Por Joilton Freitas
Estamos na reta final para os partidos apresentarem os seus candidatos que vão disputar às eleições de 2022. Essas eleições serão as mais disputadas dos últimos tempos.
A disputa para presidente deve ser polarizada entre Lula e Bolsonaro, a chamada terceira via, até momento não apareceu, e pelo andar da carruagem não vai surgir.
Na Bahia, a situação é igual. ACM Neto e Wagner serão os candidatos do DEM/União Brasil e PT respectivamente. Até o momento, João Roma que é o nome do presidente Bolsonaro para a disputa, patina nas pesquisas.
Os cabeças de chapa das duas maiores força políticas do estado, já estão definidos. Mas a composição da majoritária ainda não. Apesar de que às pesquisas, o contexto e às circunstâncias apontem que a definição tanto na chapa do PT e do DEM/União Brasil seja de fácil solução.
A última pesquisa do Instituto Séculus em parceria com o site Bahia Notícias deixou bem claro que a disputa para o senado será entre o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM/União Brasil) e o atual senador, Otto Alencar.
Mas Ronaldo e Otto, além de serem os líderes isolados nas pesquisas, têm mais uma coisa em comum: são do interior. Ronaldo até mais do que Otto.
José Ronaldo tem demonstrado um vigor de liderança incontestável. Sob sua liderança seu grupo comanda Feira de Santana, o segundo maior colégio eleitoral da Bahia, há mais de 20 anos. Ronaldo foi deputado estadual e federal, ficando sempre entre os mais votados. Às candidaturas ao senado e a governador deram-lhe visibilidade estadual, sendo hoje um dos políticos de melhor recall do estado.
Mas José Ronaldo tem uma vantagem que outros políticos não tem. Ele é incansável na arte de fazer política. Ronaldo dorme tarde e acorda cedo. Como se diz no interior: bate boca de calça o tempo todo. Ronaldo vai até em aniversário de boneca. O homem faz política 24 horas por dia. É por isso se tornou a força política que é hoje.
Mas uma grande liderança política não se constrói apenas indo dormir tarde e acordando cedo. É preciso ter habilidade. Saber construir alianças e pontes políticas é fundamental nessa área. E Ronaldo sabe fazer isso como ninguém.
Ronaldo aprendeu desde cedo que a política é a arte de aglutinar. Sempre evitou agredir moralmente os adversários. Sabe que o adversário de hoje pode vir a ser o aliado de amanhã. Veja o caso do atual prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB).
Em uma campanha para governo do estado é preciso aliar forças para vencer. ACM Neto sabe da importância do interior para a sua campanha. Interior que sempre garantiu a vitória do seu avô. Pelo que se tem visto na sua pré-campanha, a figura da maior liderança política que já teve na Bahia será reativada no eleitorado. E com José Ronaldo, que conhece e sabe fazer a política nessa parte do estado, a chapa majoritária já está formada. Neto sabe que a força para a sua eleição vem também do interior.
Por Joilton Freitas
Na última sexta-feira, a cidade assistiu mais uma barbaridade cometida pelo atual presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Fernando Torres. A invasão ao estúdio da Sociedade News FM, no Programa das Duas, comando por Paulo José, fez surgir narrativas e covardia.
As narrativas vieram da parte do próprio Paulo José, que acha que não teve violência, não teve invasão, apesar de assumir que Fernando adentrou o estúdio de maneira “intempestiva e sem ser convidado”. Depois dois blogueiros sem nenhuma expressão na imprensa; Carlos Lima e Osvaldo Cruz, deram segmento.
Lima e Osvaldo, são pessoas rancorosas: o primeiro foi chutando da rádio Povo, por não conseguir manter o mínimo de audiência. Sempre foi considerado um profissional incompetente. Osvaldo, é um guarda municipal que pensa e brinca de ser jornalista. Além da incompetência, os dois têm mais uma característica em comum: a inveja. Tanto um como outro, se colocaram a serviço do seu senhor, Fernando Torres. A missão: atacar o malvadão, Joilton Freitas.
Mas a decepção partiu do meu colega Paulo José. Ele não conseguiu responder a duas perguntas: Fernando Torres invadiu, sem violência, o estúdio? Ou ele passou por cima da ordem da superintendência da emissora, de não fazer entrevista ao vivo colocando todos em risco?
PJ emitiu um nota ontem, demonstrando toda a sua omissão. Tenta fazer omelete sem quebrar ovos. Quando diz que procurou Fernando para dizer “que ele não falou em invasão” já demonstra o medo que sente de Fernandinho, o Truculento.
Volto a dizer: tudo que disse, no meu site, continuou afirmando. E tudo que eu disse me foi dito por PJ e por quem mais estava no estúdio.
Quero agora narrar mais uma informação que foi me passada no mesmo momento pelos mesmos. Fernandinho estava bastante gripado: “tossia e corizava, e tinha a voz anasalada”. Isso pode ser averiguado no áudio. Portanto, mais um motivo para não estar no estúdio. Será que ele fez exame de Covid-19?
Eu sinto muito por toda essa situação, mas não foi causada por mim. Apenas na condição de jornalista fiz o meu papel. Depois que PJ se omitiu, corri para me apossar do áudio do triste dia. Nele, se ouve e sente, sem narrativas e covardia, o que realmente aconteceu no estúdio. Eu aconselho a todos de boa fé ouvir.
Pronto, acabei de dar mais um motivo para Osvaldo e Lima servirem ao seu dono e senhor, e a PJ, se quiser e achar necessário, ligar para Fernandinho e dizer que nada tem com isso. Fiquem a vontade.
Os narradores de Fernandinho dizem que cabe “até um processo” isso é mais uma maneira de intimidar. Ameaças só assutam covardes, que tenham certeza, não é o meu caso. Já falei várias fez: eu não tenho medo de gente da qualidade de Fernandinho. Ah, aguardo ansioso pelos processos. E para finalizar: Deus odeia covarde.
Por J.R. Guzzo
Ministros Barroso e Lewandowski viraram árbitros definitivos do que é ou não é ciência
Num mundo e numa época cheios de dúvidas, uma coisa se pode dizer com certeza: os ministros Barroso e Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que tomam essas estupendas decisões que vêm tomando sobre as obrigações do cidadão brasileiro diante da covid, sabem sobre medicina menos que um plantonista de pronto-socorro em começo de carreira. Também não sabem nada de biologia, nem de infecções do organismo humano, nem de qualquer disciplina da ciência que possa ser útil no trato dessa ou de qualquer outra doença. Não sabem nada, em suma – por que raios, então, estão dizendo o que as pessoas têm de fazer em questões absolutamente essenciais para as suas vidas?
O primeiro deles baixou um decreto sem precedentes na história da Justiça brasileira, talvez mundial: proibiu os cidadãos brasileiros de entrarem no seu próprio país se não mostrassem para o guarda um “passaporte vacinal” atestando que tomaram duas ou mais doses de vacina contra a covid. Não aconteceu nada de realmente grave, como em geral é o caso com as decisões absurdas – mas o extraordinário é que ele tenha pensado que podia fazer, e feito, uma coisa dessas. O segundo decidiu que o “Ministério Público” está autorizado a retirar da guarda dos pais as crianças que não forem vacinadas – sabe-se lá quantos milhões, num país que não consegue cuidar com um mínimo de decência sequer dos menores abandonados que já estão aí na rua, amontoados uns em cima dos outros.
Barroso, em matéria de ciência médica, tem em sua biografia a devoção pelo curandeiro João de Deus, condenado por estupro e charlatanismo em Goiás. Lewandowski não vale muito mais que isso. Mas, do jeito que ficou o Brasil, os dois, junto com uma multidão de semianalfabetos que têm cargos como governador, prefeito ou fiscal de covid, viraram árbitros definitivos do que é ou não é ciência neste país. Fazem pose de quem sabe o que está falando; o mundo oficial, a mídia e a elite fingem acreditar que eles sabem mesmo. O resultado é que acabam se metendo a tirar dos pais a guarda dos seus filhos – e todo mundo acha que isso é a coisa mais normal do mundo.
O que Lewandowski, seus colegas do STF e quem fica balançando a cabeça diante desses acessos de demência pensam da vida? Querem entregar as crianças aos resorts infantis de luxo que o MP mantém em Trancoso? Não é apenas hipócrita; é estúpido. Estamos assim: um ministro-cientista ou uma “autoridade local” ficam agitados porque o coletivo que contabiliza os mortos da covid veio com algum número horrível? A única coisa em que pensam é: reprimir. É o triunfo da burrice.
Por Joilton Freitas
Na última sexta-feira, cheguei a rádio Sociedade News FM, por volta das 14h30, como faço de costume. Segui direto para a redação, para junto com a produção dar o retoque final do programa Rotativo News, como acontece há quase 16 anos.
Foi nesse momento, que me disseram que o vereador Fernando Torres estava na emissora e no estúdio concedendo entrevista no Programa das Duas, ancorado pelo colega Paulo José. O fato me causou estranheza. A superintendência proibiu terminantemente, devido ao agravamento da pandemia, entrevistas nos estúdios da Fundação Santo Antônio.
Na sequência, antes de ir para o ar com mais uma edição do Rotativo News, que como todos sabem, acontece às 15h, foi que fiquei sabendo através de relato dos colegas: Paulo José, Lucas Ribeiro e Danillo Freitas, como se deu a famigerada entrevista.
O primeiro a relatar foi Lucas Ribeiro, ainda transtornado pelo acontecimento. O relato se deu na redação, de que Fernando Torres, empurrando a porta, adentrou o estúdio pegando todos de surpresa. Exigindo fazer o contraponto na entrevista concedida pelo secretário de Saúde do Município, Marcelo Brito. Lembrando que essa entrevista era por telefone como determina o protocolo da emissora.
O colega Paulo José foi categórico em afirmar que o vereador “entrou de maneira intempestiva” no estúdio e que “ele não foi convidado” pelo mesmo para estar presente no estúdio naquele momento. A revolta de PJ era nítida, o que pode ser constatado no áudio no encerramento do seu programa.
A ação de Fernando Torres não foi nenhuma novidade para mim. E acredito que para qualquer pessoa de boa fé dessa cidade, principalmente no meio da imprensa.
Fernando Torres é um indivíduo que não conhece limite, ética, respeito, civilidade, boa educação. Ele tem na sua cabeça atormentada que pode fazer o que quiser nessa cidade. Inclusive invadir de maneira “intempestiva” como disse PJ, o estúdio de uma emissora da respeitabilidade da Sociedade News FM.
É também do conhecimento de todos a minha posição em referência às atitudes de Fernando Torres. Sou intransigente com as ações desse senhor. Tenho um verdadeiro asco quanto a ele. Mas, para quem me conhece, sabe que jamais inventaria uma mentira para prejudicar quem quer que seja, mesmo um ser abjeto como ele.
Mas fui surpreendido por uma matéria veiculada no blog Rota da Informação. A matéria diz que o colega PJ me desmente. Que nada daquilo aconteceu. Que inclusive “ele foi convidado várias vezes”. Hoje, pela manhã, por volta, das 11h, liguei para Paulo José, ele estava mais transtornado ainda. Perguntei como ele estava. Me disse que Fernando “terminou de me ligar. Me xingou e me disse vários desaforos”. Eu não sei se o que contém na matéria do referido blog, foi dito por PJ. Parece que sim. Pois, o colega não veio a público desmentir e nem me ligou para isso.
É preciso que esse episódio fique bem claro: foi Fernando Torres que de maneira “intempestiva” invadiu o estúdio exigindo a entrevista? Ou foi o colega Paulo José que passou por cima do protocolo e da determinação da superintendência e colocou Fernando Torres dentro do estúdio, arriscando a vida dele e dos colegas?
Maneira intempestiva, é para mim, um eufemismo para quem quer encontrar uma palavra que substitua, de maneira conveniente, a palavra truculência. Portanto, é preciso que esse episódio fique bem esclarecido. E aqui vai um pedido para o meu colega Paulo José: Qual é a verdade, homem?
Por Ricardo Kertzman
O meliante de São Bernardo passou a vida obcecado por si mesmo, por dinheiro e pelo poder
Lula costuma dizer que é um retirante miserável, que passou fome e privações de toda sorte durante a infância no Nordeste, que é filho de mãe que ‘nasceu analfabeta’ (como se alguém nascesse diferente), etc.
Como não há prova em contrário – e diante do flagelo que acomete, sei lá, 80% a 90% dos nordestinos, infelizmente, a história contada pelo petista, como forma de vitimismo eleitoreiro – é justo que acreditemos nele. O que Lula não conta é que, muito jovem ainda, escolheu: não estudar; não trabalhar; se tornar agitador social; viver da política; perseguir poder e riqueza a qualquer custo; se transformar em um populista manipulador. O pai do Ronaldinho dos Negócios – e a história me socorre irrefutavelmente -, jamais se preocupou com o País e o povo. Ao contrário. Pautou sua vida política pela destruição dos adversários, oposição irresponsável e cisão social.
Ao longo de décadas se aproximou e se associou ao que há de pior no mundo (terroristas e ditadores sanguinários), recebendo dinheiro e financiando horrores inimagináveis a quem, como nós, bem ou mal, vivemos em uma democracia.
Fez oposição sistemática e boicotou o Plano Real; as políticas assistencialistas e a lei de responsabilidade fiscal, de FHC; e reformas na educação, trabalho e saúde promovidas por todos os governos não petistas.
Uma vez no poder, cuspiu na cara de aliados históricos e correu para o colo do centrão, e de banqueiros oportunistas e empreiteiros corruptos, e liderou o maior esquema de corrupção que se tem notícia no ocidente democrático.
Graças à políticas desastradas e à cleptocracia sem freios, sobretudo após a hecatombe Dilma Rousseff, a sociedade cansou e decidiu mudar o rumo. Infelizmente, a alternativa ao lulopetismo se mostrou um desastre ainda maior. Sim. Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, sempre foi isso: o anti-PT. Ou seja, essa desgraça em forma de gente só é o presidente da República por causa de Lula da Silva. Foi eleito pelo ódio coletivo, jamais por seus méritos.
Agora, após o salvo-conduto concedido vergonhosamente pelos compadres do STF, o líder do mensalão e petrolão encontra-se próximo a assumir novamente o País, leia-se, causar ainda mais mal do que já causou.
Sua eleição representará a vitória definitiva da impunidade e do tal ‘sistema’, onde bandidos da pior espécie ocupam os espaços do Poder e atuam em causa própria e de seus, contando com a ignorância política do eleitorado.
Lula sempre fez mal ao Brasil. Ao que tudo indica, seu saco de maldades está cheio. Hoje, é o favorito para nos castigar mais um pouco. Só eu e vocês, leitores amigos, através do voto, podemos mudar a direção dessa tragédia que se avizinha.
E não! Bolsonaro, definitivamente, não é, nunca foi e jamais será a solução. Muito pelo contrário.
Informações O Estado de Minas
Por Caio Coppolla
Somos o país em que causídicos milionários e bem relacionados têm licença tácita para frequentar as altas Cortes vestindo traje-informal-completo, da bermuda ao sapatênis — privilégio, por exemplo, de Antônio Carlos de Almeida Castro, o dr. Kakay.
É por estas bandas que um político (ex) corrupto condenado em várias instâncias se vê homenageado por aplicadores do direito como “o símbolo mais elevado da Justiça” — palavras do dr. Alberto Toron.
No Supremo, um terrorista assassino teve sua inocência sustentada na tribuna por um advogado que, apesar (ou em razão) dessa mentira, se credenciou para ocupar uma cadeira no próprio STF. Assim ascendeu ao cargo o ministro progressista Luís Roberto Barroso.
Em declarações, discursos e delírios dos criminalistas, há tantas pérolas da bandidolatria que seria possível fazer um colar
Todavia — com a necessária ressalva de que tudo é possível no “faroeste à brasileira”, essa terra sem lei onde o bandido é amigo do xerife e quer prender o mocinho —, a facção dos advogados pela impunidade atingiu um recorde insuperável na fala recente do dr. Antônio Claudio Mariz:
“Se o crime já aconteceu, de que adianta punir?
Que se puna, mas que não se ache que a punição irá combater a corrupção”.
É de imaginar a falta de educação que impera no lar da família Mariz, onde aparentemente a advertência, a repreensão e a punição em geral são vistas como mecanismos inúteis para desestimular, dissuadir e — por que não — combater o mau comportamento. Pelo bem das novas gerações, torcemos para que a casa do ferreiro tenha espetos de pau e que essa leniência com a corrupção adulta não se estenda à malcriação infantil.
A preocupação com a criação dos pequeninos é legítima — em declarações, discursos e delírios anteriores do criminalista, há tantas outras pérolas da bandidolatria que seria possível fazer um colar:
“Não se combatem corrupção e crimes com cadeia”;
“O que evita o crime são medidas que deveriam ser adotadas antes. Deveríamos ter cuidado com as crianças carentes. Temos de atacar as raízes do crime”.
Imagina o tipo de carência e privação que levou jovens pobres e inocentes, como José Dirceu, Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, para a marginalidade! A propósito, será que os clientes presidenciáveis do dr. Antônio Claudio Mariz — a saber, Aécio Neves e Michel Temer — tiveram uma infância muito sofrida, sem o amparo das suas famílias? Coitados.
Deboche à parte, a falácia do bandido como vítima da sociedade não emplaca mais, muito menos nos crimes do colarinho-branco, e especialmente quando a elite do governo é pega desviando verba pública. Fora a desonestidade intelectual de ignorar o caráter dissuasório e preventivo da pena: em muitos casos, a mera expectativa e o receio da punição já são suficientes para fazer o indivíduo desistir da conduta socialmente indesejável. Aliás, isso não vale apenas para os clientes corruptos do dr. Mariz, vale também para as crianças malcriadas da sua família.
Informações Revista Oeste
– O prefeito Colbert se comporta como “tiro surdo”, termo do jargão policial, diz um blog.
– Se não há respeito pelo homem, deve-se ter, ao menos, ao cargo.
– Quem acha a Justiça lenta não conhece o juiz Nunisvaldo dos Santos.
– Em 24h impôs duas derrotas à Câmara, na quebra de braço com o governo municipal.
– O secretário Marcelo Britto foi ao frio para cuidar de problemas respiratórios da esposa. É o mesmo que cuidar de queimaduras no deserto do Saara.
– Um ex-prefeito da região anda na maior pindaíba. Chifrado e liso.
– No dia anterior à visita de Rui Costa a Santa Bárbara, teve que dormir de favor, em Feira de Santana, cheio de manguaça – e outras coisas mais.
– Pablo, Geilson, Tom e Ângelo Almeida. Feira pode recuperar a representatividade na Assembleia Legislativa.
– Antes que questionem, tem José de Arimatéia também. Mas esse é um mandato perna de cobra.
– Entre a quinta e a sexta o Protagonista foi o site/blog mais acessado de Feira.
– Todos têm direito ao contraditório. Acusado de bater na mulher, o superintendente da SOMA também tem.
– A expectativa, agora, é pela postura do prefeito Colbert Filho sobre o assunto.
– O vereador Paulão correu para cochichar com Rui Costa. O pidão quer estrada asfaltada e UPA em Jaguara. Quem não deve gostar é Zé Neto.
– Alguns nomeados da Prefeitura usam a rede social para justificar o salário. Aparentemente sem ter o que fazer no governo, utilizam o tempo ocioso para “morder”.
– Acham que grupo de WhatsApp é o cajado da verdade e da justiça. Pitbulls banguelos.
– A Secretaria da Mulher, em Feira de Santana, só existe no dia 30 de cada mês.
– A relação entre as agência publicitárias e a Prefeitura é tratada como tabu.
Por hoje é só. Vou ali, fazer um tratamento respiratório no Alasca.
Publicação simultânea entre o Rotativo News é O Protagonista
Por José Carlos Teixeira
Ensinou-me, a respeitada e querida professora Elza Santos Silva, nas aulas sobre as figuras de linguagem, quando eu alisava os bancos do Colégio Estadual de Feira de Santana, que a antonomásia é uma variedade de metonímia.
Ocorre quando substituímos o nome de uma pessoa, de um objeto, de um lugar e até mesmo de uma instituição, por outra denominação com uma conotação sugestiva, explicativa, laudatória, irônica e até mesmo pejorativa.
Por exemplo, quando usamos “Princesa do Sertão” em lugar de Feira de Santana; “Rei do Futebol”, em vez de Pelé; “O Mais Querido” em substituição a Flamengo.
Os políticos adoram as antonomásias – exceto, é claro, quando elas têm como objetivo prejudicá-los, por obra e graça de adversários.
Getúlio Vargas gostava de ser chamado “Pai dos Pobres”; ACM quando foi prefeito de Salvador tornou-se o “Pelé Branco das Construções”, depois virou o “Cabeça Branca”; Fernando Collor, até ser cassado, era o “Caçador de Marajás”; Ulysses Guimarães, o “Senhor Diretas”; Fernando Henrique era o “Príncipe da Sociologia”; Lula, o “Sapo Barbudo”, uma criação de Brizola, aliás; e Waldir Pires, o “Moleza”.
No campo da política, antigamente, as antonomásias na maioria das vezes eram criadas por áulicos de gabinete, assessores puxa-sacos ou algum jornalista bajulador. Mais recentemente, passou à esfera dos marqueteiros, como recurso para valorizar um aspecto positivo da personalidade do político por ele atendido – ou um aspecto negativo, quando o interesse é desqualificar um antagonista.
Foi por meio do marketing que o governador Rui Costa ganhou uma antonomásia. Ele tornou-se o “Correria”.
A assessoria do governador diz que a expressão surgiu em decorrência do ritmo acelerado que Rui teria imprimido ao governo no primeiro ano do mandato. Impressionados, dirigentes de órgãos públicos, inicialmente, e populares, na sequência, passaram a chamar o governador de “Correria”.
Não é verdade. A expressão já estava no jingle da campanha eleitoral de Rui em 2014. Em determinado trecho, a letra diz: “Esse cara é humildade, é diferente / é coragem, é correria, segue em frente”.
Dou como certo que a palavra correria entrou na letra do jingle como resultado de indicativos apontados em grupos de pesquisa qualitativa, como uma característica positiva a ser incorporada ao candidato – uma forma de contrapor-se sutilmente ao governador da época, Jaques Wagner, tido como lento.
Durante os últimos sete anos, o marketing do governo trabalhou a imagem de Rui incorporando esse conceito, reforçando a antonomásia. Basta olhar: na propaganda do governo, sobretudo nas redes sociais, é correria pra cá, correria pra lá, correria pra tudo e todo canto.
A tarefa difícil agora, para os sábios marqueteiros governistas, é convencer o eleitor que se acostumou à correria, por força da propaganda massiva, a apoiar uma volta a um passado de lentidão.
Como sabemos, Jaques Wagner, antecessor e agora virtual candidato a sucessor de Rui, deixou o governo em 2014 carregando uma antonomásia negativa que lhe foi pespegada pela oposição: ele era o “Wagareza”.
Ou seja, o que foi bom para Rui nas eleições de 2014 e 2018, pode se tornar um problemão para Wagner em 2022.
Como se vê, também na política, o que dá para rir dá para chorar. É “questão só de peso e medida, problema de hora e lugar”, como nos alerta o compositor Billy Blanco na letra de “Canto Chorado” – samba defendido por Jair Rodrigues na 1ª Bienal do Samba, realizada pela TV Record em 1968, e sucesso nacional na gravação do grupo Os Originais do Samba.
*José Carlos Teixeira é jornalista, graduado em comunicação social pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em marketing político pela Universidade Católica do Salvador.
Informações Olá Bahia
Por Luiz Américo Lisboa Júnior
Ivete Sangalo foi muito infeliz ao xingar o presidente, outros desejam-lhe a morte todos os dias, mas nestes tempos neuróticos que estamos vivendo as pessoas dizem “mas o Bolsonaro falou isso e aquilo” e aí se sentem aliviadas porque afinal estão respondendo no mesmo tom as ofensas recebidas. Isso é uma estupidez. Nos meus mais de 35 anos de atividade acadêmica nunca presenciei esse ódio jacobino todo, apesar de sabê-lo latente, e olhe que quase a totalidade dos professores são de esquerda. Num seminário na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no curso de história em novembro de 2018 logo após a eleição de Bolsonaro uma professora brasileira doutora, foi realizar uma palestra sobre os últimos 30 anos do Brasil, porém, o seu foco o tempo todo se centrou em Bolsonaro e os termos foram de misógino – o genocida foi uma criação posterior – pra lá e ele nem tinha assumido ainda, e isso se replicou como uma ordem unida organizada por todas as universidades estrangeiras e brasileiras, portanto, foi a esquerda que ficou neurótica desde o primeiro momento, porque quando viu a possibilidade real da perda do protagonismo politico e intelectual entrou em pânico e foi a loucura. Neste mesmo seminário – diga-se de passagem, na época Lula estava preso – o nome dele não foi citado. Ora, estávamos num seminário de História luso brasileiro e o corte temporal da palestra eram os últimos 30 anos do Brasil e não os próximos 30 anos, porque somos historiadores, não videntes. Quando foi dada a palavra aos presentes para questionamentos eu me habilitei logo, e fiz mostrar a professora, a plateia e aos professores a maioria portugueses, que Lula estava preso e demonstrei o porquê, falei do mensalão, petrolão, impedimento da Dilma, apresentei números da Lava Jato, o legado de miséria social e econômica com a destruição do tecido social brasileiro e o prejuízo moral provocado ao país pelo petismo, tudo demonstrado a luz da história com fontes irrefutáveis. Depois da minha argumentação fiz então a pergunta: onde estavam a academia e os intelectuais de esquerda brasileiros que não se indignaram como ela estava se indignando naquele momento com tantas provas da degradação moral provocada ao país pelo petismo e seus sócios, e porque a professora não mencionou a tragédia da corrupção petista já que estávamos falando sobre os últimos 30 anos, mais da metade deles com o PT no poder? O constrangimento foi visível, a resposta veio com evasivas e um pitada de ironia misturada com revolta e agressão bem educada, reação típica de quem não tem argumentos e achava que ia encontrar um palco com seu público permanente de plantão, ou seja, não respondeu e ficou desconcertada, um vexame. Digo isso, para demonstrar uma realidade, e como historiador uma constatação: primeiro não existe polaridade hoje no país e sim democracia com opiniões divergentes – evidentemente acaloradas – nunca aceitas pela esquerda porque sempre quis impor a ditadura do pensamento único, fato amplamente documentado. Segundo, porque o maior legado de Bolsonaro não serão estradas, pontes etc, mas a retirada da esquerda do armário com sua hipocrisia travestida de bom mocismo e virtuosidade e o retorno do pensamento conservador no Brasil, incluindo o debate de alto nível, a democracia como alternância de poder e o respeito as liberdades e ao contraditório. Isso sim é a maior raiva da esquerda porque a atingiu mortalmente. O Brasil mudou e o esperneio dos que não acompanham mudanças históricas é fruto dessa negação, portanto, quem é negacionista é a esquerda com seus pensamentos retrógrados, analógicos e anacrônicos. A esquerda pensa em preto e branco, a direita olha para o futuro.
*Luiz Américo Lisboa Junior é historiador
Por Daiana Paris Rodríguez
Demorei um tempo pra decidir escrever esse texto. São muitas ideias e sentimentos que me atravessam nesses tempos chuvosos.
Aqui no Brasil ainda se fala muito pouco sobre as mudanças climáticas. O que ouvimos são discursos “importados” e notícias de situações que nos parecem muito distantes da nossa realidade.
Em novembro aqui no litoral da Bahia sempre caem as “chuvas de verão” que refrescam e introduzem nosso bem conhecido verão baiano, retratado por selfies de festas e praias ensolaradas. Mas esse ano foi diferente. Tá tudo debaixo d’água. Muitos dos frequentadores que “amam a Bahia” não vieram. Os que vieram em suas mansões de veraneio reclamam do tempo que não deu pra bronzear.
Enquanto isso temos casas alagadas e destruídas. Pessoas desalojadas. Comunidades isoladas. Estradas, barrancos, postes de luz, comunidades indígenas, bairros inteiros, tudo devastado. Cidades debaixo d’água. E tudo isso tem culpados, não é meramente culpa da natureza.
Para além das mudanças no clima estou falando de justiça climática. O que implica em justiça social.
O Litoral baiano, conhecido mundialmente, sofre a desenfreada especulação imobiliária. A cada ano que passa – e com um aumento apavorante nos últimos anos em que discursos governamentais incentivam e autorizam a devastação ambiental – o desmatamento cresce.
Aqui em Trancoso e região (mas não só) imensos condomínios tomaram lugar do que eram áreas de mata, restinga e manguezal. Aterraram cursos d’água naturais e áreas em que naturalmente as chuvas fluíam e formavam lagos e riachos foram substituídas por construções.
As cidades crescem focando no lucro dos investidores, não na mobilidade, acessibilidade e bem estar da população. Não na preservação da natureza, da cultura, dos biomas. O centro e as praias vão adquirido preços surreais. Classes operárias são obrigadas a ir para as periferias e zonas rurais, que crescem a cada dia sem planejamento, sem infraestrutura. A tal da gentrificação.
E o que isso tem a ver com os alagamentos? Tudo.
Quando chove a água precisa correr e seguir seu fluxo. Mas se o chão está impermeabilizado, se onde a água deveria se acumular existem casas, ruas, construções. Se a mata ciliar não existe mais. Se os lagos e fluxos d’água foram aterrados… É isso que acontece.
E se não existe justiça social então temos um problema de justiça climática. Um estado de calamidade. Porque são os mais pobres que estarão vivendo sem estruturas adequadas para situações de chuva intensa, em zonas de risco de alagamento. Em zonas onde talvez não devessem existir bairros, mas que é o lugar possível em todos esses processos de especulação imobiliária, gentrificação, “desenvolvimento” e “progresso” com foco no lucro e não na Vida.
Então você que ama a Bahia, ajude a Bahia.
Ajude agora, quando é urgente.
Mas também ajude a mudar esse sistema de turismo exploratório, de destruição ambiental disfarçada de empreendimento.
Nossa terra e nosso povo não são recursos a serem explorados. São a verdadeira riqueza desse lugar e merecem ser pensados no centro antes de tudo.
Não culpe a natureza, tudo isso é consequência da ganância humana, de uma cosmovisão moderna doente.
27 dezembro 2021
Trancoso – Bahia
Daiana Paris Rodríguez