De:
Carlos Roberto Trannin
01 de Maio de 2021, dia do Trabalho, foi um feriado histórico no Brasil porque foi diferente de todos os dias primeiro de maio do passado.
Neste dia, em mais de mil cidades brasileiras, em grandes capitais e pequenas cidades, pequenos grupos ou grandes multidões se reuniram em uma manifestação espontânea, democrática, genuinamente cívica.
Pela primeira vez não havia bandeiras vermelhas, não havia cantores populares pagos com cachês fabulosos, não havia ônibus fretados com dinheiro de sindicatos, nem distribuição de alimentos ou kit de camisetas e bonés distribuídos com dinheiro de contribuição sindical compulsória.
Não havia discurso de lutas de classes, nem líderes marxistas fazendo discursos inflamados, nem coletivos, nem lutas identitárias, todos éramos um.
Havia jovens, idosos, crianças, casais com carrinhos de bebês, vestindo as cores nacionais, verde e amarelo. Todos vieram espontaneamente e pagaram suas próprias despesas.
O país, o estado, o município não gastou um centavo do dinheiro público. Não houve depredações e não se jogou lixo nas ruas.
Não era preciso a polícia, e quando existia, em geral era aplaudida. Não houve confronto nem mesmo em Fortaleza onde a polícia, obedecendo ordens opressivas e ditatoriais ordenou que fossem retiradas de todos os carros as bandeiras de nosso País, o pavilhão nacional. Que absurdo, que loucura, que ultraje.
Em grandes e pequenas cidades milhares de milhares de brasileiros saíram às ruas no mais lindo, mais cívico e mais bonito primeiro de maio do mundo, um primeiro de maio para cantar o Hino Nacional, para orar, para apoiar o Brasil e o Presidente da República.
Havia um senso maravilhoso de pertencimento, de amor ao Brasil. Havia uma coisa muito especial também: havia alegria, enorme, que se pudesse eu engarrafava e distribuía de graça para todas as pessoas, só para mostrar às pessoas como foi bom estar lá.
Quando acabou não queríamos ir embora. As pessoas ficavam na praça, conversando. As cores verde e amarela e as músicas criavam uma atmosfera cívica, alegre. Vários carros que passavam buzinavam em sinal de apoio.
Pelo caminho voltávamos cheio de orgulho, de alegria, com o senso de missão cumprida, com o sentimento de que não estamos sós, de que há milhões de brasileiros em milhares de cidades do Brasil que pensam como a gente pensa, que dividem o mesmo sentimento, o mesmo amor à pátria, a mesma inconformidade com os movimentos esquerdistas.
Um dia como o de hoje nos lembra que o Brasil não é esse Brasil da televisão, esse Brasil dos jornais e dos discursos e narrativas ideológicas deprimentes, vazias e cansativas.
O Brasil é muito mais que isso, nos campos, nas fábricas, nas igrejas, nas vidas familiares, pessoas que lutam, que trabalham, que amam esta nação.
Esse primeiro de maio foi histórico, não foi dos sindicatos esquerdistas, dos movimentos socialistas, das bandeiras vermelhas, mas do povo brasileiro, foi o Dia do Trabalho mais bonito do mundo.
Carlos Roberto Trannin