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Mais lançamentos chegando nessa semana na Netflix. Tem novos filmes, novas séries e nova temporada da série Peaky Blinders. Confira e se programe para não perder esses lançamentos.

Foto: Netflix
Foto: Netflix

Netflix não cansa de trazer mais e mais novidades ao seu catálogo e aumenta cada vez mais o leque de opções para os seus assinantes. Chegam novos filmes, novas séries e novas temporadas de algumas séries. Os lançamentos da semana são bastante aguardados pelo público da Netflix e geralmente fazem bastante sucesso quando estreiam. Vem ver o que estreia nessa semana na NETFLIX e se programe para conferir esses lançamentos.

Lançamentos da NETFLIX

06 de junho

07 de junho

08 de junho

09 de junho

10 de junho

Vídeo incorporado do YouTube
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11 de junho

Informações Oficina da Net


Ganhador de três Oscars e considerado o filme perfeito, thriller psicológico sufocante está na Netflix

Dizer que “Whiplash — Em Busca da Perfeição” é vibrante soa como lugar-comum. Sem precisar de muito mais que o básico — uma boa história, um bom elenco e uma direção precisa —, tudo no filme de Damien Chazelle remete o espectador à Era de Ouro de Hollywood, quando o cinema vivia o seu apogeu e o tempo passava mais devagar. A música, uma das manifestações artísticas mais próximas do homem, reflete essa placidez, esse glamour, que entram como a matéria-prima de uma verdadeira obra de arte sobre o relacionamento entre a humanidade e o som.

Em 2014, Chazelle parecia determinado a abordar um tema circunspecto como a relação delicada de um aluno de música e seu maestro à luz de alguma coisa nova, não apenas bela. Mesclando notas de suspense e crítica social, o diretor elabora a sátira perspicaz que questiona não só as dificuldades de se estabelecer como um grande artista, mas também se alonga habilmente no que toca a problemas do mercado de trabalho como um todo num mundo mais e mais selvagem. E de que maneira o bicho homem se comporta nessa conjuntura? Há uma medida para o sucesso? Esse sucesso depende apenas de nós mesmos, ou sempre precisamos da chancela de alguém? Enfatizando indagações dessa natureza, retóricas, conforme todos sabemos, “Whiplash” vai preparando o caminho de seu protagonista até o topo, uma montanha-russa de altos e baixos que reflete a trajetória do personagem central.

Vivido por Miles Teller, Andrew Neyman ensaia até tarde da noite na escola de música que frequenta em Nova York, uma das mais bem reputadas da América, e o som de sua bateria corta o silêncio dos corredores. Nesse exato momento, passa Terence Fletcher, o professor mais talentoso (e mais severo) da instituição, que rege a banda de jazz. Interpretado com o brilho costumeiro de J. K. Simmons, que lhe empresta essa capacidade de se emocionar sem mover um músculo do rosto, Fletcher para, entre incrédulo e maravilhado, dá suas instruções e vai embora, nitidamente desapontado. A estrela do personagem de Teller brilhou por um momento fugaz, mas se apagou tão depressa que ele sequer teve tempo de aproveitar sua chance. É nesse ponto que o espectador se derrete por ele, simpatia que recrudesce ainda mais ao se observar a reação de seu pai ao saber da história. Jim, de Paul Reiser, escuta tudo com o coração partido, sem se atrever a tentar convencer o filho de que ele pode ter dado importância exagerada ao episódio. O mundo já tem muita gente disposta a mentir para ele.

A música é plena de causos de instrumentistas, cantores, empresários, que se detestam uns aos outros e, não sem boa dose de sacrifício, conseguem se suportar, para o bem das carreiras e da própria experiência emotivo-sensorial da humanidade. O exemplo mais flagrante é, sem sombra de dúvida, o dos “Beatles”, cuja fase terminal é exposta com louvável desassombro em “Get Back” (2021), série documental dirigida por Peter Jackson. Fletcher se vale de exemplos como o dos os cinco rapazes de Liverpool para estimular seus pupilos a perseverar, deixando claro que quem pensa que a carreira artística, sobretudo na música, é feita de eventos felizes está fadado a ficar pelo caminho. O maestro quer o sangue de seus discípulos, e essa não é mera figura de linguagem: é esse sangue que mantém a paixão pela música pulsando em cada uma daquelas veias. A essa altura já membro da banda dirigida por Fletcher, Andrew entende isso rápido, e à medida que desabrocha para a arte que pretende abraçar, torna-se mais maduro também em todas as outras categorias de sua vida. No amor romântico, inclusive.

Andrew luta contra sua hesitação frente à existência, malgrado saiba de seu inestimável talento, e Teller tem o brilho que seu personagem demanda quanto a fazer essa incoerência se destacar no ponto certo, fazendo com que o baterista seja visto sob a forma mais natural num artista, homem comum que transcende sua frágil humanidade por meio do dom com que o próprio Deus lhe presenteou. O entendimento da vida de artista, da vida de músico, como algo grandioso, para cuja preciosidade vai despertando lentamente, contrasta com a natureza despótica e prepotente de Fletcher, e Chazelle trabalha a dicotomia entre seu protagonista e seu antagonista de forma a fazer a audiência se aperceber de que, na verdade, suas personalidades se complementam. O personagem de Simmons se equilibra todo o tempo na corda bamba da caricatura do sujeito que, embora domine como poucos o conhecimento com que ganha a vida, no fundo considera uma injustiça ter de repartir essa sua sabedoria com quem quer que seja. A técnica e a emoção refreada do ator é o que lhe permite transmitir essa tacanhez do maestro, cujo profissionalismo sobre-humano — sua qualidade mais contraditória, quase um defeito, uma vez que é um artista, mas um artista que julga a disciplina tão poética quanto um solo de piano — é o que atrai o público a si. Simmons empresta a Fletcher a certeza de que seu personagem é o fogo incômodo, mas necessário, intenso, que faz arder uma pedra bruta até que se torne um diamante.

As performances de Miles Teller e J.K. Simmons, rivais num duelo cerebral e comovente ao longo de 106 minutos, já fariam de “Whiplash — Em Busca da Perfeição” um filme singular, contudo elementos como a montagem de Tom Cross e, sobretudo, a fotografia de Sharone Meir coroam o filme com a aura do que Hollywood já produziu de melhor nessa seara. O desfecho, que condensa o espírito de toda a trama — acelerado, quente, sensual —, mostra que Teller, assim como Simmons, também merecia um Oscar. “Whiplash” acaba deixando uma sensação de cansaço físico, como se se estivesse voltando de uma noite inteira de festa, com dança e ótima música que poderiam não ter fim.


Filme: Whiplash — Em Busca da Perfeição
Direção: Damien Chazelle
Ano: 2014
Gênero: Drama
Nota: 9/10

Informações Revista Bula


Se você ama um babado, uma novidade, algo diferente na sua rotina, o mês de junho será perfeito para você. Isso, porque a Netflix vai colocar mais de 50 novas atrações em sua programação. Além de temporadas renovadas de algumas das suas series favoritas, alguns longas-metragens prometem dar ainda mais emoção para os seus dias. Confira agora os melhores lançamentos da plataforma, que a Revista Bula traz para você. Destaques para “A Ira de Deus”, de 2022, de Sebastián Schindel; “Amor e Gelato”, de 2022, de Brandon Camp; e “Arremessando Alto”, de 2022, Jeremiah Zagar. Os títulos ficarão disponíveis na Netflix e estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

A Ira de Deus (2022), Sebastián Schindel

Esteban e Luciana é um jovem casal que está passando por uma crise e, aparentemente, esgotou todas as possibilidades de resolver seus problemas de relacionamento. Como solução final, eles decidem usar um aplicativo que soma ou subtrai pontos de acordo com as ações deles um com o outro. À princípio, tudo parece dar certo. Até que somar pontos passa a ser uma obsessão que deixará suas vidas fora de controle.

Amor e Gelato (2022), Brandon Camp

O último desejo da mãe de Lina, antes de morrer, era que ela fosse até a Toscana conhecer o pai. Sem disposição para curtir as belezas do local, Lina só quer voltar para casa. Até que ela recebe um diário que sua mãe mantinha quando morava na Itália. Então, Lina passa a descobrir um universo romântico e artístico que a inspira e a leva a conhecer os segredos de seus pais e embarcar em sua própria história de amor.

Arremessando Alto (2022), Jeremiah Zagar

Stanley Beren é um olheiro de basquete que descobre por acaso o jogador amador espanhol, Bo Cruz, jogando em um parque nos arredores de Madri. Vendo no rapaz um talento como há muito tempo não encontrava, Stanley se vê renovado de esperanças e decide levar o fenômeno para os Estados Unidos, sem a aprovação da equipe. Os dois terão de provar, contra todas as probabilidades, que têm o que é preciso para chegar à NBA.

Árvores da Paz (2022), Alanna Brown

Em abril de 1994, quatro mulheres de diferentes origens e crenças se escondem juntas em um cubículo durante o Genocídio Contra os Tutsis em Ruanda, onde passam meses no limite da sobrevivência. A experiência de sofrimento e terror as une em uma aliança de irmandade inquebrável. Após libertas, lideram um movimento de reabilitação de seu país.

Interceptor (2022), Matthew Reilly

JJ Collins é uma capitã do Exército durona e casca grossa, que se vê encarregada de uma solitária base de interceptação de mísseis nucleares, localizada no meio do Oceano Pacífico. Quando um ataque coordenado ameaça a base, Collins tem de encarar o corrupto Alexander Kessel, um ex-oficial da inteligência militar dos Estados Unidos. Collins deve usar seus anos de treinamento tático e experiência militar para impedir o plano.

O Homem de Toronto (2022), Patrick Hughes

Um consultor de vendas desastrado e azarado de Nova York encontra acidentalmente, em um Airbnb, com o assassino mais mortal do mundo, conhecido como “O Homem de Toronto”. Uma confusão de identidades transforma a estadia do homem em um completo e perigoso caos.

Spiderhead (2022), Joseph Kosinski

Em uma penitenciária inovadora, administrada pelo brilhante visionário Steve Abnesti, os prisioneiros usam um aparelho implantado cirurgicamente que administra doses de drogas que alteram a mente. Por servir de cobaias, sua sentença é reduzida. Em Spiderhead, não há grades, nem celas ou uniformes, os prisioneiros voluntários podem ser eles mesmos… até mudarem completamente. Às vezes para uma versão melhor. Precisa relaxar? Tem uma droga que faz isso. Não sabe o que dizer? Também tem uma droga que pode resolver. Mas quando os prisioneiros Jeff e Lizzy formam um vínculo, sua jornada rumo à redenção sofre uma reviravolta, pois os experimentos de Abnesti começam a colocar à prova os limites do livre-arbítrio.


Se você está abarrotado de coisas da faculdade para fazer, cheio de preocupações do trabalho, super estressado com problemas familiares ou pessoais, não sabendo mais como lidar com algumas situações de sua vida, é o momento de parar de pensar em tudo isso e simplesmente desligar sua mente. Sim, não se deixe surtar, porque nada se resolve se você não está com a cabeça boa. Tire um tempinho para descansar, tome um bom banho demorado, peça uma comida ou cozinhe aquilo que está com vontade de comer e se jogue no sofá para assistir esses romances novos e belos que estão disponíveis na Netflix e que vão aquecer seu coração e te fazer lembrar que não existe nada mais importante na vida que o amor. Destaques para “A Caminho do Verão”, de 2022, de Sofia Alvarez; “Ainda Estou Aqui”, de 2022, de Arie Posin; e “Combinação Perfeita”, de 2022, de Stuart McDonald. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

A Caminho do Verão (2022), Sofia Alvarez

Auden West é uma estudante exemplar e filha de acadêmicos. Ela se formou no ensino médio e quer passar um verão despreocupado em Colby, antes de partir para a faculdade. Apesar das objeções de sua mãe, ela deseja passar um tempo próxima do pai ausente, sempre trancado em seu escritório trabalhando. Ele tem um outro filho de seu novo casamento e mora em Colby. Ao chegar lá, Auden não se dá bem com as funcionárias adolescentes de sua madrasta e se sente uma pária. Quando conhece o tímido Eli, de cabelos encaracolados, os dois se aproximam e começam a tirar um ao outro de dentro de suas conchas.

Ainda Estou Aqui (2022), Arie Posin

Tessa é uma adolescente que, durante sua infância, pulou por lares adotivos e não acredita mais que merece amor. Após se encontrar com Skylar, um jovem de uma cidade vizinha, seu coração começa a se abrir. No entanto, o casal sofre um acidente de carro. Skylar morre e Tessa sobrevive. Após procurar respostas para o que aconteceu, Tessa passa a acreditar que Skylar está tentando se comunicar com ela. Com ajuda de sua melhor amiga, Tessa tenta se reconectar com Skylar uma última vez.

Combinação Perfeita (2022), Stuart McDonald

Lola Alvarez é uma executiva bem-sucedida de Los Angeles, que atende uma renomada vinícola na Austrália e está à procura de um novo importador. Quando seu colega de trabalho rouba uma de suas ideias e apresenta como sua, Lola sai do emprego e vai atrás de sua conta australiana de forma independente. Ela viaja para a área rural do vinhedo e aceita uma proposta de trabalho temporário na fazenda para provar sua competência. Ela está constantemente supervisionada pelo chefe, Max, e atormentada por um grupo de trabalhadores divertidos e esforçados. Enquanto isso, Lola e Max estão cada vez mais atraídos um pelo outro. No entanto, Max, esconde um segredo de todos.

Toscana (2022), Mehdi Avaz

Theo é um chef de cozinha dinamarquês com negócios para resolver na Toscana. Ele deve viajar até o interior da Itália para vender algumas propriedades herdadas de seu pai. Quando ele conhece Sophia, ela o apresenta uma diversidade de sabores locais e o inspira na cozinha. Enquanto isso, um amor floresce entre eles, fazendo Theo repensar sua vida.

Uma Segunda Chance para Amar (2019), Paul Feig

Diagnosticada com uma grave doença, Kate, de 20 e poucos anos, decide tomar uma série de decisões irresponsáveis, como beber exageradamente e sair com caras aleatórios. Trabalhando como elfa do Papai Noel em uma loja, um dia ela conhece Tom, um rapaz excêntrico. Eles passam a se encontrar e trocam conversas profundas, fazendo Kate repensar sua forma de encarar a vida e lidar com o medo da morte.

Informações Revista Bula


Ninguém disse que a vida adulta seria fácil. Aliás, quando a gente era criança e mentia a idade por querer ser mais velho, nossos pais nos alertavam sobre como era bom ser menino. Era independência ou morte! O sucesso estaria logo após a formação acadêmica e todas as portas se abririam ao virar a esquina. Agora a gente vê que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades e tudo que queríamos era simplesmente voltar nos tempos em que nada era tão complicado ou importante assim. Para tirar as preocupações da vida adulta da sua cabeça, a Revista Bula fez uma lista de filmes levinhos e engraçados. Destaques para “Metal Lords”, de 2022, de Peter Sollett; “Os Piratas: Em Busca do Tesouro Perdido”, de 2022, de Jeong-hoom Kim; e “Vamos Consertar o Mundo”, de 2022, de Ariel Winograd. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Granizo (2022), Marcos Carnevale

Miguel Flores é um meteorologista famoso por suas previsões do tempo. Miguel nunca erra quando se trata de clima. Rico e famoso, ele está prestes a estrelar o principal programa do tempo no país. No entanto, a previsão inaugural feita por Miguel no seu primeiro episódio dá completamente errado, colocando as pessoas contra ele. Ele não consegue prever uma chuva de granizo destruidora, que coloca em risco toda Buenos Aires. Cancelado de todas as formas possíveis, ele tem de fugir para Córdoba, sua cidade natal, onde reencontra familiares e sua filha. A partir de então, acompanhamos sua relação familiar e a redescoberta de sua vida.

Metal Lords (2022), Peter Sollett

Hunter e Kevin são dois adolescentes de ensino médio que querem formar uma banda de heavy metal. Eles estão à procura de um baixista, mas só conseguem encontrar Emily, que toca violoncelo e tem alguns sérios transtornos emocionais. O grupo se inscreve no Battle of Bands, mas precisam conciliar as diferenças musicais para conseguirem vencer.

Os Piratas: Em Busca do Tesouro Perdido (2022), Jeong-hoom Kim

No século 14, durante a dinastia Joseon, a capitã de navio Hae-Rang encontra um mapa de um tesouro que havia sido transportado do palácio real e que se perdeu no mar. A bordo também está um grupo de bandidos liderados por Wu-Mu-Chi, autoproclamado o maior espadachim de Goryeo. Eles possuem uma aliança pouco confiável para encontrarem o tesouro perdido e os criminosos planejam tomar o controle do navio de Hae-Rang. A jornada é recheada de trapaças, contratempos e motins.

Vamos Consertar o Mundo (2022), Ariel Winograd

David Samaras, conhecido como “o Grego”, é produtor de um famoso talk-show, chamado “Vamos Consertar o Mundo”, no qual as pessoas supostamente solucionam conflitos com quem se relacionam. O Grego é solteiro e nunca teve um romance duradouro. Seu vínculo mais longo é com seu filho Benito, de 9 anos, fruto de uma aventura amorosa. Ele cuida do garoto com a sensação de que a criança é um fardo em sua vida. Até que no meio de uma discussão, a mãe do menino dispara que ele não é realmente filho de Grego. Pouco depois da revelação, ela morre. Então, o Grego decide revelar a verdade para Benito, que pede que ele faça uma última coisa por ele: ajudar a encontrar seu verdadeiro pai.

Amor com Data Marcada (2020), John Whitesell

Sloane e Jackson se conhecem em uma festa de Natal e descobrem que compartilham de um infortúnio em comum: eles são os solteirões de suas famílias e sempre são relegados às piores mesas por não terem acompanhantes. Então, fazem um acordo de serem o par um do outro nos eventos sociais durante o ano seguinte, mas tudo sem nenhum romance envolvido. Após um ano de encontros recorrentes em eventos, Sloane e Jackson passam a enxergar um no outro mais que parceiros de festas.

De Repente Uma Família (2018), Sean Anders

Pete e Ellie decidem presunçosamente se tornar pais. Após pesquisar na internet sobre como adotar uma criança, o casal decide ir a uma feira de adoção, onde conhecem a adolescente Lizzy. O casal sente imediatamente que ela é a criança ideal, até que descobrem que a menina tem dois irmãos que devem ser adotados juntos. Agora em casa, Lizzy bate as portas quando fica mal-humorada, o irmão Juan constantemente acerta a cabeça acidentalmente em algum lugar e a pequena Lita é incontrolável. Como lidar com três crianças indisciplinadas?

Sementes Podres (2018), Kheiron

Wael foi menino de rua quando criança e ganha a vida praticando pequenas fraudes com sua mãe adotiva e melhor amiga, Monique. Em um de seus golpes, conhecem Victor, que tem uma instituição de apoio para adolescentes problemáticos. Ele os convence de realizar um trabalho voluntário neste centro direcionado a jovens excluídos do sistema escolar. Monique será a secretária e Wael um educador. O encontro entre o ex-menino de rua e os adolescentes promoverá a conexão ideal para ajudar esses adolescentes a refletirem sobre suas próprias vidas.


O imóvel, datado de 1736, é palco onde aconteceram os eventos sobrenaturais retratados no filme

Foto: Divulgação/Warner Bros
Foto: Divulgação/Warner Bros

A casa que inspirou o filme de terror Invocação do Mal foi vendida esta semana por US$ 1,525 milhão (cerca de R$ 7,2 milhões na cotação atual. As informações são do The Wall Street Journal.

O imóvel, datado de 1736,  é palco onde aconteceram os eventos sobrenaturais retratados no filme. Segundo Andrea Perron, que morou na casa entre 1971 a 1980, durante uma sessão espírita em 1974, viu sua mãe levitar de uma cadeira e depois ser jogada a 6 metros.

Os episódios paranormais retratados pela família atraíram o investigador Keith Johnson e o seu irmão gêmeo, Carl, para a residência. Depois, a dupla Ed e Lorraine Warren se ofereceram para ajudar na investigação e esse trabalho serviu de inspiração para o filme.

A nova dona do imóvel é Jacqueline Nuñez, uma incorporadora imobiliária que mora em Boston e adquiriu do casal Jenn e Cory Heinzen, que comprou a casa em 2019 por 459 mil dólares (mais de R$ 2,1 milhões).

Dentro dos pré-requisitos para compra da casa, eles exigiram entrevistar o comprador para garantir que a pessoa cumprisse algumas normas, como manter as visitas de investigadores e não morar na casa.

O imóvel fica na cidade de Harsiville, a 40 minutos de Providence, capital do estado norte-americano Rhode Island, em um espaço isolado em uma fazenda, sem outras casas em volta.

A nova dona do local, pretende transformar a casa em um centro de aprendizado, onde os visitantes podem se conectar com espíritos. Ao longo do ano, ela irá estudar com sua equipe formas de ampliar o negócio.

“Não tenho medo da casa”, garante a nova dona, mas, em tom de brincadeira, acrescenta: “Pergunte-me novamente em um ano.”


Informações Bahia.ba


De acordo com críticos, longa de Tom Cuise “faz ode à testosterona”

Tom Cruise estrela sequência de Top Gun 36 anos depois foto: Divulgação/Paramount

Com estreia oficial marcada para o próximo dia 26 de maio, Top Gun: Maverick já é alvo de críticas da ala progressista. De acordo com alguns críticos, a continuação do longa que lançou Tom Cruise há 36 anos é “másculo” demais, com “excesso de testosterona”.

No Omelete, um site de cinema e cultura pop, o crítico Marcelo Hessel aponta que o longa é voltado essencialmente para o público masculino na faixa dos 40 anos e que não tem interesse em atingir o público mais jovem de hoje.

– [O filme] Chega pronto para atender essa demografia emasculada, que perdeu suas convicções para o discurso identitário no novo milênio – disse Hessel.

Apesar disso, o crítico atribuiu uma nota relativamente alta ao longa, pelo fator nostálgico. Já Guilherme Genestretti, crítico da Folha, foi mais criterioso em sua análise. Para ele, o filme “faz ode à testosterona”. O crítico chega a mencionar o formato “fálico” das extensões da aeronaves dos pilotos.

– Não há a menor preocupação em disfarçar a sua ode à testosterona para acenar ao feminismo. Tudo bem, agora temos uma pilota no time, mas no fundo, quem prevalece mesmo são aqueles rapazes pilotando aviões como se fossem suas extensões fálicas e disputando quem é o melhor.

Ao falar sobre a sequência da história que o catapultou ao estrelato na década de 80, Tom Cruise afirmou que a essência de Maverick não seria alterada.

– Se vamos fazer isso, eu quero o mesmo espírito do filme original. Qual é a história de Maverick 30 anos depois? Porque ele não muda. Ele é aquele mesmo cara e ponto final – comentou o ator.

O Youtuber Luiz, do canal Oi Luiz TV, ironizou:

– Como assim o personagem do Tom Cruise não mudou de gênero, gente? Como assim ele não virou bissexual, assexual. Por que é Tom Cruise que interpreta o personagem e não uma mulher negra, gorda e empoderada? – disparou em um vídeo recente do seu canal.

O sociólogo e jornalista Thiago Cortês também se opôs às críticas:

– Hoje os homens pedem desculpas por serem homens. O feminismo criminalizou tudo, da cantada ao cavalheirismo […] Talvez muitos esperassem uma trama na qual um piloto não-binário se apaixona pela primeira mulher trans de Top Gun – declarou em sua página nas redes sociais.

Top Gun foi a maior bilheteria de 1986. Logo no ano seguinte, o alistamento na Marinha americana aumentar em 500%. Na exibição de Top Gun: Maverick na última quarta-feira (18), no festival de Cannes, na França, as Forças Armadas prestigiaram Tom Cruise. Logo após sua exibição no festival, o filme, assim como seu protagonista, foram aplaudidos de pé.

Informações Pleno News


Na Bíblia diz que se conhecermos a verdade, ela nos libertará. Se conhecermos as verdades dos outros, é muito possível e provável que nos sentiremos muito mais livres. Quantas vezes não interpretamos um comportamento de outra pessoa por meio da nossa própria vivência e erramos. Somente estando na pele do outro, somos capazes de entender suas reações e motivações. A beleza do cinema é poder nos transportar exatamente para a vida de pessoas. Sejam eles fictícios ou reais, os protagonistas nos convidam a olhar o mundo sob seu ângulo, a sentir as emoções do seu coração, a experimentar a vida de seu corpo. Se você acredita que precisa abrir os olhos para novos universos, a Revista Bula te convida a enxergar a vida pelos olhos dos personagens dessas produções disponíveis no streaming. Destaques para “Gatora Estranha”, de 2021, de Umesh Bist; “Milagre Azul”, de 2021, de Julio Quintana; e “Era Uma Vez Um Sonho”, de 2021, de Ron Howard. Os títulos da Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Garota Estranha (2021), Umesh Bist

Sandhya é uma jovem viúva que perdeu o marido apenas cinco meses após o casamento. Incapaz de sentir a dor do luto por um homem praticamente estranho, já que o casamento fora arranjado e os dois haviam se conhecido apenas no dia da cerimônia, Sandhya passa a ser malvista pelos parentes do marido. Quando a família do falecido descobre uma herança inesperada destinada à Sandhya, eles irão disputar o dinheiro.

Milagre Azul (2021), Julio Quintana

Baseado em uma história real, “Milagre Azul” conta a história da Casa Hogar, um orfanato que está à beira da falência. O dono do abrigo, Omar, se inscreve em um campeonato de pesca para tentar impedir que o governo feche o local. Na companhia do capitão do barco, Wade, e três crianças, o tutor sai em uma aventura em alto mar, com poucas chances de sucesso, para salvar o futuro da Casa Hogar.

Era uma Vez um Sonho (2020), de Ron Howard

Inspirado na autobiografia de J. D. Vance, o enredo conta a história de J.D., um promissor estudante de Direito em Yale. Após a mãe sofrer overdose por drogas, ele retorna para sua cidade natal para tentar ajudar a família. De volta em casa, tem de confrontar as memórias do passado de pobreza e ausência de estrutura emocional familiar, além de perdoar a mãe narcisista, que parece desdenhar suas conquistas.

Se algo acontecer… Te amo (2020), Michael Govier e Will McCormack

Curta-metragem de 13 minutos, que narra o drama de um casal após a perda da filha. Um mergulho em um abismo de emoções, que traz à tona lembranças alegres e, ao mesmo tempo, dolorosas demais para serem encaradas. Como superar uma tragédia tão grande? Como reconstruir as pontes que se desfizeram? Como colar os cacos de um relacionamento quebrado pela partida de um filho?

Dois Papas (2019), Fernando Meirelles

O desiludido cardeal Bergoglio, anos após a eleição de Bento XVI como papa, decide entregar sua renúncia. Ele se encontra com o papa em Roma e é levado para sua casa de verão, onde Bento XVI evita falar da renúncia de Bergoglio. Em vez disso, eles caminham pelos jardins discutindo os pensamentos de Bergoglio sobre questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, celibato para o clero, punições para padres culpados de abuso sexual, dentre outros. Seus posicionamentos divergem, exceto por um terreno comum: a forma como se comunicam com Deus e recebem seu chamado.

Viver Duas Vezes (2019), Maria Ripoll

Diagnosticado com Alzheimer, o ex-professor de matemática, Emilio, se muda para a casa da filha, Julia, para que esteja sob os cuidados da família. Após um episódio de esquecimento durante um jantar, ele e a neta decidem embarcar em uma aventura para procurar por Margarita, seu primeiro amor. Ao serem interceptados pela filha e o genro no meio do caminho, Emilio esclarece que deseja ver Margarita uma última vez antes de esquecê-la completamente. Toda a família decide pegar a estrada para realizar o desejo de Emilio.

Perfeita Pra Você (2018), Stephanie Laing

Abby e Sam se conhecem desde crianças e estão juntos há muitos anos. Após ser diagnosticada com um câncer terminal, Abby inicia a missão de encontrar uma companheira para substituí-la à altura. Com ajuda de seus amigos do grupo de apoio aos pacientes com câncer, Abby ainda irá traçar o caminho de aceitação para o que o destino lhe reserva.

O Mínimo para Viver (2017), Marti Noxon

Ellen é uma artista de 20 anos que já passou por diversas instituições para tentar tratar sua anorexia nervosa. Apesar de problemática e disfuncional, a família luta para tentar impedir que a garota, que virou pele e ossos, desista de si mesma. Ellen é aceita em uma casa para jovens administrada por um médico peculiar, onde vivencia uma jornada incrível de autodescoberta junto a um grupo de jovens tão perdidos quanto ela.


Crianças podem fazer o que elas quiserem — e fazem mesmo. Ainda que não raro extrapolem em seus caprichos e sobrevalorizem experiências e situações que existem apenas para consigo, não deixamos de as amar, e em muitos casos, são justamente essas histórias uma imaginação fértil até o devaneio ou quiçá o inconsciente o que torna a criança um ser tão especial. Como poderíamos reagir, sem ferir a suscetibilidade ainda mais frágil de uma criança, se ela nos dissesse que voa? Seria possível que acreditássemos, tamanha a ênfase que imprimem em seus relatos. Em “O Homem Sem Gravidade” (2019), Oscar é um menino que pode voar, ou melhor, apenas flutuar, sempre pôde, desde o momento em que viu a luz do mundo. A grande questão é que essa sua habilidade exclusivíssima seria capaz de lhe acarretar dificuldades sociais intransponíveis, como sabem a mãe e a avó, que o preservam da curiosidade e da malícia alheias como se ele fosse um tesouro. E é mesmo: toda criança o é; o que acontece é que nem todos os adultos se lembram disso.

O argumento do diretor italiano Marco Bonfanti, autor do roteiro com Giulio Carrieri, levanta-se a partir dessa premissa rumo a construções narrativas mais ambiciosas. Os dois sustentam uma parábola original sobre o que de fato importa na vida, o que faz de cada pessoa um indivíduo e de cada indivíduo um ente pleno de direitos e deveres, necessidades, aspirações, sonhos, só por isso tão extraordinário que poderia fazer o que quisesse, mas só se o quisesse de todo o coração, com um coração de criança, como só uma criança é capaz de querer, inclusive voar, e não apenas pairar alguns metros acima da pedestre humanidade como Oscar. Espécie de Übermensch, o super-homem de que falara Nietzsche, o personagem de Elio Germano passa por cima dos tantos obstáculos da vida, mira-os de longe, do alto, até que os veja como na realidade são, ínfimos se comparados com a magnitude e a magnanimidade da vida ela mesma. Não por acaso, o enredo é pontuado por falas que citam o Super-homem, a representação máxima da força sobre-humana encarnada num corpo de carne e ossos, e malgrado imune às inúmeras vulnerabilidades das pessoas comuns, tem também sua fraqueza própria. No caso de Oscar, vivido na primeira fase do longa por Pietro Pescara, seu super-herói predileto é o Batman, e não sem motivo. Muito mais que o alter ego de Clark Kent, o Homem Morcego é um incompreendido, um pária muitas vezes, a figura indesejável que se vale das trevas para sair da toca e vigiar a cidade, fazendo o bem de um jeito bastante torto. Cientes de que todo esse idealismo fará com que as pessoas o repilam — mormente numa comunidade hermética, simplória, ignorante — é que a mãe, Natalia, interpretada por Michela Cescon, e a avó Alina, de Elena Cotta, o resguardam da vizinhança e do resto da humanidade o quanto podem no momento em que percebem que o menino pode passar maus bocados por ser tão abençoadamente distinto dos outros. A única que o entende fora das paredes e, principalmente, do teto da casa da família é Agata, uma criança como ele, com desejos parecidos e iguais hesitações diante da vida. A personagem, dividida entre Jennifer Brokshi e Silvia D’Amico, é a única a furar aquela bolha de superproteção, a ponte instável que liga Oscar e o mundo, o que, por evidente, redunda naquele primeiro amor de infância que coloriu a vida de todo adulto algum dia. E, também por isso, acaba.

Como já se esperava, uma vez que cresce e é forçado a manter vínculos com outros adultos, Oscar sofre por não ser igual aos outros, e mesmo por ser melhor. A mochila rosa que o acompanhava em menino, responsável por contrabalançar o peso e conservá-lo no chão, sofrendo a ação da gravidade como um mortal qualquer, continua a acompanhá-lo, e gera e um misto de estranheza e piedade, que por seu turno esconde a suspeita de que o personagem de Germano tenha alguma deficiência intelectual. A inteligência privilegiada de Oscar, moldada desde tenra idade, muito por causa de sua condição particular, lhe permite enxergar que seu dom mais o atrapalha do que lhe serve de algum proveito, e o pior, poder se elevar acima do chão sem qualquer mecanismo especial não implica ser capaz de fazer a diferença na vida de ninguém. Como isso é a única coisa que o distingue, sendo rigorosamente igual em todas as outras, Oscar aceita o emprego num programa de tevê, sendo exposto como uma aberração à moda dos circos de antanho.

Marco Bonfanti preserva um pouco da magia da farsa de seu filme, lançando mão do recurso fácil de retroceder a história para a infância de seu protagonista, onde de fato reside a essência da trama. A mensagem que fica, contudo, não tem o condão de fazer Oscar ser compreendido como um homem verdadeiramente extraordinário. É como se houvesse mesmo qualquer coisa de monstruoso em ser diverso, ou apenas em não ser como os outros, o que torna “O Homem Sem Gravidade” uma bela história, com um final melancólico.


Filme: O Homem Sem Gravidade  
Direção: Marco Bonfanti
Ano: 
2019
Gêneros: 
Fantasia/Drama 
Nota: 
9/10


Os muitos problemas do homem, suas várias doenças, suas infinitas dores — e sua monumental incapacidade de lidar com todas essas questões, imperfeito que é frente ao mundo que o hostiliza cada vez mais —, fomentam dramas existenciais os mais intocáveis. A filosofia salvaria a pátria, mas quem disse que ela foi feita para isso? A alma do homem é cheia de meandros, reentrâncias, lugares tão escondidos e tão pouco iluminados que ninguém é capaz de acessar. Há quem encare problemas de qualquer natureza como uma forma de se autoconhecer, se testar, se superar, saindo, em correndo o ouro sobre azul, muito mais resistente para a próxima dificuldade ao final do processo. Por outro lado, existem os que simplesmente bloqueiam a mínima possibilidade de que passe um feixe de luz sequer por entre esses monólitos: quanto mais encalacrado está, mais fica e, pior, mais gosta. O romancista francês Gustave Flaubert (1821-1880) discorreu sobre a incontornável fragilidade do espírito humano frente às armadilhas que a sorte lhe prepara em muitos de seus textos, como em “Madame Bovary”, por exemplo. No livro, publicado em 1856, Flaubert fala de uma mulher que abandona o mundo, abandona a si mesma e embarca rumo a outra realidade, em que as circunstâncias mais absurdas são o que pode haver de mais corriqueiro, só por estar apaixonada. Paixão, em tintas um pouco mais fortes, misturada a muito suspense, é o que se vê em “Jogo Perigoso” (2017), dirigido por Mike Flanagan, em que um casal se entrega a experiências sexuais as mais apimentadas, mas acaba se deparando com um imprevisto decisivo para os dois. Já em “Fratura” (2019), de Brad Anderson, a força da relação entre pessoas que se amam continua em jogo, mas no horizonte muito mais complexo de uma denúncia. Os cinco títulos da lista, todos na Netflix, se sucedem do mais novo para o lançado há mais tempo, sem critérios quanto à preferência.

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Fuja (2021), Aneesh Chaganty

Todos ou, pelo menos, 90% da humanidade, tivemos problemas com nossos pais, em especial naquele inferno interior chamado adolescência. Tudo nessa fase da vida nos fede a conspiração universal contra nossos sonhos e a orientação de pais atentos é fundamental a fim de se manter a sanidade. Mas, e quando se tem uma mãe completamente descompensada, que devota sentimentos muito além de mero amor e zelo? “Fuja” expõe sem nenhum pejo a relação de uma mãe superprotetora e sua filha deficiente física Chloé, a surpreendente Kiera Allen, portadora de necessidades especiais na vida real. Chloé quer provar para a mãe que pode ser independente e levar uma vida normal, mas não tem a mais pálida ideia de como sua vida seguiu tal curso, que tudo poderia ter sido muito diferente e, o principal (sem spoilers, fique tranquilo): em que medida sua mãe é responsável pelo que lhe aconteceu.

Fratura (2019), Brad Anderson

Meio a contragosto, Ray Monroe leva a mulher, Joanne, e a filha, Peri, para os três passarem o feriado de Ação de Graças na casa dos sogros. Ray faz uma parada num posto de gasolina a fim de comprar um refrigerante, conhaque e pilhas para o brinquedo com que Peri se distrai ao longo da viagem, mas o que seria algo completamente banal, logo se converte num pesadelo. A loja de conveniência não aceita cartões de crédito e Ray compra apenas o essencial, o que não inclui as pilhas. Volta para o carro, abre a porta traseira, derrama o refrigerante no banco, e entre uma e outra imprecação, Peri salta. Num crescendo da atmosfera de total imprevisibilidade da trama, um cachorro aparece, o que apavora a menina, que vai arredando, até que Ray, tentando afastar o cão, atira uma pedra contra o animal, mas assusta ainda mais Peri, que cai de uma altura considerável e baixa ao hospital. Depois de muita burocracia, Peri é atendida, mas ela e Joanne desaparecem sem deixar rastro. Ray começa a investigar por sua conta o que poderia ter acontecido com a família, mas é acossado por circunstâncias misteriosas, até se desvendar o que existe de macabro por trás da fachada do hospital.

The Perfection (2019), Richard Shepard

Charlotte já foi uma virtuose do violoncelo, mas hoje a audiência só se interessa por Elizabeth. Tomada de inveja — e de fúria —, Charlotte vai conquistando a simpatia de Elizabeth, e elas logo se tornam amigas. O propósito da vingança de Charlotte é explorado de maneira sutil pelo diretor Richard Shepard, que manipula as emoções do espectador como bem quer, de modo que o público ora se indigna com as maquinações da preterida, ora se compadece de seu ostracismo, ainda que Charlotte se livre mais e mais de qualquer pejo e verdadeiramente se entregue à falta de moral imbricada nas atitudes que toma contra a nova adversária. O diretor Richard Shepard propõe uma brincadeira sinistra quanto a saber no final se Charlotte estaria de alguma maneira autorizada a se valer dos expedientes que usou a fim de suavizar seu opróbrio. Preciso, quase calculado, “The Perfection” é música para os ouvidos de quem aprecia narrativas com tempo próprio, mas nem por isso menos vigorosas.

Calibre (2018), Matt Palmer

Fins de semana entre amigos são um tiro no escuro: na segunda-feira, pode-se voltar com as baterias recarregadas, pronto para mais sete dias de trabalho duro, ou, devido à frustração de se conhecer verdadeiramente a pessoa a quem tomamos como um irmão, sofrer um desapontamento forte o bastante para marcar de modo nefasto a lembrança. Nas horas vagas, Marcus se dedica à caça como hobby, prazer que quer de que Vaugh também desfrute. O pequeno vilarejo no interior da Escócia em que passam momentos de descanso é o cenário ideal para que Marcus dê a Vaugh suas lições elementares de tiro. Tudo corre bem e a caçada tem início. O primeiro alvo é dos bons, um animal de porte avantajado. Um tiro é disparado, mas o bicho escapa. Mesmo assim, estão certos de que a bala teve algum outro destino e agora o que resta aos dois é se livrar de problemas com a lei.

Jogo Perigoso (2017), Mike Flanagan

A adaptação do livro homônimo de Stephen King, publicado em 1992, entrega o que promete: um suspense na temperatura adequada, temperado por atuações dignas de nota. Em “Jogo Perigoso”, percebe-se a influência de obras anteriores de King, a exemplo de “Louca Obsessão”, também já levado às telonas, mesmo caso de “Fuja”, os três lapidares ao amalgamar os conceitos de amor e ódio num mesmo sentimento, o que dá à narrativa ritmo e profundidade muito característicos. Este thriller conta a história de um casal nada normal dado a brincadeirinhas sexuais um tanto heterodoxas. O que era para acabar só em diversão e prazer torna-se um episódio que foge inteiramente do controle.

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