A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que define as metas e prioridades para o próximo ano da administração municipal, foi adiada mais uma vez na Câmara de Municipal de Feira de Santana. A sessão marcada para ocorrer nesta quinta-feira (07) foi cancelada devido à falta de um parecer final das comissões responsáveis, prolongando um impasse que se arrasta desde maio deste ano.
A presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota, explicou o motivo do adiamento e afirmou que a decisão se deu por um problema técnico nos pareceres.
“A gente marcou, ficou tudo acordado para hoje. Acontece que houve um equívoco nos pareceres, e eles disseram que era para adiar para terça-feira, até que sejam devidamente apresentados. Estou à disposição, não houve nenhum tipo de falha em termos de democracia. Infelizmente, aconteceu isso, mas o acordo foi feito para que até terça-feira estejam com os pareceres devidamente assinados”, justificou Eremita.
Por outro lado, a insatisfação entre os vereadores cresce com o prolongamento do processo. O vereador José Carneiro Rocha, líder do governo na Câmara, expressou sua frustração.
“Nós já estamos aguardando essa votação desde maio. A LDO foi apresentada na Casa, e até agora nada. Ficou acertado que hoje seria finalmente votada, mas, sem nenhuma explicação, a presidente não convocou outra sessão para debater o assunto”, criticou.
O vereador Jurandy Carvalho, presidente da Comissão de Finaças, Orçamento e Fiscalização também se pronunciou, justificando que o atraso foi causado pela ausência de assinaturas de alguns membros da comissão.
“A gente já fez o parecer e eu já levei, mas o vereador Pedro Cícero e o vereador Emerson Minho não assinaram. Eles não estiveram na Casa nesses dias, então a presidente não pôde prosseguir com a votação”, explicou Jurandir.
A LDO é elaborada anualmente pelo Executivo e precisa ser apreciada pela Câmara para que o orçamento municipal seja planejado de acordo com as prioridades do próximo ano. Com esse novo adiamento, marcado agora para a próxima terça-feira (12), o projeto ainda enfrenta incertezas que podem impactar a administração do município em 2025.
*Com informações do repórter Robson Nascimento