Declaração foi dada depois de reunião com líder francês, Emmanuel Macron
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira 1º que está pronto para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e colocar um fim na guerra na Ucrânia que já completou nove meses.
“Estou disposto a conversar com Putin se estiver buscando uma forma de pôr fim à guerra”, afirmou Biden, em entrevista coletiva na Casa Branca depois de uma reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron.
Segundo o presidente norte-americano, essa conversa com Putin aconteceria, hipoteticamente, em consultas com a França e os demais aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Entretanto, disse Biden, o presidente russo não deu sinais que facilitassem essa conversa. “Enquanto isso, acredito ser absolutamente decisivo, como disse Macron, que apoiemos o povo ucraniano”, acrescentou.
Essa é a primeira vez que ele fala sobre um possível diálogo com a Rússia. O presidente dos EUA enfatizou que Putin errou em todos os cálculos feitos até agora, especialmente quando considerou que “seria recebido de braços abertos” pelas regiões de língua russa da Ucrânia. “A questão é: como você vai sair da situação em que se meteu? Estou disposto, se quiser, conversar”, reiterou o governante americano em seu pronunciamento.
Macron, que mantém contato com Putin, concordou com o posicionamento do norte-americano, entretanto, destacou que quem quis começar a guerra em fevereiro foi Putin e que é “legítimo” que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estabeleça pré-condições.
“Se queremos uma paz duradoura, temos que respeitar que os ucranianos definam o momento e as condições em que negociarão sobre seu território e seu futuro”, afirmou Macron.
Para o presidente norte-americano, Putin não vencerá a guerra. “Ele pensa que pode quebrar a vontade de todos os que se opõem às suas ambições imperialistas, atacando a infraestrutura civil na Ucrânia, sufocando a energia na Europa, aumentando os preços ao exacerbar a crise alimentar. Mas não conseguirá”, ressaltou.
O Ocidente tem apoiado a Ucrânia, com envio de armas e dinheiro.
Informações Revista Oeste