Após um grupo de manifestantes atacar, na noite de sexta-feira (20), uma loja do Carrefour em São Paulo, a jornalista Patrícia Poeta, da Rede Globo, se referiu ao grupo como vândalos. A declaração ocorreu durante o programa É de Casa deste sábado (21) e gerou críticas e apoio nas redes sociais.
– A gente quer união e paz. Tenho falado muito com as pessoas do sul. Houve protestos democráticos. Os protestos são muito bem-vindos. Acho isso realmente lindo. A gente não pode deixar vândalos se infiltrarem nesses protestos dignos e esvaziarem a causa (…) Soube que as pessoas que estavam democraticamente protestando acabaram saindo porque vândalos se infiltraram e começaram a atirar pedras em policiais negros. Isso acaba esvaziando o que era a causa (…) A gente tem que mostrar, denunciar, acompanhar, mas não deixar que isso vire uma guerra. Aí estamos aumentando a intolerância. A gente quer inclusão – explicou a jornalista.
Manifestantes atacam loja do Carrefour em São PauloO ataque à loja do Carrefour em São Paulo ocorreu após a 17ª Marcha da Consciência Negra, que pediu justiça por João Alberto Silveira Freitas, morto depois de ser espancado por seguranças no estacionamento de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre (RS).
O grupo atacou o Carrefour com paus e pedras e destruiu vidraças. Alguns manifestantes ainda entraram dentro da loja e colocaram fogo em produtos. Funcionários do estabelecimento apagaram o incêndio com extintores e fecharam a unidade ainda com clientes dentro. Ninguém ficou ferido.
De acordo com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, o espancamento começou após um desentendimento entre João Alberto e uma funcionária do Carrefour na noite de quinta-feira (19). A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que acionou a segurança da loja.
Os dois suspeitos pelo crime foram presos em flagrante. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro trabalhava como segurança do supermercado e está em um prédio da Polícia Civil.
A investigação trata o crime como homicídio qualificado. A Polícia Civil informou que os nomes dos seguranças presos são Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva.
O primeiro resultado da necropsia realizada pela perícia indicou que João Alberto Silveira Freitas morreu por asfixia.
Em nota, o Carrefour lamentou o caso e disse que tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.
Informações: Pleno News
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