Apple lançou o iPhone 15 nesta terça-feira (12). A chegada da nova linha marca uma das maiores mudanças dos últimos anos no aparelho que inaugurou a era dos smartphones: o fim da porta Lightning para recarga de bateria e transferência de dados, presente nos celulares da marca desde o iPhone 5, lançado em 2012.
O padrão agora é a entrada USB-C, já usada há anos por smartphones com o sistema Android. No iPhone, ela também será usada para transmitir áudio e vídeo. Ao todo, serão quatro novos aparelhos:
Outra novidade foram os dois relógios, o Apple Watch Series 9 e Watch Ultra 2, que ganharam um novo processador e agora podem ser comandados com o toque dos dedos.
Nos Estados Unidos, os preços dos novos aparelhos serão os seguintes:
No Brasil, os preços serão os seguintes:
O recurso que aproveita o entalhe na parte superior da tela para exibir informações de aplicativos provavelmente deixará de ser exclusivo dos modelos Pro (ele foi lançado com o 14 Pro). Agora, ele estará em toda linha iPhone 15.
Vem em dois tamanhos: 6,1 polegadas e 6,7 polegadas, dependendo do aparelho.
Por ser interativa, essa ilha mostrará de um jeito simples as ações de alguns aplicativos. Quando o que estiver em uso for o Google Maps, por exemplo, ela exibirá as próximas direções a serem seguidas durante um trajeto. Para apps de música, será possível tocar a próxima canção ou voltar para a anterior. Se o iPhone 15 estiver executando algum app de delivery ou de transporte, a ilha dinâmica dá detalhes sobre a entrega ou a chegada do carro. Esse espaço também mostrará atualizações nos placares de jogos.
Agora, o iPhone 15 permite três formatos básicos de zoom — é a primeira vez que a Apple traz essa função para um celular com apenas duas câmeras traseiras. Além disso, a câmera tem um sensor que faz fotos com 48 MP de resolução, o que promete gerar imagens com maior qualidade e detalhes. Essa lente foi usada pela Apple pela primeira vez na linha Pro, lançada no ano passado, com o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max.
Quando o ambiente estiver com pouca luz, as câmeras também se comportarão melhor do que as da geração anterior, pois capturarão mais detalhes e manterão a qualidade ainda que tenham de registrar diferentes tons de pele.
No iPhone 15 Pro, o modo noturno captura mais cores e detalhes. O zoom óptico é de cinco vezes, mais potente que a geração anterior. A câmera principal permite que os usuários mudem entre três diferentes lentes, de 24 mm, 28 mm e 35 mm.
Para os iPhones 15 Pro e Pro Max, a Apple promete ainda uma nova geração do modo retrato. Sem que os usuários ativem esse modo, o iPhone vai tirar fotos que exibem cores mais vivas e um fundo desfocado com mais intensidade. Isso ocorrerá porque, quando o celular detectar uma pessoa no primeiro plano, ativará o desfoque de fundo automaticamente. Caberá ao usuário escolher se quer a foto comum ou no modo retrato, mas só depois de a imagem ter sido registrada.
Todos os celulares da família iPhone 15 serão vendidos com uma entrada no padrão USB-C no lugar da porta Lightning.
A mudança ocorre após uma lei da União Europeia (UE) determinar que até dezembro de 2024 todos os tipos de eletrônicos portáteis vendidos no bloco devem adotar um formato único para o carregamento das baterias e transferência de dados.
O objetivo é fazer com que o consumidor gaste menos ao usar um único cabo, por exemplo, para o celular, tablet, GPS, câmeras digitais, consoles de videogames. Além disso, existe o fator sustentável, já que a mudança tende a diminuir a produção desses componentes, eliminando os resíduos gerados no processo de fabricação.
Os novos iPhone 15 Pro iPhone 15 Pro Max ganharam uma estrutura de borda feita de titânio, seguindo o padrão do relógio Apple Watch Ultra. Uma curiosidade: este é o mesmo material usado na construção dos robôs que estão em Marte.
A ideia da Apple é ter um celular mais leve do que as gerações anteriores e com um material que dissipa melhor o calor. Pode ser o fim dos iPhones esquentadinhos.
Outra novidade presente apenas nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max é que o botão de silenciar deixa de fazer apenas isso. Ele passa a ser um comando de ações, como os dos relógios da Apple.
De fábrica, ele continuará a silenciando as notificações do iPhone. Mas é possível programá-lo para desencadear outras ações, como acionar a câmera para capturar uma foto.
Os novos modelos possuem dois tamanhos diferentes de display:
Com isso, a empresa aposentou modelos iPhones Mini, com telas de 5,4 polegadas. O iPhone 13 Mini, lançado em 2021, foi o último do tipo até agora.
Enquanto o processador dos iPhones 15 e 15 Plus é o A16, presente na geração anterior de smartphones, os modelos mais potentes foram turbinados. Com isso, iPhone 15 Pro e 15 Pro Max serão equipados com o chip A17 Pro, que possui 19 bilhões de transistores.
Com o A17, as transferências via USB-C serão três vezes mais rápidas para dar conta de grandes arquivos, como vídeos em 4K.
A nova linha é feita com um material de nanocristais. A carcaça do aparelho é feita com 75% de alumínio reciclado. E isso se repete em outros componentes: 100% de cobalto reciclado na bateria e 100% de cobre reciclado em outras peças.
A nova versão do relógio inteligente da Apple ganha um novo cérebro: é o chip S9 SIP, que vem com CPU (5,6 bilhões de transistores, 60% a mais do que o da Series 8) e GPU 30% mais rápida.
A combinação do novo processador com uma Siri mais inteligente na nova edição do relógio resultará em comandos mais precisos e respostas mais rápidas. Por exemplo: será possível fazer perguntas como, “Como está o meu batimento cardíaco?”.
O Watch permite que algumas funções seja disparadas com gestos, como no iPhone. É o caso do levantar o pulso, que mostra o que está na tela, como notificações. A nova versão agora introduz um novo comando: tocar o polegar e o dedo indicador duas vezes. Com isso, é possível atender e encerrar ligações telefônicas no relógio, desligar alarmes, checar notificações.
Apple parece estar investindo pesado em controle de dispositivos a partir de gestos. Depois de o óculos de realidade mista Apple Vision Pro usar movimentos de pinça para executar comandos. O Apple Watch agora também reconhece o movimento dos dedos.
O novo processador também permitirá que o relógio se conecte mais rapidamente com outros dispositivos. Ao detectar a presença de um Homepod, o tocador de áudio inteligente da Apple, ele exibirá na tela uma playlist de música.
Além das novidades do Series 9, o Watch Ultra 2 possui uma tela mais brilhante, de 3000 nits, e possui a autonomia de bateria de 36 horas, que pode chegar a 72 horas no modo econômico. Ele também vem com a Siri integrada. Assim, não será necessário ter um celular próximo para acionar a assistente de voz.
Nos Estados Unidos, o Series 9 é vendido a partir de US$ 399 e o Watch Ultra 2 a partir de US$ 799. As pré-vendas começam agora, mas as entregas ocorrem a partir de 22 de setembro.
Informações UOL