filmes da nossa lista, lançados entre 2018 e este 2021, acabaram de aterrissar no catálogo da Netflix e estão pacientemente esperando uma folguinha sua no fim de semana que se avizinha para mostrar a que vieram. A vida dá voltas, o mundo gira, e a gente tem de ir junto. Ou não?
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Ilha de Segredos (2021), Miguel Alexandre
A vida pode se apresentar particularmente difícil logo nos nossos verdes anos. É assim para Jonas, cujos pais acabaram de morrer, o que o faz ter de ir morar com o avô. Jonas tem de se equilibrar entre a dor do luto e a necessidade de seguir vivendo, afinal há uma vida inteira pela frente. O amor, inesperado, ajuda, mas uma outra dificuldade se impõe: o desejo. Helena, a professora substituta de alemão que vai morar no vilarejo, vira a cabeça do garoto, que sequer se imagina como parte de uma maquinação dessa mulher cheia de segredos profundos, talvez até mortais.
Mimi (2021), Laxman Utekar
Viver é mesmo uma aventura e, em sendo assim, vale tudo por um sonho? É o que pergunta o diretor indiano Laxman Utekar em “Mimi”, remake da produção de 2011. A protagonista é uma dançarina que só pensa em fazer carreira no cinema. A vida de Mimi segue sem maiores sobressaltos — nem progressos —, quando ela é sondada por Bhanu, motorista de aplicativo, sobre se aceitaria servir de mãe de aluguel a um casal de americanos. Para isso, seria muito bem paga, claro, mas uma questão dessa natureza implica uma decisão pensada, o que para Mimi é impossível. Como não poderia deixar de ser, todos os planos saem de controle e ninguém mais se entende em meio a uma situação que se torna tão incômoda como a barriga de gestante para Mimi.
Estranho Passageiro — Sputnik (2020), Egor Abramenko
No ponto mais alto da disputa pelo espaço entre Estados Unidos e União Soviética, a Orbit-4, nave que levava uma tripulação russa, volta com um único ocupante vivo. Ele está desmemoriado e, portanto, a investigação a fim de se saber o que teria acontecido com o restante da equipe vai ser mais difícil do que se pensava. O astronauta permanece isolado numa instalação do governo, tratado como um criminoso, à espera de Tatiana Klimova, psicóloga encarregada de averiguar o que teria se passado e por que o astronauta se esqueceu de tudo quanto viveu ao longo da missão. Essa é a única possibilidade de se decifrar o enigma.
As Espiãs de Churchill (2019), Lydia Dean Pilcher
Em 1941, ainda no meio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a americana Virginia Hall já passou por boa parte dos países da Europa, aprendeu muitos idiomas e quer ser diplomata; Vera Atkins, romena, tem planos mais modestos: se naturalizar cidadã do Reino Unido. Enquanto isso não acontece, trabalha como a principal assistente de um adido militar no quartel-general inglês, em Londres. Já Noor Inayat Khan, apesar do nome, é britânica de nascimento, filha de mãe americana e pai indiano, e telegrafista do QG. As três receberam treinamento a fim de se tornarem espiãs profissionais durante o conflito, por reunirem mais chances de não serem identificadas pelos alemães, uma ordem vinda diretamente do primeiro-ministro Winston Churchill (1874-1965). Virginia e Noor, mandadas à França, diminuíram a resistência do nazismo no país, sendo lembradas ainda hoje como heroínas.
Leave no Trace (2018), Debra Granik
A diretora americana Debra Granik é hábil em retratar adolescentes em meio ao bombardeio dos tantos conflitos típicos da idade. Em “Leave no Trace”, Granik traz a história de Will e Tom, pai e filha. Os dois são os únicos moradores de uma grande reserva florestal nos limites de Portland, e não têm o menor problema com o isolamento, questionado pelas autoridades — que nunca se importaram com eles. O serviço social os obriga a deixar a área, e agora Will e Tom passam a ser tutelados pelo governo dos Estados Unidos. Eles não se conformam com tanta interferência num assunto íntimo e tentam retornar à vida feliz que tinham, driblando as novas necessidades que as circunstâncias os impõem.
Um dos blockbusters mais elogiados dos últimos anos
Um dos mais aclamados blockbusters dos últimos anos está no catálogo da Netflix: Blade Runner 2049. Esta sequência de Blade Runner – O Caçador de Androides mistura ficção científica e suspense de uma maneira quase tão impactante quanto o original.
Na trama, após o descobrimento de um antigo segredo que ameaça o resto da sociedade, o agente K (Ryan Gosling) aceita a missão de encontrar Rick Deckard (Harrison Ford). O ex-policial está desaparecido há três décadas.
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Apesar de ser uma sequência, Blade Runner 2049 trabalha com algumas das mesmas ideias de Blade Runner – O Caçador de Androides. Em muitos momentos o longa se parece mais com um remake, embora isso não seja necessariamente negativo, já que sua nova abordagem ainda consegue ser bastante inovadora.
Blade Runner 2019 teve aclamação da crítica durante seu lançamento. Os especialistas elogiaram suas atuações, sua atmosfera inquietante, sua ambientação fantástica e seus temas reflexivos.
Infelizmente, Blade Runner 2049 não teve um bom desempenho nas bilheterias. O blockbuster não teve uma arrecadação tão boa quanto se esperava, obtendo apenas US$ 260 milhões mundialmente para um orçamento de mais de US$ 180 milhões.
Esse desapontamento em termos de lucro fez com que os produtores desanimassem com a perspectiva de continuar a franquia no cinema. Ainda assim, o gosto não é tão amargo porque Blade Runner 2049, agora disponibilizado pela Netflix, teve uma história bastante fechada.
Blade Runner 2049 é um filme de suspense e ficção científica de 2017 dirigido por Denis Villeneuve e escrito por Hampton Fancher e Michael Green.
Sequência do filme Blade Runner – O Caçador de Androides de 1982, o filme é estrelado por Ryan Gosling e Harrison Ford, com Ana de Armas, Sylvia Hoeks, Robin Wright, Mackenzie Davis, Carla Juri, Lennie James, Dave Bautista e Jared Leto em papéis coadjuvantes. Ford e Edward James Olmos reprisam seus papéis do filme original.
Gosling interpreta K, um agente que descobre um segredo que ameaça desestabilizar a sociedade e o curso da civilização.
No Brasil, Blade Runner 2049 está agora disponível na Netflix.
Informações Observatório do Cinema
Na maioria das vezes, a gente já sabe quando o filme será um futuro clássico. Há algo de especial na história, na forma como mexe com os espectadores, como deixa os críticos inquietos e curiosos. É como se um diamante fosse descoberto. Nesta lista, filmes excepcionais e especiais dos últimos 30 anos, amados pela maioria dos cinéfilos mundo afora. Os filmes desta seleção marcaram o cinema das últimas décadas e vai marcar você. Destaque para “Assunto de Família”, de 2018, de Hirokazu Koreeda; “Me Chame Pelo Seu Nome”, de 2017, Luca Guadagnino; “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, 2008, de Christopher Nolan. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Assunto de Família (2018), Hirokazu Koreeda
Quando Osamu Shibata e seu filho encontram a pequena Yuri, de cinco anos, nas ruas, com frio e morrendo de fome em uma noite de inverno, eles a levam para casa para alimentá-la. Osamu tem intenção de procurar por seus parentes e devolvê-la logo em seguida. Mas rapidamente a família se apega e Yuri se torna integrante da casa dos Shibata. A menina também vira companheira nas sessões de furtos diários em lojas.
Me Chame pelo Seu Nome (2017), Luca Guadagnino
Ambientado no verão de 1983, no norte da Itália, o filme percorre semanas ensolaradas nas quais o mundo de Elio é transformado. Arrogante e sofisticado, embora transpareça uma ingênua insegurança, Elio e seus pais não convencionais se preparam para receber Oliver, um aluno de pós-graduação que irá trabalhar durante o verão com o pai do adolescente, que é professor. Bonito e confiante, a forma como Oliver preenche os ambientes por onde passa deixa Elio completamente apaixonado.
Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), Christopher Nolan
Coringa ascende em Gotham como um dos mais aterrorizantes criminosos de todos os tempos, após um assalto a banco impressionante. O caos toma conta das ruas da cidade, que está dominada por criminosos que lutam pela supremacia. Os olhos dos cidadãos estão sobre o promotor público, Harvey Dent, que promete dar um fim ao crime organizado. Outro farol de esperança em Gotham é o tenente Jim Gordon, um policial honesto que trabalha em parceria com Batman. Quando Coringa é incumbido pelo sindicato do crime de assassinar Batman, Bruce Wayne decide investir sua influência financeira em Harvey Dent.
Meninas Malvadas (2004), Mark Waters
Cady acaba de se mudar para o subúrbio de Illinois, após viver 12 anos na África e receber educação escolar em casa. No ensino médio, nos Estados Unidos, faz amizade com Janis e Damien, que a alerta que ela deve manter distância do trio As Poderosas, formado por Gretchen, Karen e a líder, Regina George. Mesmo com os avisos, Cady decide conversar com as garotas no intervalo da aula e é convidada para integrar o grupo, responsável por espalhar boatos, fofocas e difamações sobre os alunos e professores no colégio.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004), Michel Gondry
O solitário Joel finalmente encontra o amor ao conhecer Clementine, uma jovem problemática com medo de se apegar emocionalmente. Quando o relacionamento entre eles começa a ficar turbulento, Clementine decide contratar um serviço chamado “Lacuna”, que irá apagar as memórias que possuem Joel. Ao saber que Clementine realizou o procedimento, ele também contrata a empresa para apagá-la de sua mente.
Diário de uma Paixão (2004), Nick Cassavetes
Em um verão na Carolina do Norte, nos anos 1940, Noah conhece Allie, por quem se apaixona perdidamente. Após viverem um romance tórrido, a família da jovem descobre e a afasta de Noah. Ambos são separados por um abismo social, já que Allie é de família rica e Noah é um pobre operário. Anos depois, o casal se reencontra e tem a oportunidade de reviver seu grande amor.
A Viagem de Chihiro (2001), Hayao Miyazaki
Chihiro está a caminho de mudança para uma nova casa no subúrbio. Quando o pai pega um caminho diferente e para em outra cidade, Chihiro não tem um bom pressentimento. Eles entram em uma casa vazia com uma mesa farta. Os pais de Chihiro decidem comer, enquanto ela sai para explorar a cidade. No caminho, encontra Haku, um menino que a alerta para fugir o mais rápido possível. Quando Chihiro volta para encontrar os pais, eles se transformaram em porcos gigantes.
O Profissional (1994), Luc Besson
Matilda é uma menina de 12 anos que abandonou a escola e vive com sua família disfuncional. Um dia, o traficante Norman Stransfield e sua quadrilha assassinam o pai e toda a família de Matilda em um acerto de contas. Ela, que havia se escondido, testemunhou o crime. Matilda é amparada pelo vizinho, Léon, um assassino de aluguel. Antes da chegada da adolescente, ele vivia sozinho e infeliz em seu apartamento, na companhia de uma planta. Ao descobrir que Léon mata pessoas, a menina diz estar apaixonada por ele e pede sua ajuda para se tornar assassina e vingar a morte da família.
A Lista de Schindler (1993), Steven Spielberg
O empresário Oskar Schindler chega à Cracóvia em 1939, disposto a fazer fortuna com a Segunda Guerra Mundial, que acaba de começar. Após ingressar no partido nazista, principalmente por conveniência política, ele abastece sua fábrica com trabalhadores judeus por razões pragmáticas semelhantes. Quando a SS começa a exterminar judeus no gueto de Cracóvia, Schindler consegue proteger seus trabalhadores para manter sua fábrica em operação, mas logo percebe que, ao fazer isso, ele também está salvando vidas inocentes.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993), Steven Spielberg
Em uma pequena ilha existe uma reserva animal incomum chamada de Jurassic Park. Operado pelo amante de dinossauros John Hammond, o parque inclui espécies de dinossauros, clonados a partir de fragmentos de DNA encontrados em mosquitos. Quando a fisiologia e comportamento das criaturas sai do planejado, Hammond é forçado a convocar especialistas para descobrirem o que está acontecendo. No parque, os cientistas contratados ficam surpresos com a grandiosidade do experimento. Não demora, porém, para que o espanto se transforme em horror.
Informações Revista Bula
A vida nem sempre é como se nos apresenta. A alegação pode soar como um delirante paradoxo, uma teratologia um tanto perigosa, mas o fato é que cenários em que nada se mostra da forma como se compõe na essência são muito mais recorrentes do que gostaríamos, e geralmente vêm à tona na pele de personagens cuja índole já pende para o incomum, para o irregular, para o anormal, desencadeando os diversos anticlímax da história em subtramas plenas de obsessão e psicopatologia.
Os thrillers psicológicos são o ai-jesus do cinema justamente por seu caráter pleno de mistério, de paranoia, de drama, permeados por doses homeopáticas de comédia, de crítica social e mesmo de romance — seja qual for o critério que se admita, se por faixa etária, escolaridade ou poder aquisitivo. Errando pelo mundo, o homem tenta não desistir da jornada árida da vida, por mais que se fira, que se escalavre, que vá restando um farrapo do que um dia já fora, o corpo e a alma aos pedaços. E a vida, felizmente, tem as suas inesperadas reviravoltas. Ao passo que vivemos, nos tornamos mais experientes e, por conseguinte, mais atentos para com as armadilhas ao longo do caminho. Mas e quando aquela pedrinha bem pequenininha, exatamente por sua natureza diminuta, nos leva ao chão e a gente demora mais do que imaginava para se levantar, rezando para que surja um viajante bondoso que nos dispense um minuto de atenção durante a trajetória e nos ajude, nos dê um gole d’água, por mais suspeito que pareça? Muitas vezes só nos resta mesmo aceitar a generosidade de estranhos e não deixar que eles percebam a nossa tão humana desconfiança. Duas pessoas que vivem por anos sob o mesmo teto podem muito bem não se conhecer verdadeiramente, e pior, passar uma à outra a falsa impressão de que tudo corre como ouro sobre azul, de que o amor continua a ser o fundamento que as faz permanecer unidas — sendo que a própria vida já se encarregou de mexer seus pauzinhos e aprontar das suas, a exemplo do que se vê em “1922” (2017), dirigido por Zak Hilditch, e também em “Rua Cloverfield, 10” (2016), de Dan Trachtenberg, que igualmente põe à prova os muitos sentimentos — e as muitas incongruências — das relações humanas. Esses e mais oito títulos, todos na Netflix, fazem da nossa lista um farol no mar revolto das histórias de suspense. Não embarque em canoa furada e aporte em terra firme com a gente.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
O Diabo de Cada Dia (2020), Antonio Campos
O Meio-Oeste americano até parece o cenário perfeito para as narrativas de desintegração moral, violência, tragédia, caos, com seus personagens cheios de uma pretensa sabedoria cósmica advinda da mãe natureza, que na verdade, não quer perfilhar ninguém, muito menos o homem, que com o avançar dos anos tem se empenhado a degradá-la com mais e mais requinte. É o que se apreende das produções dos veteranos irmãos Coen e mais recentemente de um diretor que (ainda) passa ao largo do público e boa parte da crítica, mas cujo trabalho sem dúvida merece ser conhecido e admirado. Em “O Diabo de Cada Dia”, Antonio Campos se fixa nessa premissa a fim de contar uma história que degenera em caminhos tortuosos para um veterano da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o filho dele, um reverendo implicado em casos de abuso sexual e um casal de assassinos em série nos anos 1950. Donald Ray Pollock, o próprio autor do livro a partir do qual o roteiro se desenrola, serve de narrador à trama. Pollock, um ex-operário e ex-motorista de caminhão em Knockemstiff, Ohio, deixou as funções que desempenhava aos cinquenta anos, quando conseguiu publicar “O Mal Nosso de Cada Dia”, em 2011. Campos sabe onde se meteu. Donald Ray Pollock está para Antonio Campos como Cormac McCarthy para os irmãos Coen: os três diretores bebem da fonte dos romancistas, cujas obras tratam da falta de rumo do homem, cada vez mais perdido e cada vez mais selvagem. Pode-se tentar desqualificar Campos sob o argumento de ser ele um mero adaptador de uma história cuja profundidade não alcança. Grosso engano. Seu cuidado na escolha dos atores, muito bem ambientados na aridez — metafórica e real — do coração da América (para não mencionar outra vez a assertividade do livro em que seu filme se baseia), são predicados justos o bastante quanto a capacitá-lo como um diretor, no mínimo, aplicado. Antonio Campos tem muita bala no tambor.
A Ligação (2020), Lee Chung-hyun
Que o cinema sul-coreano vai muito bem, obrigado, ninguém pode negar. Essa tendência tem se cristalizado desde 2019 com o lançamento de “Parasita”, para o bem-estar do mercado e a felicidade do respeitável público. “A Ligação” reúne mistério, ação e uma boa pitada de elementos sobrenaturais para deixar o espectador de cabelo em pé e com a pulga atrás da orelha. Este é “o” filme para quem topa fazer algumas concessões à lógica e ficar preso no sofá.
Oferenda à Tempestade (2020), Fernando González Molina
Última parte da trilogia passada na cidade espanhola de Baztán e inspirado no romance de mesmo nome de Dolores Redondo, “Oferenda à Tempestade”, dirigido por Fernando González Molina, que antecede “O Guardião Invisível” (2017) e “Legado nos Ossos” (2019), conta a saga de Amaia, a inspetora de polícia incumbida de averiguar os eventos macabros que se sucedem no vilarejo por cuja ordem é responsável, em que bebês são mortos num ritual satânico. Quanto mais se enfronha na história, mais Amaia se convence de que a motivação para os crimes em Baztán não remonta a propósitos ditos religiosos, mas a questões que envolvem poder, dinheiro e os desdobramentos em que um e outro inexoravelmente implicam.
Calibre (2018), Matt Palmer
Fins de semana entre amigos são um tiro no escuro: na segunda-feira, pode-se voltar com as baterias recarregadas, pronto para mais sete dias de trabalho duro, ou, devido à frustração de se conhecer verdadeiramente a pessoa a quem tomamos como um irmão, sofrer um desapontamento forte o bastante para marcar de modo nefasto a lembrança. Nas horas vagas, Marcus se dedica à caça como hobby, prazer que quer de que Vaugh também desfrute. O pequeno vilarejo no interior da Escócia em que passam momentos de descanso é o cenário ideal para que Marcus dê a Vaugh suas lições elementares de tiro. Tudo corre bem e a caçada tem início. O primeiro alvo é dos bons, um animal de porte avantajado. Um tiro é disparado, mas o bicho escapa. Mesmo assim, estão certos de que a bala teve algum outro destino e agora o que resta aos dois é se livrar de problemas com a lei.
Legado nos Ossos (2019), Fernando González Molina
Ao desvendar a identidade de um assassino em série de bebês, sacrificados a fim de dar azo a ritos demoníacos, em “Legado nos Ossos”, o diretor Fernando González Molina continua a sobrecarregar sua mocinha na trilogia começada com “O Guardião Invisível” (2017). Aqui, Amaia se defronta com enigmas possivelmente relacionados às mortes solucionadas antes, e corrobora o que seu instinto policial já lhe havia confidenciado: tudo ainda resta muito nebuloso.
O Guardião Invisível (2017), Fernando González Molina
Na primeira edição da franquia de três produções, o público conhece a inspetora Amaia, policial que tenta concluir uma missão complexa. A protagonista de “O Guardião Invisível” (2017), dirigido pelo espanhol Fernando González Molina, tem de prender um homicida cruel, celebrizado pelo sacrifício de bebês em cerimônias de magia negra. Para tanto, a heroína da trama é obrigada a voltar a Baztán, sua cidade natal, e se confrontar com seus próprios demônios, que imaginava exorcizados.
Águas que Corroem (2017), Jennifer McGowen
O deslocamento aparentemente fácil de uma universitária por uma trilha torna-se uma prova de fogo quando a garota erra o caminho e se perde numa mata cerrada. O cenário se apresenta especialmente perigoso no momento em que ela dá de cara com dois bandidos tentando fugir da polícia. A fim de continuar viva, a estudante terá de se provar mais safa que seus novos adversários e se valer do que sabe a respeito da floresta, que vira um grande labirinto, repleto das armadilhas mais impensáveis.
1922 (2017), Zak Hilditch
Arlette herda um pedaço de terra de seu falecido pai e quer vendê-lo, bem como a propriedade de seu marido. Wilfred não concorda com a esposa e acaba resolvendo matá-la, ajudado pelo filho do casal, Henry. A trama, mais uma boa adaptação de um thriller do escritor Stephen King, toca em pontos delicados, a exemplo de casamentos que se prolongam além da conta, por puro comodismo de parte a parte, e acabam redundando em finais como o que se vê nessa história, cheia de anticlímax e detalhes que, de tão sutis, podem passar despercebidos ao espectador mais afoito. Aprecie sem pressa.
Rua Cloverfield, 10 (2016), Dan Trachtenberg
Depois de um grave acidente de carro, uma jovem acorda no porão de um desconhecido. O homem diz tê-la salvado de um ataque químico que arrasou todo o mundo, o que a obriga a ficar isolada com ele. A garota não acredita na história e tenta se libertar, mas isso implicaria em experimentar situação muito mais perigosa do que permanecer refém de quem a teria ajudado a escapar da morte. Cada vez mais confusa, ela tem de decidir se sua liberdade vale tamanho risco.
Ecos do Além (1999), David Koepp
Tom Witzky, chefe de família trabalhador, alheio a altercações sobre política, desconhecedor do que acontece no meio cultural e muito ligado ao filho e carinhoso para com a mulher — ou seja, o típico americano tranquilo —, tem como único momento de respiro a interação com os amigos próximos. Numa das raras festas de que participa, ele concorda em se submeter ao exercício de hipnose proposto pela cunhada, Isa. A brincadeira logo degringola para uma sucessão de delírios que o assaltam violentamente, despertando nele uma ânsia por autoconhecimento.
Informações Revista Bula
Segundo a agência, houve “desistência da proponente em prosseguir com o projeto na Chamada Pública”
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) encaminhou para arquivamento o projeto de lançamento comercial do filme Marighella, de Wagner Moura.
O órgão apontou que houve “desistência da proponente em prosseguir com o projeto na Chamada Pública.” As informações são do portal UOL.
Em nota, a Ancine afirmou que o filme “está em fase de contratação na chamada de Fluxo Continuo de Cinema para produção da obra”, o que impediu que o pedido de comercialização fosse acatado.
A agência também disse entender que “não há que se falar em opção de investimento em comercialização, já que a obrigação de apresentar a proposta ainda não existe”.
O texto informou ainda que a área técnica do órgão procurou a SM Distribuidora de Filmes, que revelou o adiamento do lançamento comercial e a desistência da inscrição no projeto de investimento em comercialização.
Marighella foi rodado em 2018, estreando em fevereiro de 2020 no Festival de Berlim. Nos Estados Unidos, a produção chegou aos cinemas em 30 de abril de 2021.
No Brasil, uma estreia tinha sido planejada para 2019, mas a data acabou adiada por questões burocráticas. Outra data de estreia estaria prevista para novembro.
O primeiro filme dirigido por Wagner Moura conta a história de Carlos Marighella, deputado cassado que se tornou guerrilheiro durante o regime militar.
Informações Pleno News
Além do retorno de Valéria, plataforma aposta em novas produções como Beckett e Vingança Sabor Cereja
A Netflix aposta em novas produções para o fim de semana entre 13 a 15 de agosto. O período conta com novidades como Vingança Sabor Cereja, Beckett e Desaparecido para Sempre.
Entre os retornos, o mais famoso é o da série Valéria. A produção chega com a segunda temporada na plataforma de streaming.
Como é típico, o serviço também tem atrativos para o público infantil. Nesse caso, a nova temporada de O Clube das Winx.
Confira abaixo os lançamentos da Netflix para o fim de semana entre 13 a 15 de agosto.
No começo dos anos 1990, uma cineasta chega a Hollywood para realizar um filme, mas acaba entrando em um labirinto psicodélico de sexo, magia, vingança e… gatinhos. Com Rosa Salazar, Catherine Keener, Eric Lange, Jeff Ward e Manny Jacinto.
Dez anos depois de perder as duas pessoas que mais amava, Guillaume Lucchesi se envolve em mais um mistério quando a namorada desaparece sem deixar rastros.
Após o assassinato do companheiro de partido, um pastor assume a candidatura presidencial da Argentina. Só que, de santo, ele não tem nada.
Quatro amigas encontram apoio e incentivo umas nas outras quando precisam tomar decisões importantes que afetarão suas vidas profissionais e amorosas.
Após um trágico acidente de carro na Grécia, Beckett (John David Washington), um turista americano, acaba no centro de uma perigosa conspiração política e vira um fugitivo para tentar salvar a própria vida.
Tony é sequestrado por traficantes de armas russos, e os Espiões do Asfalto fazem de tudo para resgatar o amigo e impedir um plano para conquistar o mundo.
Duas mulheres presas em uma vida de luxo, segredos e mentiras decidem ser felizes – custe o que custar.
Os animais encantados estão sob ameaça. Agora as Winx precisam viajar por todo o universo mágico para salvá-los e manter o mundo em equilíbrio.
Depois de passar pela “síndrome da puberdade”, Sakuta encontra garotas que ainda estão nessa fase, incluindo a irmã Mai.
Um acidente obriga uma princesa arrogante a depender do porteiro e ver a vida com outros olhos.
Grace escapa da edução rígida e vai para faculdade. Mas, sua nova vida é ameaçada por forças demoníacas que querem dominá-la.
A Netflix pode alterar as datas de lançamentos.
Informações Observatório do Cinema
A atriz acusa a Disney de cometer quebra de contrato ao lançar o filme no streaming
Via Portal Metrópoles
A atriz Scarlett Johansson está processando a Disney por causa do lançamento do filme Viúva Negra no serviço de streaming Disney+. A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal nesta quinta-feira (29).
A equipe de Scarlett Johansson alega que a Disney estaria quebrando o contrato com a atriz ao disponibilizar o filme no streaming ao mesmo tempo em que foi lançado nos cinemas. Por meio do Premier Access, o longa pode ser visto pelo preço de R$ 69,90.
Entenda o caso
Segundo a reportagem do The Wall Street Journal, o lançamento de Viúva Negra no streaming, ao mesmo tempo em que entrou em cartaz nos cinemas, prejudicaria a renda de Scarlett Johansson. Isso porque no acordo entre a atriz e a Disney, parte do salário dela viria da bilheteria do longa.
“A Disney, intencionalmente, induziu a Marvel a uma quebra de acordo, sem justificativa, impedindo que a Sra. Johansson ganhe todos os benefícios de seu contrato com a Marvel”, diz trecho do processo. A Disney não se pronunciou sobre o caso.
Para a equipe da estrela, casos desse tipo devem se repetir, à medida que os streamings crescem no mercado.
“Certamente, este não será o único caso no qual estrelas de Hollywood vão se contrapor a Disney e deixar clara suas posições, independentemente do que a empresa tenha como planos, existe a obrigação legal de cumprir o contrato”, disse John Berlinski, um dos representantes de Johansson no processo.
Informações Bahia.ba
Se você curte filme que te deixa nervoso, se segurando na cadeira do cinema (ou no sofá ), quase sem fôlego com cada cena, esta lista provavelmente vai te agradar. Separamos 29 filmes de suspense, entre mais recentes e clássicos, e fica aqui a pergunta para os fãs do gênero: vocês já viram todos esses?
A lista abaixo não segue nenhuma ordem classificatória.
Título original: Shutter Island
Ano: 2010
Diretor: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Rufallo, Ben Kingsley e Michelle Williams
Esse suspense psicológico neo-noir acompanha o agente federal Edward “Teddy” Daniels (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro (Mark Ruffalo) em uma missão na perigosa unidade psiquiátrica em Shutter Island, uma instituição para onde são mandados criminosos de alto risco considerados loucos.
A investigação gira em torno do desaparecimento da paciente/prisioneira Rachel Solando, acusada de matar seus três filhos afogados. O mistério está no fato de ninguém nunca ter conseguido fugir do local até o momento. Mas Teddy tem ainda outro motivo para aceitar a missão. O assassino de sua esposa também está preso em Shutter Island.
Um filme de tirar o fôlego do espectador, o longa surpreende a cada minuto, traz algumas cenas chocantes e nos deixa o questionamento sobre o que é ou não real. Está disponível na Netflix e na Amazon Prime Video.
Título original:Durante la Tormenta
Ano: 2018
Diretor: Oriol Paulo
Elenco: Adriana Ugarte, Álvaro Morte, Chino Darín e Javier Gutiérrez
Vera Roy é uma mulher feliz. Casada e mãe de uma menina, levava uma vida tranquila em sua casa, até que uma misteriosa interação faz com que ela tenha acesso ao passado. Quando ela descobre que uma criança que viveu em sua casa há 25 anos corria perigo, ela decide agir e a salva.
Contudo, sua ação causou uma reação em cadeia que mudou todo o seu presente, e ela agora se vê em uma realidade na qual já não tem mais sua família, ainda que ela guarde as memórias de sua realidade anterior.
Este filme surpreendeu os espectadores com seu suspense psicológico e seu roteiro bem construído, com uma trama que consegue levar com coesão a história em duas diferentes épocas, uma conclusão amarrada e reviravoltas. Disponível na Netflix.
Título original: Rear Window
Ano: 1954
Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco: Grace Kelly, James Stewart, Thelma Ritter, Raymond Burr e Georgine Darcy
Uma vez que Hitchcock é um dos grandes mestres do cinema de suspense, são várias as obras do cineasta que poderíamos citar aqui. Mas a escolhida foi Janela Indiscreta. O longa acompanha o fotógrafo L. B. “Jeff” Jefferies, que, após um acidente de carro que lhe deixou com a perna quebrada, acaba preso temporariamente a uma cadeira de rodas, em seu apartamento em Nova York.
Sem muito mais para fazer, ele passa a se entreter observando seus vizinhos por sua janela. A trama se desenrola quando o protagonista desconfia de que seu vizinho tenha assassinado a esposa, e tenta achar meios de investigar.
Considerado por muitos críticos e estudiosos o melhor filme de Hitchcock e uma das melhores produções de cinema já feitas, Janela Indiscreta recebeu 4 indicações ao Oscar. Além de ter figurado na 42ª posição da lista 100 Anos… 100 Filmes do American Film Institute, em 1998, também foi adicionado ao National Film Registry na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos como “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”.
Título original: Searching
Ano: 2018
Diretor: Aneesh Chaganty
Elenco: John Cho, Debra Messing, Michelle La, Sara Sohn e Alex Jayne Go
Extremamente elogiado pela crítica, que chegou a dizer que o filme tem “Níveis de suspense Hitchcock”, Buscando… aborda a procura desesperada de um pai por sua filha desaparecida.
Em busca de pistas sobre seu paradeiro, o protagonista descobre novas informações que a jovem de 16 anos revelou nas redes sociais. O longa, inclusive, foi filmado a partir do ponto de vista de smartphones e webcams de computadores.
Primeiro suspense hollywoodiano protagonizado por um ator asiático-americano, o filme estreou no Sundance Film Festival, e surpreendeu positivamente os críticos e a audiência. Com diferentes reviravoltas, leva o espectador a diferentes conclusões, até que a resposta final surpreenda a todos.
Título original: Mystic River
Ano: 2003
Diretor: Clint Eastwood
Elenco: Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laurence Fishburne, Marcia Gay Harden e Laura Linney
As vidas de três amigos de infância voltam a se chocar quando um deles tem a filha assassinada, o outro é o policial encarregado de investigar o caso, e o terceiro é um possível suspeito do crime.
Conforme as investigações se aprofundam, dolorosas lembranças e segredos do passado dos personagens vão vindo à tona, informações que o trio preferia nunca mais ter que relembrar, mas a caçada ao assassino prossegue.
Um sucesso de crítica, o filme recebeu 6 indicações ao Oscar, ganhando nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante. Já no Globo de Ouro, o longa levou 2 estatuetas das 5 às quais foi indicado, também de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante. No Festival de Cannes, por sua vez, Clint Eastwood levou o prêmio de Melhor Diretor.
Título original: Contratiempo
Ano: 2017
Diretor: Oriol Paulo
Elenco: Mario Casas, Bárbara Lennie, Ana Wagener, José Coronado e Paco Tous
Mais uma das obras do diretor Oriol Paulo, que vem crescendo no cenário do cinema de suspense, Um Contratempo acompanha Adrian Doria, um homem bem sucedido nos negócios, com uma bela esposa e uma filhinha. Mas nem tudo é tão perfeito quanto parece. Adrian tem uma amante, e certo dia ele acorda em um quarto de hotel e a encontra morta no banheiro.
Sem se lembrar do que aconteceu, ele vê sua vida ser exposta na busca pelo responsável por esse crime. Mas a resolução não será fácil. O assassino não deixou pistas e o quarto estava trancado por dentro e sem sinais de arrombamento. Para tentar se salvar, Adrian contrata a melhor advogada de defesa da Espanha, Virginia Goodman.
Mais uma das obras de Paulo elogiadas pela crítica, Um Contratempo foi destacado por críticos como uma obra que bebe da mesma fonte de produções de Hitchcock e Agatha Christie, no que condiz a tramas que retratam o crime perfeito. Inúmeras reviravoltas guiam o espectador a diferentes conclusões, apenas para ser completamente surpreendido no final. Disponível na Netflix.
Título original: Memento
Ano: 2001
Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Guy Pearce, Carrie-Anne Moss, Joe Pantoliano e Stephen Tobolowski
Um homem tenta vingar o assassinato de sua esposa, contudo tem um grande obstáculo a sua frente: ele sofre de amnésia anterógrada, condição que o impede de adquirir novas memórias. Ainda assim, ele prossegue com a investigação e a iminente vingança.
Com roteiro e direção de Christopher Nolan (A Origem), o filme tem início com duas sequências de cenas diferentes. A primeira é apresentada em uma estética em preto e branco e conta a história de forma cronológica. A segunda, em cores, narra os acontecimentos na ordem contrária, até o momento em que as duas sequências se encontram em uma trama só, dando as respostas tão esperadas pelo espectador.
Um sucesso entre críticos e audiência, o filme recebeu duas indicações ao Oscar (Melhor Edição e Melhor Roteiro Original) e uma ao Globo de Ouro (Melhor Roteiro). Disponível na Amazon Prime Video.
Título original: Get Out
Ano: 2017
Diretor: Jordan Peele
Elenco: Daniel Kaluuya, Allison Williams, Bradley Whitford, Caleb Landry Jones, Stephen Root
Chris é um fotógrafo negro que está namorando uma bela mulher branca, Rose. Os dois se preparam para que o jovem seja apresentado à família da moça pela primeira vez, mas ele está receoso de que os pais de sua namorada não saibam que ele é negro e não aprovem o relacionamento.
Os pais de Rose, o neurocirurgião Dean e a hipnoterapeuta Missy, são muito receptivos com Chris, mas há algo de muito estranho nessa casa. Os empregados da casa – negros – por vezes demonstram atitudes que não parecem fazer sentido. Em uma reunião no jardim da família, Chris reconhece um jovem negro que estava supostamente desaparecido, mas ele não o reconhece e se apresenta como outra pessoa. Quando Chris fotografa o jovem usando flash, porém, ele parece mudar de personalidade e apenas grita para Chris fugir.
Um filme poderoso, que prende o espectador a cada cena, e aborda temas importantes de uma forma inusitada. Cheio de simbolismos, Peele dá pequenas pistas do final da trama em diversas cenas, mas só conseguimos entender tudo o que se passa na conclusão do filme.
Título original: Se7en
Ano: 1995
Diretor: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey e John C. McGinley
Seven acompanha dois policiais, o jovem David Mills e o maduro e prestes a se aposentar William Somerset. A dupla acaba se unindo para investigar um perigoso assassino em série que tem escolhido suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais, deixando sempre sinalizado na cena do crime a qual pecado aquela vítima estava relacionada.
Mas a investigação pode se tornar cada vez mais pessoal conforme os policiais vão se aproximando de descobrir a identidade do assassino, e o final pode surpreender bem os expectadores.
Uma das produções mais importantes da filmografia de Fincher, Seven marcou seu lugar na história do cinema, com frases usadas até hoje em outras produções. O longa ainda foi indicado ao Oscar de Melhor Edição, ao BAFTA de Melhor Roteiro Original e ao MTV Awards de Melhor Dupla para Brad Pitt e Morgan Freeman. Disponível na Netflix.
Título original: Gisaengchung
Ano: 2019
Diretor: Bong Joon-ho
Elenco: Song Kang-ho, Jang Hye-jin, Choi Woo-shik, Park So-dam, Lee Sun-kyun, Cho Yeo-jeong
O grande campeão da temporada de premiações do cinema em 2020 não poderia ficar de fora desta lista. Parasita foi indicado a 6 Oscars e venceu em 4 categorias, incluindo as de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. A produção sul-coreana ainda conquistou 2 BAFTAs, o Critics’ Choice Movie Award de Melhor Filme Estrangeiro, e o Palme D’Or no Festinal de Cinema de Cannes.
A trama acompanha a família Ki-taek, que tenta sobreviver na Coreia do Sul em deploráveis condições em meio ao desemprego. Quando o filho da família acaba conseguindo um emprego na mansão de uma rica família, os Ki-taek criam um plano para se infiltrar na fascinante e luxuosa vida dessas pessoas.
Mas há mais por trás de cada um dos personagens, são muitos os segredos e mentiras que acabarão por se revelar quando as coisas começam a dar errada para cada um dos núcleos do filme.
Título original: The Silence of the Lambs
Ano: 1991
Diretor: Jonathan Demme
Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Glenn, Ted Levine
Quando a jovem estagiária do FBI precisa investigar um assassino em série conhecido como Buffalo Bill, ela toma uma decisão arriscada: pedir ajuda ao prisioneiro Hannibal Lecter, um brilhante psiquiatra e um assassino canibal em série.
O doentio comportamento de Hannibal e a forma como ele tenta explorar a mente e a linha de pensamento de outro assassino em série agradou ao público e à crítica, junto às cenas de ação e tensão que estão por todo o longa.
O filme se consagrou na história do cinema como a terceira produção a conquistar o Oscar nas cinco categorias principais: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado. Disponível na Amazon Prime Video.
Título original: A fall from Grace
Ano: 2020
Diretor: Tyler Perry
Elenco: Crystal Fox, Phylicia Rashad, Bresha Webb, Cicely Tyson, Tyler Perry
Este filme chamou a atenção dos espectadores com as reviravoltas que um caso de suposto assassinato toma no decorrer de sua investigação. A trama acompanha a defensora pública Jasmine Bryant e sua cliente, Grace Waters, acusada de assassinar seu marido Shannon.
Embora o corpo do homem nunca tenha sido encontrado, as evidências parecem apontar que Grace é culpada, como registros telefônicos, informações sobre o relacionamento abusivo que Shannon passou a ter com Grace, e até mesmo um roubo feito pelo homem.
Mas há mais por trás de tudo isso? Onde está o corpo de Shannon? Quem mais pode estar envolvido na situação? O que realmente aconteceu entre o casal? Disponível na Netflix.
Título original: Dragonfly
Ano: 2002
Diretor: Tom Shadyac
Elenco: Kevin Costner, Susanna Thompson, Alison Lohman, Kathryn Erbe, Linda Hunt, Kathy Bates
Quando o médico especialista em traumas Joe Darrow descobre que sua esposa faleceu, ele cai em um luto profundo, que tenta compensar trabalhando em plantões de 20 horas. Também médica, Emily Darrow havia partido em uma missão beneficente em uma montanha na Venezuela. E o casal havia discutido antes da viagem.
Seis meses após a morte de Emily, seu corpo ainda não foi encontrado. Quando Joe finalmente cumpre a promessa que fez à esposa de ir visitar os jovens pacientes oncológicos os quais ela tratava, ele se surpreende com a quantidade de informações que as crianças sabiam dele. Mais de uma vez, uma das crianças que tinha tido uma experiência de quase morte revelava a Joe ter sonhado com Emily, e passavam a desenhar um estranho símbolo.
Rodeado de outros fenômenos inexplicáveis, Joe tenta desvendar o que as informações que está recebendo significam. O longa é um suspense para aqueles que também curtem uma trama dramática.
Título original: Split
Ano: 2017
Diretor: M. Night Shyamalan
Elenco: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Betty Buckley
Três adolescentes são sequestradas por um homem com 23 personalidades. Em sua mente instável, as personalidades estão sentadas em cadeiras, esperando seu momento de controlar o corpo. Agora, as garotas tentam compreender as diferentes personalidades dele, em uma forma de fazer amizade com uma delas para fugirem.
Uma criança, uma mulher, um homem violento. Todas as personalidades e Kevin parecem em conflito, mas também tentam ajudá-lo a superar os abusos que sofreu quando criança. O perigo cresce ainda mais quando a personalidade conhecida como “a Besta” assume o controle, desenvolvendo inclusive força, velocidade e resistência sobrenaturais.
O filme foi muito bem recebido pela audiência e teve críticas positivas. Revelado como uma espécie de sequência do longa de 2000 Corpo Fechado, também de Shyamalan, Fragmentado foi seguido ainda pelo filme Vidro, que uniu os personagens das duas produções anteriores.
Título original: Don’t Say a Word
Ano: 2001
Diretor: Gary Fleder
Elenco: Michael Douglas, Brittany Murphy, Sean Bean, Famke Janssen
O psiquiatra Nathan Conrad atendeu ao pedido de ajuda de um colega de trabalho para examinar uma jovem paciente chamada Elisabeth Burrows. Embora ela esteja em estado catatônico e prestes a ser enviada para um hospício, Nathan percebe que há mais por trás do quadro de saúde da garota.
Contudo, o envolvimento com a nova paciente faz com que o médico seja alvo de um criminoso, que sequestra sua filha ainda criança e, em troca da menina, exige informações sobre um diamante roubado, dados que apenas a paciente Elisabeth guarda em sua mente.
Agora, Nathan precisa correr contra o tempo para conseguir compreender sua paciente e convencê-la a ajudá-lo, tentar salvar sua filha e ainda proteger Elisabeth. Disponível na Amazon Prime Video.
Título original: Who Am I: Kein System ist sicher
Ano: 2014
Diretor: Baran bo Odar
Elenco: Tom Schilling, Elyas M’Barek
Aqueles que já assistiram à aclamada série Dark, sabem que Baran bo Odar preza por tramas complexas, que prendem o espectador à tela e que trazem inúmeras reviravoltas. Neste filme, o diretor alemão apresenta a história de Benjamin Engel, um jovem hacker.
Em seus tempos de escola, Benjamin se sentia invisível, mas conforme entra no mundo dos hackers, vê essa característica quase como um super poder. A trama se desenrola quando o jovem está em uma sala de interrogatório da Europol, e diz ter informações sobre um famoso grupo de hackers ligado à máfia cibernética russa e sobre um famoso hacker conhecido como MRX.
A partir daí, as cenas e os plot twists são de tirar o fôlego, conforme novas informações sobre esse universo dos hackers vão sendo desvendadas.
Título original: Minority Report
Ano: 2002
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Tom Cruise, Colin Farrell, Samantha Morton, Max von Sydow
Em 2054, a chamada polícia PreCrime de Washington conseguiu acabar com os assassinatos na cidade a partir do uso de três humanos que sofreram mutações e se tornaram capazes de prever crimes que aconteceriam no futuro. Os chamados Precogs revelam à polícia a identidade dos assassinos em potencial, que são investigados e, caso sejam julgados culpados, são presos em uma realidade virtual feliz.
Perante o sucesso da prática, o Governo Federal está prestes a adotar o programa em todo o país. Mas algo inesperado acontece: os Precogs preveem que o capitão PreCrime John Anderton vai assassinar alguém em 36h. Sem conhecer sua suposta vítima, mas sabendo que será alvo de perseguição, Anderton foge.
Ao descobrir que um dos PreCogs, às vezes, tem uma visão diferente dos demais, o chamado “relatório minoritário”, Anderton tenta recuperar essas informações para provar sua inocência. Mas há bem mais por trás de todo esse sistema. Disponível na Netflix e na Amazon Prime Video.
Título original: Bridge of Spies
Ano: 2015
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Mark Rylance, Amy Ryan, Alan Alda
A trama deste filme acompanha o advogado James B Donovan. Especializado em seguros, Donovan acaba assumindo um caso bem diferente do seu trabalho habitual. Ele vai defender Rudolf Abel, um espião soviético capturado pela inteligência americana.
Quando o advogado se torna uma parte fundamental das negociações dos Estados Unidos e da União Soviética, ele acaba ainda ficando responsável por fazer um acordo de troca, em plena Berlim Oriental: Abel em troca do piloto americano Francis Gary Powers, capturado em território soviético.
A tensão política e militar, o jogo de poder e as dúvidas sobre em quem confiar garantem toda a emoção dessa produção protagonizada pelo brilhante Tom Hanks.
Título original: The Beguiled
Ano: 2017
Diretor: Sofia Coppola
Elenco: Nicole Kidman, Elle Fanning, Kirsten Dunst, Colin Farrell, Angourie Rice, Addison Riecke
Este remake do filme de mesmo nome de 1971, contou mais uma vez a história do soldado ferido, durante a Guerra da Secessão, que encontra abrigo em um internato para mulheres, que vivem isoladas naquele local há anos. Quando ele começa a se envolver com mais de uma das moradoras, as coisas começam a sair do controle.
O que tem início como uma tensão sexual acaba se desenvolvendo em um drama de suspense cheio de momentos sinistros. O terror da guerra do qual o soldado fugia também assola aquela casa, tão marcada pelo isolamento, o silêncio e os segredos.
Em um mundo dominado por homens, esse soldado se vê em um universo dominado por mulheres. Trazendo a história para seu estilo de cinema, Coppola conquistou o prêmio de Melhor Diretora em Cannes com o longa.
Título original: The Bone Collector
Ano: 1999
Diretor: Phillip Noyce
Elenco: Denzel Washington, Angelina Jolie, Queen Latifah, Michael Rooker, Mike McGlone
Este clássico do suspense policial acompanha a investigação de um assassino em série que deixa uma espécie de assinatura em suas vítimas: ele remove ossos das pessoas mortas. Disfarçado de taxista, em Nova York, o assassino sequestra e mata brutalmente suas vítimas.
Para tentar solucionar o caso e prender o culpado, dois profissionais acabam criando uma parceria inesperada. Amelia é uma policial novata. Lincoln é um ex-perito criminalista que deixou suas funções após ficar tetraplégico.
Ainda assim, os dois conseguem trabalhar juntos, com Amelia indo a campo investigar a série de assassinatos, enquanto Lincoln a orienta por telefone. O filme conta com cenas fortes e momentos de deixar o espectador nervoso assistindo.
Título original: Prisoners
Ano: 2013
Diretor: Denis Villeneuve
Elenco: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Maria Bello, Paul Dano
Hugh Jackman vive um pai desesperado neste filme, após sua filhinha de seis anos e uma amiga serem raptadas. Embora o detetive Loki (Jake Gyllenhaal) lidere a investigação minuciosa, o pai decide não ficar parado e tentar resolver a situação por conta própria.
Primeiro trabalho nos Estados Unidos do agora já tão renomado diretor canadense Denis Villeneuve, o filme ganhou elogios da crítica especializada, que destacou a qualidade da trama e a atuação de Jackman, Gyllenhaal e Dano.
A forma realista como o assunto é abordado ainda consegue alertar os espectadores para esse tipo de crime, tão comum por todo o mundo, mostrando também o sofrimento dos parentes da outra menina sequestrada.
Título original: Ex Machina
Ano: 2015
Diretor: Alex Garland
Elenco: Domhnall Gleeson, Alicia Vikander, Oscar Isaac
Funcionário do maior motor de busca da internet, conhecido como Bluebook, o programador Caleb Smith foi selecionado para fazer uma visita à casa do CEO da empresa, Nathan Bateman. Um gênio excêntrico, ele vive em uma casa isolada nas montanhas.
Ao chegar lá, Nathan convida Caleb para testar uma robô humanoide com inteligência artificial, último invento do cientista. Embora Caleb esteja meio descrente sobre o teste, já que já daria início à interação com a robô sabendo que ela se trata de uma IA, o realismo da personalidade de Ava o pega de surpresa.
Caleb começa a criar uma certa afeição por Ava, e percebe que há algo de muito estranho naquela casa. Agora ele precisa descobrir um meio de salvar a robô de seu criador e um jeito de fugir do local. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original e conquistou o de Melhores Efeitos Visuais.
Título original: Fracture
Ano: 2007
Diretor: Gregory Hoblit
Elenco: Anthony Hopkins, Ryan Gosling, David Strathairn, Rosamund Pike
Após descobrir que sua esposa está tendo um caso, o genial arquiteto Ted Crawford cria um complexo plano para matá-la. Quando comete o assassinato, ele se entrega à polícia, mas, assim como planejou, não há outras provas que possam ser usadas para sua condenação.
É neste ponto em que o jovem promotor Willy Beachum acaba se envolvendo com a situação. Ambicioso, Willy ganhou a maioria dos casos em que trabalhou, e está prestes a aceitar um trabalho mais lucrativo no setor privado. Mas antes disso, precisa resolver esse assassinato, e o que parecia simples acaba se desenvolvendo para algo muito mais complicado.
Engenhoso, complexo e com algumas reviravoltas de tirar o fôlego, o longa agradou a crítica e os espectadores, que ainda destacaram as atuações de Hopkins e Gosling como um ponto alto da produção.
Título original: 10 Cloverfield Lane
Ano: 2016
Diretor: Dan Trachtenberg
Elenco: John Goodman, Mary Elizabeth Winstead, John Gallagher, Jr.
Após sofrer um acidente de carro, Michelle acorda em um porão desconhecido. O dono da casa, Howard, aparece e lhe conta que a salvou não apenas do acidente, mas também de um ataque químico que aconteceu no país, e que o subterrâneo é o único local seguro, uma vez que o ar agora é tóxico.
Pouco depois, ela descobre que há outro homem com eles. Conforme o tempo vai passando, contudo, ela se pergunta se Howard está contando a verdade ou se eles são vítimas de um sequestrador. As tentativas de fuga e o mistério sobre o que há lá fora dão o tom de suspense do filme.
Com produção de J.J. Abrams, o filme é parte da franquia Cloverfield, que teve início em 2008 com o longa de mesmo nome. Mas os filmes não são uma sequência um do outro, mas sim diferentes histórias que se passam no mesmo universo.
Título original: Fractured
Ano: 2019
Diretor: Brad Anderson
Elenco: Sam Worthington, Lily Rabe, Stephen Tobolowsky, Adjoa Andoh
Após sofrerem um acidente na estrada, que resulta com a pequena Peri ficando com seu braço machucado, seus pais correm para o hospital mais próximo. Na instituição, a mãe, Joanne, acompanha a filha para um exame. O pai, Ray, espera na recepção, onde acaba dormindo.
Quando acorda horas depois, Ray pergunta por sua esposa e sua filha, mas o hospital não tem nenhum registro delas, os médicos trocaram de turno, e a única enfermeira de que ele lembra conta que ele chegou ao hospital sozinho. Desesperado, Ray tenta investigar o que realmente aconteceu com sua família e entender porque o hospital está escondendo a verdade sobre elas.
Este suspense psicológico pegou os espectadores de surpresa com reviravoltas emocionantes. Ainda que tenha dividido a crítica, vale a pena para quem curte o gênero. Disponível na Netflix.
Título original: Desaparecida
Ano: 2018
Diretor: Alejandro Montiel
Elenco: Luisana Lopilato, Amaia Salamanca, Nicolás Furtado, Oriana Sabatini
Quando uma professora de uma prestigiosa escola em Buenos Aires decide fazer uma viagem de campo com cinco de seus alunos, tudo parecia correr bem com seu objetivo de estudar como a cidade de El Paraje havia se reconstruído após uma violenta erupção de um vulcão. Mas uma de suas alunas, Cornelia Villalba, acaba desaparecendo.
14 anos depois do ocorrido, o caso segue sem solução. Mas a investigação será retomada por uma das colegas da vítima. Presente na viagem, Pipa agora é uma detetive da divisão de pessoas desaparecidas, e vai encontrar mais informações conflituosas em torno do desaparecimento de sua colega do que imaginava.
Embora tenha recebido críticas mistas, o longa é capaz de entreter e instigar a curiosidade do espectador até o final, além de abordar um tema importante.Disponível na Netflix.
Informações Aficionados
A Netflix é a plataforma de streaming mais popular do mundo, com mais de 200 milhões de assinantes. A empresa, que começou a investir em conteúdo original há apenas oito anos, é hoje uma das maiores produtoras de Hollywood. Para os que ainda não possuem o serviço e estão em dúvida, a Bula reuniu em uma lista cinco filmes novos, de diferentes gêneros, que valem a assinatura. Entre os selecionados, destacam-se “A Escavação” (2021), de Simon Stone; “O Vazio do Domingo” (2018), de Ramón Salazar; e “A Sun” (2019), Mong-Hong Chung. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
A Escavação (2021), Simon Stone
Em 1939, Edith Pretty, uma proprietária de terras em Suffolk, na Inglaterra, contrata o arqueólogo autodidata Basil Brown para escavar sua propriedade. Quando um navio com rebites de ferro é descoberto por Brown no terreno, indicando que uma pessoa importante, provavelmente um rei, estava enterrado nele, o Museu Britânico assume a escavação. Há pressa no ar para finalizar o serviço enquanto o rádio dá notícias concisas sobre a chegada da guerra.
A Sun (2019), Mong-Hong Chung
O filme acompanha a história do casal Qin e Chen e seus dois filhos, A-Hao e A-Ho. A-Hao, o mais velho, sempre deu orgulho aos pais e está estudando para entrar na faculdade de medicina. Mas, A-Ho é considerado a decepção da família e acaba sendo preso por roubo. Qin se recusa a ajudar o filho e chega a pedir para o juiz sentenciá-lo. Um dia, uma garota aparece pedindo ajuda à Chen, dizendo que está grávida de A-Ho e terá o filho mesmo que ele não saia da cadeia.
Assunto de Família (2018), Hirokazu Kore-eda
Depois de cometerem alguns furtos, Osamu e seu filho Shota se deparam com uma garotinha abandonada. Mesmo relutantes, eles abrigam a garota e a esposa de Osamu concorda em cuidar dela. Embora a família seja pobre e roube para sobreviver, todos vivem felizes juntos. Até que a justiça descobre os segredos que eles escondem. O filme foi o ganhador da Palma de Ouro, principal prêmio do Festival de Cannes, em 2018.
O Vazio do Domingo (2018), Ramón Salazar
Chiara foi abandonada por sua mãe biológica, Anabel, há três décadas. Um dia, ela decide procurar pela mãe e lhe propõe algo inusitado: que as duas passem dez dias juntas em uma vila remota entre a Espanha e a França. Anabel aceita e o convite e, a partir desse encontro, o filme destrincha a relação dessas duas mulheres que, apesar de serem mãe e filha, não se conectam há muitos anos.
A Livraria (2017), Isabel Coixet
No fim da década de 50, a viúva Florence Green, recém-chegada em uma cidade do interior da Inglaterra, decide reconstruir sua vida e abrir uma livraria. Mas, sua iniciativa é vista com maus olhos pela população local, que é muito conservadora e passa a desconfiar de tudo que Florence faz. Mesmo sendo alvo da hostilidade de parte das pessoas, ela resolve lutar pela permanência do seu negócio. O longa é baseado no livro homônimo de Penelope Fitzgerald, lançado em 1978.
Informações Revista Bula