A assassina em série canibal russa Tamara Samsonova é suspeita de matar até 11 pessoas ao longo de duas décadas. Apelidada de “Vovó Estripadora”, ela foi presa em 2015.
A aposentada russa Tamara Samsonova foi presa em 28 de julho de 2015, sob suspeita de matar uma mulher de 79 anos, cortar seu corpo e jogá-lo em diferentes partes do bairro em que vivia em São Petersburgo, na Rússia. Na época da prisão, ela tinha 68 anos.
A última vítima. Segundo a CNN, a polícia disse que os sacos encontrados continham partes do corpo da também aposentada Valentina Ulanova, com quem Samsonova vivia temporariamente.
O corpo —já sem cabeça— de Ulanova foi encontrado perto de um lago em São Petersburgo. O pacote ficou lá por vários dias até que um transeunte decidisse investigar e alertar a polícia.
Uma busca de casa em casa com o auxílio de imagens de câmeras de segurança levou as autoridades à porta de Samsonova. Os policiais encontraram mais partes de corpos em sacos plásticos pretos e vestígios de sangue por todo o apartamento. As imagens mostravam a idosa tirando vários sacos plásticos grandes e suspeitos do prédio em que morava no meio da noite.
Samsonova amassou 50 comprimidos para dormir e colocou na salada da amiga, segundo a polícia russa. Fontes dizem que ela ferveu a cabeça e as mãos da vítima, na tentativa de dificultar a identificação dos restos mortais.
Na época, ela foi apelidada pela mídia de “Vovó Estripadora”. Ao investigar o caso, a polícia russa afirmou que a idosa era suspeita de matar até 11 pessoas —incluindo o marido— ao longo de duas décadas. Samsonova é suspeita até mesmo de comer algumas de suas vítimas.
Samsonova escreveu em um diário sobre como cortou partes dos corpos das vítimas e as comeu. Segundo o Daily Mail, os registros estavam escritos em alemão, inglês e russo.
Relatórios da época afirmam que, no diário, ela admitiu até dez assassinatos separados. No entanto, o Comitê de Investigação Russo não forneceu detalhes completos sobre o caso.
Um relato divulgado pela mídia russa na época trazia o seguinte trecho assustador: “Eu matei meu inquilino Volodya, cortei-o em pedaços no banheiro com uma faca, coloquei os pedaços de seu corpo em sacos plásticos e joguei-os fora em diferentes partes de Frunzensky.”
Tais relatos eram intercalados casualmente com ações cotidianas, como, por exemplo, “dormi mal” ou “bebi café”.
No entanto, ainda segundo as investigações, Samsanova confessou apenas dois assassinatos após sua prisão e disse ao juiz que suas ações foram “deliberadas”. Ela afirmou: “Há dezenas de anos eu estava me preparando para esta ação judicial. Tudo foi feito deliberadamente. Com este último assassinato fechei o capítulo.”
Ela se recusou a cooperar com a polícia nas outras suspeitas de assassinatos. “Talvez nunca saibamos a extensão dos assassinatos desta avó”, disse uma fonte próxima à investigação ao Daily Mail na época.
Após sua prisão, Samsonova foi fotografada mandando beijos para repórteres no tribunal. Ela também foi filmada comemorando quando o juiz a informou que ela seria mantida sob custódia.
Sou assombrada por um maníaco que vive no andar de cima e me forçou a matar. Não tenho outro lugar para morar. Sou uma pessoa muito idosa e deixei todo o assunto de lado deliberadamente. Pensei 77 vezes sobre isso e então decidi que deveria estar na prisão. Morrerei lá e o Estado provavelmente me enterrará.
Tamara Samsonova aos repórteres após audiência em 2015”
Depois do julgamento, ela foi enviada a um hospital psiquiátrico onde permanece até hoje, de acordo com o Daily Star.
Informações UOL