Desde o primeiro minuto, o PT lançou-se numa guerra aberta contra a produção, a iniciativa privada e o capitalismo em geral
O ministro da Fazenda acaba de dizer que o Banco Central (BC) “também tem de ajudar o governo”. Está errado, e essa é mais uma das razões pelas quais nada de relevante deu certo até agora nos primeiros três meses do governo Lula; a ideia geral da coisa está fundamentalmente errada. O BC não está aí para “ajudar o governo”. Sua função é cuidar do valor da moeda nacional, tentando que esse valor seja amanhã mais ou menos o que é hoje; não serve ao governo, e sim ao cidadão, principalmente o mais pobre. Este não costuma ter reservas; vai simplesmente à ruína se o pouco dinheiro que tem no bolso chega ao fim do mês valendo muito menos do que começo.
Todo o governo Lula e o PT estão obcecados com o BC — além de Bolsonaro e do senador Sergio Moro. Percebem, irritadíssimos, que a economia, o governo e o país vão mal — mas é claro que se negam terminantemente a entender que esse desastre em formação é resultado único e exclusivo da má qualidade patológica da equipe de ministros que Lula armou à sua volta, e da militância primitiva de suas posições econômicas. Sem consertar isso, e aí é trabalho de carpintaria pesada, não vão resolver nada, nunca. Mas quem é que diz que Lula quer resolver alguma coisa com racionalidade? Ele acha muito mais fácil, como sempre, fugir do seu fracasso escolhendo um culpado a quem possa atacar com o mínimo de risco e com o máximo de demagogia. No caso, escolheu o BC. Desde o primeiro dia, é culpado por tudo o que está acontecendo de ruim no Brasil por causa da incompetência terminal do presidente da República.
Informações Revista Oeste