O jogador de futebol uruguaio Juan Izquierdo faleceu na última terça-feira (27), após sofrer uma parada cardíaca causada por uma arritmia. Cinco dias antes, durante a partida entre Nacional e São Paulo pelas oitavas de final da Libertadores, ele passou mal e desmaiou em campo. A tragédia trouxe à tona discussões importantes sobre a arritmia cardíaca e a prática esportiva.
A arritmia cardíaca é caracterizada por batimentos cardíacos irregulares. Esses batimentos podem ser mais lentos (bradiarritmias) ou mais rápidos (taquicardias) do que o normal. É fundamental entender como essa condição afeta os atletas e como deve ser gerida.
O cardiologista Aristides Medeiros Leite explica que o coração, funcionando normalmente, gera impulsos elétricos para regular seus batimentos. Esses impulsos têm uma sequência organizada que permite a circulação adequada de sangue.
Existem arritmias leves, sem grandes repercussões, e arritmias severas, que podem ser potencialmente malignas. A prática esportiva para quem possui arritmia depende do tipo e da severidade da condição.
De acordo com Aristides Medeiros Leite, casos severos de arritmia ou aqueles significativamente sintomáticos geralmente contraindicam a prática de esportes, especialmente os competitivos. A prática podem demandar esforços intensos e longos, aumentando os riscos.
No entanto, as arritmias leves ou que não se manifestam durante exercícios físicos não são necessariamente impedimentos para atividades físicas. A avaliação médica é crucial para determinar a segurança.
Eliana Corrêa, fisioterapeuta, destaca que a avaliação médica é indispensável para quem tem arritmia e deseja praticar atividades físicas. Um teste ergométrico, por exemplo, pode avaliar como o coração reage ao esforço, determinando se a prática esportiva é segura.
Ela afirma que a intensidade do exercício deve ser definida por profissionais capacitados, como fisioterapeutas e educadores físicos, para garantir benefícios ao coração e aos sistemas corporais.
Eliana Corrêa também explica que exercícios leves poderão ser prescritos, mesmo para pacientes com arritmias graves, desde que monitorados e realizados em ambientes controlados. Isso pode incluir programas específicos de reabilitação cardiopulmonar e metabólica.
Além de ajudar no tratamento de doenças cardíacas, a prática adequada e monitorada de exercícios pode melhorar a saúde geral do paciente. É essencial que possíveis sintomas da arritmia sejam observados durante o esforço.
Informações TBN