A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou nesta quarta-feira (7) informações aos estados interessados em importar a vacina Sputnik V no combate a pandemia de Covid-19. A notificação foi feita após uma reunião com representantes técnicos dos estados: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e Sergipe.
O objetivo da agência é obter as informações preconizadas pela Lei nº 14.124/2021, que dispõe sobre as medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas e de insumos.
A Anvisa recebeu parte dos documentos que faltavam para o processo de pedido de importação para uso emergencial da Sputnik V no dia 31 de março, mas informou que ainda havia pendências.
Na análise da documentação, a agência verificou que o Certificado de Registro emitido pelo Ministério da Saúde da Rússia não veio acompanhado de relatório técnico, que ateste os aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina que subsidiaram a decisão da autoridade estrangeira.
A vacina é uma das negociadas pelo Ministério da Saúde e já está incluída no cronograma com previsão de entrega já para o mês atual. O governo federal comprou 10 milhões de doses, e espera 400 mil até o final de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho.
No final de março, a farmacêutica União Química afirmou ter concluído a produção do primeiro lote da vacina Sputnik V envasada no Brasil com base na transferência tecnológica do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Rússia para a empresa brasileira.
Que vacina é essa? Sputnik V
Os dados enviados à Anvisa fazen parte do novo pedido de autorização para uso emergencial da vacina do Brasil,protocolado em 26 de março. Os documentos enviados pela União Química atendem uma das quatro exigências previstas no Item XIV do Guia nº 42/2020, que trata dos locais de fabricação e das documentações relacionadas às Boas Práticas de Fabricação ( BPF) dos locais de fabricação.
Essas informações fazem parte dos requisitos mínimos para submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a Covid-19. O material enviado já esta sendo avaliado pela equipe técnica para verificar o atendimento às pendências anteriormente detectadas.
Informações G1