Foto: Adriano Ishibashi
Mais de 35 milhões de transações via Pix no valor de um centavo foram registradas no ano passado. As informações são do Banco Central (BC), que registrou um aumento de 43% nessas transferências instantâneas de valor insignificante, em relação a 2022.
Lançada em 2020, a modalidade caiu no gosto da população. E o Pix de um centavo tem sido usado como forma de comunicação. Ao efetivar a transferência, o pagador pode escrever uma mensagem de até 140 caracteres para o recebedor da quantia.
A estudante Maria Alice Oliveira, de 16 anos, conta que a transação de um centavo normalmente é usada para brincadeiras entre ela e os amigos.
— Teve uma vez que minha amiga me mandou fingindo que era um alerta de golpe na minha conta. Outra vez eu bloqueei um amigo brincando (em aplicativos de mensagem), porque ele estava me irritando. Ele me mandou o Pix desesperado pedindo para desbloquear — disse.
No ano de estreia da ferramenta, foram registradas apenas 236 mil transações de um centavo. Um ano depois, o número já cresceu para 9,2 milhões, segundo dados do BC. As transações continuaram crescendo, com 24,6 milhões de transferências do tipo em 2022.
No Pix, é possível usar telefone, CPF ou CNPJ, e-mail, e uma combinação aleatória de algarismos como chave do sistema de pagamento.
Jornal Extra