A Polícia Federal prendeu, na tarde desta terça-feira (10), o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira. A prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por entender que houve conivência por parte dele com o movimento político que ocorreu em Brasília, no último domingo (8).
Vieira era o responsável pela atuação da PM no policiamento das manifestações do último domingo (8), quando atos radicais depredaram os prédios dos Três Poderes.
A responsabilidade pela falha na operação de segurança recaiu sobre a PMDF, que deveria ter utilizado de todos os recursos a fim de impedir que manifestantes avançassem e tomassem as dependências da República.
O coronel foi preso em casa, no Park Way, em Brasília. A prisão foi efetuada pelo delegado Camões Bessa, da Polícia Federal. Não houve resistência.
Informações Pleno News
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal em 2 de janeiro, mas viajou de férias para os Estados Unidos no dia 7, na véspera dos atos golpistas na Esplanada dos Ministérios.
Torres foi para Orlando, na Flórida, onde também se encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo fontes da Polícia Federal, ele ainda está nos EUA e o mandado de prisão deve ser cumprido assim que ele retornar ao Brasil.
A prisão havia sido pedida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Para a AGU, houve omissão de Torres em relação ao acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército. Em pedido enviado ao Supremo, a AGU pediu a prisão de todos os envolvidos nos ataques a prédios públicos incluindo Anderson Torres.
Créditos: Correio Brasiliense
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele era o responsável pela operação da PM durante atuação nos atos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes.
A PMDF tem sido responsabilizada por atuação falha no impedimento do avanço dos manifestantes que protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Eles depredaram os prédios e agrediram jornalistas. Após atos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo e Celina Leão (PP) assumiu como governadora do DF.
Nesta terça-feira (10/1), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os envolvidos nos atos terroristas praticados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, serão punidos.
“Tenho absoluta certeza, dentro da legalidade, que as instituições vão punir todos os responsáveis, todos aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer”, disse Moraes durante a posse do novo diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
Em seu discurso, Moraes também criticou as reclamações dos terroristas detidos na Academia Nacional da PF, em Brasília.
“Não achem esses terroristas que, até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições vão fraquejar”, afirmou Moraes.
Fonte: Metrópoles
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa 10 dias nesta terça-feira (10.jan.2023). Em um curto período, o petista e sua equipe acumularam 10 situações embaraçosas e decisões com risco de reputação para a atual gestão – embora muito fique agora em 2º plano por causa dos atos extremistas em Brasília no último domingo (8).
É comum o vaivém de decisões e declarações em início de governo. Mas a frequência surpreende no início do 3º mandato de Lula. Ainda mais porque não há a desculpa da inexperiência do presidente e vários dos ministros escolhidos pelo petista já chefiaram pastas antes.
DECISÕES DESFEITAS
GAFES INTERNACIONAIS
RECUO EM DECLARAÇÕES
PROPOSTA ARRISCADA
SEGURANÇA PÚBLICA
DANIELA CARNEIRO
Poder360
A Câmara confirmou em plenário a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente Lula. A decisão foi uma resposta aos atos antidemocráticos ocorridos neste domingo em Brasília.
A votação foi simbólica, mas as bancadas do Novo e PL liberaram o voto para posterior registro contrário. O texto segue agora para o Senado Federal e será votado às 11h desta terça-feira.
O relator da proposta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), afirmou que se trata de medida “amarga”, mas “necessária e proporcional” em face dos fatos tão graves ocorridos.
Arthur Lira, presidente da Câmara, também se manifestou nesse sentido.
“A profanação do templo da democracia e o inaceitável vandalismo que aconteceram ontem na Praça dos Três Poderes são condenáveis sob todos os pontos de vista e merecem uma apuração rigorosa. As punições devem vir pelas mãos da Justiça com uma dosimetria que considere não só os danos ao patrimônio público como o simbolismo de um atentado simultâneo aos palácios que representam os poderes da nossa República”, disse Lira.
“Os autores que atentaram contra nossa democracia representam uma minoria que recorreu a atos absurdos e abomináveis. Nenhum de nós se sente representado pela desordem de ontem, independente de seus pontos de vista políticos, partidários e ideológicos”, acrescentou.
Com a intervenção federal, a União passa a ser responsável pelo comando da Polícia Civil e Militar no Distrito Federal por um período de 30 dias.
Informações Revista Oeste
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil nesta segunda-feira, 9, contra a emissora de rádio e televisão Jovem Pan. A empresa teria disseminado conteúdo “desinformativo” sobre o funcionamento das instituições brasileiras, com potencial para incitar “atos antidemocráticos”.
A investigação baseia-se em um levantamento feito nos últimos meses. A emissora também teria veiculado “notícias falsas” e promovido “comentários abusivos” durante sua programação.
Entre as justificativas citadas pelo MPF, está a cobertura das manifestações ocorridas em Brasília no domingo 8. Segundo o Ministério Público, os comentaristas da Jovem Pan “minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes”.
As declarações dos jornalistas Alexandre Garcia, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino foram citadas como exemplos de falas consideradas ofensivas aos “Poderes da República”. Outros nomes também foram mencionados no informativo do inquérito.
O MPF considerou que vários programas veiculados pela Jovem Pan possuem declarações com “potencial efeito de incitação a atos violentos no país”. Entre elas, as críticas sobre a lisura do processo eleitoral de 2022, que terminou com a eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
O MPF pediu que a Jovem Pan forneça as informações detalhadas sobre sua programação e sobre os dados pessoais dos apresentadores e dos comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is e 3 em 1 em até 15 dias corridos.
O YouTube também foi informado que deve preservar na íntegra todo o material publicado pela Jovem Pan desde 2022 até hoje e comunicar, no prazo máximo de 30 dias, a relação completa de conteúdos deletados e com visualização restringida pela emissora.
Vídeos que foram alvos de moderação direta do YouTube ao longo do ano passado deverão ser especificados, e os motivos do controle explicados pela plataforma.
Procurada por Oeste, a Jovem Pan não se posicionou até a publicação desta reportagem.
Informações Revista Oeste
O Exército deu até as 8h50 para os golpistas acampados em Brasília deixarem a praça em frente a seu quartel-general na manhã de hoje. Ao ouvir a informação, uma jornalista da Rede Globo que estava infiltrada entre os extremistas tentou voltar para o carro da emissora.
Não foi possível. O acampamento estava cercado. Sob o risco de ser embarcada em um ônibus e encaminhada para a Polícia Federal, a profissional e um segurança procuraram um oficial do Exército. Muitas explicações e ligações foram prestadas.
Sem conseguir resolver a situação, a produtora ligou para a chefia na Rede Globo e informou a sobre possibilidade de ser encaminhada à PF.
Nessa hora, a situação piorou porque uma mulher ouviu e começou a dizer que também era da imprensa para tentar se safar. Mas, diferentemente da manifestante golpista, a jornalista tinha meios de provar que trabalha na TV.
A situação durou cerca de 50 minutos. Sabendo do risco que uma produtora da Globo correria, os militares tomaram cuidados para que a equipe não fosse agredida.
Informações UOL
O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como “Tutinha”, renunciou ao cargo de presidente da Jovem Pan nesta segunda-feira (9/1). Ele estava à frente da emissora há 10 anos.
A direção de Jornalismo do grupo afirmou que o novo presidente será Roberto Araújo, que é CEO do grupo e atual presidente da Rádio Jovem Pan. Apesar disso, a empresa não confirmou institucionalmente a saída de Tutinha, que segue no conselho executivo como o maior acionista da empresa.
Nos últimos meses, a JP perdeu as principais fontes de renda, que eram o patrocínio de empresas e a monetização dos canais no YouTube.
Vale considerar também que a emissora está perdendo patrocinadores graças a movimentação intensa do Sleeping Giants Brasil. Ao todo, mais de 16 empresas e marcas já abriram mão de seus anúncios na Jovem Pan desde 2022.
Tutinha abandonou seu posto após a Jovem Pan News ser acusada de fomentar e minimizar a gravidade das invasões, que aconteceram no domingo (8/1) nos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Informações TBN
Por meio das redes sociais, estelionatários usam um benefício legítimo do Banco Central para enganar e roubar dados de brasileiros. O alerta foi dado de forma preventiva pela Polícia Federal neste domingo (8).
De acordo com o órgão, estelionatários enviam mensagens pelo WhatsApp prometendo saques imediatos pelo pix de valores a receber. Entre eles, estão dinheiros esquecidos em contas bancárias e até mesmo heranças.
Os golpistas usam a assinatura do Banco Central e até mesmo prints falsos com outras pessoas narrando a “veracidade” do link para passar credibilidade.
Mas, após o clique disponibilizado pela mensagem, que abre apenas em celulares, as vítimas são direcionadas para o preenchimento de um formulário que pede dados como nome completo e CPF.
Após preenchimento dos dados, os usuários são informados que têm R$ 1.915 a receber. O valor, segundo a PF, é fixo e aparece para todas as vítimas.
Além de fornecer uma chave pix e uma senha, a vítima é instruída a compartilhar o link do golpe com contatos para poder receber o dinheiro prometido.
Segundo o porta-voz da Polícia Federal em Pernambuco, Giovanni Santoro, com os dados do usuário, os suspeitos podem abrir contas correntes em bancos, ter acesso ao cartão de crédito e até mesmo ao cheque especial das vítimas, abrindo empresas fantasmas ou fazendo compras pela internet.
Clicar no link também pode abrir margem para invasão dos celulares, permitindo que os estelionatários se passem pelas vítimas e façam outros golpes.
Quem for vítima de um golpe do tipo deve procurar a Polícia Civil do respectivo estado em que vive para registrar a ocorrência.
O sistema de valores a receber, que permite que dinheiro esquecido em instituições financeiras seja recuperado por brasileiros, é real, mas não funciona da maneira que os estelionatários indicam no golpe.
As abordagens não são feitas por WhatsApp nem SMS e o único link oficial para consulta sobre valor a receber é https://valoresareceber.bcb.gov.br/.
Segundo o Banco Central, o sistema, liberado em fevereiro de 2022, foi suspenso em maio do mesmo ano.
Na época, a administração do órgão disse que a greve dos servidores do órgão prejudicou o cronograma de melhorias no sistema.
A data de reabertura do sistema para novas consultas e resgates de saldos e informações sobre valores de falecidos será divulgada “em breve”, de acordo com a instituição.
Informações UOL
Denúncia do Ministério Público foi apresentada nesta segunda-feira (9). Até o final do dia o procedimento deve ser distribuído por meio de sorteio
O Ministério Público Federal (MPF) determinou abertura de uma investigação para apurar possível omissão da Polícia Militar do Distrito Federal diante dos atos de vandalismo que ocorreram no domingo (8). A denúncia pede apuração da conduta do comandante da corporação, Coronel Fábio Augusto Vieira.
A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (9). Até o final do dia o procedimento deve distribuído por meio de sorteio eletrônico.
“O Comando-Geral da Polícia Militar do DF deixou de adotar as medidas necessárias à manutenção da ordem e à segurança do patrimônio público possibilitando a invasão e destruição das sedes dos três poderes”, afirma o coordenador de controle externo da atividade policial, procurador da República Peterson da Paula.
O Antagonista