A temperatura na Câmara Municipal de Feira de Santana continua em alta. O último pronunciamento do presidente da Casa, Fernando Torres, que é o principal responsável pelo aquecimento, dá a dimensão do fogo.
No início desta legislatura, o fogo foi de monturo, hoje, não mais. Eu disse, em outro artigo, “As pedras de Torres” que o vereador tem um projeto de poder. Que ele não medirá esforços para alcançá-lo. Ele se vale do grupo que criou, o chamado Grupo dos 10, para perseguir o seu objetivo.
No seu último pronunciamento na Tribuna da Câmara, ele mais uma vez colocou em prática o seu plano ambicioso. Atacou ferozmente o prefeito, Colbert Martins. Chegou ao ponto de dizer que o gestor municipal “poderia botar os cargos naquele lugar…” e que a CPI das Cestas Básicas só não será instalada “se tiver muito convencimento” e “muita conversa”. Ora, o nome disso não seria chantagem? Fica o questionamento.
O linguajar de bordel, sempre usado pelo vereador, já é conhecido da sociedade feirense. O que não está dando para entender é os seus pares assistirem ao circo de horrores sem nada dizer.
Mas cabe ao prefeito tomar uma posição junto a bancada de sustentação. Colbert Martins precisa exercer o poder, que não é pouco, e enquadrar os seus aliados na Câmara. Se não o fizer, verá durante o atual período legislativo, Fernando Torres comandar o picadeiro. Vale a máxima: não é o poder que é triste. Triste é não poder exercer o poder.