Jogadores do Palmeiras foram alvos de racismo durante a vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela segunda rodada da Libertadores Sub-20. O episódio ocorreu no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, quando os atletas Luighi e Figueiredo foram insultados por torcedores adversários.
Aos 36 minutos do segundo tempo, Figueiredo foi alvo de gestos racistas ao deixar o campo substituído. Já Luighi foi chamado de “macaco” por torcedores do Cerro Porteño. O jogador tentou alertar a arbitragem, mas o árbitro Augusto Menendez ignorou a denúncia. Abalado, Luighi chorou no banco de reservas.
Após a partida, o jovem atacante criticou a omissão da imprensa sobre o caso. “É sério isso? Não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? Até quando a gente vai passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime”, desabafou.
O Cerro Porteño ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
Conmebol e Ministério do Esporte repudiam o caso
A Conmebol divulgou nota oficial condenando os ataques racistas. “A Conmebol rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”, declarou a entidade.
O Ministério do Esporte também repudiou o caso e cobrou providências. “O racismo é crime e não será tolerado em hipótese alguma. Este Ministério exigirá uma investigação rigorosa e a aplicação das sanções cabíveis”, afirmou a pasta.
Informações Bahia.ba